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IMUNOLOGIA
CONCEITO: Imune = immunis = Isento
DEFINIÇÃO: O sistema imune é definido como o conjunto de células, tecidos, órgãos e moléculas que
tem como finalidade a manutenção da homeostasia do organismo visando a eliminação de agentes
ou moléculas estranhas e também células tumorais
FUNÇÕES DO SISTEMA IMUNE:
Eliminar o antígeno
Vigilância → Defesa → Homeostasia
DEFESA: Sistema Imune -> Células, órgãos, tecidos e moléculas
ATAQUE: Agressores -> Bactérias, fungos, vírus, células tumorais
Muitas moléculas do sistema imune se ligam a receptores para emitir estímulos químicos
para dentro das células.
Grande parte das células do sistema imune fazem parte do sangue. Na série vermelha do
sangue tem eritrócitos/ hemácias para transportador de O2. Na série branca estão os
leucócitos, basófilos, etc, que fazem parte do sistema de defesa.
Linfócitos são as células chave para o sistema imune
VACINA ANTI-RÁBICA
Louis Pasteur
Raiva – Doença causa por vírus 1885 Joseph Meister (9 anos) havia sido mordido por cão
raivoso Pasteur havia desenvolvido em laboratório um vírus da raiva “atenuado” (perda da
capacidade de causar doença). Pasteur aplicou a vacina em Meister durante 10 dias (treze
aplicações no abdômen) Joseph Meister não desenvolveu a raiva.
Pasteur foi o primeiro a desenvolver uma vacina contra o vírus da raiva, em 1885. Ele realiza
a partir de desenvolver no laboratório um vírus atenuado da raiva.
Um vírus atenuado usado em vacinas ele tem capacidade de ativar o sistema imune, mas
tem perda de sua capacidade de gerar doenças. Ativando o sistema imune, os vírus da
doença específica é neutralizado.
A vacina é uma indutora.
BASES CELULARES DA IMUNOLOGIA
Elie Metchnikoff -> IMUNIDADE CELULAR: células do organismo que são capazes de matar
outras células auxiliando na imunidade do corpo =FAGOCITOSE
Após espetar uma larva transparente de estrela-do-mar com o espinho de uma roseira,
Metchnikoff verificou um acúmulo de células cercando a ponta afiada do espinho um dia
depois. Uma resposta ativa dos organismos foi então proposta, baseada nas observações da
Fagocitose (termo cunhado pelo próprio Metchnikoff).
Ele que definiu o termo FAGOCITOSE, processo realizado pelo sistema imune.
IMUNIDADE
INATA (natural)
- Não – específica
- Imediata
- Sem memória
Barreiras físico – químicas (pele, lisozima)
->Lisozima: enzima responsável pela desintegração da parede celular das bactérias,
formada de peptídeos glicanos
Proteínas do sangue -> sistema complemento
Células fagocíticas -> monócitos, neutrófilos, macrófagos, linfócitos NK (natural
killer)
ADAPTATIVA (ativa ou passiva)
- Específica
- Não – imediata
- Com memória
Linfócitos T e B
->O linfócito T auxiliar é responsável por auxiliar o linfócito B para produção de
anticorpos. O vírus da Aids ataca especificamente o linfócito T auxiliar, levando a
queda drástica da imunidade.
Anticorpos
Linfocinas
B – imunidade humoral
T – imunidade celular
IMUNIDADE HUMORAL
Linfócito B -> ANTICORPOS
IMUNIDADE CELULAR
Linfócito T -> CÉLULAS CITOTÓXICAS
ANTÍGENO
Tudo aquilo que é estranho (“non-self”)
O antígeno e anticorpo funcionam por meio do sistema CHAVE-FECHADURA, essa ligação é
altamente específica e permite:
Proteção
Imunoprofilaxia (Vacinas)
Imunoterapia (Soro)
Imunodiagnóstico (testes laboratoriais)
VARÍOLA
Doença causada por vírus Matou um terço da população da Grécia, no ano de 430 a.C.
