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2023

BIOLOGIA
IMUNOLOGIA

Aluna: Késia
Prof: Daniara
Sistema
Imunológico
Sistema Imunológico

O sistema imunológico, sistema imune ou


imunitário é um conjunto de elementos
existentes no corpo humano.
Esses elementos interagem entre si e têm
como objetivo defender o corpo contra
doenças, vírus, bactérias, micróbios e
outros.
O sistema imunológico humano serve como
uma proteção, um escudo ou uma barreira
que nos protege de seres indesejáveis, os
antígenos, que tentam invadir o nosso
corpo. Assim, representa a defesa do corpo
humano.

Resposta Imune
O processo de defesa do corpo através do
sistema imunológico é chamado de resposta
imune.
Existem dois tipos de respostas imunes: a
inata, natural ou não específica e a
adquirida, adaptativa ou específica. Conheça
sobre cada tipo de resposta imune nas
explicações abaixo.

Imunidade inata,
natural ou não
específica
A imunidade inata ou natural é a nossa
primeira linha de defesa. Esse tipo de
imunidade já nasce com a pessoa,
representada por barreiras físicas, químicas
e biológicas.
Veja no quadro a seguir quais são e como
elas atuam na defesa do nosso organismo.
A imunidade nata também é representada
pelas células de defesa, como leucócitos,
neutrófilos e macrófagos, que está descrita
logo abaixo.
Os principais mecanismos da imunidade
inata são fagocitose, liberação de
mediadores inflamatórios e ativação de
proteínas.
Se a imunidade inata não funciona ou não é
suficiente, a imunidade adquirida entra em
ação.

Imunidade adquirida,
adaptativa ou
específica
A imunidade adaptativa é a defesa adquirida
ao longo da vida, tais como anticorpos e
vacinas.
Constitui mecanismos desenvolvidos para
expor as pessoas com o objetivo de fazer
evoluir as defesas do corpo. A imunidade
adaptativa age diante de algum problema
específico.
Por isso, depende da ativação de células
especializadas, os linfócitos.
Existem dois tipos de imunidade adquirida:
Imunidade humoral: depende do
reconhecimento dos antígenos, através
dos linfócitos B.
Imunidade celular: mecanismo de defesa
mediado por células, através dos
linfócitos T.

Células e órgãos
O sistema imunológico humano é formado
por diversos tipos de células e órgãos, que
são divididos da seguinte forma:

Células
As células de defesa do corpo são os
leucócitos, linfócitos e macrófagos.
Leucócitos
Os leucócitos ou glóbulos brancos são
células produzidas pela medula óssea e
linfonodos. Eles têm a função de produzir
anticorpos para proteger o organismo contra
os patógenos.
Os leucócitos são o principal agente do
sistema imunológico do nosso corpo.
São leucócitos:
Neutrófilos: envolve as células doentes e
as destroem.
Eosinófilos: agem contra parasitas.
Basófilos: relacionado com as alergias.
Fagócitos: realizam fagocitose de
patógenos.
Monócitos: penetram os tecidos para os
defender dos patógenos.

Linfócitos
Os linfócitos são um tipo de leucócito ou
glóbulo branco do sangue, responsáveis pelo
reconhecimento e destruição de
microrganismos infecciosos como bactérias
e vírus.
Existem os linfócitos B e linfócitos T.

Macrófagos
Os macrófagos são células derivadas dos
monócitos. Sua função principal é fagocitar
partículas, como restos celulares, ou
microrganismos.
Eles são os responsáveis por iniciar a
resposta imunitária.

