Você está na página 1de 17

DISCIPLINA DE IMUNOLOGIA.

Conceito de imunologia.
Imunologia é o campo da biologia que estuda o sistema imunológico dos seres vivos e
sua habilidade de responder à ação de agentes patogênicos. A imunologia baseia-se em
como o próprio corpo se defende de doenças infecciosas causadas por microrganismos,
tais como bactérias, vírus, protozoários e fungos, e também organismos parasitas, como
os vermes.

A imunologia clássica é uma união entre as áreas de epidemiologia e medicina, e


estuda a relação entre os sistemas corporais, agentes patogênicos e a imunidade. Já
a imunologia clínica é o estudo de doenças causadas por perturbações do sistema
imune. Envolve doenças no sistema imune e de outros sistemas do corpo, nos quais as
reações imunológicas desempenham um papel de bastante destaque. Por sua vez, a
imunoterapia é a utilização de componentes do sistema imune para o tratamento de
doenças como o câncer, deficiências imunológicas ou outras doenças autoimunes.

Histórico
A palavra imunidade, de origem latina, significa “isento” ou “livre”, e refere-se aos
mecanismos utilizados pelo organismo como proteção contra agentes presentes no
ambiente e estranhos ao corpo. Os primeiros relatos históricos sobre imunidade foram
feitas pelo historiador ateniense Tucídides em 430 a.C. Durante a “praga de Atena”,
Tucídides observou que aqueles, que haviam contraído a praga e se recuperado,
conseguiam cuidar dos doentes sem contrair a doença pela segunda vez.

O surgimento da imunologia é atribuído ao médico inglês Edward Jenner pela


elucidação do primeiro processo de imunização no final do século XVIII. Jenner
comprovou que a varíola bovina, também chamada de vacínia, doença relativamente
branda, conferia proteção contra a varíola humana, comumente fatal. Em 1796, ele
demonstrou sua teoria inoculando um menino de 8 anos com varíola bovina. Quando
mais tarde o garoto foi inoculado intencionalmente com varíola humana, a doença não
se desenvolveu. Na China, no Sudão e em outros países, procedimentos semelhantes ao
desenvolvido por Jenner já vinham sendo usados popularmente para proteção contra
varíola. A esse processo deu-se o nome de variolação, mais tarde conhecido
por vacinação.

Importância da imunologia.

Sendo uma disciplina que vela pela análise de processos relativos à defesa do organismo
contra agentes estranhos (antígenos). Ela tem a sua na realização de exames, permite
também a prevenção, o diagnóstico e o tratamento de doenças e também de alergias.

Resposta Imune;

É chamado de resposta imune, o processo de defesa do corpo através do sistema


imunológico. Existem dois tipos de respostas imunes: a inata, natural ou não específica
e a adquirida, adaptativa ou específica.

Biomédico: Anthony Muenho Pá gina 1


Hipersensibilidade:

A hipersensibilidade refere-se à alteração de um tecido causada por uma resposta imune


que ocorre de forma exagerada ou inapropriada. As reações de hipersensibilidade são
respostas imunes protetoras que algumas vezes resultam em reações inflamatórias e
dano tecidual.

As doenças de hipersensibilidade são classificadas baseadas no mecanismo imunológico


principal que é responsável pela lesão tecidual e a doença.

Tipos de hipersensibilidade.

Hipersensibilidade imediata tipo 1, a mais comum, é uma reação rápida da musculatura


lisa e vascular, mediada por lgE e pelos mastocitos. Ela é geralmente seguida por uma
reação tardia, uma inflamação que acontece em alguns pacientes quando encontra com
certos antígenos estranhos,  que foram expostos previamente. Estas reações de
hipersensibilidade do tipo l são chamadas de alergia ou atopia. Normalmente ela se
manifesta por febre, alergia aos alimentos, asma, anafilaxia.

Hipersensibilidade do tipo 2. são anticorpos contra antígenos próprios. A produção de


auto-anticorpos causa uma falha da auto-tolerância. Exemplos de doenças resultadas por
antígenos microbianos que possuem uma reação cruzada com um antígeno doorganismo
são a febre reumática.Outros exemplos de doenças relacionadas a hipersensibilidade do
tipo ll são: doença hemofílica do recém -nascido, doença de Graves e Miastenia gravis.

Hipersensibilidade do tipo 3 Doença causada por complexos imunes  que se depositam


nos tecidos ,são formados por anticorpos. Os complexos imunes se depositam nos vasos
sanguíneos em locais como ramificações dos vasos ou de alta pressão, glomérulos
renais. Por esta razão, as doenças causadas pela hipersensibilidade do tipo lll tendem a
ser sistêmicas e, normalmente, manifestam-se como uma extensa vasculhe, artrite e
nefrite. O depósito de complexos imunes acontece quando há infecções persistentes,
doenças auto-imunes e antígenos inalados.

Hipersensibilidade do tipo 4 Doença causada por linfócito T, a maioria das doenças


deste tipo aparenta ser causada por autoimunidade. As reações auto-imunes acontecem
contra os antígenos celulares com distribuição tecidual restrita. Por isso, elas tendem a
ser limitadas a uns poucos órgãos, e não são usualmente sistêmicas. As lesão tecidual
também pode acompanhar as respostas usuais das células T aos micróbios. Um exemplo
é a tuberculose, onde há uma resposta imune mediada pela célula T contra o M.
tuberculose.