Causou milhares de mortes nas Américas (Astecas e Incas), inclusive no Brasil na época da
colonização (índios)
Erradicada do planeta em 1977 (último caso oficial no Sudão)
DESVIOS DO FUNCIONAMENTO DO SISTEMA IMUNE
Doenças auto-imunes
Reações de Hipersensibilidade (alergias)
Imunodeficiências
HISTÓRICO DA IMUNOLOGIA
VARÍOLA
Doença causada por vírus Matou um terço da população da Grécia, no ano de 430 a.C.
Causou milhares de mortes nas Américas (Astecas e Incas), inclusive no Brasil na época da
colonização (índios).
EDWARD JENNER
Fez uma observação com uma doença que acometia a vaca, onde as mulheres que
ordenhava as vacas não contraíam a varíola na forma humana. Ele deduziu que a mulher em
contato com a vaca desencadeava uma proteção a ela. Isso porque o vírus da varíola que
acomete a vaca não ataca o homem, então o sistema imunológico entendia que o organismo
já estava acometido, fazendo com que o vírus da varíola humana não as infectasse.
Com isso desenvolveu a primeira vacina.
VACINA ANTI-RÁBICA
Desenvolvida por Louis Pasteur.
IMUNIDADE HUMORAL
Anticorpos
Emil von Behring e Kitasato Shibasaburo
Antitoxina da difteria, que é uma bactéria que produz umas placas nas amídalas podendo dar
asfixia. Então, conseguiram desenvolver um soro a partir de animais para tratar a infecção
causada por essa bactéria.
A vacina introduz o antígeno e o soro produz os anticorpos nos animais e depois de purificar
e inserir nas pessoas, é possível neutralizar a toxina. O soro tem o anticorpo pronto para
combater o agente estranho. Importante em casos de picada de cora, por exemplo. Esse
anticorpo inibe a ligação da toxina com as células.
Demonstraram que o soro de animais imunes à difteria podia conferir proteção (imunidade
passiva). Esse componente, antitoxina, era capaz de neutralizar, precipitar toxinas, aglutinar
e lisar bactérias.
PAUL EHRLICH
Primeira teoria de formação da especificidade dos anticorpos = TEORIA DE CADEIA LATERAL
Dizia que existia células com receptores onde os microrganismos podiam se ligar. Em
resposta a célula aumentava os receptores para esse antígeno e liberavam - os para o meio.
Hoje é explicado que há proteínas, e não receptores, que conseguem se ligar com a bactéria
e para isso produz mais proteínas para se ligar a mais bactérias e liberam essa proteína ao
meio para também se ligarem. Isso impede a ligação com a célula diretamente.
O vírus só consegue se ligar a bactéria devido a proteína específica, por isso vírus de animais
não acometem o homem.
LANDSTEINER
Landsteiner → Grupo Sanguíneo 1902
Vital Brasil → soro antiofídico 1940
Landsteiner → Fator Rh 1960
Miller e Good → Papel do timo na resposta imune
BURNET
TEORIA DA SELEÇÃO CLONAL = linfócitos existem antes do contato com o antígeno e são
específicas.
Determinante Antigênico: especificamente em um antígeno há uma parte para determinar
um anticorpo não específico, só para o determinante antigênico.
RESPOSTA IMUNE
MECANISMOS DE DEFESA INESPECÍFICOS
Lisozimas
Amígdalas e adenoides
Pele intacta
Peristaltismo
Ácido estomacal
Mucosa e microbiota intestinal
Mucosa nasal
Mucosa oral
Mucosa traqueal e cílios
Alvéolos
Bile
pH da urina
ÓRGÃOS LINFÓIDES
Órgãos linfoides Primários: onde são produzidos os linfócitos e células do sistema imune
- Timo
- Medula Óssea
- Coração
É na medula óssea que são formadas as células sanguíneas -> célula – tronco
hematopoiética
O linfócito T tem sua maturidade imunológica no Timo. Então é produzido na Medula
Óssea, mas ganha a maturidade no Timo, ou seja, capacidade de reconhecer
antígenos
O linfócito T vem de Timo e linfócito B de Bursa, presente nas aves, local onde foi
descoberto pelos pesquisadores.
