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Diferencie imunidade inata de imunidade adquirida, destacando as

características principais de cada tipo de resposta imune.

A imunidade inata refere-se à defesa que é própria do indivíduo, sejam as barreiras físicas, células
fagocitárias ou até células matadoras naturais (nk), todas defendem os indivíduos de um ambiente
potencialmente hostil, estando presentes antes da exposição a micróbios infecciosos ou outras
macromoléculas estranhas.
Já a imunidade adquirida é aquela na qual a defesa é induzida ou estimulada pela exposição a
substâncias estranhas, é peculiarmente específica para macromoléculas distintas e aumenta em
magnitude e capacidade defensiva com cada exposição sucessiva a uma macromolécula particular.
A imunidade inata atua em conjunto com a imunidade adquirida (adaptativa) e caracteriza-se
pela rápida resposta à agressão, independentemente de estímulo prévio, sendo a primeira linha de
defesa do organismo. Seus mecanismos compreendem barreiras físicas, químicas e biológicas,
componentes celulares e moléculas solúveis.
A imunidade adquirida (adaptativa ou específica) não se encontra presente desde o nascimento. É
adquirida. A imunidade adquirida é também denominada específica porque planeja um ataque a um
antígeno específico previamente encontrado. Suas características são as capacidades de
aprender, adaptar e lembrar.
A imunidade inata é a primeira linha de defesa do nosso organismo contra os antígenos. É um tipo
de imunidade inespecífica, e nos acompanha desde o nascimento, portanto, não é preciso o contato
prévio com o antígeno para que a resposta se inicie. É constituída pela primeira linha de defesa
composta pelas barreiras naturais e pela segunda linha de defesa composta pelo processo
inflamatório e sistema completo.
Já a imunidade adquirida ou adaptativa, consiste em mecanismo de defesa que, para serem
ativados, necessitam de contato com o antígeno. É uma imunidade em que pode-se destacar a
especificidade e a memória, sendo a especificidade representando a capacidade da imunidade
adquirida em atingir um antígeno específico. A propriedade da memória refere-se à capacidade da
resposta imune adquirida em guardar a memória do antígeno para casos de novo contato futuro,
onde assim, a resposta acontecerá de forma mais rápida e mais intensa. Esse mecanismo de
memória é realizado pelas células dos linfócitos T e B, conhecidos como células de memoria.

O sistema imunológico, também chamado de imune ou imunitário, é o conjunto de células,


tecidos, órgãos e moléculas responsáveis pela retirada de agentes ou moléculas estranhas do
organismo de todos os seres vivos, com a finalidade de manter a homeostasia dinâmica do
organismo. O funcionamento do sistema imune consiste na resposta coletiva e coordenada das
células e moléculas diante dos agentes estranhos; isto caracteriza a resposta imune.
O sistema imune é dividido em dois tipos de imunidade que caracterizam dois tipos de respostas: a
imunidade inata ou natural (resposta imune inata) e a imunidade adquirida ou adaptativa (resposta
imune adquirida).
Imunidade inata
A imunidade inata é a primeira linha de defesa do organismo, com a qual ele já nasce. É uma
resposta rápida, não específica e limitada aos estímulos estranhos ao corpo. É representada por
barreiras físicas, químicas e biológicas, células e moléculas, presentes em todos os indivíduos.
Os principais componentes da imunidade inata são:

1. Barreiras físicas e mecânicas: Retardam/impedem a entrada de moléculas e agentes


infecciosos (pele, trato respiratório, membranas, mucosas, fluidos corporais, tosse, espirro).
2. Barreiras fisiológicas: Inibem/eliminam o crescimento de microrganismos patogênicos
devido à temperatura corporal e à acidez do trato gastrointestinal; rompem as paredes
celulares e lisam (rompem) células patogênicas através de mediadores
químicos (lisozimas, interferon, sistema complemento);
3. Barreiras celulares: Endocitam/fagocitam as partículas e microrganismos estranhos,
eliminando-os (linfócitos natural killer e leucócitos fagocíticos
– neutrófilos, monócitos e macrófagos);
4. Barreira inflamatória: Reação a infecções com danos tecidulares; induzem células
fagocitárias para a área afetada.

