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AULA 1 - CARACTERÍSTICAS GERAIS DA

RESPOSTA IMUNE

Imunidade

Imunidade é a capacidade do organismo de reconhecer substâncias,


considerá-las estranhas e promover uma resposta contra elas, tentando eliminá-las. A
grande maioria das substâncias que o organismo reconhece como “estranhas” consiste em
microrganismos ou substâncias que não são próprias dele e, portanto, a eliminação desses
agentes é um mecanismo de proteção. No caso de existirem células anômalas, como
células neoplásicas, também ocorre defesa diante do agente endógeno.
Assim, quase sempre a imunidade é benéfica ao indivíduo. Em uma minoria de
casos, o organismo passa a reconhecer como agente “estranho” um componente endógeno
próprio do organismo ou responde de forma exacerbada contra certos agentes exógenos.
Nesses casos, a defesa passa a ser prejudicial, são exemplos dessa defesa prejudicial
alergias e doenças autoimunes. Assim, imunidade não é sinônimo de defesa benéfica,
embora isso se dê na maioria dos casos. A imunidade ocorre por meio do reconhecimento,
da metabolização, da neutralização e da eliminação de substâncias consideradas estranhas
ao organismo (Figura 1.1).

Histórico de Imunologia e Imunopatologia

Imunologia é o estudo da imunidade, já a imunopatologia é o estudo das


alterações da imunidade. A imunopatologia estuda em especial as alergias, as doenças
auto-imunes e as imunodeficiências.
A descrição da defesa do organismo precedeu ao conhecimento da existência de
microrganismos. Edward Jenner, em 1796, tentou demonstrar uma defesa contra a varíola
humana a partir de varíola bovina. O termo vacina se originou do latim vaca, por causa
desse experimento;
Koch, no século XIX, fez referência a primeira referência aos “microrganismos”.
Louis Pasteur, em 1880, deu início à imunologia com a aplicação da vacina
anti-rábica. Ele descobriu que a exposição de um animal a uma cepa avirulenta pode
desencadear uma resposta imune que o protegerá contra uma posterior infecção. Assim,
se estabeleceu o princípio geral da vacinação.

Metchnikoff, em 1887, descreveu a ingestão e a digestão de microrganismos por


células fagocitárias, estudando estrelas-do-mar. Em 1890, von Behring utilizou o termo
“anticorpos”.

A imunologia é cada vez mais relacionada à etiopatogenia das diferentes doenças


e, ao estudar os processos utilizados pelo hospedeiro, na manutenção de sua estabilidade,
no confronto com substâncias consideradas estranhas ao organismo, deixa implícito o fato
de abranger ciências básicas e clínicas. O objetivo do estudo da imunologia é conhecer os
conceitos da resposta imunológica, os elementos inerentes a ela, como esses elementos
estão envolvidos nos mecanismos de defesa do organismo, como pode ser feita a avaliação
imunológica e como as alterações do sistema imunológico podem levar a doenças.
*O entendimento dos conceitos imunológicos das alergias e das doenças
auto-imunes, seus mecanismos etiopatogênicos e fisiopatológicos determinando sinais e
sintomas, permite a verificação de como tais mecanismos estão imbricados no tratamento
básico das doenças imunológicas do ser humano. O estudo das imunodeficiências implica o
conhecimento da imunologia básica com os conceitos dos mecanismos envolvidos no
imunocomprometimento, suas repercussões clínicas e a investigação do comportamento da
resposta imunológica, permitindo o diagnóstico dessas deficiências.
Consequências da vacinação

- Erradicação de doenças
1. Varíola
2. Poliomielite
- Controle de doenças (vacinas efetivas)
1. Febre aftosa
2. Raiva
3. Pseudoraiva
Vacinas efetivas:são vacinas cuja taxa de eficácia geral representa uma alta
proporção de redução de casos entre o grupo vacinado, comparado ao não vacinado.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Anvisa, a eficácia geral recomendada
é de, ao menos, 50%.

Conceitos gerais

- Imunologia: é o estudo das defesas do organismo contra infecção. Estuda os


mecanismos de defesa do organismo contra antígenos.