Se são produzidos como células sanguíneas, elas ficam presentes nas veias e artérias.
Além disso, tem o sistema linfático, que é onde a linfa escorre. Linfa é a secreção de
órgãos e células.
Órgãos Linfoides Secundários: onde são encontrados os linfócitos, mas não se obtém a
maturidade.
- Linfonodo: onde há concentração de linfócitos.
INFLAMAÇÃO
IMUNIDADE INATA
- É uma resposta não – específica e não ativa.
- 1º) bactérias estimulam os macrófagos a liberarem citosinas (proteína produzida por
macrófagos).
-> CITOSINAS: agem nas paredes dos vasos sanguíneos permitindo a vasodilatação, onde
células do sistema respiratório migram para combater o corpo estranho.
2º) a vasodilatação e a permeabilidade vascular aumentada causam eritema, calor e edema.
3º) as células inflamatórias migram para o tecido, liberando mediadores inflamatórios e
causando dor.
- 4 sinais de inflamação:
Rubor: vermelhidão
Calor: devido a vasodilatação
Tumor: inchaço
Dor: devido a liberação das células.
- Retroalimentação: quando o macrófago engloba o corpo estranho, faz o recrutamento e a
expulsão. Porém, esse processo é repetido várias vezes até cessar a resposta inflamatória.
- Anticorpo é uma proteína que é sintetizada pelos ribossomos, retidas no retículo
endoplasmático rugoso nas células eucarióticas. E como proteína, elas podem ser usadas na
célula e fora dela.
- O anticorpo é sintetizado pelo plasmócito, que é formada a partir do linfócito B.
- O macrófago ele libera citosinas e mostram o antígeno para a célula.
IMUNIDADE ADAPTATIVA
- RESPOSTA IMUNE HUMORA E CELULAR
- Linfonodo é o principal órgão linfoide secundário porque é onde há maior concentração.
Porém, fígado e rim também fazem parte desse órgão.
- O macrófago fagocita e digere a bactéria, onde vai fazer um processamento do antígeno,
onde pega seus fragmentos e coloca na sua superfície (macrófago). Esse processo é chamado
de CÉLULAS APRESENTADORAS DE ANTÍGENO.
- E o fragmento exposto é referente ao DETERMINANTE ANTIGÊNICO. Assim, é possível haver a
ligação desse Determinante com o anticorpo.
- Só fazendo essa apresentação para que o Determinante sinalize a produção de anticorpos
específicos. Fazendo com que todos os outros antígenos sejam liquidados pela já produção
dos anticorpos específicos.
- O macrófago apresenta o antígeno para as células de defesa.
- O macrófago tem ligado à ele uma proteína: MHC. É o local onde o Determinante Antigênico
fica na superfície do macrófago, esse determinante não fica em qualquer lugar, e sim, no MHC.
- Essa proteína fica na superfície devido sua rota natural de síntese e transporte.
- APCs são macrófagos, células dentríticas, algumas células epiteliais, etc.
- MHC = Complexo Principal de Histocompatibilidade.
Não está presente só em macrófagos, todas as células tem. É uma marcador da
identidade celular, cada pessoa tem isso diferente.
MHC muito diferente não consegue fazer transplante sanguíneo. Caso contrário, é
possível. Pois se é diferente, o organismo reconhece como corpo estranho.
- TCR é uma proteína da membrana do linfócito T, que são responsáveis em reconhecer o
determinante antigênico ligado ao MHC. O TCR que encontra o MHC vazio não irá se ligar, e
assim, não vai ativar suas propriedades. O TCR não tem em todas as células, só no linfócito T.
- BCR é a proteína de superfície específica do linfócito B. O BCR se liga ao MHC tendo
determinante antigênico ou não.