As doenças mediadas por linfócitos T aparecem normalmente após 48-72 horas da


exposição antigênica e por esta razão são chamadas de reações retardadas. Outro
exemplo deste tipo de reação são as dermatites de contato.

Biomédico: Anthony Muenho Pá gina 2


Conceitoeditareditar código-fonte

As células responsáveis pela imunidade são os linfócitos e os fagócitos. Os linfócitos


podem apresentar-se como linfócitos T ou linfócitos B (estes são responsáveis pela
produção de anticorpos), as células T citotóxicas (CD8) destroem células infectadas por
vírus e os linfócitos T auxiliares (CD4) coordenam as respostas imunes. Além das
defesas internas existem também defesas externas (Ex: pele – barreira física, ácidos
gordos e comensais). As defesas externas são a primeira barreira contra muitos
organismos agressores. No entanto, muitos conseguem penetrar, activando assim as
defesas internas do organismo. O sistema imune pode sofrer um desequilíbrio que se
apresenta como imunodeficiência, hipersensibilidade ou doença auto-imune.

As respostas imunes podem ser adaptativas ou inatas: as respostas adaptativas reagem


melhor cada vez que encontram um determinado patógeno e a resposta inata, ao
contrário da adaptativa, sempre dá a mesma resposta mesmo quando é exposta várias
vezes ao patógeno. Os fagócitos coordenam as respostas inatas e os linfócitos
coordenam as respostas imunes adaptativas.

Os principais componentes do sistema imune são as células T, células B, linfócitos


grandes granulares (células NK), fagócitos mononucleares (monócitos), neutrófilos,
eosinófilos, basófilos, mastócitos (denominação dos basófilos infundidos nos tecidos),
plaquetas e células teciduais.

Os linfócitos T e B são responsáveis pelo reconhecimento específico dos antigénios.


Cada célula B está geneticamente programada para codificar um receptor de superfície
específico para um determinado antígeno, os linfócitos T constituem várias
subpopulações diferentes com uma variedade de funções.

As células citotóxicas reconhecem e destroem outras células que se tornaram infectadas.


Essas células são: Ta¹, Ta², Tc e LGG. As células auxiliares que controlam a inflamação
são: basófilos, mastócitos e plaquetas. Os basófilos e mastócitos possuem
granulosidades no seu citoplasma e uma série de mediadores que provocam inflamação
nos tecidos circundantes. As plaquetas também podem liberar mediadores inflamatórios
quando activadas durante a trombogénese ou por complexos antígeno-anticorpo.

As moléculas envolvidas no desenvolvimento da resposta imune compreendem os


anticorpos e as citosinas, produzidas pelos linfócitos, e uma ampla variedade de outras
moléculas conhecidas como proteínas de fase aguda, porque as suas concentrações
séricas elevam-se rapidamente durante a infecção. As moléculas que promovem a
fagocitose são conhecidas como opsoninas. O sistema complementar é um conjunto de
aproximadamente 20 proteína séricacieínas séricas cuja principal função é o controle do
processo inflamatório. As proteínas deste sistema promovem a fagocitose, controlam a
inflamação e interagem com os anticorpos na resposta imune. As citosinas são
moléculas diversas que fornecem sinais para os linfócitos, fagócitos e outras células do
organismo. Todas as citosinas são proteínas ou péptidos, algumas contendo
glicoproteínas.

Biomédico: Anthony Muenho Pá gina 3


Os principais grupos de citosinas são: interferons (IFNs) (limitam a propagação de
certas infecções virais), interleucinas (ILs) (a maioria delas está envolvida na indução
de divisão e diferenciação de outras células), fatores estimuladores de colónias (CSFs)
(divisão e diferenciação das células-tronco na medula óssea e dos precursores dos
leucócitos sanguíneos), quimiocinas (direcciona a movimentação das células pelo
organismo) e outras citosinas (são particularmente importantes nas reacções
inflamatórias e citotóxicas).

Anticorposeditareditar código-fonte.

Os anticorpos são glicoproteínas produzidas quando a célula-mestra reconhece a


presença de um antígeno. Essa, um linfócito, é um tipo de leucócito dividido em dois
grupos que irão variar de acordo com a necessidade ou não da passagem pelo timo para
a maturação.

Linfoide, bilobado e esponjoso, o timo é um órgão situado acima do coração e logo


atrás do esterno. Os linfócitos T precisam passar pelo timo e não formam anticorpos,
mas atuam na imunidade celular. Os linfócitos B, por sua vez, não precisam passar pelo
timo, e são responsáveis pela produção dos anticorpos conhecidos como circulantes,
responsáveis pela imunidade humoral.

As moléculas de anticorpos tem a forma de um Y e são constituídas de quatro cadeias


de aminoácidos, sendo duas delas leves e curtas, e duas pesadas e longas, que são unidas
por pontes dissulfídicas.

A sequência de aminoácidos de um anticorpo é igual em todos eles, sendo variável


somente em uma parte que irá determinar a especificidade desse anticorpo,
representando ainda a região de combinação com os antígenos.

Quando formado, o linfócito, mesmo imaturo, já apresenta os anticorpos específicos e,


ao encontrar o antígeno específico para os anticorpos, ambos se unem. Neste processo, o
linfócito é ativado e passa pela divisão e diferenciação.

