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Thayane Oliveira

Imunologia- 1° Ciclo - 3°Período 1

Anticorpo é uma proteína que neutraliza/inativa o patógeno


↳ formado a partir de uma exposição aos patógenos
- idade exerce papel importante no quadro imunológico
Hemograma: representatividade das células sanguíneas
- Série Vermelha:
Hc → cor, aspecto, volume
Hb → anemia
- Série Branca:
Célula da R.I → INATA
→ ADQUIRIDA
PCR: proteína C reativa de fase aguda produzida pelo fígado, que recebe sinal
para produção inflamatória
- Marcador de processo inflamatório por microorganismos ou não (p.ex: farpa
no dedo)
Finalidade: avalia-se prognóstico e acompanhamento terapêutico
- RT-PCR (covid): técnica molecular = reação em cadeia; Pesquisa material
genético

**FICAR MENOS DOENTE COM O PASSAR DA IDADE ESTÁ


INTIMAMENTE RELACIONADO MEMÓRIA IMUNOLÓGICA

❤ IMUNIDADE: é a capacidade do organismo se proteger contra uma


substância que ‘’considera como estranha’’, promovendo mecanismos de
reconhecimento, metabolização, neutralização e eliminação (= resposta
imunológica), permitindo a defesa do organismo.

Nem todo antígeno é microorganismo = capaz de ocasionar ativação


de resposta
A maior parte das substâncias que o organismo ‘’considera como estranha’’
realmente são, como microorganismos patogênicos, resultando em um
mecanismo de proteção = efeito benéfico/normal
↳ P.ex: em células neoplásicas ocorre a defesa contra tais células
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Por outro lado, o organismo ‘’considera como estranho’’ um componente


endógeno próprio do organismo, cuja resposta será de forma exacerbada a
agentes exógenos, diante disso a imunidade passa a ser prejudicial pois
ocasiona doenças autoimunes e reações alérgicas = Excesso de R.I = prejudicial
→ imunidade com efeito maléfico/ falha de tolerância.

❤ SISTEMA IMUNOLÓGICO: é o sistema de defesa do indivíduo contra agentes


agressores, constituído pelo sistema linfocítico e macrofágico

❤ RESPOSTA IMUNOLÓGICA
Classificada em: Primária, Secundária; Ativa, Passiva; Inata, Adaptativa;
Humoral, Celular.
- Primária: conjunto de mecanismos que o organismo apresenta quando
entra em contato pela primeira vez com uma subs. considerada estranha.
Haverá formação de IgM, resultando sempre na formação de LT e LB de
memória (p.ex: primeiro contato com vacina)
- Secundária: organismo já teve contato prévio; Organismo conta com
presença de LT, LB de memória e haverá a síntese de IgG (p.ex: segundo
contato com vacina)
- Ativa: organismo recebe subs.estranha ou antígenos, ativando células e
produzindo Ig e citocinas = p.ex: vacina
- Passiva: o organismo recebe produtos da resposta ativa de outros
indivíduos (p.ex: feto recebe IgG por passagem transplacentária; RN
recebe IgA através da amamentação; administração de Ig humanas
específicas (antitetânica, anti-hepatite B, antidiftérica..) ainda, sobre o
recebimento de citocinas).
- Inata: a defesa é sempre da mesma forma, independente do agente
agressor, varia somente a quantidade de resposta.
- Adquirida: a defesa se dá por diferentes formas, dependendo do agente
agressor, variando a quantidade de resposta e a qualidade da resposta.
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INATA ADQUIRIDA
Ex: inflamação aguda Ex: inflamação crônica

Presente ao nascer (=prontas para Adquirida a partir da exposição ao


serem ativadas mesmo antes do nasc.) antígeno, ou seja, ao evoluir da idade

Linha de defesa inicial Aumenta a intensidade de defesa com a


exposição

Ação imediata e rápida Ação lenta

Resposta não específica; independe do Resposta específica para cada antígeno


tipo e da quantidade de antígeno ou epítopo

Não induz memória imunológica Induz memória imunológica

Componentes: barreira físico-química, Componentes: resposta humoral


fagócitos, sistema complemento, céls. (linfócitos B) e resposta celular
natural killer (linfócitos T)
Em relação a R.I Inata não ser específica, ocorre por conta de ter um
reconhecimento padrão = PAMPs (padrão molecular associado ao patógeno →
é o carimbo geral do microrganismo), ou seja, se tem PAMPs ele é capaz de se
ligar
- Humoral: principais responsáveis são as imunoglobulinas, sintetizadas
por linfócito B diferenciados em plasmócitos
- Celular: ocorre por ação direta de células, os linfócitos T