A resposta imune inata é capaz de prevenir e controlar diversas infecções, e ainda pode otimizar as
respostas imunes adaptativas contra diferentes tipos de microrganismos. É a imunidade inata que
avisa sobre a presença de uma infecção, acionando assim os mecanismos de imunidade adaptativa
contra os microrganismos causadores de doenças que conseguem ultrapassar as defesas
imunitárias inatas.
IMUNIDADE ADQUIRIDA
A imunidade adquirida ou adaptativa é ativada pelo contato com agentes infecciosos e sua resposta
à infecção aumenta em magnitude a cada exposição sucessiva ao mesmo invasor. Existem dois
tipos de imunidade adquirida: a imunidade humoral e a imunidade celular. A imunidade humoral gera
uma resposta mediada por moléculas no sangue e nas secreções da mucosa, chamadas
de anticorpos, produzidos pelos linfócitos B, sendo o principal mecanismo de defesa contra
microrganismos extracelulares e suas toxinas. Os anticorpos reconhecem os antígenos (qualquer
partícula estranha ao corpo), neutralizam a infecção e eliminam estes antígenos por variados
mecanismos efetores. Por sua vez, a imunidade celular gera resposta mediada pelos linfócitos T.
Quando microrganismos intracelulares, como os vírus e algumas bactérias, sobrevivem e proliferam
dentro das células hospedeiras, estando inacessíveis para os anticorpos circulantes, as células T
promovem a destruição do microrganismo ou a morte das células infectadas, para eliminar a
infecção.
A imunidade adquirida ainda pode ser classificada em imunidade ativa e imunidade passiva. A
imunidade ativa é aquela que é induzida pela exposição a um antígeno. Assim, o indivíduo
imunizado tem um papel ativo na resposta ao antígeno. A imunidade ativa pode ser natural, quando
adquirida através de doença, ou passiva, quando adquirida por meio de vacinas. A imunidade
passiva é a imunização por meio da transferência de anticorpos específicos de um indivíduo
imunizado para um não-imunizado. A imunidade passiva é chamada de natural, quando acontece,
por exemplo, através da transferência de anticorpos maternais para o feto; é artificial quando há a
passagem de anticorpos prontos, como num soro anti-ofídico (contra veneno de serpentes).

A resposta imune adquirida, mediada pelos linfócitos B e T, apresenta uma série de propriedades
que administram a resposta destes. São elas:

 Especificidade: o sistema imunológico reconhece os diversos antígenos e produz uma


resposta imunológica específica para cada um deles.
 Diversidade: o sistema imune é capaz de reconhecer milhares de antígenos diferentes e
produzir uma resposta adequada para cada um deles.
 Memória imunológica: a exposição do sistema imunológico a antígenos faz aumentar sua
habilidade em responder a esse mesmo antígeno novamente. As respostas subsequentes ao
mesmo antígeno são normalmente mais rápidas, maiores e qualitativamente diferentes da
primeira. Uma vez produzidas, as células de memória têm vida longa e são capazes de
reconhecer esse antígeno por anos.
 Especialização: o sistema imune responde por vias distintas a diferentes antígenos,
maximizando a eficiência dos mecanismos de defesa. Assim, os linfócitos B e T se
especializam entre as diferentes classes de microrganismos ou pelos diferentes estágios da
infecção do mesmo microrganismo.
 Discriminação ou Auto-tolerância: capacidade de reagir que os linfócitos B e T apresentam
contra moléculas estranhas, mas não apresentam contra suas próprias moléculas.
 Auto-limitação da resposta: as células B e T ativadas produzem moléculas que auxiliam o
término da resposta imune. Para B são as imunoglobulinas G4 (IgG4) e para T são as
interleucinas 4 e 10 (IL-4 e IL-10).

