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1. Avaliação da Cena
A avaliação da cena e do doente começa bem antes do socorrista
chegar ao lado da vítima. O despacho inicia o processo, fornecendo
informações sobre o incidente e o doente, com base em relatos de
testemunhas ou em informações oriundas da segurança pública ou de outras
unidades que chegaram antes no local. O processo de obtenção de informação
no local começa imediatamente na chegada à cena do incidente. Antes de
fazer contato com o doente, o socorrista pode avaliar a cena: (1) obtendo uma
impressão geral sobre a situação de segurança presente (2) verificando a
causa e os resultados do incidente e (3) observando familiares e testemunhas.
A maioria das lesões pode ser previstas com base na compreensão da
cinemática e seus efeitos nos doentes.
Dedicar algum tempo ao preparo mental para uma chamada e praticar
princípios básicos de comunicação entre os parceiros de trabalho são fatores
capazes de fazer a diferença entre uma ocorrência bem conduzida e uma
confrontação hostil (ou uma agressão física). Boa observação, percepção e
habilidades de comunicação são as melhores ferramentas.
A aparência do local cria uma impressão que influencia toda a avaliação;
portanto, a avaliação correta da cena é crucial. Uma grande variedade de
dados é obtida simplesmente olhando, observando, ouvindo e processando o
máximo de informações possíveis, incluindo os mecanismos do trauma, a
situação atual e o grau geral de segurança.
Da mesma maneira que as condições do doente podem melhorar ou
deteriorar, mudanças nas condições da cena também podem ocorrer. A
avaliação inicial da cena, sem avaliações subsequentes para identificar
possíveis alterações, pode resultar em sérias consequências ao socorrista e ao
doente.
A avaliação da cena inclui os dois principais componentes a seguir:
2. Barreiras Físicas:
Luvas: As luvas devem ser utilizadas quando se toca a pele não íntegra,
mucosas ou áreas contaminadas por sangue ou outros fluidos corporais. Tendo
em vista a possibilidade de ocorrerem perfurações nas luvas durante o
atendimento ao doente, estas devem ser examinadas regularmente em busca
de defeitos e trocadas imediatamente, caso seja observado qualquer problema.
Protetor Ocular: A proteção ocular deve ser utilizada sempre que houver a
possibilidade de respingos de gotículas de fluido infectado, como ocorre ao se
entubar um doente que tenha sangue na orofaringe. Os óculos comuns não
são considerados adequados, pois não fornecem proteção lateral.
3. Estabelecimento de Prioridades
Existem três prioridades na chegada a cena
1. A primeira prioridade para todos envolvidos em um incidente de trauma é a
avaliação da cena.
4. Avaliação Inicial
No doente traumatizado multissistêmico grave, a prioridade de cuidado é
a identificação e o atendimento rápido de condições com risco de vida. Mais de
90% dos doentes traumatizados têm somente ferimentos simples que
envolvem apenas um sistema (p. ex., uma fratura isolada de membro). Para
esses doentes, há tempo para fazer tanto a avaliação primária quanto a
secundária completas. Entretanto, para doentes traumatizados graves, o
socorrista nunca deve fazer mais que uma avaliação primária. A ênfase é na
avaliação rápida, no início da reanimação e no transporte ao hospital. Isso
5. Impressão Geral
A avaliação primária inicia-se com uma visão simultânea ou global dos
sistemas respiratório, circulatório e neurológico do doente para identificar
quaisque problemas externos significativos óbvios, com respeito à oxigenação,
circulação, hemorragia ou deformidades evidentes.
A avaliação é a pedra fundamental para um melhor tratamento de um
doente. Para o paciente traumatizado, bem como para outros doentes de
emergência, a avaliação é a base para todas as decisões de atendimento e
transporte.
Embora o socorrista deva localizar as vítimas rapidamente a primeira
prioridade para todos os envolvidos em um acidente de trauma é a abordagem
da cena, que consiste em assegurar-se que a mesma é segura e considerar
cuidadosamente a natureza exata da situação. O socorrista pode abordar a
segurança da cena e a situação enquanto se aproxima do paciente: no entanto
os aspectos identificados nessa avaliação devem ser anotados antes do inicio
da avaliação individual dos pacientes.
Logo na chegada o socorrista inicia o processo de coleta de informações
na cena avaliando o local, observando familiares e testemunhas, obtendo uma
impressão geral da cena antes de se aproximar do doente.
7. Abordagem
8. AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA
Modificações na função neurológica do doente hipotenso por choque
hipovolêmico, não implica obrigatoriamente que existam lesões intracranianas,
mas podem refletir perfusão cerebral inadequada. Um paciente desorientado,
combativo, agitado, que não aceita a máscara de oxigênio colocada em suas
narinas, está dando sinais claros de isquemia cerebral. Ele pode estar em
hipóxia.
9. EXPOSIÇÃO DA VÍTIMA
A temperatura de um doente diminui em decorrência da diminuição da
produção de energia e da perda de calor para o ambiente. Após exposto e
examinado, o paciente deve ser coberto, se a temperatura ambiente estiver
desfavorável. As roupas molhadas de água ou sangue devem ser retiradas.
Em ambientes frios, os cuidados para evitar a hipotermia devem ser
rigorosos. A hipotermia leva a disfunção cardíaca, coagulopatia, hipercalemia,
vasoconstrição e outros problemas que afetam negativamente a possibilidade
de sobrevida do paciente.
A temperatura ambiente de uma ambulância que transporta um paciente
em choque deve ser sempre maior que 29 graus Celsius. Os líquidos
intravenosos devem estar à temperatura de 39 graus Celsius.