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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DO ENSINO SUPERIOR CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO


INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE N´DALATANDO
DEPARTAMENTO DE ENSINO E INVESTIGAÇÃO DE ANÁLISES CLÍNICAS E SAÚDE PÚBLICA

IMUNOPATOLOGIA

PROF. Moisés Kussevi- MSP

AULA Nº 2
IMUNIDADE ADQUIRIDA

 Sistema imune adaptativo,ou adquirida


É a imunidade que um indivíduo recebe após ter tido
contacto com certo agente invasor.

 Começa quando o sistema imunológico de uma pessoa


encontra invasores estranhos e reconhece substâncias
não próprias (antígenos).
Os glóbulos brancos responsáveis pela
imunidade adquirida são

 Linfócitos T

 Linfócitos B
Outros participantes na imunidade adquirida são

 Células dendríticas
 Citocinas
 sistema de complemento
Linfócitos

Os linfócitos permitem ao organismo lembrar os


antígenos e distinguir o que é próprio do corpo do
é prejudicial (inclusive vírus e bactérias). Os
linfócitos circulam através da corrente sanguínea e
do sistema linfático, passando para os tecidos
quando a sua presença é necessária.
Esta resposta imunológica específica constitui a razão
pela qual os indivíduos não contraem a varicela ou
o sarampo mais de uma vez e o motivo pelo qual a
vacinação pode evitar determinadas doenças.
Células T

As células T se desenvolvem a partir de células-tronco


na medula óssea e, depois, viajam para o Timo um
órgão localizado entre o tórax e a região Cervical
anterior

Lá, elas amadurecem e deixam o timo para serem


armazenados em células de vários órgão e são
capazes de distinguir antígenos próprios de não
próprios na sua superfície
As células T podem potencialmente reconhecer um
número praticamente ilimitado de antígenos distintos.
Linfócitos T
As células T maduras são armazenadas nos órgãos linfoides
secundários (linfonodos, baço, amígdalas, apêndice e
placas de Peyer no intestino delgado). Estas células
circulam na corrente sanguínea e no sistema linfático.

Elas são ativadas a buscarem qualquer células infectada


ou anormal
Os Tipos de Linfocito T

 Células T-NK ( Natural-killer) citotóxicas


 Células T auxiliares
 Células T supressoras (reguladoras)
Células T killer (citotóxicas)

Aderem aos antígenos em células infectadas ou


anormais (cancerígenas) As células T killer atacam
estas células fazendo furos em suas membranas e
injectam as suas enzimas no interior destas.
Células T auxiliares

Ajudam as células B a produzirem anticorpos contra


antígenos estranhos.
 Activam as células T killer a matar células infectadas
ou anormais
 Activam os macrófagos, permitindo a ingestão das
células infectadas ou anormais de forma mais eficaz.
Células T supressoras (Reguladoras)

Produzem substâncias que ajudam a encerrar a


resposta imunológica ou por vezes, evitam que
ocorram certas respostas prejudiciais.
Células B

As células B são formadas na medula óssea. As células B


possuem locais específicos na sua superfície
(receptores), aos quais os antígenos podem aderir. As
células B podem aprender a reconhecer um número
praticamente ilimitado de antígenos distintos.
A principal finalidade das células B é produzir anticorpos,
que marcam um antígeno para atacar ou neutralizar
directamente. As células B também podem apresentar o
antígeno a células T que são então activadas.
Linfócitos B

A resposta aos antígenos por parte das células B tem


duas fases:

 Resposta imunológica primária

 Resposta imunológica secundária


Resposta imunológica primária

 A presença de qualquer antigénio há ocorrência de estimulo


a nível das células B e em seguida estes adere aos
receptores.
 Algumas células B se transformam em células de memória com a
presença do antígeno específico, e outras se transformam em
plasmócitos.
 As células T auxiliares ajudam as células B neste processo.
Os plasmócitos produzem anticorpos que são específicos
para os antígenos que estimulam a sua produção.
 Após o primeiro encontro com um antígeno, a produção de
anticorpos específicos demora alguns dias. Por isso, a
resposta imunológica primária é lenta.
Resposta imunológica secundária
 Ocorre sempre que as células B se depararem com um
novo antígeno, estimulando as células B de memória
se multiplicam, se transformam em plasmócitos e
produzem anticorpos.

 Esta resposta é rápida e eficaz.