LB tem receptor de superfície, se liga por especificidade


LT tem receptor, mas só se liga ao microorganismo através dos seus receptores
de superfície sendo apresentados pela fenda MHC

❤ TIPOS DE RESPOSTAS ADQUIRIDAS


● IMUNIDADE HUMORAL: mediada principalmente por anticorpos
celulares; Possui diferentes mecanismos efetores.
- A imunidade humoral é mediada por anticorpos secretados, produzidos
por células da linhagem de linfócitos B, a ativação dessas é iniciada pelo
reconhecimento específico de antígenos por meio dos receptores Ig de
superfície das células. O antígeno e outros estímulos, incluindo as células
T auxiliares, estimulam a expansão clonal de LB.
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A progênie do clone pode se diferenciar em plasmócitos que produzem IgM ou


outros isotipos de Ig (p. ex: IgG), pode sofrer maturação da afinidade ou pode
persistir como células de memória.
→ Estas células B de memória sobrevivem em um estado de repouso,
sem secretar anticorpos, por muitos anos; mas elas montam respostas
rápidas em encontros posteriores com o antígeno.

**Opsonização: é um processo em que anticorpos ou fragmentos do


complemento são fixados na superfície de microrganismos que devem ser
eliminados e os recobrem/revestem, facilitando o reconhecimento e posterior
destruição/ processo de fagocitose

● IMUNIDADE CELULAR: mediada principalmente por linfócitos T;


Destruição do microrganismo fagocitado; Morte da célula
infectada.
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- Participam deste tipo de resposta imune adaptativa os linfócitos T


auxiliares e os linfócitos T citotóxicos; Esses dois tipos de linfócitos
possuem receptores específicos para reconhecerem e responderem a
antígenos somente quando estes forem apresentados por outras células,
denominadas células apresentadoras de antígenos.
Os linfócitos T auxiliares reconhecem antígenos que foram fagocitados e
ao serem ativados, produzem e liberam citocinas, que é um grupo de
substâncias que auxiliam a diferenciação de linfócitos B e linfócitos T
citotóxicos que estejam ligados também aos antígenos.
Quando os microorganismos invadem as células do nosso corpo os
linfócitos T citotóxicos entram em ação. Quando chegam no local da
infecção, esses linfócitos reconhecem as células que foram infectadas,
via MHC classe I. Com isso, a única solução é matar esta célula para
então conseguir eliminar o microorganismo. Assim, esses linfócitos
secretam proteínas que vão aderir à membrana plasmática da célula
infectada, danificam a sua estrutura, entram na célula e induzem a
apoptose da célula levando a destruição dos organismos invasores. A
célula infectada sofre apoptose e consequentemente o organismo
invasor é destruído.

❤ TCD4 (ativo) = Linfócito helper/ auxiliares


↪ células produtoras de citocina que manda sinal para células imunes
↑ anticorpo, fagocitose = ativado por bactérias extracelulares (estava fora
e foi fagocitada)
TCD4 auxiliar libera citocinas que são fundamentais para uma resposta
imunológica específica (ex: HIV, pq tem mais afinidade pelo TCD4 para
proliferar-se e o TCD4 será destruído pela proliferação e, também, pelo
TCD8 que vê o TCD4 como infectado)
↓TCD4 = auxílio de resposta deixa de existir

❤ TCD8 (ativo) = citotóxico CTLs


↪ libera grânulos tóxicos para destruição da célula infectada
ativado por vírus intracelulares
autoespecífico = se liga mediante receptor a célula infectada
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❤ MECANISMOS DA R.I ADQUIRIDA