ÓRGÃOS DO SISTEMA IMUNOLÓGICO


Primários: nestes órgãos ocorre a linfopoese (produção de linfócitos), ou seja, as células se
diferenciam das células tronco, proliferam e amadurecem tornando-se linfócitos funcionais.
Encaixam-se aqui o timo, a medula óssea, fígado fetal, bursa de Fabricius (aves), placa de Peyer
íleo-cecais (ruminantes).
Secundários: nestes órgãos é iniciada a resposta imune adquirida, por isso possuem aglomerados
de células. São o baço e os linfonodos.
Células do sistema imunológico
As células do sistema imune procedem de precursores da medula óssea e estão divididas entre
células da linhagem mieloide e as células da linhagem linfoide. O progenitor mieloide é o precursor
dos granulócitos (eosinófilos, neutrófilos e basófilos), fagócitos mononucleares (monócitos e
macrófagos), células dendríticas e mastócitos do sistema imune. O progenitor linfoide dá origem aos
linfócitos B e T e as células natural killer.
Os macrófagos são as células fagocitárias mais relevantes, sendo a forma diferenciada dos
monócitos sanguíneos. São células de migração lenta e estão dispersos pelos tecidos do corpo. As
funções dos macrófagos se caracterizam pela neutralização, ingestão (fagocitose) e destruição de
antígenos, além de processar e apresentar antígenos para os linfócitos T. Secretam várias proteínas
citotóxicas que ajudam a eliminar os patógenos. Os monócitos também responsáveis pela fagocitose
de antígenos, circulam no sangue e migram continuamente nos tecidos, onde se diferenciam.
As células dendríticas quando imaturas migram através da corrente sanguínea para entrarem nos
tecidos. Entre suas funções estão a fagocitose e a micropinocitose, ingestão continua de grandes
quantidades de fluído extracelular e seu conteúdo. Após o encontro com um patógeno, maturam
rapidamente e migram para os nódulos linfáticos, onde realizam a apresentação de antígenos para
os linfócitos T.
Os granulócitos recebem essa denominação por possuírem grânulos em seu citoplasma. São
também chamados de leucócitos polimorfonucleares, devido às formas de seus núcleos. Possuem
tempo de vida relativamente curto e são produzidos em grande número durante as respostas
inflamatórias. Os neutrófilos, importantes na resposta inata, são células fagocíticas, muito
numerosos e de migração rápida. Os eosinófilos são células fagocíticas e degranulam na presença
do antígeno; responsáveis pela resposta às infecções parasitárias e processos alérgicos. A função
dos basófilos é semelhante e complementar a dos eosinófilos e mastócitos. Os mastócitos se
diferenciam ao chegar aos tecidos. Eles se localizam principalmente à margem dos vasos
sanguíneos e degranulam liberando mediadores quando em contato com alérgenos.
Os linfócitos B, quando ativados, proliferam e se diferenciam em células plasmáticas ou plasmócitos,
que são as células efetoras da linhagem B, cuja função principal é a secreção de anticorpos. Os
linfócitos T, se apresentam em duas classes principais. A primeira se diferencia, quando ativada, em
células T CD8+ ou citotóxicas, que matam as células infectadas; a segunda classe de células T, as T
CD4+ ou auxiliares, atuam na ativação de outras células, como os linfócitos B e os macrófagos,
além de coordenar a resposta imune.
As células natural killer possuem citoplasma granular distinto e são capazes de reconhecer e matar
algumas células anormais, como células tumorais e células infectadas com o vírus herpes.

1) Diferencie resposta imune inata de resposta imune adaptativa

A imunidade inata refere-se a defesa que é própria do individuo, seja as barreiras físicas, células fagocitárias ou até
células matadoras naturais(nk), todas defendem o indivíduos de um ambiente potencialmente hostil, estando presentes
antes da exposição s micróbios infecciosos ou outras macromoléculas estranhas. Já a imunidade adquirida é aquela na
qual a defesa é induzida ou estimulada pela exposição a substâncias estranhas, é peculiarmente específica para
macromoléculas distintas e aumenta em magnitude e capacidade defensiva com cada exposição sucessiva a uma
macromolécula particular.

2) Compare as principais características da imunidade natural e da imunidade adquirida

- Imunidade natural: Presente desde o nascimento, reage da mesma maneira para uma variedade de organismos, sem
memória imunológica.
- Imunidade adquirida: Requer algum tempo para reagir a um organismo invasor, específico para um antígeno e reage
somente contra o organismo que induz a resposta, possui memória imunológica.

3) O que são barreiras imunológicas e como se classificam? Exemplifique


O organismo possui barreiras naturais que são inespecíficas, como a da pele (queratina, lipídios e ácidos graxos), a
saliva, o ácido clorídrico do estômago, o PH da vagina, a cera do ouvido externo, muco presente nas mucosas e no trato
respiratório, cílios do epitélio respiratório, peristaltismo, flora normal, entre outros, que enquanto integras protegem o
organismo de invasão de micro-organismos tóxicos. Se as barreiras físicas, químicas e biológicas do corpo forem
vencidas, o combate ao agente infeccioso entra em outra fase.