Quando o BCR se liga ao antígeno, ele passa por uma Seleção Clonal, que é quando um
linfócito B reconhece o antígeno apenas haverá produção desse linfócito por meio de
processos de Proliferação e Maturação. O linfócito B então se diferencia em
Plasmócitos, estes sintetizando anticorpos com a mesma capacidade de se ligar ao
antígeno. Tudo isso só pode acontecer SE o linfócito T estiver ativo, pois assim ele
libera citosinas e estas permitem que o Linfócito B que reconheceu o antígeno faça
sua proliferação e ativação.
- Na medula óssea o linfócito T só reconhece MHC vazio. No Timo é onde reconhece o MHC
com determinante antigênico, ou seja, onde ele cria maturação. E ele é ativo quando se liga ao
determinante.
APRESENTAÇÃO DE ANTÍGENOS
Anticorpo são proteínas secretadas pelos plasmócitos com capacidade de ligação aos
antígenos.
Pertencem à família das imunoglobinas = anticorpo
Há imunoglobinas de diferentes tipos.
- IgG1 = 1 região variável e 3 regiões constantes
Região de dobradiça: permite adaptação do anticorpo na hora de se ligar
Cadeia leve: 1 região variável e 1 constante (aminoácidos existentes são os
mesmos na mesma sequência)
Imunoglobina G = IgG
- IgE = 4 regiões constantes e 1 variável -> processos alérgicos
- IgA: é um dímero = 2 moléculas ligadas (2 IgG) = processo de secreção (Ig secretora)
- entre a região constante e variável = onde se liga o determinante antigênico
IgG = 2 determinantes antigênicos simultaneamente = IgM = 10 determinantes
antigênicos simultaneamente
IgA = 4 determinantes antigênicos simultanemante
- IgM: é um parâmetro. Ligação de 5 IgE ligadas pelas cadeias J.
TÉCNICAS IMUNOLÓGICAS
A ligação anticorpo 1ª e 2ª é uma ligação antígeno->anticorpo.
1. REAÇÕES DE AGLUTINAÇÃO
Agregação Ag-Ac
Observado visualmente
Teste rápido
TIPOS DE AGLUTINAÇÃO
Direta
Indireta ou Passiva
Reversa (inibição da aglutinação)
Ex: teste de gravidez pela urina, rotavírus pelas fezes, diagnóstico de trombose, crises de
anemia hemolítica, Eritroblastose fetal, diagnóstico de hepatite B pelo soro, diagnóstico de
toxoplasmose pela hemaglutinação e teste de tipagem sanguínea pelo banco de sangue.
Para teste direto de gravidez é por meio da urina devido ao aumento do hormônio HCG.
Para teste indireto de gravidez é pela inoculação de partículas de látex cobertos com
anticorpo, que ao encontro com o HCG essa partícula erá aglutinar.
A partícula de látex pode estar revestida com a estreptolisina O, que se entrar em contato
com o anti-estreptolisina essa partícula aglutina,
AGLUTINAÇÃO DIRETA
Neste teste, o antígeno faz parte naturalmente da célula, e haverá aglutinação dessas
células promovida por anticorpos contra antígenos
Ex: identificação de antígenos eritrocitários na tipagem sanguínea, reação de Widal (febre
tifoide)
AGLUTINAÇÃO INDIRETA
As hemácias são revestidas com Ag do T.Cruzi e então distribuídas nos poços de uma plca
de microtitulação.
O soro teste e os controles positivos e negativos, devidamente diluídos, são adicionados
aos poços da referida placa.
Se houver Ac específico contra o Ag, as hemácias se aglutinam e formam uma camada no
fundo do poço. Quando não existe Ac específicos, as células formam um botão no fundo do
poço.
Ex: hemaglutinação passiva para Doença de Chagas
INIBIÇÃO DA AGLUTINAÇÃO
A reação é + quando não aglutina
No teste + mistura o soro anti-HCG com a urina do paciente, se o HCG estiver presente na
urina haverá uma reação de não aglutinação.
Se o mesmo teste for feito com a partícula de látex e tiver a presença de HCG, a urina
“consome” os Ac não aglutinando com o látex
Porém, para teste – é quando faz o teste e se aglutinar, não há hormônio da gravidez.