- Imunidade: é a habilidade de resistir à infecção a um determinado patógeno. Vem


do latim “proteção contra doenças”

- Antígenos: Os antígenos podem ser definidos como moléculas que podem


ligar-se aos anticorpos, ou qualquer substância capaz de promover uma resposta
por parte do sistema imunológico. São substâncias de natureza molecular diversa
que induzem resposta imune. Podem ser divididos em dois grupos:
1. Imunógenos: são aqueles antígenos que podem desencadear uma resposta
do sistema imune. Todo imunógeno é um antígeno, porém nem todo antígeno
é um imunógeno.
2. Haptenos: são moléculas que reagem com anticorpos, contudo, não são
capazes, sozinhas, de desencadear uma resposta imunológica. Para
provocar essas reações, os haptenos devem estar acoplados a moléculas
carreadoras.

- Patógenos: são organismos que são capazes de causar doenças em um


hospedeiro. Os patógenos possuem níveis de patogenicidade (capacidade de um
patógeno provocar alterações nos organismos hospedeiros infectados. Organismos
de alta patogenicidade produzem sintomas em quase todos os seus hospedeiros.)

- Virulência: é a capacidade de um agente infeccioso causar doença.


Sistema Imunológico

O sistema imunológico é aquele responsável pela imunidade, ou seja, que determina


a defesa do indivíduo contra agentes agressores. É constituído por células e moléculas
responsáveis pela imunidade e que em uma ação coletiva e coordenada, montam uma
resposta imunológica contra microrganismos. Anatomicamente, é constituído por dois
sistemas: monocítico (macrofágico ou fagocítico mononuclear); e linfocítico ou
linfocitário (referido como sistema linfocítico-macrofágico).

Anteriormente, o sistema monocítico-macrofágico era conhecido como sistema


reticuloendotelial (SRE). O sistema monocítico-macrofágico atua com uma constante vigília
para o hospedeiro. Diante de agentes estranhos, principalmente microrganismos
intracelulares e células neoplásicas, as células deste sistema realizam quimiotaxia,
fagocitose e sintetizam citocinas. O sistema monocítico-macrofágico tem, ainda, grande
importância por promover a apresentação de antígenos ao sistema linfocítico, sendo que
muitas das células linfocíticas só são ativadas mediante esta apresentação antigênica.

Entre as funções do sistema linfocítico, destacam-se a vigilância, uma defesa


específica mediada por mecanismos complexos e a produção de citocinas. É peculiar a este
sistema uma memória imunológica para o agente agressor, que pode perdurar por vários
anos.
Propriedades gerais da resposta imunológica contra microorganismos

✔É mediada pelos mecanismos efetores da resposta imune inata e adaptativa;


✔A resposta imunológica é diversificada, específica e especializada;
✔A resposta imunológica controla a sobrevivência do microorganismo;
✔Desenvolve memória;
✔Capacidade de diferenciar o próprio do não-próprio;
✔É capaz de acompanhar em número os microorganismos (expansão clonal)

A resposta imunológica é o mecanismo pelo qual o organismo reconhece e


responde à substância que considera estranha.
As células da resposta imunológica são oriundas de células primordiais da medula
óssea, as quais dão origem à linhagem linfóide e à linhagem mielóide, ambas
independentes quanto às células a que darão procedência. Poderá haver comprometimento
nas células do tronco linfóide, sem que isso implique deficiência do tronco mielóide, sendo
também verdadeiro o inverso.

A célula primordial linfóide, na presença principalmente de interleucina 3 e 7 do


estroma da medula óssea, dá origem aos linfócitos. Neutrófilos, monócitos, macrófagos,
mastócitos, basófilos, eosinófilos e plaquetas são provenientes da linhagem mielóide, na
presença de IL-3, fator estimulador de crescimento de colônias de granulócitos,
monócitos/macrófagos (GM-CSF) e fator estimulador de crescimento de neutrófilos
(G-CSF), células estas de importância no desenvolvimento de uma resposta imunológica. A
maioria das células dendríticas têm origem mielóide, entretanto, algumas destas células
têm progenitores linfóides.