- RN (resposta natural) estimula a R.I Adquirida;
- R.I adquirida intensificam os mecanismos protetores da RN;
Uma resposta intensificam e complementam a natureza da outra

● CARACTERÍSTICAS DA R.I ADAPTATIVA


- Especificidade: é a capacidade de distinguir cada um dos componentes
de um agente estranho (que chamamos de antígenos) e de montar uma
resposta específica para cada um deles
- Diversidade
- Memória imunológica
- Especialização
- Expansão clonal (multiplicação de cópias idênticas do linfócito após
ativado)
- Contração e Homeostasia (redução do n°de céls de resposta a medida
que o microrganismo vai sendo combatido)
- Não reatividade própria (todos os linfócitos não reagem contra
estruturas próprias): é a capacidade de responder àqueles antígenos que
são “não próprios” (estranhos) e de evitar respostas (ficar tolerante)
àqueles outros antígenos que fazem parte do “próprio”. Claro que esses
mecanismos às vezes falham e por isso alguns indivíduos podem
desenvolver doenças autoimunes

IgM - não atravessa a placenta; pode ser confirmatório que o bebe contraiu tal
doença
IgG - atravessa a placenta
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❤ CÉLULAS E TECIDOS DO SISTEMA IMUNE


Todas as células do sistema imune são derivadas das células-tronco
hematopoiéticas pluripotentes da medula óssea.

- Macrófagos (R.I INATA): é tecidual, encontrado em biópsia; A depender


do tipo de tecido recebe outro nomes → Função: fagocitose,
apresentação de antígenos
- Células Dendríticas (R.I INATA): são APCs (células apresentadoras de
antígenos) = Mø - macrófagos
N∉ - neutrófilos
LB
Monócito
- Neutrófilos: realizam fagocitose e ativação de mecanismos bactericidas
- Eosinófilos (R.I INATA): combatem os parasitos que contêm grânulos
tóxicos
- Basófilos: degranulação durante processo alérgico
- Mastócitos: liberação de grânulos contendo histamina
- Linfócitos B: mediadores da resposta humoral
- NK: induz célula infectada a destruição
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● Linfócito T só será capaz de se tornar ativo se o antígeno estiver ligado


ao MHC para apresentação, não basta que ele tenha receptor específico
= Restrição

● Observações:
- Todas células nucleadas sintetizam MHC I
- MHC II é exclusivo de APCs; APCs expressam MHC
- Receptor de TCD4 ou TCD8 é chamado TCR
- TCD4 ativo pode se tornar Th1, Th2, Th17..
- Células efetoras eliminam microrganismos; presente tanto na imunidade inata
quanto na adquirida

Imunidade inata → Reconhecem os Ag diretamente eliminando-os

Imunidade adquirida → Substâncias produzidas pelos LB e LT intensificam as


atividades dos macrófagos e recrutam outros leucócitos
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● TCD8 é para vírus e mutações intracelulares


⤷ microrganismos é capturado e apresentado pelo MHC I → LTCD8
apresenta o TCR na superfície e destrói o antígeno através das toxinas
liberadas

● TCD4
⤷ microorganismo fagocitado é capturado por células dendríticas = APCs
e apresentado ao MHC II, após ligado, o LTCD4 com TCR específico irá se ligar
por afinidade, haverá expansão clonal e liberação das citocinas

❤ ÓRGÃOS LINFÓIDES: onde a maturação, diferenciação e proliferação dos


linfócitos acontecem
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● Órgãos linfóides primários ou centrais: onde ocorre a maturação de


linfócitos T e B em linfócitos reconhecedores de AG => Medula óssea e
Timo.
● Órgão linfóides secundários/periféricos: onde ocorre a proliferação e
diferenciação dirigida pelo antígeno → linfonodos, baço, MALTs
- perda de função tímica em idades precoce trará prejuízos

No linfonodo vai chegar tanto a linfa (que é o filtrado, drenada dos órgãos e
tecidos e carrega excretas), como também chegará sangue

Baço: tem maior quantidade de fagócitos e linfócitos B, nesse baço chega


inúmeros capilares sanguíneos

❤ TECIDOS DO SI
Cutâneo e Mucoso: possui coleções especializadas de tecidos linfóides, APCs e
moléculas efetoras
- Tecidos linfóides cutâneo e mucoso: Locais em que ocorrem RI aos Ag
que penetram nos epitélios

