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Estudo dirigido Imunologia Vet 09/04

1 – Quais as funções do sistema imune no organismo vivo?

O sistema imunológico protege o corpo contra doenças, identificando e combatendo


microrganismos invasores, como vírus e bactérias, reconhecendo e eliminando células
anormais, como as cancerígenas, e ajudando na reparação de tecidos danificados. Ele
também possui memória imunológica para responder de forma mais eficaz a futuras
infecções. Além disso, regula a resposta imunológica para evitar respostas excessivas
ou inadequadas.

2 – Quais são as características do sistema imune inato? Quais são as células e outros
componentes que fazem parte?

O sistema imune inato é a primeira linha de defesa do corpo contra infecções e é


caracterizado por sua resposta rápida e não específica a patógenos. Suas principais
características incluem:

Resposta rápida: O sistema imune inato responde rapidamente a qualquer agressão,


sem precisar de um período de ativação ou adaptação.

Não específico: Sua resposta não é direcionada a um patógeno específico, mas sim a
padrões moleculares comuns encontrados em diferentes tipos de patógenos.

Barreiras físicas e químicas: O sistema imune inato inclui barreiras físicas, como a pele
e as membranas mucosas, que impedem a entrada de patógenos. Além disso, produz
substâncias químicas, como ácidos e enzimas, que têm propriedades antimicrobianas.

Células fagocíticas: As células fagocíticas, como os macrófagos e os neutrófilos, são


responsáveis por englobar e destruir os patógenos invasores.

Complemento: O sistema complemento é uma série de proteínas no sangue que


ajudam a destruir patógenos diretamente e a ativar outras partes do sistema imune.

Células natural killer (NK): As células NK são responsáveis por reconhecer e destruir
células infectadas por vírus e células cancerígenas.

Citocinas: São proteínas sinalizadoras que regulam a resposta imune, ajudando a


recrutar células imunes para o local da infecção e coordenando a resposta global do
sistema imune.
3 – Quais as características do sistema imune adquirido? Quais são as células e quais
componentes fazem parte?

O sistema imune adquirido é caracterizado por sua especificidade e memória,


desenvolvendo respostas adaptativas a patógenos específicos. Suas principais
características incluem:

Especificidade: O sistema imune adquirido é capaz de reconhecer e responder a


antígenos específicos, como proteínas de patógenos ou toxinas.

Memória imunológica: Após o primeiro encontro com um antígeno, o sistema imune


adquirido desenvolve memória imunológica, o que permite uma resposta mais rápida e
eficaz em exposições futuras ao mesmo antígeno.

Resposta mais lenta: Ao contrário do sistema imune inato, a resposta do sistema


imune adquirido pode levar dias para se desenvolver totalmente.

As células e componentes principais do sistema imune adquirido incluem:

Linfócitos T: Os linfócitos T incluem os linfócitos T auxiliares (CD4+), que coordenam a


resposta imune, e os linfócitos T citotóxicos (CD8+), que destroem células infectadas
por patógenos intracelulares.

Linfócitos B: Os linfócitos B são responsáveis pela produção de anticorpos, proteínas


que se ligam aos antígenos e marcam os patógenos para destruição por outras células
do sistema imune.

Além de Anticorpos e Células apresentadoras de antígenos.

4 – Quais órgãos linfoides fazem parte do sistema imune primário e secundário?

Os órgãos linfoides fazem parte do sistema imune e desempenham papéis importantes


na produção e maturação das células imunes, bem como na resposta imune. Existem
dois tipos principais de órgãos linfoides: primários e secundários.

Sistema Imune Primário:

Medula Óssea: A medula óssea é o principal órgão linfóide primário, onde as células-
tronco hematopoiéticas se diferenciam em células do sistema imune, como linfócitos B,
que amadurecem neste local.

Timo: O timo é outro órgão linfóide primário, onde os linfócitos T imaturos originários
da medula óssea migram e amadurecem. O timo também desempenha um papel na
educação dos linfócitos T, ajudando-os a reconhecer antígenos próprios do corpo.
Sistema Imune Secundário:

Gânglios Linfáticos: Os gânglios linfáticos são órgãos linfoides secundários distribuídos


ao longo do sistema linfático. Eles atuam como locais de encontro para células imunes
e antígenos, onde ocorre a ativação e proliferação das células imunes em resposta à
presença de antígenos.

Baço: O baço é outro órgão linfóide secundário que atua como um filtro sanguíneo,
removendo células velhas ou danificadas, além de atuar na resposta imune contra
patógenos circulantes no sangue. No baço, ocorre a ativação de linfócitos B em
resposta à presença de antígenos.

Esses órgãos linfoides primários e secundários trabalham juntos para fornecer um


ambiente propício para o desenvolvimento e maturação das células imunes, bem como
para a geração de respostas imunes eficazes contra patógenos.

5 – Quais são as células da resposta imune inata encarregadas pela ação citotóxica?

Na resposta imune inata, as células encarregadas da ação citotóxica são principalmente


os macrófagos e as células natural killer (NK).

Macrófagos: Os macrófagos são células fagocíticas do sistema imune inato que


englobam e destroem patógenos por meio da fagocitose. Além disso, eles também
podem liberar substâncias tóxicas para matar patógenos intracelulares.