4) A pele é uma importante barreira contra as infecções. Como esta estrutura contribui para a defesa do organismo?
A pele representa barreira mecânica eficaz à penetração dos agentes infecciosos. Além disso, possui fortes junções
entre as células que evitam a entrada de microrganismos.
A presença de ácidos graxos presentes no sebo e substâncias microbicidas no suor (como a lisozima) impede a
sobrevivência de muitos microrganismos.
5) Relacione as principais células e moléculas envolvidas na resposta imune inata.
As principais células que participam desta ação são os neutrófilos, os macrófagos e as células naturais killer (NK). Os
neutrófilos e os macrófagos possuem receptores, que são moléculas de proteínas, para reconhecer inúmeros antígenos
e micro-organismos.
Enquanto as células NK, também possuem estes receptores, mas reconhecem as células com alterações (tumorais) ou
com infecções virais. Ainda pode- se identificar a presença de proteínas efetoras circulantes tais como: complemento,
promovendo a destruição do micróbio, ; a lectina de manose que promove a opsonização dos micróbios e a proteína-C
reativa que causa a opsonização do micróbio. Ainda assim pode-se perceber a presença de citocina, que podem
participar do processo inflamatório.

6) Explique porque o fenômeno memória imunológica é observado na resposta imune adquirida e não na resposta imune
natural.
A ausência de linfócitos tipo B na resposta imune natural corrobora para que não haja memória imunológica, haja vista
que estes são capazes de armazenar informações obtidas por intermédio de células apresentadoras de antígeno, para
que assim possa utilizá-la na próxima vez que houver exposição a tal antígeno. Ademais, a imunidade natural responde
a invasão de patógenos desconhecidos, sendo uma resposta primária a invasão.

7) Diferencie os receptores celulares do sistema imune natural e do sistema imune adquirido.


Na resposta imune natural, tem se os receptores de reconhecimento de padrões que tem ação com intuito de reconhecer
os padrões celulares não comuns as regiões de atuação da imunidade inata, a exemplo tem\u2014se os padrões
moleculares associados a patógenos. Já na imunidade adquirida, os receptores são codificados por diferentes
segmentos gênicos que sofrem recombinação; o reconhecimento desses receptores é altamente específico, com
capacidade de perceber diferenças sutis entre os antígenos.

8) Caracterize os receptores da imunidade inata: tipo Toll (TOLL-like Receptors -TLRs), RLR (RIG-1-Like Receptors) e
NLR (NOD-Like Receptors).
Os toll like receptors (TLR) representam uma família de PRRs presentes na membrana plasmática e no endossoma das
células apresentadoras de antígenos (APCs), e que são capazes de reconhecer componentes de bactérias, vírus e
fungos e, assim, estimular a síntese e liberação de citocinas pró-inflamatórias. Além dos PAMPs, os TLR também se
ligam a moléculas endógenas que são liberadas, ativa ou passivamente, durante a necrose tecidual, e que são
chamadas de alarminas, também conhecidas como DAMPs (damage associated molecular pattern (RLR, do inglês ,RIF-
like receptors) são receptores citosólicos do sistema imune que reconhecem o RNAviral e induzem a produção dos
interferons do tipo I. Os mais caracterizados são RLR e RIG-I (gene I induzido por ácido retinóico) e MDA5 (gene 5
associado com diferenciação de melanoma).
Receptores do tipo NOD (NOD-like receptors) é uma família de proteínas citosólicas multidomínio que são sensíveis ao
PAMP e DAMP citoplasmáticos e recrutam outras proteínas para formar complexos de sinalização que promovem
inflamação.

9) Como são formadas e qual é a importância das espécies reativas do oxigênio (EROs)?
Os metabólitos reativos do oxigênio, elaborados nos neutrófilos e macrófagos podem ser liberados extracelularmente
após a exposição a agentes quimiotáticos, a complexos imunológicos ou a um ataque fagocitário. A enzima responsável
por esse processo nos fagolisossomos éa oxidase fagocitária. Em condições inflamatórias, a produção de superóxido é
aumentada, pois este desenvolve um importante papel na resposta imune de mamíferos. O superóxido tem ação
antimicrobiana e facilita a morte de microorganismos invasores, pois através de oxidação lipídica a membrana
plasmática é degradada.Além disso,a ausência de EROs determina deficiência grave na capacidade destrutiva dos
fagócitos,se apresentando como um importante responsável por uma imunodeficiência primária.