O linfócito é, então, multiplicado produzindo os plasmócitos e as células de memória.


Enquanto os primeiros produzem os anticorpos circulantes, os últimos são responsáveis
por circular secretando anticorpos.

Os principais anticorpos produzidos no corpo humano são:

 IgG: anticorpo mais abundante do plasma, o único capaz de atravessar a


placenta, neutralização de toxinas, predomina nas respostas secundárias.
(Anticorpo de memória);

 IgA: presente na lágrima, na saliva, nas secreções do trato digestivo, respiratório


e urogenital, assim como no leite materno;

 IgM: é o primeiro anticorpo a ser produzido, sendo muito importante na


neutralização de agentes infecciosos, resposta imuno aguda (primária);

Biomédico: Anthony Muenho Pá gina 4


 IgE: participa da defesa contra parasitas, especialmente contra helmintos, sendo
responsável também pelo desencadeamento de alergias;

 IgD: anticorpo menos abundante do plasma, tem suas funções pouco conhecidas.

Anticorpos monoclonais

Em 1975, Georges Kohler e Cesar Milstein planejaram um método para a preparação do


anticorpo monoclonal (Ac mo) ou Monoclonal antibodies (mab or moAb), através da
fusão da célula B ativada normal produtora de anticorpo com uma célula do mieloma
(uma célula b plasmática cancerosa). Neste evento, produziram uma célula híbrida
(hibridoma), que possuía as propriedades de crescimento imortal da célula do mieloma e
secretava o Ac produzido pela célula B.

Antígenoseditareditar código-fonte

Os antígenos são as substâncias que estimulam a produção dos anticorpos e, além disso,
que reagem especificamente com eles. Essa substância pode ser uma proteína, um
polissacarídeo ou um complexo que contenha as duas substâncias citadas. Os antígenos,
normalmente, são

Os vírus, as bactérias, substâncias presentes na saliva de insectos inoculadas por suas


picadas, ou ainda por porções de alimentos que não são totalmente digeridas. O
reconhecimento do antígeno é a base principal de todas as respostas imunes adaptativas.
O ponto essencial a ser considerado com relação ao antígeno é que a estrutura é a força
iniciadora e condutora de todas as respostas imunes. O sistema imune evoluiu com a
finalidade de reconhecer os antígenos e destruir e eliminar a sua fonte. Quando o
antígeno é eliminado, o sistema imune é desligado.

A selecção clonal envolve a proliferação de células que reconhecem um antígeno


específico. Quando um antígeno se liga às poucas células que podem reconhecê-lo, estas
são rapidamente induzidas a proliferar e em poucos dias existirá uma quantidade
suficiente delas para elaborar uma resposta imune adequada.

Quando os antígenos são macromoléculas estas possuem regiões específicas de ligação


ao antígeno denominadas de determinantes antigênicos ou epítopos. A maioria dos
linfócitos T reconhecem antígenos peptídicos que estão ligados e são apresentados pelas
moléculas do complexo de Histocompatibilidade maior (MHC). Os linfócitos B usam os
anticorpos ligados à membrana para reconhecer uma ampla variedade de antígenos,
incluindo proteínas, polissacarídeos, lipídios.

Os antígenos podem ser reconhecidas pelas células T, células B ou ambas através de


receptores representados por anticorpo ou TCR (receptor de célula T) particular.

 Antígeno completo ou imunógeno: é capaz de activar uma resposta imune;

 Antígeno incompleto: não é capaz de activar uma resposta imune.

Biomédico: Anthony Muenho Pá gina 5


Antígenos T-independentes.

São aqueles que possuem a capacidade de estimular células B a produzirem anticorpos


sem a necessidade da activação da célula T auxiliar, que normalmente dá o segundo
sinal para a deflagração da resposta imune (o primeiro sinal é dado pelo antígeno). Em
geral são polímeros com numerosos determinantes antigênicos repetidos e não
produzem memória imunológica.

Interacção antígeno-anticorpo

Os antígenos possuem estruturas químicas que favorecem a complementaridade com o


anticorpo, através de ligações não-covalentes. Essas interacções são semelhantes ao que
acontece com reacções envolvendo enzimas. Portanto são reversíveis e possuem
afinidades diferentes com diversas substâncias. Como um anticorpo pode se relacionar
com antígenos com afinidades diversas, ele pode ligar-se com um que não seja o seu
antígeno de melhor complementariedade através de ligações mais fracas com regiões
semelhantes, mas não idênticas, àquele que o induziu. Essa ligação é chamada de
reacção cruzada.

Superantígenos

Normalmente um antígeno T-dependente é capaz de activar apenas uma pequena


fracção de células T (activação monoclonal ou oligoclonal). Porém, existem alguns
antígenos que podem activar vários clones de células T. Esses antígenos capazes de
fazer uma activação policlonal são chamados de superantígenos. Eles ligam-se fora da
fenda de ligação do MHC e à cadeia β do TCR e respondem de modo forte. Essa
superestimulação é responsável pela selecção negativa de alguns tipos de células T no
Timo.