PRINCIPAIS MÉTODOS LABORATORIAIS
Fixação do Complemento:
- Há no soro proteínas complemento que quando ativadas podem fazer o ataque lítico a
uma membrana.
- Então há anticorpos que fazem isso, onde Ag + proteína complemento é colocado no soro
do paciente, a via clássica do sistema complemento é o Ac, então ele que ativa as proteínas
complementos. Se no soro do paciente tiver o Ac contra o Ag formará um complexo Ag->Ac
que ativa o sistema complemento e a hemácia vai sofrer hemólise.
- Então reação + hemólise da hemácia
Reação – não há hemólise
- Hemólise é diferente de Aglutinação
2. REAÇÕES DE PRECIPITAÇÃO
A reação Ag->Ac começa com pouco anticorpos, ele está bem dissolvido. Porém, esse
anticorpo vai aumentar a quantidade até entrar em Equivalência, formando um complexo
Ag->Ac (onde os complexos não são solúveis devido ao aumento da quantidade de ambos)
Precipitado é máximo na zona de equivalência.
Excesso de Ag (sem formação de precipitado) ou Ac fazem complexos solúveis.
IMUNOMARCAÇÃO
Processo que permite a marcação do Ac ou do Ag com substâncias que poderão revelar sua
presença em reações imunológicas.
Ex: Ac/Ag marcado com fluorocomos
Ac/Ag marcado com enzimas, resultando em métodos imunoenzimáticos
3. RADIOIMUNOENSAIO – RAI
Método de dosamento de um Ag ou Ac utilizando compostos radioativos. O
radioimunoensaio é utilizado para dosar inúmeras substâncias do sangue circulante
(hormônios ou fármacos, por exemplo).
4. REAÇÕES DE IMUNOFLUORESCÊNCIA
Por meio dos Flurocomos
O composto fluorescente absorve e emite luz
A luz de emissão é sempre de menor energia que a luz de absorção. Então, a cor absorvida
é diferente da cor emitida. Sempre de menor onda com maior energia na absorção para
maior onda e menor energia na emissão da luz
Imunofluorescência direta é quando tem marcação para cada anticorpo respondendo ao
seu Ag específico. Sendo difícil e trabalhoso
Imunofluorescência indireta ela não está no Ac 1ª, e sim, no 2ª que sempre é um anti-
anticorpo, produzido colocando um Ac humano num animal e o animal produzir um Ac
contra o Ac do humano.
Para enzimas tem o mesmo princípo
O Ac 2ª se liga ao 1ª para fazer a marcação de imunofluorescência. Se o 1º não se liga a
nenhum Ag, o 2ª não liga ao 1ª indicando que não tem Ac para combater o Ag que está
infectando o corpo.
Microscópio de epifluorescência: a reação imunofluorescente
ENSAIO IMUNOENZIMÁTICO (ELISA)
Idem ao fluorescente, onde o marcador agora são enzimas, e não, fluorocomos.
ELISA POR COMPETIÇÃO começa tentando verificar se tem ou não AC contra o Ag. Se tiver,
forma-se um complexo (esquema).
IMUNOCITOQUÍMICA E IMUNOHISTOQUÍMICA
Marcação em tecidos do corpo para fazer análise quantitativa ou qualitativa. Por exemplo,
na diagnosticação do câncer.
ANTICORPOS POLICLONAIS
Os anticorpos são produzidos por um linfócito, que sofre uma expansão clonal
Quando um Ag complexo entra no organismo, há vários linfócitos reagindo contra esse Ag através da
produção dos Ac
Ac policlonais são vários clones produzidos a partir do reconhecimento do Ag, reagindo contra ele
Quando extrai soro há obtenção de vários Ac policlonais. Isso é bom porque permite reações
imunológicas, mas ruim porque diminui a especificidade contra determinados Ag.
Quanto mais sensível e específico o método, melhor o teste imunológico, conseguindo detectar
melhor o teste.
Os Ac monoclonais são mais específicos porque só reconhecem 1 determinante antigênico
Nos Ac policlonais tem vários clones de linfócitos B, em resposta a um determinado antígeno
ANTICORPOS MONOCLONAIS
Ac produzidos por um único clone de linfócitos B, idênticos em relação às suas propriedades.
