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X: Exsanguinação/ Hemorragias externas graves

O famoso mnemônico do trauma "abcde" ganhou na 9ª edição do PHTLS de 2018, no


capítulo 6 , mais uma letra. O "x'
Que protocola a contenção de hemorragia externa grave que deve ser antes mesmo do
manejo das vias aérea uma vez que, epidemiologicamente, apesar da obstrução de vias
aéreas ser responsável pelos óbitos em um curto período de tempo, o que mais mata no
trauma são as hemorragias graves.

A: Airway/ VIAS AÉREAS E COLUNA CERVICAL


Nesse segundo momento é preciso estabilizar a cervical do paciente que tenha sofrido um
trauma de alta energia e/ou que tenha a possibilidade de ter sofrido com um trauma na
coluna. devemos nos apresentar ao paciente e fazer alguma pergunta. Caso o paciente
responda, já consideramos que as vias aéreas estão pérvias. Em caso de ausência de
respostas devemos realizar as manobras Jaw-Thrust (projeção da mandíbula) e Chin Lift
(elevação do mento) para avaliar presença de corpo estranho.

Posteriormente, deve-se manter a via aérea seja com a cânula de Guedel ou com a bolsa-
válvula-máscara (AMBU)

B: Breathing/ respiração
Depois de garantir a permeabilidade das vias respiratórias, é preciso aferir se o cidadão
está, de fato, respirando bem. Nesse ponto, é necessário observar os movimentos do tórax,
fazer auscultas a fim de eliminar qualquer lesão torácica e, se necessário, utilizar métodos
de ventilação mecânica para restabelecer a função respiratória.
C: Circulation/Circulação
Circulação com controle de hemorragia. Após os primeiros procedimentos, é preciso impedir
que a vítima entre em quadros como a hipovolemia (diminuição anormal do volume do
sangue), que podem trazer como consequência o choque hemorrágico. Assim, apalpar,
verificar o dorso e identificar de onde surgiu a hemorragia é o primeiro passo para sua
contenção. Impedir que o cidadão continue perdendo sangue durante o atendimento pode
ser decisivo para que o óbito não aconteça. Nessa etapa também são aferidos o nível de
consciência, a coloração da pele, a frequência e a amplitude do pulso, a perfusão periférica,
a pressão arterial e do pulso, ainda notando se há sudorese.

D: Disability/ incapacidade
A quarta etapa dos primeiros socorros avalia o nível de consciência da vítima. Utiliza-se o
método AVDI: Alerta e reações a estímulos Verbal, Doloroso, ou vítima Inconsciente.
Exame neurológico sumário. Uma avaliação primária do nível de consciência da vítima deve
ser determinada no momento do primeiro atendimento para que, depois, seja encaminhada
e classificada pela Escala de Glasgow. Porém, depois da primeira classificação, o paciente
deve passar por um novo teste ao chegar na unidade de atendimento.
E: Exposure/exposição
Exposição com controle da hipotermia. Para identificar fraturas e hemorragias, a vítima deve
ser despida. Para facilitar o trabalho e impedir novos traumas, novos sangramentos,
luxações, fraturas ou escoriações,corta-se a roupa. Nesse procedimento, é comum que a
temperatura do corpo baixe, deixando os cidadãos mais suscetíveis à hipotermia. Com isso,
outros problemas podem surgir. Assim, antes da remoção da vítima para o atendimento, é
preciso garantir que sua temperatura esteja estável.

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