O que é imunidade

Imunidade é um termo genérico que designa uma série de mecanismos presentes no


organismo humano que têm como função realizar a defesa do corpo contra a invasão de
agentes patogênicos, tais como vírus, bactérias e protozoários. Ocorrências comuns e às
vezes dolorosas, como a inflamação da garganta ou a formação de pus numa área
infectada são na verdade sinais da acção do sistema imunológico tentando restringir a
acção de um micro-organismo invasor.

Tipos de imunidade

De maneira geral, existem dois tipos de imunidade: inata e adquirida.

Imunidade inata

A imunidade inata é aquela que o ser humano traz desde o nascimento. Este tipo de
imunidade não possui a chamada memória imunológica e sua

Biomédico: Anthony Muenho Pá gina 6


resposta à invasão de micro-organismos é inespecífica, pois ataca os patógenos de
maneira sempre igual, como primeira e mais rápida linha de acção protectora. Há três
tipos de componentes da imunidade inata: físico-químicos (pele, mucosas, cílios),
celulares (glóbulos brancos ou leucócitos) e humorais (enzimas das secreções, mucosas
e sangue).

Imunidade adquirida

A imunidade adquirida, por outro lado, diz respeito às adaptações realizadas pelo
organismo para o combate específico de certos patógenos. Neste caso, falamos de
memória imunológica, pois os leucócitos - células que compõem este tipo de
imunidade - armazenam informações sobre o enfrentamento de um determinado invasor
e, assim, melhoram suas chances de controle do micro-organismo em caso de nova
invasão. Esta forma de imunidade pode ser adquirida após uma infecção inicial, ou
seja, após contrair dengue, o organismo do paciente desenvolve anticorpos específicos
para aquela cepa do vírus e não mais sofrerá com ela numa segunda infecção. Além
disso, a imunidade pode ser adquirida ao se tomar uma vacina, que insere o patógeno
inativado no corpo para que ele desenvolva anticorpos.

Imunidade baixa

Fala-se em imunidade baixa - cientificamente chamada imunodeficiência - quando o


organismo do paciente está com o sistema imunológico fragilizado. Normalmente, isto
ocorre por conta de uma doença crónica ou passageira. A doença mais conhecida que
provoca baixa imunológica é a Aids (síndrome da imunodeficiência adquirida).
Distúrbios do sono e quadros de depressão também estão nesta lista. Além disso,
alguns hábitos de vida, tais como sedentarismo, tabagismo, consumo exagerado de
álcool, estrese e má alimentação reduzem as defesas do organismo.

Riscos da imunidade baixa

A redução da imunidade torna o corpo mais susceptível a infecções bacterianas e


virais, entre outras. É por conta dessa perda da eficiência do sistema imunológico que a
Aids é uma doença grave, pois a baixa imunológica é tão significativa que o paciente
fica vulnerável e até infecções hoje de simples tratamento podem levá-lo à morte.
Actualmente,

O tratamento anti-retroviral, ao reduzir a carga viral do HIV, também aumenta a


capacidade imunológica do portador de Aids.

Como aumentar a imunidade

Pessoas com imunidade baixa podem aumentar sua imunidade apenas com acções
diárias como a prática regular de actividade física e a adopção de uma dieta
balanceada. Além disso, a moderação no consumo de álcool e a interrupção do
tabagismo também elevam a imunidade. Por fim, alimentos ricos em vitamina C ou
suplementos desta substância - que só devem ser usados sob prescrição médica - são
importantes aliados na busca por elevar a imunidade.

Biomédico: Anthony Muenho Pá gina 7


O que são doenças auto-imunes

Doenças auto-imunes são condições que desregulam o sistema imunológico fazendo


com que ele passe a reconhecer o próprio organismo como invasor e atacá-lo. Existem
diversas doenças auto-imunes. Entre elas estão anemia e diabetes tipo 1.

Hematopoiese, também conhecida como hemopoiese, é o processo de formação,


desenvolvimento e maturação dos elementos figurados do sangue (eritrócitos, leucócitos
e plaquetas) a partir de um precursor celular comum e indiferenciado conhecido como
célula hematopoiética pluripotente, célula-tronco ou stem-cell. As células-tronco, que no
adulto encontram-se na medula óssea, são as responsáveis por formar todas as células e
derivados celulares que circulam no sangue.

Abrange o estudo de todos os fenómenos relacionados com a origem, com a


multiplicação e a maturação das células primordial.

dividindo em dois períodos:

1. Período Embrionário e Fetal: Iniciando no primeiro mês de vida pré-natal, surgem


as primeiras células fora do embrião, são os eritroblastos primitivos. Na sexta semana,
tem início a hematopoiese no fígado; o principal órgão hematopoiético nas etapas inicial
e intermediária da vida fetal. Na fase intermediária da vida fetal, o baço e os nodos
linfáticos desempenham um papel menor na hematopoiese, mas o fígado continua a
dominar essa função. Na segunda metade da vida fetal, a medula óssea torna-se cada
vez mais importante para a produção de células sanguíneas.

2. Período Pós-natal: Logo após o nascimento, cessa a hematopoiese no fígado, e a


medula passa a ser o único local de produção de eritrócitos, granulócitos e plaquetas. As
células-tronco e as células progenitoras são mantidas na medula óssea. Os linfócitos B
continuam a ser produzidos na medula e órgãos linfóides secundários e os linfócitos T
são produzidos no timo e também nos órgãos linfóides secundários. Ao nascer o espaço
medular total é ocupado pela medula vermelha; na infância apenas parte desse espaço
será necessária para a hematopoiese; o espaço restante fica ocupado pelas células de
gordura. Mais tarde apenas os ossos chatos (crânio, vértebras, gradil torácico, ombro e
pelve) e as partes proximais dos ossos longos (fêmures e úmeros) serão locais de
formação de sangue.