Órgãos
Os órgãos do sistema imunológico são
divididos em órgãos imunitários primários e
secundários.
Órgãos imunitários
primários
Nestes órgãos ocorre a produção dos
linfócitos:
Medula óssea: tecido mole que preenche o
interior dos ossos. Local de produção dos
elementos figurados do sangue, como
hemácias, leucócitos e plaquetas.
Timo: glândula localizada na cavidade
torácica, no mediastino. Sua função é o
promover o desenvolvimento dos
linfócitos T.
Órgãos imunitários
secundários
Nestes órgãos é iniciada a resposta imune:
Linfonodos: pequenas estruturas formadas
por tecido linfoide, que se encontram no
trajeto dos vasos linfáticos e estão
espalhadas pelo corpo. Eles realizam a
filtragem da linfa.
Baço: filtra o sangue, expondo-o aos
macrófagos e linfócitos que, através da
fagocitose, destroem partículas
estranhas, microrganismos invasores,
hemácias e demais células sanguíneas
mortas.
Tonsilas: constituídas por tecido linfoide,
ricas em glóbulos brancos.
Apêndice: pequeno órgão linfático, com
grande concentração de glóbulos brancos.
Placas de Peyer: acúmulo de tecido
linfoide que está associado ao intestino.
Sistema imunológico
baixo
Quando o sistema imunológico não funciona
adequadamente, ele diminui a sua
capacidade de defender o nosso corpo.
Assim, ficamos mais vulneráveis às doenças,
tais como amigdalites ou estomatites,
candidíase, infecções na pele, otites, herpes,
gripes e resfriados.
Para fortalecer o sistema imunológico e
evitar problemas com baixa imunidade, é
preciso atenção especial com a alimentação.
Algumas frutas ajudam no aumento da
imunidade, como a maçã, laranja e kiwi, que
são frutas cítricas. A ingestão de ômega 3
também é um aliado para o sistema
imunológico.
É importante, ainda, praticar exercícios,
beber água e tomar sol com moderação.
Imunologia
A Imunologia, como o nome sugere, é a
ciência responsável pelo estudo do sistema
imunológico e suas funções. Ela se atém à
análise de processos relativos à defesa do
organismo contra agentes estranhos
(antígenos) e, dessa forma, permite a
prevenção, o diagnóstico e o tratamento de
doenças e também de alergias.

O sistema imune é complexo e envolve a


relação entre tecidos, células e mediadores
químicos, capazes de responder à presença
dos antígenos. Na grande maioria dos casos,
ele os reconhece, enviando respostas
específicas para a sua neutralização,
metabolização e eliminação. Em um novo
contato com o mesmo antígeno, o sistema
age de forma mais rápida e eficiente e, em
alguns casos, por criar resistência a ele,
inviabiliza reinfecções.
Conheça 03 Doenças
Do Sistema Imunológico
Doença de Crohn
A doença de Crohn é uma patologia
inflamatória que afeta predominantemente a
parte inferior do intestino delgado e
intestino grosso, mas que também pode
afetar qualquer parte do trato
gastrointestinal. Ela é considerada crônica e
provavelmente provocada por desregulação
do sistema imunológico.
A doença habitualmente causa diarreia,
cólica abdominal, febre e sangramento retal,
além de provocar a perda de peso e de
apetite. O tratamento terapêutico é
direcionado a reprimir o processo
inflamatório desregulado, no entanto, não
cura a doença, que é crônica. Esse
tratamento já pode ser feito a partir de
infusões medicinais reduzindo sinais e
sintomas e induzindo e mantendo a remissão
do quadro.
Doença celíaca
Conforme a OMS (Organização Mundial da
Saúde), 1% da população é diagnosticada
com a doença celíaca, entretanto, há muitos
casos de pessoas ao redor do mundo com
essa condição, porém sem diagnóstico.
A causa principal da doença celíaca é a
intolerância ao glúten, uma proteína
encontrada no trigo, na aveia, cevada, no
centeio e em seus derivados. Os principais
sintomas dessa condição são dor abdominal,
diarreia, flatulência, náusea, fadiga, anemia,
entre outros.
É importante saber que a doença celíaca é
diferente da sensibilidade ao glúten, pois
danifica o intestino delgado. Quem possui
tal doença sofre uma agressão à mucosa
intestinal, que é variável de pessoa para
pessoa.
Nesses quadros, os anticorpos atacam a
proteína, causando assim, a inflamação no
local, atrofia das vilosidades intestinais e,
consequente, deficiência de absorção de
nutrientes. O tratamento abrange uma dieta
com total ausência de glúten. Quando a
proteína é excluída da alimentação, os
sintomas tendem a desaparecer.
Suplementação alimentar também pode ser
necessária.

Síndrome de Sjögren
Também conhecida como exocrinopatia
autoimune, trata-se de uma doença
reumática autoimune comum, cujo alvo
equivocado do sistema imunológico são as
glândulas responsáveis pela produção de
lágrimas e saliva.
Há estimativas de que essa condição atinja
aproximadamente 2% da população mundial.
Entre seus sintomas característicos, estão
secura excessiva dos olhos, da boca e de
outras membranas mucosas.
Ela pode se manifestar em pessoas de
qualquer faixa etária, entretanto, em torno
de 90% dos casos ocorrem no público
feminino de meia-idade. Seu tratamento
costuma incluir estratégicas para aliviar a
secura, administração de fármacos, medidas
de proteção aos olhos, aumento na ingestão
de líquidos, entre outras ações.