10) Qual é a importância dos IFN-\uf061 e \uf062\uf020nas infecções virais?


Os interferons controlam as infecções virais enquanto estão em seu estágio inicial. O controle dessas infecções é
realizado pelos macrófagos e células NK. Esses interferons são produzidos

11) Qual é a importância das células NK na defesa de nosso organismo?


As células natural killers (NK) são importantes nessa vigilância imunológica. Fazem parte da imunidade inata e
correspondem a cerca de 10 a 20% dos linfócitos circulantes. Essas células têm conhecido papel antileucêmico. As
células NK são preponderantes no início da infecção no que tange à produção de INF\u2013\u3b3, ativando os
macrófagos a secretarem linfocinas que iniciam a resposta imune adaptativa com a chegada dos linfócitos T

12) Caracterize as células NK, comparando-as aos linfócitos T citotóxicos.


Morfologicamente, são maiores do que os linfócitos T e B, apresentando citoplasma granular e marcadores de superfície
CD16 e CD56. Diferem funcionalmente dos integrantes da imunidade adaptativa por reagirem de maneira rápida, talvez
em poucas horas, durante a invasão do organismo por vírus e bactérias, pois não precisam se multiplicar para atacar. Ao
contrário, os linfócitos T podem levar dias até iniciarem a resposta imune efetiva, embora apresentem muito em comum
com as células NK, especialmente pela presença de marcadores de superfície, função efetora citotóxica por intermédio
de secreção de citoquinas.
SISTEMA IMUNOLÓGICO
Juliana Diana - Professora de Biologia e Doutora em Gestão do Conhecimento

O sistema imunológico, sistema imune ou imunitário é um conjunto de elementos existentes


no corpo humano.
Esses elementos interagem entre si e têm como objetivo defender o corpo contra doenças, vírus,
bactérias, micróbios e outros.

O sistema imunológico humano serve como uma proteção, um escudo ou uma barreira que nos
protege de seres indesejáveis, os antígenos, que tentam invadir o nosso corpo. Assim, representa a
defesa do corpo humano.

Resposta Imune

Tipos de respostas imunes do organismo


O processo de defesa do corpo através do sistema imunológico é chamado de resposta imune.
Existem dois tipos de respostas imunes: a inata, natural ou não específica e a adquirida, adaptativa
ou específica. Conheça sobre cada tipo de resposta imune nas explicações abaixo.
Imunidade inata, natural ou não específica.
A imunidade inata ou natural é a nossa primeira linha de defesa. Esse tipo de imunidade já nasce
com a pessoa, representada por barreiras físicas, químicas e biológicas.
Veja no quadro a seguir quais são e como elas atuam na defesa do nosso organismo.
BARREIRA AÇÃO NO ORGANISMO
Pele É a principal barreira que o corpo tem contra agentes patogênicos.
Ajudam a proteger os olhos, impedindo a entrada de pequenas partículas e em alguns casos
Cílios
até pequenos insetos.

Lágrima Faz a limpeza e lubrificação dos olhos ajudando a proteger o globo ocular de infecções.
E um fluído produzido pelo organismo que tem a função de impedir que microrganismos
Muco
entrem no sistema respiratório, por exemplo.
Atuam na coagulação do sangue que, diante de um ferimento, por exemplo, elas produzem
Plaquetas
uma rede de fios para impedir a passagem das hemácias reter o sangue.
Ela possui uma substância que mantém a lubrificação da boca e ajuda a proteger contra vírus
Saliva
que podem invadir os órgãos do sistema respiratório e digestivo.

Suco É um líquido produzido pelo estômago que atua no processo de digestão dos alimentos.
gástrico Devido sua acidez elevada, ele impede a proliferação de microrganismos.