Hematopoiese em humanos

Local de formação

Nas primeiras semanas de gestação (aproximadamente 19° dia), o saco vitelino que é o
principal local de hematopoiese. De seis semanas até seis a sete meses de vida fetal, o
fígado e o baço são os principais órgãos. envolvidos e continuam a produzir os
elementos figurados do sangue até cerca de duas semanas após o nascimento. A medula
óssea dos ossos chatos é o local mais importante a partir de seis a sete meses de vida
fetal e, durante a infância e a vida adulta, é a única fonte de novos elementos figurados.
As células em desenvolvimento estão situadas fora dos seios da medula óssea, enquanto
as maduras são liberadas nos espaços sinusais e na microcirculação medular e, a partir
daí, na circulação geral.

Biomédico: Anthony Muenho Pá gina 8


No período da lactação, toda a medula óssea é hematopoiética, mas durante a infância
há substituição progressiva da medula por gordura nos ossos longos, de modo que a
medula hematopoiética no adulto é confinada ao esqueleto central e às extremidades
proximais do fêmur e do úmero. Mesmo nessas regiões hematopoiéticas,
aproximadamente 50% da medula é de gordura. A medula óssea gordurosa é capaz de
reverter para hematopoiese e, em muitas doenças, também há expansão da mesma nos
ossos longos. Além disso, o fígado e o baço podem retomar seu papel hematopoiético
fetal (hematopoiese extramedular).

Tecido Hematopoiético

A hematopoiese é função do tecido hematopoiético, que aporta a celularidade e o


microambiente tissular necessários para gerar os diferentes constituintes do sangue. No
adulto, o tecido hematopoiético forma parte da medula óssea (medula vermelha) e é o
local onde ocorre a hematopoiese normal.

O local onde ocorre a hematopoiese varia durante a ontogênese. Assim, observamos três
fases sequenciais de locais hematopoiéticos:

1. Fase mesoblástica: Fase inicial, no pedúnculo do tronco e saco vitelino. Ambas


estruturas tem poucos mm. de longitude, ocorre na 2ª semana embrionária.
2. Fase hepática: Na 6ª semana de vida embrionária.
3. Fase mieloide: O baço e a medula óssea fetal

Somente resumindo, o tecido hematopoiético é o formador dos elementos figurados do


sangue.

Órgãos hematopoiéticos

Esses órgãos são:

 Medula óssea(No adulto);


 Linfonodos (gânglios linfáticos);
 Baço e fígado( Na criança);

Medula óssea

A medula óssea é o órgão mais importante da génese dos diversos elementos figurados
do sangue, pois lá estão as células-tronco que dão origem a células progenitoras de
linhagens mielocíticas, linfocítica, megacariócitos e eritroblastos.

Diferenciação sanguínea

Os histologistas do século XIX e princípios do XX classificavam as células do sangue


em duas categorias, segundo seu suposto lugar de origem: médula óssea ou órgãos
linfoides (gânglios linfáticos, baço ou timo).

Biomédico: Anthony Muenho Pá gina 9


Com algumas correções, pois não se considera válida a suposição de una origem dual
das células sanguíneas. A teoria atual aponta que todas têm uma origem única e comum
na medula óssea, tal classificação segue vigente:

Leucócitos granulares são: neutrófilos, basófilos ,eosinófilos) e monócitos-macrófagos.


O desenvolvimento de tais elementos se conhece como mielopoiese e parte de uma
célula mãe precursora comum. A "estirpe linfoide", compreende unicamente aos
linfócitos, que podem ser de dois tipos: linfócitos B e linfócitos T (existe ainda um
terceiro tipo,os linfócitos NK). O desenvolvimento destas células se denomina
linfopoiese.

Mielopoiese

Se denomina assim ao processo de formação de células granulocíticas: (Eosinófilos,


Basófilos e Neutrófilos)a partir de uma célula única sendo chamados de unidade de
colônias granulocíticas( UFC-G).

Evolução Celular:

 Mieloblasto
 Promielócito
 Mielócito
 Metamielócito
 Bastonete
 Segmentados (eosinófilo, basófilo ou neutrófilo)

Monopoiese

Por monopoiese se conhece a formação dos monócitos a partir das UFC-M (unidade
formadora de colônias monocíticas ou monócitos). Sua formação está caracterizada por
duas fases de maturação que se consideram as mais importantes:

 Monoblastos
 Promonócitos

Os monócitos podem se localizar como células fixas em órgãos como no baço, alvéolos
pulmonares, e nas células de Kupffer do fígado. Sua função principal consiste em
fagocitar bactérias, micobactérias, fungos, protozoários ou vírus.

Trombopoiese

Este é o processo mediante o qual se geram as plaquetas que promovem a coagulação


para impedir a perda de sangue em caso de uma lesão vascular. Partes do citoplasma do
megacariócito dão origem às plaquetas, responsáveis pela coagulação sanguínea.