Quem criou a primeira


vacina?
A primeira vacina de que se tem registro foi
criada por Edward Jenner no século XVIII.
Jenner nasceu em maio de 1749, na
Inglaterra, e dedicou cerca de 20 anos de
sua vida aos estudos sobre varíola. Em 1796
realizou uma experiencia que permitiu a
descoberta da vacina e em 1798 divulgou seu
trabalho “Um Inquérito sobre as Causas e os
Efeitos da Vacina da Varíola”, mudando, a
partir daí, completamente a ideia de
prevenção contra doenças.

Como foi criada a


primeira vacina?
A primeira vacina surgiu a partir dos
estudos realizados pelo médico inglês
Edward Jenner. Ele observou pessoas que se
contaminaram, ao ordenharem vacas, por
uma doença de gado e chegou à conclusão
de que essas pessoas tornavam-se imunes à
varíola. A doença, chamada de cowpox,
assemelhava-se à varíola humana pela
formação de pústulas (lesões com pus).
Diante dessa observação, em 1796, Jenner
inoculou o pus presente em uma lesão de
uma ordenhadora chamada Sarah Nelmes,
que possuía a doença (cowpox), em um
garoto de oito anos de nome James Phipps.
Phipps adquiriu a infecção de forma leve e,
após dez dias, estava curado.
Posteriormente, Jenner inoculou em Phipps
pus de uma pessoa com varíola, e o garoto
nada sofreu. Surgia aí a primeira vacina.
médico continuou sua experiência,
repetindo o processo em mais pessoas. Em
1798, comunicou sua descoberta em um
trabalho intitulado “Um Inquérito sobre as
Causas e os Efeitos da Vacina da Varíola”.
Apesar de enfrentar resistência, em pouco
tempo, sua descoberta foi reconhecida e
espalhou-se pelo mundo. Em 1799, foi criado
o primeiro instituto vacínico em Londres e,
em 1800, a Marinha britânica começou a
adotar a vacinação. A vacina chegou ao
Brasil em 1804, trazida pelo Marquês de
Barbacena.
O que é a vacina?
A vacina é uma importante forma de
imunização ativa (quando o próprio corpo
produz os anticorpos) e baseia-se na
introdução do agente causador da doença
(atenuado ou inativado) ou substâncias que
esses agentes produzem no corpo de uma
pessoa de modo a estimular a produção de
anticorpos e células de memória pelo
sistema imunológico. Por causa da produção
de anticorpos e células de memória, a vacina
garante que, quando o agente causador da
doença infecte o corpo dessa pessoa, ela já
esteja preparada para responder de maneira
rápida, antes mesmo do surgimento dos
sintomas da doença. A vacina é, portanto,
uma importante forma de prevenção contra
doenças.
Poliomielite, tétano, coqueluche, sarampo,
rubéola, gripe, febre amarela, difteria e
hepatite B são exemplos de doenças que
podem ser prevenidas atualmente pela
vacinação.
O que é o soro?
Os soros, por sua vez, não promovem uma
imunização ativa, uma vez que, nesses
casos, são inoculados anticorpos
previamente produzidos em outro
organismo. No caso dos soros, dizemos que
ocorre uma imunização passiva.
Eles são conhecidos principalmente pela sua
atuação no tratamento de peçonha de
cobras e aranhas, porém também são
produzidos para tratar algumas toxinas
bacterianas e a rejeição de órgãos
transplantados (soro antitimocitário). Os
soros são usados em casos em que há
necessidade de tratamento rápido, ou seja,
quando não é possível esperar a produção de
anticorpos pelo nosso corpo.
A produção de soro é realizada no corpo de
outro ser vivo, que normalmente é um
mamífero de grande porte, como um cavalo.
Injeta-se nesse animal, em doses
controladas, o antígeno contra o qual aquele
organismo deve produzir anticorpos.
Assim que os anticorpos são produzidos,
parte do sangue do animal é retirada e o
plasma separado para a análise de controle
de qualidade. As hemácias, leucócitos e
plaquetas retiradas são colocadas
novamente no animal.
O soro, diferentemente da vacina, não
possui função preventiva, sendo usado
apenas como forma de cura. Também é
importante destacar que o uso frequente de
soros pode causar problemas de saúde, uma
vez que o corpo pode identificar os
anticorpos do soro como antígenos e
desencadear a produção de anticorpos
contra ele.

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