Na circ.sanguínea fica células de memória e células virgens, na procura de


microrganismos, se não tem o processo fica se refazendo até que ao ter possa
realizar o combate.
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Qual o grande objetivo frente RI a partir da R.I inata? quando céls daR.I inata
são ativadas, vai ativar uma série de citocinas que vão sinalizar permitindo o
aumento da permeabilidade vascular, recrutamento das células de defesa,
contribuindo para o processo inflamatório
- R.I INATA extrema relevância no controle da defesa antiviral
- influencia e potencializa a R.I adquirida

● ESTRATÉGIAS PRINCIPAIS DA R.I ADQUIRIDA:


- Anticorpos
- Citocinas
- Destruição das células infectadas

A ativação de LT virgens requer o MHC; é restrito a antígenos proteicos (só


reconhece eles). Já o LB não precisa disso, só com a especificidade ele é capaz
de reconhecer

LB: Para que ocorra a produção de Ac, tem que se ligar ao microorganismo (LB
se liga a qualquer microorganismo, desde que seja específico) → receptores de
superfície. IgM ou IgD
- Ac é sinônimo de imunoglobulina (= Ig), as classes de Ac são produzidas
por LB
IgM (função: contato para neutralização; ele que reconhece e é o primeiro a
ser produzido, marcador de fase aguda) é a primeira Ig a ser sintetizada pelo LB
no seu processo de maturação
IgG (capacidade de neutralizar toxinas de bactérias (tétano, botulismo etc.),
toxinas de venenos (cobras e escorpiões) e também vírus) tem a propriedade
de opsonizar patógenos de forma muito eficiente, tornando-os mais facilmente
fagocitáveis; também ativam as proteínas do Sistema Complemento.
IgA (não pertence às imunoglobulinas ativadoras de complemento. Possui
atividade bactericida contra micro-organismos, ou seja, impedem a adesão das
bactérias ou toxinas às células epiteliais)principal imunoglobulina presente nas
secreções externas como saliva, muco, urina, suor, suco gástrico, lágrimas,
colostro e leite materno.
IgE conhecida como anticorpo reagínico; Está presente no sangue e nos
líquidos extracelulares em níveis extremamente baixos (na faixa de mg/ml),
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aumentando na resposta a infecções por parasitas e em indivíduos atópicos


(com algum tipo de alergia).
IgD (não é secretado, é apenas estrutural do LB) a IgD é coexpressa com a IgM
na superfície dos linfócitos B maduros e sua presença serve como um marcador
da diferenciação de células B maduras

Qualquer tipo de microorganismo vai produzir IgM, a partir do momento que


receber a inf. do TCD4 e, a depender do sinal, será produzido o tipo de Ig
específico.
- Bactéria induz produção de IgM e IgG
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*porção efetora:
FC
(= região
constante)
*porção FAB =
ligação ao Ag
(região variável)

As citocinas do TCD4 sinaliza para o processo de produção de Ig → Troca de


cadeia pesada
LTCD4 não é ativo a qualquer microorganismo
LB reconhece qualquer microorganismo, mas ele libera somente o IgM (e por
isso nunca vai gerar memória)

O LTCD4 vai
sinalizar por
citocina para
produção de
IgG, IgA ou IgE
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Antígeno é uma substância que pode se ligar a um anticorpo ou ser reconhecido por
receptores de linfócitos T.
- Cada anticorpo tem uma região de ligação de antígeno, que por ser muito
pequena, não reconhece toda a macromolécula, apenas uma parte dela. Esta
região é chamada determinante, ou epítopo
O reconhecimento do antígeno pelo anticorpo é feito por uma ligação não covalente e
reversível.
- A força de ligação entre um sítio de combinação e um antígeno é chamada
afinidade.
- A região de dobradiça do anticorpo permite flexibilidade, possibilitando que
um único antígeno se ligue a vários antígenos dependendo do tipo de
anticorpo (IgG, IgE, IgM)
- Outra propriedade da ligação antígeno-anticorpo é a avidez, que é a interação
de todos os sítios a todos os epítetos disponíveis.
- É a especificidade que determina que os anticorpos sejam muito específicos
para determinado antígeno.