Evolução Celular:

 Megacarioblasto
 Megacariócito
 Plaquetas

Biomédico: Anthony Muenho Pá gina 10


Eritropoiese

A eritropoiese é o processo que se corresponde a geração ou produção dos eritrócitos


(ou hemácias também chamados de glóbulos vermelhos). Este processo nos seres
humanos ocorre em diferentes lugares dependendo da idade da pessoa.

O processo se inicia com uma célula mãe que gera, por bipartição dupla, 4 células
diferenciadas para produzir eritrócitos que mediante diferentes mecanismos enzimáticos
chega a formação de reticulócitos e três dias depois se transformam em hemácias
maduras anucleadas. A vida média de um eritrócito é de 120 dias.

Linfopoiese

É o processo mediante o qual se formam os linfócitos. Engloba os linfócitos T e B.Os


linfócitos B saem maduros da medula óssea enquanto os linfócitos T precisam migrar
para o Timo onde irão sofrer o processo de maturação.Os linfócitos B ainda se
diferenciam em plasmócitos quando encontram um antígeno num órgão linfo ide
secundário e secretam anticorpos nos tecidos.

O sangue é um tecido muito importante para o organismo humano, pois está relacionado
principalmente com o transporte de nutrientes e oxigênio para as células do corpo.
Ele é formado basicamente por plasma, uma substância rica em água, e elementos
figurados, que incluem os leucócitos, as plaquetas e os eritrócitos.

Os eritrócitos, também chamados de glóbulos vermelhos ou hemácias, possuem grande


flexibilidade, formato arredondado e forma de disco bicôncavo, isto é, apresentam
centros mais finos e bordas mais espessas. Quando maduras, essas células não possuem
núcleo nem algumas organelas, como é o caso das mitocôndrias.

Em virtude da ausência dessas estruturas na maturidade, os eritrócitos sobrevivem por


um período limitado de tempo, cerca de 120 dias. Após esse período, são levados até o
baço onde ocorre a sua destruição. É importante destacar que os componentes dos
eritrócitos são reaproveitados para a formação de novas células.

A principal característica dos eritrócitos é a presença de uma proteína rica em ferro: a


hemoglobina. Essa proteína garante o transporte de oxigênio e também faz com que o
sangue adquira sua coloração vermelha característica.

Um problema bastante comum relacionado com os eritrócitos é a anemia, que é causada


pela diminuição da quantidade de hemoglobina no sangue. Em grande parte dos casos,
esse problema ocorre como consequência da destruição de eritrócitos, produção baixa
ou, ainda, falta de substâncias necessárias para a síntese de hemoglobina. Vale destacar
que a anemia pode ser decorrente de perda de sangue exagerada (hemorragias) ou até
mesmo de defeitos na medula óssea.A forma mais comum de anemia é aquela em que
ocorre uma baixa produção de hemoglobina. Esse processo é desencadeado pela falta de
ferro na alimentação, uma substância que é fundamental para a produção dessa proteína.
Nesses casos, o tratamento indicado é a ingestão de sulfato ferroso e alimentos ricos em
ferro.

Biomédico: Anthony Muenho Pá gina 11


Uma pessoa anêmica apresenta como principal problema o transporte deficiente de
oxigênio para as células. Sem oxigênio, as células não conseguem produzir energia
suficiente para que o organismo funcione adequadamente e, portanto, os pacientes
passam a apresentar fraqueza, cansaço, falta de ar, pele pálida, entre outros sintomas.

Além do tipo de anemia apresentado, existe ainda a anemia falciforme, uma forma
menos comum e hereditária. Nesses casos, o eritrócito, em vez

de apresentar formato bicôncavo, possui formato de foice (veja a imagem acima). Essa
célula é menos flexível e tem uma vida muito curta, o que desencadeia a anemia. Como
é uma doença hereditária, não existe tratamento, apenas alívio dos sintomas.

De acordo o Biomédico Anthony Muenho diz que: A quantidade de eritrócitos no


corpo humano varia entre os sexos. A mulher apresenta de 4 a 5 milhões de eritrócitos
por milímetros cúbicos, e o homem possui, em média, 4,5 a 6 milhões.

Leucócitos:
Revisão clínica:

Os leucócitos, também conhecidos como glóbulos brancos, são as células responsáveis


por defender o organismo contra infecções, doenças, alergias e resfriados, sendo parte
da imunidade de cada pessoa.Essas células são transportadas no sangue para serem
utilizadas sempre que um vírus, uma bactéria, ou qualquer outro organismo estranho
entra no corpo humano, eliminando-os e impedindo que provoquem problemas de
saúde.O valor normal dos leucócitos no sangue situa-se entre 4500 a 11000
leucócitos/mm³ de sangue nos adultos, no entanto esse valor pode ser alterado devido a
algumas situações como infecções recentes, estresse ou AIDS, por exemplo. Entenda
como é feito o leucograma e como interpretar os resultados.

1. Leucócitos (valores altos )

Os leucócitos aumentados, também conhecidos como leucocitose, são caracterizados


por um valor superior a 11.000/mm³ no exame de sangue.