O plasmócito é a célula final do estágio de diferenciação do linfócito, secretando Ac
Células tumorais tem a perca do controle da divisão celular, onde não há morte celular porque essas
células estão sendo multiplicadas constantemente
Com isso, no laboratório conseguiram fundir células B com mielona e obtendo células hibridas
capazes de produzir Ac específico ao Ag desejado e sem haver morte celular pelo controle da divisão
Essa técnica possibilitou diagnósticos, terapias de câncer, etc
Com esse Ac produzido é produzido no rato, quando é inoculado no ser humano esse Ac é dado
como Ag, fazendo nossos Ac reagirem contra ele
Hoje tem Anticorpo Humanizado, fazendo com que o Ac do animal não sofra tanta reações pelo
nosso organismo
Os Ac Monoclonais tem então plasmócitos, que são células terminais porque por não se dividirem
mais, elas sofrem apoptose. Os únicos plasmócitos capazes de se multiplicarem são em células
tumorais.
Ac Quimérico = regiões constantes das cadeias leves e pesadas dos camundongos substituídas por
regiões constantes humanas. 25% molécula de rato e 75% humano.
Ac Humanizado = algumas regiões das cadeias leves foram substituídas por componentes protéicos
humanos. 10 % rato e 90% humano.
A meta é criar um Ac 100% humano advindo do rato, pois tirar do homem não é ético.
O objetivo dos Ac Humanizados é receber radioisótopos ou toxinas das células cancerosas,
ampliando seu espectro de aplicação terapêutica. Ainda há poucos no mercado, mas há muitos em
fase de testes
TOLERÂNCIA E AUTOIMUNIDADE
AUTOIMUNIDADE: resposta contra os próprios antígenos, é uma consequência da perda de
tolerância
TOLERÂNCIA IMUNOLÔGICA: incapacidade controlada, porque nosso organismo controla, de atacar
nosso organismo via sistema imune. Nosso sistema imune tolera um número de Ag, mesmo que
tenha capacidade de não tolerar. Isso para preservar a homeostasia do nosso organismo.
Os linfócitos T e B poderão ser tolerantes a um certo número de Ag.
Há 2 tipos de Tolerância
- CENTRAL: acontece nos órgãos linfoides primários (timo)
- PERIFÉRICA: ocorre nos órgãos linfoides sencundários
A célula reconhece o Ag, mas forma de ativação é uma não-resposta, não vai gerar síntese de Ac,
mudar padrão de citocinas e etc.
Anergia = incapacidade de não dar resposta a um determinado Ag.
Isso porque nossos Ag próprios atuam no nosso organismo com tolerogênicos. Já os Ag provindos
dos microrganismos são imunogênicos.
Quando tenho resposta normal a Ag estranho, leva a resposta imune para proliferação dos linfócitos
Já o Ag tolerogênico pode levar ou a apoptose desse linfócito ou o linfócito fica em anergia, ou seja,
produz uma resposta não funcional
Um Ag não-imunogênico produz a mesma coisa que o tolerogênico, porém eles não produzem nem a
resposta, ela não é ativada. O tolerogênico ativa, mas não é funcional
Se for encontrado linfócito T nos órgãos secundários é porque ao sair do timo ele já sofre uma pré-
ativação. E caso haja encontro dele para reconhecimento dos Ag próprios, ele também é deletado.
Se o Ag for apresentado na ausência de moléculas co-estimuladoras isso pode gerar tolerância
porque o linfócito T fica anérgico
A maior parte do Ag são apresentados no timo, que são os Ag próprios. Se é apresentado Ag no
linfonodo, esses Ag são provenientes dos microrganismos.
No cérebro existe a barreira de bainha de mielina que não deixa passar linfócitos para medula. Se
houver, a pessoa tem infecção (meningite)
- Restrição de Acesso: não há ativação do linfócito.