IgM + / IgG + → pode ser pela sensibilidade do teste, por um quadro recente.
Nesse caso, pede teste de AVIDEZ dos anticorpos; quanto maior a avidez, maior
a afinidade, ou seja, mais antiga a infecção é. Quanto menor, mais recente é.
- IgG: maior avidez = confirma infecção antiga;

❤ ANTÍGENOS
Para ser um antígeno capaz de ativar Linfócito T é necessário ter estruturas
expressas nas superfície dos antígenos, capazes de favorecer a ligação desses
receptores de célula T.
- TCR não reconhece antígeno em sua forma intacta, só reconhece o Ag
quando associado ao MHC = RESTRIÇÃO AO MHC; Além de tudo, não é
qualquer antígeno, somente antígenos de estruturas proteicas.
Para ativação de LT, independente de qual seja, necessariamente o Ag precisa
ser de estrutura proteica e estar associado a fenda de apresentação = MHC

- Existe uma série de características capazes de influenciar a


imunogenicidade, que nada mais é do que a capacidade de ativação de
resposta imunológica.
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''Nem todo patógeno é imunógeno → pois alguns microrganismos podem


passar despercebidos pela R.I pois eles não dispõe de características com
capacidade de ativação de respostas

Para ser considerado um imunógeno, o antígeno - se for microorg.- precisa


expressar características/ estruturas que identificam que ele é diferente dos
nossos; O PUMP abarca todas essas estruturas.
Indivíduos distintos sendo acometidos pelo mesmo patógeno =
comportamentos de doenças diferentes; Pois não depende só do patógeno, mas
sim as diferenças individuais de cada um, a depender da idade, genética,
contexto nutricional, via como o patógeno adentrou..

Pode ocorrer um fenômeno que não é bom, denominado Tolerância de Alta


Dose na qual o sistema imune é ‘’enganado’’ frente a uma grande exposição a
grande quantidade de antígeno e, o sist. imunológico deixa de responder em
quantidades específicas.

Não é o antígeno, como um todo, que é capaz de indução de resposta; todos os


antígenos expressam em sua superfícies Epítopos, que são porções do antígeno
capaz de resposta. Como a R.I Adquirida é específica, pode ter um mesmo
antígeno, expressando epítopos diferentes = logo respostas distintas, e aí pode
ter linfócitos distintos em relação ao mesmo epítopo.

● Requisições para um epítopo ativar Linfócito B: pode ser de qualquer


estrutura química e a única restrição é que tenha compatibilidade ao
receptores de superfícies do LB
● Requisições para ser Epítopo de célula T: tem que estar associado ao
MHC e precisa ser proteico; TCR só é capaz de ligar aos epítopos
associados ao MHC e que são reconhecidos como microrganismos
proteicos.
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↬ Antígenos T-independentes: antígenos não proteicos que são capazes de


induzir respostas imunes sem participação dos LT; Não são capazes de se ligar
ao MHC, porque o MHC restringe ao fato de ser antígenos proteicos; Não são
capazes de induzir memória imunológica, porque não tem memória
imunológica de longa duração considerando as células da R.I Inata.

Quando da interação antígeno-anticorpo essa ligação será do tipo não


covalente e reversível; anticorpo pode se relacionar com antígenos com
afinidade diversas visando proteger através da neutralização e são impedidos
de penetrar nas células e se replicarem.

● Reação cruzada quando ocorre em contexto de microrganismo é


vantagem, pois cria anticorpos capazes de proteger contra diversas
condições; Em contexto da febre reumática é desvantajoso, ela se dá
devido a vários fatores (se trata de uma reação não proposital entre
antígeno-anticorpo. Onde o anticorpo se liga em um antígeno para o
qual não foi especificamente produzido, pois, este possui epítopos
similares)

❤ CAPTURA E APRESENTAÇÃO DOS ANTÍGENOS AOS LINFÓCITOS


Os linfócitos B se ligam ao microrganismo através dos receptores de
superfícies, IgM/IgD; Podem se ligar na estrutura do patógeno ou produto
tóxico; É específico.
Em relação aos linfócitos T, todo LT expressa em sua superfície um TCR, que só
é capaz de reconhecer Ag proteicos se estiverem ligados ao MHC
- MHC I → relacionado a ativação do LTCD8, em qualquer célula nucleada
- MHC II → associado a ativação do LTCD4, presente nas APCs
Quando ocorre a ativação do LT a partir do MHC, somente o
fragmento/epítopos da bactéria que será apresentado.