CLASSIFICAÇÃO DA RESPOSTA IMUNOLÓGICA

A resposta imunológica, que se dá principalmente em órgãos linfóides periféricos,


pode ser classificada em primária e secundária, ativa e passiva, inata e adaptativa, humoral
e celular.
PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA

A resposta primária é a reação do organismo quando entra em contato pela


primeira vez com uma substância considerada estranha. O resultado é a ativação
inicial do sistema macrofágico, seguida de ativação do sistema linfocítico (por
“apresentação”). Há participação de várias células, incluindo monócitos, macrófagos,
linfócitos T (timo-dependentes) e B (bursa equivalentes), com formação de
imunoglobulinas principalmente do isótipo M (IgM), resultando na formação de
células de memória B e T.

Na resposta secundária, por sua vez, o organismo já manteve contato


prévio com a substância estranha. Há ativação sequencial de sistema macrofágico e
linfocítico. Uma grande diferença é que na resposta secundária o organismo já conta
com a presença de linfócitos B e T de memória. A reação dá-se de forma mais
rápida e mais intensa tanto para a formação de novas imunoglobulinas com maior
afinidade ao antígeno quanto para o aparecimento de novos linfócitos T. A
imunoglobulina predominante na resposta secundária é a IgG, sendo o início dado
pela IgM. Assim, um contato prévio com um microrganismo é importante para o
desenvolvimento de uma melhor defesa imunológica pelo indivíduo.
A aplicação prática de uma resposta imunológica secundária é o uso de
vacinas: o organismo tem um contato inicial com agentes atenuados fornecidos
pelas imunizações e, diante de um agente agressor in natura, terá uma melhor
defesa pelas células de memória, fazendo com que na grande maioria dos casos
não apareçam sintomas ou sinais clínicos ou que sejam mínimos.
RESPOSTA ATIVA E PASSIVA