As células T reguladoras suprimem a resposta imune. Quando a interação Ag->linfócito ocorre pode
ter produção dessas células.
SELEÇÃO DOS LINFÓCITOS T RESTRITOS AO MHC
A célula T imatura não é nem CD4 nem CD8. Essas células no timo tem 3 possibilidades:
- se o Ag das nossas células forem apresentados ao MHC II fracamente, o reconhecimento
no timo gera CD4+ madura.
- se o mesmo ocorre para MHC I fracamente, gera CD8+ madura
- se ocorrer o mesmo para MHC I ou II fortemente, elas sofrem apoptose.
Altas doses de Ag levam a tolerância, e não, a resposta imune
A persistência de certa duração do Ag no organismo pode ser Ag proveniente de
microrganismos.
Apteno é o Ag sozinho que não é capaz de dar uma resposta imune.
Adjuvante é o que posso colocar junto ao Ag para erar a resposta imune
Se o linfócito T é apresentado ao Ag e não gera resposta imune, mesmo colocando
moléculas co-estimuladoras e reapresentando não irá produzir resposta imune
Na medula óssea os linfócitos podem sofrer deleção ou saem dela como linfócitos não
reativos. Isso quando esses linfócitos são destinados ao reconhecimento de Ag próprios do
organismo
No nível periférico, a ligação do linfócito B com o Ag próprio vai levar deleção ou anergia.
Também pode ter reação negativa inibindo os receptores que reconhecem Ag próprio.
AUTOIMUNIDADE
Num desvio do sistema imune ele vai montar Ac para os Ag próprios
É a perca da tolerância imunológica
Quando há resposta ao Ag próprio, a resposta será a mesma para Ag provenientes de
microrganismos.
Doenças autoimunes são crônicas
Mecanismos de indução de auto-imunidade:
- liberação de Ag sequestrados: Ag que normalmente não são apresentados ao sistema
imune. Portanto, havendo liberação, haverá resposta a eles gerando doença
- mimetismo molecular: quando entra no meu organismo um Ag induzindo uma anti-
proteína que é igual a proteína de alguma parte do corpo, produzindo Ac contra ela.
Ex: coração
- expressão inapropriada de moléculas de MHC II
- ativação policlonal das células B, essas células não passam pelo timo, que é responsável
por cortar os Ac destinados ao Ag próprio
- doenças órgão específicas: ataca um órgão
- doenças sistêmicas: ataca todo o sistema.
- quem define isso é o Ag, se existe Ag só em um determinado órgão é Órgão-Específica e
se for um Ag que existe em todo corpo é Sitêmica.
DOENÇAS AUTOIMUNES
São divididas em doenças ÓRGÃO-ESPECÍFICAS e SISTÊMICAS
Autoimune: resposta imune contra um Ag próprio.
A resposta imune da doença imune tem um mecanismo eetor igual a resposta aos microrganismos.
1) Anticorpos
2) Ativação de células citolíticas ou citotóxicas
3) Causar dano tecidual e/ou celular
O Ac pode funcionar mediando danos celulares ou funcionando como agonista e antagonista de
receptores. Ambos causam doenças ao organismo.
DOENÇAS ÓRGÃO-ESPECÍFICAS
DANO CELULAR DIRETO POR CÉLULAR T OU ANTICORPOS
- Tireoidite de Hashimoto
Há vários auto-anticorpos nas proteínas da glândulas tireoide, as proteínas
produzidas por essa glândula são: perioxidase, tireoglobulina, TSH et transportador
de iodo.
A doença é caracterizada por um hipotireoidismo.
Hipotireoidismo também é ocasionado pela baixa de iodo no nosso organismo.
Porém, isso é associado à regiões de maior ocorrência
Caso a pessoa tenha Hipo e não moram em regiões propensas, pode ser pela doença
autoimune.
Acomete mais mulheres idosas, pois tem propensão a não responder à antígenos
próprios da tireoide podendo levar a essa doença.
O que ocorre nessa doença são linfócitos TCD4+ autoreativos recrutando células B e
células TCD8+ na tireoide. A progressão da doença leva a morte de células de
tireoide.