MHC II é um tipo de apresentação relacionado ao antígeno extracelular (o


microrganismo para causar doença não precisa estar dentro da célula, mas
precisa ser englobado.
- Pessoa que tem deficiência de MHC pode ter prejuízo de resposta
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MHC I não é internalizado inicialmente, pois se é intracelular (= vírus), para


ocasionar doença precisa infectar células nucleadas e, todas células nucleadas
sintetizam MHC I
Ubiquitina é como se fosse um carimbo para falar que é um
microrganismo, que dispõe de PUMP; A clivagem ocorre dentro do
proteassoma que vai clivar toda a estrutura que está ubiquitinizada
→ O que faz o LTCD8 se ligar é a especificidade do TCR ao epítopo que está
sendo apresentado

- Processo
altamente
especializado.
- NK não
depende de MHC
I para se tornar
ativa, têm
capacidade de
ligação direta
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sem necessidade de apresentação.


❤ MECANISMOS EFETORES DA IMUNIDADE HUMORAL
- Resposta imune humoral = desencadeada por LB, depende da ligação
direta aos receptores de superfície; Enquanto que os LT ativados por
anticorpos
- Principal função de Ac: neutralização = inativação, o que deixa de ser
infeccioso/ deixa de ter condições de infectar uma célula (grande
objetivo da vacinação)

● REGIÕES DO ANTICORPO
- Porção Fab: região de ligação ao Ag
Objetivo de neutralizar, ou seja, ao se ligar ao microrganismo impede
dele agir
Toda molécula de Ac em sua região de Fab apresenta cadeia leve e cadeia
pesada.
- Porção Fc: é região constante; a porção efetora. Porção esta que irá se
ligar a receptores expressos por tipos celulares distintos associados a
uma determinada função.
As funções desencadeadas dos anticorpos é dependente da
região/porção Fc do Ac
IgG: se comporta como uma importante opsonina (favorece fagocitose);
através da sua porção Fc ativa o sistema complemento; está associado à
citotoxidade mediada por células dependentes de anticorpos.
IgM: funciona tanto como anticorpo de superfície que permite a ligação do
antígeno e é de extrema importância, em termo efetores, para ativar o sistema
complemento
IgA: presente no contexto da imunidade da mucosa; útil para neutralizar
patógenos
IgE: associado a degranulação tanto de mastócitos, quanto de eosinófilos
IgD: receptor de superfície, não é secretado

A meia vida/duração de Ac é bem curta (IgE circulante dura 2 dias), dentro as


diferentes classes de Ac a que dura mais é o IgG
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● IgG oriundo de um LB de memória, o LB de memória está em constante


produção de IgG em baixa quantidade de forma permanente; não é que o
IgG produzido na infância é o mesmo de hoje dosado no exame.

● FUNÇÃO DOS ANTICORPOS


- Neutralização de microrganismos: Ac são capazes de ligar, bloquear ou
neutralizar a infetividade
↪ Quando a porção Fab se liga ao microrganismo ele neutraliza