Células Natural Killer (NK): As células NK são um tipo de linfócito do sistema imune
inato com capacidade citotóxica. Elas reconhecem células infectadas por vírus e células
cancerígenas, liberando substâncias tóxicas, como granzimas e perforinas, que levam à
morte dessas células-alvo.

Essas células desempenham um papel crucial na eliminação de células infectadas por


patógenos e células anormais, contribuindo para a defesa do organismo contra
infecções e o desenvolvimento de câncer.

6 – O que são citocinas? Qual o papel das citocinas no sistema imunológico?

As citocinas são proteínas sinalizadoras secretadas por células do sistema imunológico


em resposta a estímulos como infecções ou inflamações. Elas desempenham um papel
crucial na regulação da resposta imune, coordenando a atividade das células imunes,
comunicando informações entre elas, induzindo inflamação, ativando células efetoras e
modulando a resposta imunológica para proteger o organismo contra patógenos e
outras ameaças.
7 – Descreva as imunoglobinas em relação aos seus tipos, estruturas e onde cada tipo é
mais abundante:

As imunoglobulinas são proteínas produzidas pelo sistema imunológico em resposta à


presença de antígenos (substâncias estranhas ao corpo). Elas desempenham um papel
fundamental na resposta imune, reconhecendo, neutralizando e marcando os
antígenos para destruição por outras células do sistema imunológico. Existem
diferentes classes de imunoglobulinas, cada uma com funções e características
específicas na defesa do organismo contra infecções e outras ameaças.

IgG (Imunoglobulina G):


- Estrutura: Forma de "Y" composta por duas cadeias pesadas e duas cadeias leves.
- Abundância: Mais abundante no sangue e no tecido intersticial.
- Função: Proteção contra infecções bacterianas e virais. Cruzam a barreira
placentária, conferindo imunidade passiva ao feto.

IgM (Imunoglobulina M):


- Estrutura: Forma pentâmera ou hexâmera composta por cinco unidades
monoméricas.
- Abundância: Principalmente no plasma sanguíneo.
- Função: Primeira resposta imune primária. Eficiente na aglutinação de patógenos e
ativação do sistema complemento.

8 – Por quais mecanismos os anticorpos (imunoglobinas) auxiliam o sistema


imunológico a exercer suas funções?

Os anticorpos auxiliam o sistema imunológico por meio de vários mecanismos:

Neutralização: Impedem que os antígenos infectem células do corpo, neutralizando


sua capacidade patogênica.

Opsonização: Marcam os antígenos para fagocitose por células imunes, facilitando sua
eliminação.

Ativação do sistema complemento: Alguns anticorpos ativam o sistema complemento,


que destrói os patógenos por lise celular ou opsonização.

Aglutinação: Aglutinam múltiplos antígenos, facilitando sua remoção do corpo por


células fagocíticas.

Ativação de células citotóxicas: Estimulam células efetoras a destruir células infectadas


ou cancerígenas.

Esses mecanismos fortalecem a resposta imunológica, promovendo a eliminação de


patógenos e a proteção contra doenças.
9 - descreva como ocorre a ativação do sistema complemento por suas 3 diferentes
vias:

O sistema complemento é ativado por três diferentes vias: clássica, alternativa e


lectina. Cada uma dessas vias é desencadeada por estímulos específicos e leva à
ativação de uma cascata de reações que resultam na destruição de patógenos e na
modulação da resposta imunológica. Aqui está uma descrição resumida de cada uma
das vias:

Via Clássica:
- Esta via é ativada pela ligação de anticorpos (principalmente IgM ou IgG) aos
antígenos presentes na superfície de patógenos.
- A ligação dos anticorpos aos antígenos desencadeia a ativação da proteína C1, que é
composta por C1q, C1r e C1s.
- A proteína C1 ativa a cascata de reações do complemento, levando à formação do
complexo de ataque à membrana (MAC), que causa lise celular nos patógenos.

Via Alternativa:
- Esta via é ativada pela ligação direta de proteínas do complemento a superfícies de
patógenos, como bactérias.
- A ativação ocorre quando a proteína C3 se torna exposta em superfícies de
patógenos, levando à clivagem de C3 em C3a e C3b por fatores ativadores.
- A proteína C3b então se liga à superfície do patógeno, servindo como um ponto de
ancoragem para a formação do complexo de ataque à membrana (MAC), resultando
em lise celular.

Via da Lectina:
- Esta via é ativada pela ligação de lectinas (proteínas de reconhecimento de
carboidratos) a padrões de carboidratos presentes na superfície de patógenos.
- A ligação das lectinas aos padrões de carboidratos desencadeia a ativação de
enzimas que clivam a proteína C4 em C4a e C4b, iniciando a cascata de reações do
complemento.
- A cascata de reações resulta na formação do complexo de ataque à membrana
(MAC) e subsequente lise celular nos patógenos.

Essas vias do complemento convergem para a ativação do complexo de ataque à


membrana (MAC), que causa a lise celular nos patógenos, além de promover a
opsonização, fagocitose e eliminação dos mesmos.

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