A resposta ativa ocorre quando o organismo recebe substâncias estranhas ou


antígenos que determinam uma reação imunológica. É o caso das vacinas ou das
imunizações.
Nas vacinas, podem ser administrados toxóides, microrganismos mortos ou vivos
atenuados. Toxóides são toxinas destoxificadas, ou seja, toxinas tratadas em que foi
retirada a parte que causa danos ao organismo, permanecendo a porção capaz de
determinar uma resposta imunológica. São exemplos o toxóide tetânico e o diftérico. A
toxina tetânica tratada com formalina perde sua toxicidade, mantendo a capacidade
antigênica. A resposta imunológica a toxóides é alta, permanecendo células de memória por
longos períodos de tempo. Das bactérias mortas, o exemplo é a Bordetella pertussis, contra
a coqueluche. O nível de resposta imunológica a bactérias mortas é bem mais baixo e,
portanto, a eficácia da vacina é menor.
Atualmente tem sido dada preferência para vacinas acelulares, ou seja, sem a
bactéria completa, apenas com componentes da bactéria, principalmente o toxóide
pertussis; há melhor tolerância e maior imunogenicidade. A bactéria viva Mycobacterium
tuberculosis pode ser atenuada, dando origem à vacina BCG (Bacilo de Calmette e Guérin).
É útil em populações de locais onde a tuberculose é endêmica, prevenindo com alta eficácia
a meningite tuberculosa em crianças.
O enfraquecimento de vírus vivos, como o vírus da poliomielite da vacina Sabin, do
sarampo e da rubéola, tornando-os atenuados leva à perda de grande parte da
patogenicidade, permanecendo a capacidade de gerar uma resposta imunológica,
geralmente com formação de células de memória de meia-vida longa.
O vírus vivo atenuado da poliomielite da vacina Sabin é administrado por via oral e a
defesa dá-se inicialmente na mucosa digestiva, permanecendo a eliminação fecal de alguns
vírus não-destruídos, o que é útil em populações nas quais se está tentando erradicar a
poliomielite, pois há disseminação fecal do vírus atenuado, imunizando outros indivíduos.
Vírus vivos atenuados, assim como bactérias vivas atenuadas, podem ter risco de
desenvolvimento da doença em pacientes imunocomprometidos.
A vacina oral contra a poliomielite é constituída por três sorotipos de vírus vivos
atenuados da poliomielite. Em pacientes com imunodeficiência do tipo celular, a baixa
resposta imunológica contra o vírus pode causar doença, apesar da menor patogenicidade
desse vírus. Em países que visam à erradicação da poliomielite, o risco desses pacientes
com baixa defesa imunológica não é considerado durante campanhas de vacinação, ficando
por conta do médico a contra-indicação de tais vacinas a pacientes com deficiência da
imunidade celular e com ausência total de anticorpos. A vacina Salk é uma indicação para
esses indivíduos por não apresentar risco de desenvolvimento da doença; é formada por
três sorotipos de vírus mortos, obtidos a partir de culturas de células tratadas com formalina.
O poder antigênico da Salk é bem menor do que o da Sabin, além de não promover
imunidade intestinal. Ainda hoje existem cepas originais de Salk.
Na resposta passiva são recebidos produtos da resposta imunológica provenientes
de linfócitos B ou T. Anticorpos, como produtos da resposta passiva de células B do isótipo
G, são recebidos durante a vida fetal por passagem transplacentária. São úteis em defesas
contra microrganismos para os quais a mãe já tenha desenvolvido uma resposta
imunológica, como é o caso de a criança já possuir ao nascimento IgG antitetânica.
A amamentação natural permite a passagem de IgA pelo leite. Já os leites
industrializados com fórmulas semelhantes ao leite humano não contém imunoglobulinas.
Essa diferença é importante porque no início da vida a criança ainda não tem IgA para
defesa, que se formará com o evoluir da idade. O colostro é o leite mais rico em IgA e
durante toda a lactação há IgA no leite materno.
A administração de anticorpos é muito útil nas doenças em que não houve tempo
suficiente para o organismo combater os agentes agressores, com sinais e sintomas muito
graves ou naquelas conhecidas por terem evolução rápida e grave.
Assim, na doença tetânica e diftérica já instalada são utilizadas antitoxinas
antitetânicas ou antidiftéricas isoladas de indivíduos que apresentaram a doença. A
gamaglobulina humana é a fração das proteínas plasmáticas separada por eletroforese e
que contém uma grande quantidade de anticorpos. A gamaglobulina laboriatorialmente
preparada e tratada é constituída por um pool de gamaglobulinas de diferentes indivíduos
sadios. A gamaglobulina hiperimune é proveniente de inoculações sucessivas de antígenos
específicos em animais de laboratório, resultando na formação de anticorpos específicos
que podem ser úteis em ocasiões em que é necessária uma rápida resposta imune. Pode
causar problemas por serem anticorpos de outra espécie, como eqüina ou bovina,
constituindo-se, portanto, em substâncias muito diferentes dos anticorpos humanos. O soro,
por conter a fração gamaglobulina, pode ser utilizado em casos de necessidade da
presença imediata de anticorpos e não sendo possível a administração de anticorpos
específicos, aos quais sempre se deve dar preferência.
Na resposta passiva os produtos recebidos podem ser provenientes de linfócitos e
de monócitos.
RESPOSTA INATA E ADAPTATIVA
A eliminação dos microrganismos depende da ação coordenada das respostas inata
e adaptativa Os mecanismos inatos conferem proteção rápida, mantendo os
microrganismos invasores sob controle até o desenvolvimento da imunidade adaptativa.
Pode levar diversos dias até semanas para a imunidade adaptativa se tornar efetiva.

A resposta imunológica inata ou inespecífica é aquela pela qual o organismo


responde sempre da mesma forma, qualquer que seja o agente agressor. O tipo ou
qualidade de resposta não varia, podendo modificar apenas a quantidade.
É a primeira defesa do organismo com atuação imediata contra qualquer agente.
Não determina uma imunidade permanente, apesar de poder agir por vários dias.
Os componentes da resposta inata são: barreira mecânica (barreiras epiteliais:
como tosse, espirro, microbiota, antimicrobianos, muco etc.), fagócitos atuando por
meio de quimiotaxia seguida por fagocitose(neutrófilos e macrófagos), sistema
complemento, células dendríticas e células natural killer ou NK. Esses componentes já
existem ao nascimento, não se modificando com o tempo.
A via clássica do complemento apresenta todas as características de uma resposta
inata, fazendo a ligação entre a resposta inata e a adaptativa.
As células da resposta inata apresentam receptores para estruturas que se repetem
em diferentes patógenos, não sendo necessária uma resposta tão discriminativa como para
a resposta adaptativa.