- Opsonização associada a fagocitose: Ac da classe IgG desempenham essa


função, pois na sua região Fc apresenta uma estrutura capaz de se ligar
ao Cd64, que é específico a essa porção.
↪ IgG favorece fagocitose porque a sua porção Fc apresenta afinidade
ao receptor do fagócito
Existem bactérias que desenvolveu cápsulas protetoras e toda bactéria
encapsulada não é fagocitada normalmente/ naturalmente, ela deverá ser
opsonizada; sabendo que essas bactérias não são fagocitadas, como se a
cápsula escondesse do fagócitos, quando ela é opsonizada ela deixa de ser
escondia; Sabendo que no baço há grande número de fagócitos e LB com
produção de anticorpos ao retirar esse órgão em que a produção de ac é
favorecida, o indivíduo será mais suscetível a ter esse tipo de bactéria,
pois perdem o favorecimento de Ac e fagocitose; então são mais
suscetíveis a infecções por bactérias encapsuladas)
- Citotoxicidade celular dependente de Ac: ativação de NK mediada por
Ac; a liberação de grânulos tóxicos se dá porque o NK se liga na porção Fc
do Ac.
É um mecanismo de defesa imune mediada por células no qual uma célula
efetora do sistema imune provoca a lise ativamente de uma célula alvo cuja
superfície da membrana foi recoberta por anticorpos específicos.

- Reações mediadas por mastócitos/eosinófilos e IgE:


IgE é um anticorpo presente no soro sanguíneo em baixas concentrações, encontrado
na membrana de superfície de basófilos e mastócitos em todos os indivíduos; têm um
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papel importante na imunidade ativa contra parasitas helmintos, atraindo os


eosinófilos.
Quimiocinas: são citocinas com poder de recrutamento
❤ SISTEMA COMPLEMENTO
O sistema complemento caracteriza-se pelo conjunto de proteínas presentes
no plasma ou associado a membranas celulares; As proteínas são sintetizadas
naturalmente pelo nosso organismo, principalmente fígado
- Principais proteínas do sistema complemento: C1, C3, MBL → Quando
não estão ativas = não tem função
Complemento: capacidade de estas proteínas auxiliarem ou complementarem a
atividade antimicrobiana dos anticorpos irão complementar; algumas vezes
poderá ocasionar lesão tecidual
- A falta de controle de proteínas do complemento poderá causar excesso
e, consequentemente, doenças

O sistema complemento é ativado por 3 vias:


1. Via Alternativa (INATA)
2. Via Clássica (ADQUIRIDA)
3. Via das Lectinas (INATA)

VIA ALTERNATIVA: fígado sintetiza C3


- Só é ativada quando encontra o microrganismo;
- C3 é uma proteína que pode ser quebrado em C3b e se ligar na
superfície do microrganismo, onde vai agir como uma opsonina.

VIA DAS LECTINAS: a ativação do complemento não é iniciada por anticorpos,


mas sim pela ligação da lectina ligante da manose dos microrganismos.

VIA CLÁSSICA: para C1 se tornar ativa precisa reconhecer/ fazer ligação da


porção Fc da classe IgM/IgG que se ligam aos antígenos
(componente de R.I ADQUIRIDA porque anticorpo só é produzido quando a R.I
ADQUIRIDA é ativada)
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A ativação de C1, MBL ou C3 terá um início de forma sequencial, essa ativação


ocorre da seguinte forma:
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→ C3 não precisa de PUMP para ser quebrada, pois ela é hidrolisada


espontaneamente no plasma;
→ C3 desempenha papel nas 3 vias:
- Na via alternativa o papel de C3 é fundamental para o início, através da
C3b ao microrganismo
- Na via clássica e na via das lectinas C3 é fundamental para formação da
enzima C3 Convertase

❤ VIA CLÁSSICA: a condição para ser ativada é por meio da ligação da C1


(proteína do sistema complemento, produzida de forma naturalmente pelo
fígado, macrófagos) à porção Fc do IgG ou IgM ligado ao Ag.
- quando C1 se liga a porção Fc, ele se torna uma proteína ativa, e vai
quebrar outras proteínas que são a C4 e C2 em fragmentos

→ MAC lisa a parede celular finas de microrganismos, como bactéria da


espécie Neisseria
- Objetivo do MAC: favorecer destruição do microrganismo
- Toda vez que as vias são ativadas vão formar MAC no final
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FUNÇÕES EFETORAS DO SC (as proteínas liberadas no plasma):


- Quimiotaxia
- Aumento de permeabilidade celular
- Induzir ativação de tipos celulares
- Interfere na cascata de coagulação
- Já as proteínas que permanecem na via tem função de formar MAC.