A principal causa da tireoide Hashimoto é um processo inflamatório devido a
presença de Ac anti-tireoperoxidase, anti-tireoglobulina e anti-receptor de TSH.
Manifestações Clínicas: pacientes com Hipo tem aspectos abatido e apático, com
mixedema palpebral, face áspera e pálida. A menor disposição do organismo induz a
obesidade.
- Anemia Hemolítica Auto-Imune
Anemia é destruição de hemácias, o que pode causar isso são Ac ou células T se
ligando as hemácias e causando a hemólise
Anemia causa baixa de hemoglobina
Eritroblastose fetal pode ser causada por anemia auto-imune. Essa doença é quando
a mãe tem Rh- e o filho Rh+ e o contato desses sangues faz com que a mãe crie Ac
para atacar as hemácias do filho fazendo um complexo de fixação e destruindo a
hemácia do filho.
A anemia pode ocorrer de forma idiopática induzido por drogas ou de forma
secundária a processos autoimunes por drogas ou de forma secundaria a processos
autoimunes, infecciosos ou neoplásicos.
A maior destruição de hemácias leva a exterisia
Tratamento: administração de glicocorticoides. Pode ser realizada esplesctonia ou
terapia de imunossupressores.
Anemia hemolítica autoimune = AHAi
- Púrpura Trombocitopênica Imune (PTI)
Também ocorre no sangue, mas atacando as plaquetas, favorecendo a não
coagulação e levando a anemia. Então a anemia hemolítica está associada a essa
doença
As plaquetas estão presentes no sangue que tem papel de formar trombos
impedindo o extravasamento de sangue no caso de lesões internas ou externas.
Plaquetopenia = diminuição de plaquetas
Apteno = Ag pequeno que não é capaz de gerar resposta imune
A presença de Ac ou complexo imune na superfície das plaquetas contra ao Ag
próprios ou variações de Ag que se passam por Ag próprios levando a destruição das
plaquetas.
- Goosdpasture
Ac específicos contra a cadeia ALFA3 do colágeno tipo IV
Isso provoca a citotóxicas mediada por Ac, são células T citotóxicas que reconhecem
o Ag resultando numa inflamação dos glomérulos renais
- Diabetes Melittus Insulina-Dependente
Perca da capacidade de produzir insulina própria, sem insulina a glicose não entra
nas células levando a uma série de danos.
Células ALFA responsável pela produção de glucagon
Células BETA responsável pela produção de glicose
Células GAMA responsável pela produção de somastostatina
Células T reconhecem células BETA como Ag e matam essas células. O HLA sodre
uma deformidade reconhecendo a própria célula MHC como Ag.
Sem células BET diminui a produção de insulina, necessitando injetar insulina
ESTÍMULO OU BLOQUEIO PROVOCADOS POR ANTICORPOS
- Doenças de Graves
Linfócitos BETA sintetizam Ac contra receptores de TSH localizados na superfície da
membrana da célula folicular da tireoide.
Hashimoto tem destruição de células da tireoide e na doença de Gravis tem TSH que
se liga ao seu receptor estimulando a produção de hormônios tireoidianos. O Ac se
liga ao receptor de TSH cumprindo o papel do próprio hormônio, conhecida como
imunoglonulina estimuladora da tireoide. A glândula fica sempre estimulada levando
a um Hipertirioidismo.
Levando a hipertrofia da tireoide (bócio)
Os hormônios produzidos ativam a glândula caso estejam baixos, o oposto é valido,
na autoimunidade os hormônios são muitos produzidos e ficam incapazes de ter
controle de produção.
- Miastenia Gravis
Produção de Ac contra Acetil-CoA
O impulso nervoso liberar Acetil-CoA onde nas células musculares tem receptores a
ela dando ativação de uma cascata de sinalização para contração muscular
Nessa doença a pessoa produz Ac contra receptores de Acetil-CoA, fazendo falta de
estimulação do impulso e impede a ligação dela com as células musculares.
Sendo assim, o indivíduo tem dificuldade de fazer contração muscular.