 Possíveis causas: infecção ou doença recente, excesso de estresse, efeito colateral de


um remédio, alergias, artrite reumatoide, mielofibrose ou leucemia, por exemplo;
 Quais os sintomas: são raros, mas podem incluir febre acima de 38ºC, tonturas,
dificuldade para respirar, formigamento nos braços e pernas e perda de apetite;

Nestes casos, deve-se consultar um clínico geral para diagnosticar a causa dos
leucócitos aumentados, uma vez que pode ser necessário fazer algum tratamento
específico com antibióticos ou corticoides.

2. Leucócitos (Valor baixos)

4.500/mm³ leucócitos no exame de sangue.

3.Causas ou fatores que alteram a produção de leucócitos.

Biomédico: Anthony Muenho Pá gina 12


 Anemia;
 O uso de antibióticos e diuréticos;
 Má nutrição ou sistema imune fraco provocado por HIV, leucemia, lúpus ou
quimioterapia;

SINTOMAS.

 cansaço excessivo;
 infecções e resfriados recorrentes;
 febre constante;
 dores de cabeça e dor abdominal;

Se isto acontecer, é recomendado ir ao clínico geral para diagnosticar a causa da doença.


Porém, em alguns casos, é normal apresentar leucócitos baixos sem causa grave,
devendo-se apenas ter cuidado para evitar gripes e resfriados,

O QUE PODE SER LEUCÓCITOS NA URINA

É normal apresentar leucócitos na urina, uma vez que são eliminados na urina quando
seu tempo de vida acaba. Porém, durante infecções urinárias ou em situações de
doenças mais graves, como câncer, os valores de leucócitos na urina normalmente
aumentam muito.

Geralmente, os leucócitos na urina altos geram sinais e sintomas, como urina com
espuma, febre, calafrios ou sangue na urina, por exemplo. Nestes casos deve-se
consultar o clínico geral ou um nefrologista para diagnosticar a causa e iniciar o
tratamento adequado. Além disso, os leucócitos altos na urina também podem ser sinal
de gravidez, especialmente quando acompanhados de aumento no número de proteínas
na urina. Nestes casos deve-se fazer o teste de gravidez ou consultar o ginecologista
para evitar falsos diagnósticos

A imunoglobulina é um tipo de proteína que ajuda o corpo a combater doenças.

A imunoglobulina, abreviada em Ig, é também referida como anticorpo.A substância


está localizada em várias partes do corpo, dependendo do tipo de imunoglobulina e de
sua função.

Existem cinco formas diferentes do anticorpo, cada uma com um trabalho específico.

A IgA está localizada no trato respiratório e digestivo, no nariz, nas orelhas, nos olhos e
na vagina. A IgA é responsável por proteger o corpo dos invasores externos. É
encontrado na saliva, sangue e lágrimas.

3A IgG é a menor forma de imunoglobulina e está localizada em todos os fluidos


corporais. É responsável por combater infecções bacterianas e virais e é o único
anticorpo que atravessa a placenta para proteger o feto durante a gravidez.

Biomédico: Anthony Muenho Pá gina 13


IgM é o maior anticorpo. É o primeiro a responder à infecção e está localizado no
sangue e no fluido linfático. Juntamente com a montagem de uma resposta inicial a
corpos estranhos, o IgM também estimula outras células do sistema imunológico a
combater a infecção. A IgD está localizada nos tecidos do tronco e do tórax e os
pesquisadores não determinaram sua função.

A IgE está localizada nas várias membranas mucosas, na pele e nos pulmões. IgE é
responsável pela reação do corpo a alérgenos, como pólen, fungos, pêlos e esporos.
Também pode desencadear reações alérgicas quando exposto ao leite, medicamentos e
venenos. Pessoas que sofrem de alergias muitas vezes têm níveis elevados de
IgE.Alguém com problemas de saúde pode ter seus níveis de imunoglobulina testados.
Este é um teste de sangue simples, e os resultados geralmente estão disponíveis em
poucos dias.

É possível que um profissional de saúde diagnostique várias condições testando os


níveis de anticorpos.Altos níveis de IgA podem indicar mieloma múltiplo, hepatite
crônica, cirrose hepática ou distúrbio autoimune, como artrite reumatóide.Altos níveis
de IgG são frequentemente um sinal de infecção crónica a longo prazo ou esclerose
múltipla. Níveis elevados de IgM podem sinalizar mononucleose, infecção parasitária
ou dano renal.

Altos níveis de IgE indicam alergias ou asma.

Baixos níveis de IgA ou IgG podem indicar leucemia ou dano renal.Baixos níveis de
IgM são frequentemente um sinal de problemas no sistema imunológico, e baixos
níveis de IgE são frequentemente um sinal de uma condição muscular
hereditária que afeta a coordenação.Os níveis de imunoglobulina são muito úteis
quando se tenta identificar um problema de saúde, mas não são os únicos testes usados
para diagnosticar essas condições.

DEFINIÇÃO

As imunoglobulinas, também conhecidas como anticorpos, são moléculas de


glicoproteína produzidas por células plasmáticas (glóbulos brancos). Eles agem como
uma parte crítica da resposta imune, reconhecendo especificamente e ligando-se a
antígenos específicos, como bactérias ou vírus, e auxiliando na sua destruição.A
resposta imune do anticorpo é altamente complexa e extremamente específica.As várias
classes e subclasses de imunoglobulinas (isotipos) diferem em suas características
biológicas, estrutura, especificidade do alvo e distribuição.Anticorpo IgG. são
proteínas produzidas pelo sistema imunológico para destruir invasores estrangeiros.