**Imunodeficiência de C3 é mais grave do que C5, pois ela participa de todas


as outras vias; Não forma MAC**

❤ VIA ALTERNATIVA: condição para ser ativa C3b se ligar ao microrganismo


- Componente de R.I INATA
- Quando C3b está ligado a superfície do microrganismo irá recrutar o
fator B
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❤ VIA DA LECTINA: iniciada quando a lectina= MBL se liga a manose do


microrganismo

↬ O SC favorece destruição direta, quando tem a lise bacteriana induzida por


MAC ou auxiliando pela opsonização (C3 é excelente opsonina); desgranulação
de mastócitos; quimiotaxia de neutrófilos

↬ SC regulado por mecanismos de feedback negativo, e a deficiência das


proteínas interfere no feedback e terá..

↬ Independente da forma como as vias são ativadas, todas elas migraram para
formação do MAC, mas o MAC só será efetiva para bactérias de paredes finas

FUNÇÕES DO SISTEMA COMPLEMENTO


- Opsonização: favorecer fagocitose (exemplos de opsoninas: anticorpo e
fragmento C3b)
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- Promover/ favorecer inflamação (C5a, C3a, C2b eles promovem a


inflamação, pois aumentam a permeabilidade, recrutam neutrófilos,
interfere na cascata de coagulação= altera a cascata a fim de promover a
chegada das células de defesa, favorecendo a saída das céls da circulação
em direção ao foco inflamatório)
- Contribuir para ativação de linfócito B
- Auxilia na remoção de imunocomplexo (= associação de
antígeno-anticorpo)

QUANTO MAIS PRECOCE, ISTO É, MAIS DO INÍCIO DA VIA É A


DEFICIÊNCIA = MAIS PREJUÍZO GERADO
- Maior comprometimento de resposta
- Maior dificuldade de formar MAC

→ Deficiencia de C3
Com o baço tem maior eficiência na remoção de microrganismos que
acometem o sangue
→ Deficiência de C2-C4
C2 e C4 auxiliam na remoção de imunocomplexo, se há deficiência o
excesso de imunocomplexo...
→ Deficiência nas proteínas finais do SC podem causar prejuízo, por exemplo
deficiência de C9 não haverá formação de MAC

REGULAÇÃO DO SISTEMA COMPLEMENTO: o SC precisa ser regulado e,


portanto, proteínas irá fazer a regulação por mecanismos de feedback negativo,
dentre as proteínas reguladoras temos:
- DAF: Interrompe a ligação do fator B com C3b/ VIA ALTERNATIVA ou a
ligação de C4b2a= C5 convertase com C3b na VIA DA LECTINAS OU VIA
CLÁSSICA
- MCP: inativa C3b; contribui inativando a VIA ALTERNATIVA (C3b é
fundamental para iniciar a ativação) e também inativa as demais VIAS,
CLÁSSICA E LECTINA
- C1 INH: impede a forma ativa do C1, impedindo a ativação da VIA
CLÁSSICA
Thayane Oliveira
26

**Quem tem deficiência de proteínas reguladoras passa a ser alvo da ativação


excessiva**

↬ Indivíduos com deficiência das proteínas regulatórias:


- Edema angioneurótico hereditário: ativação excessiva de C1 e
fragmentos vasoativos → promove o escape de líquido (edema) na
laringe e outros tecidos

❤ FUNÇÃO DOS ANTICORPOS EM LOCAIS ANATÔMICOS ESPECIAIS


LB são as únicas células capazes de produzir anticorpos

O principal anticorpo de mucosa é a IgA, isso porque nas superfícies mucosas


existe a secreção de uma citocina chamada de fator de transformação Beta,
produzida em grande quantidade nas mucosas, o que promove a troca de
classe para IgA. O que assegura sua localização especializada é um receptor
chamado RECEPTOR DE POLI IgA

IgG é capaz de atravessar placenta, isso porque durante a gestação há um


receptor Fc expresso na placenta = Imunidade Neonatal

Variação antigênica, mecanismo contra R.I Humoral, ou seja bactérias e vírus


modificam suas moléculas de superfície com objetivo de escapar do anticorpo
por parte dos microrganismos, o que faz com que estes se tornem mais
resistente ao SC

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