Células dendríticas

 As células dendríticas residem na pele, nos linfonodos e


nos tecidos de todo o organismo. A maioria das células
dendríticas são células apresentadoras de antígenos
 Elas ingerem, processam e apresentam antígenos
permitindo que as células T reconheçam o antígeno.
 As células dendríticas apresentam fragmentos de
antígenos às células T nos linfonodos.
Anticorpos

Quando a célula B se depara com um antígeno, ela é


estimulada a amadurecer tornando-se um plasmócitos
ou célula B de memória. Os plasmócitos liberam
anticorpos (também denominados de imunoglobulinas,
ou Ig). Os anticorpos aderem ao antígeno que foram
formados para reconhecer, formando um complexo
imunológico chamado de anticorpo-antígeno
Funções comuns dos anticorpos

 Ajudam os fagócitos a ingerirem os antígenos


 Inativam as substâncias tóxicas produzidas por bactérias
 Atacam diretamente as bactérias e os vírus
 Previnem que bactérias e vírus se fixem e invadam células
 Ativam o sistema de complemento, que possui muitas funções
imunológicas
 Auxiliam as células natural killer a matar as células infectadas
ou as células cancerígenas
Estrutura básica dos anticorpos

Um anticorpo tem basicamente a forma de um Y.


A molécula é composta por duas partes:
Parte variável: Esta parte varia entre um anticorpo e
outro, dependendo do antígeno ao qual o anticorpo se
liga. O antígeno adere à parte variável.
Parte constante: Constitui uma das cinco estruturas, que
determina a classe do anticorpo - IgM, IgG, IgA, IgE ou
IgD. Esta parte é a mesma dentro de cada classe.
Funções dos anticorpos
Impedem que toxinas bacterianas entrem nas Células.
Exemplo: ligação de anticorpos à vírus leva a sua
neutralização e marca os patógenos para sua destruição via
complemento ou fagocitose.
A reações antigeno-anticorpo
São mais utilizadas na defesa do organismo contra infecções
bacterianas mas, elas também neutralizam
vírus que ainda não invadiram as células
A classe do anticorpo

 - IgM, IgG, IgA, IgE ou IgD


IgM
Este tipo de anticorpo é produzido quando encontra um
determinado antígeno (como o antígeno de um micro-
organismo infeccioso) pela primeira vez.
A resposta desencadeada na ocasião do primeiro encontro
com um antígeno é denominada resposta imunológica
primária

Normalmente, a IgM encontra-se presente na corrente


sanguínea, mas não nos tecidos.
IgG

o tipo mais frequente de anticorpo, é produzida quando um


antígeno específico é novamente encontrado

Uma maior quantidade de anticorpo é produzida nesta resposta


(denominada resposta imunológica secundária) do que na
resposta imunológica primária.

A resposta imunológica secundária é também mais rápida e os


anticorpos produzidos, especialmente IgG, são mais eficazes.

A IgG protege contra as bactérias, os vírus, os fungos e as


substâncias tóxicas.
A IgG encontra-se presente na corrente sanguínea e nos
tecidos. É a única classe de anticorpo que passa da mãe
para o feto, através da placenta.

A IgG da mãe protege o feto e o recém-nascido até que o


sistema imunológico do bebê possa produzir os seus
próprios anticorpos.
IgA

Estes anticorpos ajudam a defender o organismo da


invasão de micro-organismos através das superfícies
do corpo, que se encontram revestidas por uma
membrana mucosa, como o nariz, os olhos, os
pulmões e o trato digestivo.
A IgA está presente nos seguintes:

 Corrente sanguínea

 Secreções produzidas por membranas


mucosas (como lágrimas e saliva)

 O colostro (líquido produzido pelas mamas


nos primeiros dias após o parto, antes da
produção do leite)
IgE

Estes anticorpos desencadeiam reações alérgicas


imediatas. A IgE se liga aos basófilos na corrente
sanguínea e aos mastócitos nos tecidos.

Quando os basófilos ou os mastócitos ligados à IgE se


deparam com alérgenos (antígenos que provocam
reações alérgicas), liberam substâncias (como a
histamina) que causam inflamação e lesionam os
tecidos circundantes.
A IgE pode revela-se útil na defesa contra determinadas
infecções parasitárias, comuns em alguns países em
desenvolvimento.
Estão presentes pequenas quantidades de IgE na corrente
sanguínea e na mucosa do sistema digestivo.
Essas quantidades são maiores em indivíduos com asma,
febre do feno, outros distúrbios alérgicos ou infecções
parasitárias.
IgD

A IgD está presente principalmente na superfície das


células B imaturas. Ela ajuda estas células a
amadurecerem.

Pequenas quantidades destes anticorpos estão presentes


na corrente sanguínea.

Sua função na corrente sanguínea, se é que existe


alguma, não é bem compreendida.
A memória imunológica na
produção de anticorpos
possibilita ao organismo defender
se de uma invasão de forma
rápida e eficiente que
frequentemente impede o
aparecimento de sinais e sintomas
da doença na exposição
secundária.

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