Principais barreiras contra invasão microbiana - Resposta Inata


A resposta imunológica adaptativa, específica ou adquirida é desenvolvida com
a idade, havendo necessidade do contato com o antígeno para sua aquisição. Assim, com o
tempo, essa resposta vai se modificando, tornando-se mais eficiente.
Trata-se de uma reação específica para cada antígeno, variando quanto à qualidade
e à intensidade. Seus componentes são: linfócitos, anticorpos e células efetoras.
A resposta adaptativa combate substâncias de extrema variabilidade. Suas células
apresentam receptores de alta diversidade e especificidade.
A resposta adaptativa ocorre quando a inata é insuficiente para debelar o agente
agressor. Há necessidade de maior tempo para seu início, principalmente frente aos
primeiros contatos com as substâncias.

A resposta adaptativa dá-se pela imunidade humoral e celular.


1. Imunidade humoral: caracterizada pela produção de anticorpos. Age contra
agentes extracelulares. Os principais responsáveis são proteínas
plasmáticas, as imunoglobulinas, sintetizadas por linfócitos bursa
equivalentes (B) diferenciados em plasmócitos.
2. Imunidade celular: caracterizada pela ação de células efetoras. Age contra
agentes intracelulares e extracelulares. Ocorre por ação direta de células, os
linfócitos timo-dependentes (T).

Os linfócitos são altamente específicos para cada patógeno, resultando em reações


extremamente dirigidas contra as características de cada agente agressor, havendo, por
isso, acentuada heterogeneidade nesse tipo de resposta.
Na resposta adaptativa são formados linfócitos T e B memória que permitem um
reconhecimento antigênico mais rápido e uma melhor defesa em contatos subsequentes. O
resultado é uma imunidade duradoura, protegendo o organismo contra infecções pelo
mesmo agente.
Pequenos linfócitos oriundos da célula progenitora linfóide da medula óssea
dirigem-se ao timo ou permanecem na medula, dando origem a linfócitos T e B,
respectivamente. Essas células migram para os órgãos linfóides secundários: linfonodos,
baço e tecido linfóide associado às mucosas (MALT), para que se efetue a resposta
adaptativa.
Os linfócitos T são responsáveis pela imunidade celular, enquanto os B produzem
anticorpos, os quais constituem a imunidade humoral.
A inflamação é resultante dos diferentes mecanismos da resposta imunológica na
tentativa de manter a homeostasia do organismo e recuperar os tecidos lesados. É o
resultado da ativação da resposta inata ou da inata em conjunto com a adaptativa.

As fases da resposta adaptativa são: reconhecimento do antígeno, ativação do


linfócito, eliminação do antígeno, controle da resposta (homeostasia) e memória.

A resposta imune adaptativa é desenvolvida no primeiro contato com antígeno com


a produção de anticorpos, principalmente IgM. Ao segundo contato com o mesmo antígeno,
a memória imunológica garante menor tempo necessário para a produção de anticorpos em
maior intensidade. IgG é o principal anticorpo produzido nessa fase.
Diferenças entre a imunidade inata e adaptativa
Imunologia na Medicina Veterinária

A Imunologia na Medicina Veterinária tem um papel fundamental em diversos aspectos nas


doenças que acometem os animais domésticos. Dentre eles:
✔Imunodiagnóstico: utilização de técnicas imunológicas no diagnóstico e caracterização de
agentes patogênicos
✔Imunoprofilaxia: utilização de vacinas no controle e/ou eliminação de doenças infecciosas

Além disso, as respostas imunes podem ser ineficientes, ou então lesivas, na dependência
da natureza do antígeno e das formas de estimulação do Sistema Imune. Exemplos:
doenças auto-imunes, hipersensibilidades...

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