Suor Possui ácidos graxos que ajudam a pele a impedir a entrada de fungos pela pele.
A imunidade nata também é representada pelas células de defesa, como leucócitos, neutrófilos e
macrófagos, que está descrita logo abaixo.
Os principais mecanismos da imunidade inata são fagocitose, liberação de mediadores inflamatórios
e ativação de proteínas.
Se a imunidade inata não funciona ou não é suficiente, a imunidade adquirida entra em ação.
Conheça mais sobre:
Pele
Plaquetas
Saliva
Imunidade adquirida, adaptativa ou específica
A imunidade adaptativa é a defesa adquirida ao longo da vida, tais como anticorpos e vacinas.
Constitui mecanismos desenvolvidos para expor as pessoas com o objetivo de fazer evoluir as
defesas do corpo. A imunidade adaptativa age diante de algum problema específico.
Por isso, depende da ativação de células especializadas, os linfócitos.
Existem dois tipos de imunidade adquirida:
 Imunidade humoral: depende do reconhecimento dos antígenos, através dos linfócitos B.
 Imunidade celular: mecanismo de defesa mediado por células, através dos linfócitos T.
Leia sobre:
 Antígenos
 Anticorpos
 Vacinação infantil

Células e órgãos
O sistema imunológico humano é formado por diversos tipos de células e órgãos, que são divididos
da seguinte forma:

Tipos de células e órgãos do sistema imunológico


Conheça abaixo detalhes como cada uma dessas células e órgãos atuam na defesa do organismo.

Células
As células de defesa do corpo são os leucócitos, linfócitos e macrófagos.

Leucócitos
Os leucócitos ou glóbulos brancos são células produzidas pela medula óssea e linfonodos. Eles têm
a função de produzir anticorpos para proteger o organismo contra os patógenos.

Os leucócitos são o principal agente do sistema imunológico do nosso corpo.

São leucócitos:

 Neutrófilos: envolve as células doentes e as destroem.


 Eosinófilos: agem contra parasitas.
 Basófilos: relacionado com as alergias.
 Fagócitos: realizam fagocitose de patógenos.
 Monócitos: penetram os tecidos para os defender dos patógenos.
Saiba mais:
 Leucócitos
 Fagocitose
 Sistema Linfático
Linfócitos
Os linfócitos são um tipo de leucócito ou glóbulo branco do sangue, responsáveis pelo
reconhecimento e destruição de microrganismos infecciosos como bactérias e vírus.

Existem os linfócitos B e linfócitos T.

Conheça mais sobre:


 Linfócitos
 Doenças causadas por bactérias
 Doenças causadas por vírus
Macrófagos
Os macrófagos são células derivadas dos monócitos. Sua função principal é fagocitar partículas,
como restos celulares, ou microrganismos.

Eles são os responsáveis por iniciar a resposta imunitária.

Veja também: Macrófagos

Órgãos

Órgãos do sistema imunológico

Os órgãos do sistema imunológico são divididos em órgãos imunitários primários e secundários.


Órgãos do sistema imunológico

Órgãos imunitários primários

Nestes órgãos ocorre a produção dos linfócitos:

 Medula óssea: tecido mole que preenche o interior dos ossos. Local de produção dos elementos
figurados do sangue, como hemácias, leucócitos e plaquetas.
 Timo: glândula localizada na cavidade torácica, no mediastino. Sua função é o promover o
desenvolvimento dos linfócitos T.
Leia também sobre:
 Medula óssea
 Timo
Órgãos imunitários secundários
Nestes órgãos é iniciada a resposta imune:

 Linfonodos: pequenas estruturas formadas por tecido linfoide, que se encontram no trajeto dos
vasos linfáticos e estão espalhadas pelo corpo. Eles realizam a filtragem da linfa.
 Baço: filtra o sangue, expondo-o aos macrófagos e linfócitos que, através da fagocitose, destroem
partículas estranhas, microrganismos invasores, hemácias e demais células sanguíneas mortas.
 Tonsilas: constituídas por tecido linfoide, ricas em glóbulos brancos.
 Apêndice: pequeno órgão linfático, com grande concentração de glóbulos brancos.
 Placas de Peyer: acúmulo de tecido linfoide que está associado ao intestino.
Aprenda também sobre:
 Linfonodos
 Baço
 Apêndice
Sistema imunológico baixo
Quando o sistema imunológico não funciona adequadamente, ele diminui a sua capacidade de
defender o nosso corpo.

Assim, ficamos mais vulneráveis às doenças, tais como amigdalites ou estomatites, candidíase,
infecções na pele, otites, herpes, gripes e resfriados.

Para fortalecer o sistema imunológico e evitar problemas com baixa imunidade, é preciso atenção
especial com a alimentação. Algumas frutas ajudam no aumento da imunidade, como a maçã,
laranja e kiwi, que são frutas cítricas. A ingestão de ômega 3 também é um aliado para o sistema
imunológico.

É importante, ainda, praticar exercícios, beber água e tomar sol com moderação.

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