Biomédico: Anthony Muenho Pá gina 14


Existem cinco tipos principais de anticorpos:

imunoglobulina A (IgA), imunoglobulina G (IgG), imunoglobulina M (IgM),


imunoglobulina E (IgE) e imunoglobulina D (IgD).Um anticorpo IgG ajuda a combater
infecções bacterianas e virais. Composto por até 80% de todas estas proteínas
essenciais, é o menor, mas mais abundante, anticorpo humano. Encontrada em todos os
fluidos corporais, a IgG é o único anticorpo que pode proteger o feto passando pela
placenta da mãe.

Um médico pode solicitar um exame de sangue quantitativo de imunoglobulina para


determinar o nível exato de cada tipo de anticorpo se os resultados de um teste de
proteína total do sangue ou de eletroforese de proteínas séricas – que podem medir cada
tipo de proteína no sangue – forem anormais. O médico também pode solicitar um teste
quantitativo de imunoglobulina se os sintomas do paciente sugerirem uma doença
autoimune, alergias, certos tipos de câncer no sangue ou infecções recorrentes. O teste
também é usado para acompanhar o tratamento da bactéria Helicobacter pylori (H.
pylori) e para confirmar uma resposta à vacina já dada, para garantir que o paciente
tenha atingido a imunidade à doença.Os níveis normais do anticorpo IgG geralmente
caem na faixa de 565 a 1765 mg dL (5,65 a 17,65 g/L).

Um nível mais alto do que o normal pode sugerir uma gamopatia monoclonal de IgG,
como mieloma múltiplo – um câncer do sangue e da medula óssea – ou gamopatia
monoclonal de significado indeterminado (MGUS) – uma condição benigna, mas às
vezes pré-maligna.Níveis elevados de anticorpos IgG também podem sugerir a presença
de uma infecção crônica com uma doença como AIDS ou hepatite. A esclerose múltipla
(EM), uma doença neurológica crônica do sistema nervoso central, é outro possível
diagnóstico quando o nível de anticorpos IgG é maior que o normal.

Um nível de anticorpos IgG abaixo do normal pode sugerir alguns tipos de leucemia ou
síndrome nefrótica, que freqüentemente resultam em danos renais. Baixos níveis do
anticorpo IgG também podem ser causados pela macroglobulinemia de Waldenstrom,
um câncer sanguíneo raro que é caracterizado por uma superprodução do anticorpo IgM
e subsequente supressão da produção de outros tipos de anticorpos, incluindo IgG.

Além disso, algumas imunodeficiências primárias são definidas por um baixo nível ou
deficiência completa de IgG.

Estes incluem: Agammaglobulinemia Ligada ao Cromossomo X (XLA), uma doença


congênita na qual os níveis de anticorpos IgG, IgM e IgA são todos muito reduzidos ou
inexistentes; Imunodeficiência Comum Variável (ICV), também conhecida como
hipogamaglobulinemia, uma condição na qual há uma redução no número de um ou
mais dos três principais anticorpos (IgG, IgM ou IgA); e Imunodeficiência Combinada

Biomédico: Anthony Muenho Pá gina 15


Severa, uma doença genética que geralmente apresenta uma redução em todas as classes
de anticorpos.As imunodeficiências primárias podem ser tratadas com terapia com
Imunoglobulina Intravenosa (IVIG), que contém anticorpos IgG purificados coletados
de doadores saudáveis.A imunoglobulina é uma proteína produzida por células
plasmáticas e linfócitos e característica desses tipos de células.As imunoglobulinas
desempenham um papel essencial no sistema imunológico do corpo.Eles se ligam a
substâncias estranhas, como bactérias, e ajudam a destruí-las.

A imunoglobulina é abreviada Ig.

As classes de imunoglobulinas são denominadas;

 imunoglobulina A (IgA),
 imunoglobulina G (IgG),
 imunoglobulina M (IgM),
 imunoglobulina D (IgD)
 imunoglobulina E (IgE).
Assistência ncional em Angola.
Nivel de assistência em Angola.
Constituição do sistema nacional de saúde em Angola?
O sistema nacional de saúde de Angola é constituído pelo Serviço Nacional de
Saúde (SNS) tutelado pelo Ministério da Saúde (MINSA), e por todas as entidades
públicas, privadas e profissionais que desenvolvem atividades de promoção, prevenção
e tratamento na área da saúde.

Quantidades de hospitais em Angola.

A rede sanitária do País conta com 3.164 unidades sanitárias:


 13 hospitais do nível nacional;
 32 especializados;
 166 municipais em 18 provinciais;
 10 privados não lucrativos (Hospitais Missionários);
 105 centros Materno-infantis;
 640 centros de saúde;
 2.180 postos de saúde:
Como funciona o sistema de saúde em Angola?
O sistema de saúde em  Angola  funciona basicamente dividido em 3 níveis:

 Primário- A rede primária abrange os postos/centros de saúde e os hospitais


municipais.
 Secundário- A rede secundária contém os hospitais provinciais e regionais.
 Terciário- Tanto a primário e secundária são redes administradas pelos
governos provinciais.

Biomédico: Anthony Muenho Pá gina 16


Biomédico: Anthony Muenho Pá gina 17

Você também pode gostar