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Os anticorpos são formados por quatro cadeias polipeptídicas compostas por sequências de
aminoácidos. As cadeias são ligadas por pontes de dissulfetos e duas delas são maiores e mais pesadas .
Uma molécula de anticorpo tem uma estrutura central simétrica composta de duas cadeias leves idênticas
e duas cadeias pesadas idênticas. Tanto as cadeias leves quanto as cadeias pesadas contêm uma série
de unidades estruturais homólogas repetidas, que se dobram independentemente em um motivo globular
chamado domínio Ig. Um domínio Ig contém duas camadas de folhas β-pregueadas, cada uma composta
de três a cinco fitas de cadeia polipeptídica antiparalelas. As duas camadas são mantidas unidas por uma
ponte dissulfeto e as fitas adjacentes de cada folha β são conectadas por pequenas alças. Os
aminoácidos localizados em algumas dessas alças são os mais variáveis e críticos para o reconhecimento
do antígeno.
Tanto as cadeias leves quanto as cadeias pesadas consistem em regiões amino terminais variáveis (V)
que participam no reconhecimento do antígeno e regiões carboxiterminais constantes (C); as regiões C
das cadeias pesadas ajudam a mediar algumas das funções protetoras e efetoras dos anticorpos. Nas
cadeias pesadas, a região V é composta de um domínio Ig e a região C é composta de três ou quatro
domínios Ig. Cada cadeia leve é composta de uma região V de domínio Ig e uma região C de domínio Ig. As
regiões variáveis são assim chamadas porque suas sequências de aminoácidos variam entre os
anticorpos produzidos por diferentes clones de células B. A região V de uma cadeia pesada (VH) e a região
V adjacente de uma cadeia leve (VL) formam um sítio de ligação ao antígeno.
A principal função dos anticorpos é a defesa do organismo, visto que eles atuam diretamente contra os
microrganismos invasores, para que não causem infecções no corpo do indivíduo .
1. Na defesa do hospedeiro:
✓Neutralização de toxinas;
2. Na medicina clínica:
IgG – Imunoglobulina G: combate processos inflamatórios, pois neutraliza toxinas dos agentes
externos e é o único que pode atravessar a placenta de mulheres grávidas. Pode ser de quatro
tipos chamados de IgG1, IgG2, IgG3 e IgG4.
IgE – Imunoglobulina E: combate processos alérgicos, verminoses e protozooses. Ele é
encontrado na superfície dos basófilos e mastócitos.
IgD – Imunoglobulina D: ativa as células que protegem o organismo, encontrado no sangue e suas
funções específicas ainda estão sendo estudadas pelos cientistas.
IgM– Imunoglobulina M: esse anticorpo é um receptor de antígenos presente no meio
intravascular. Quando os níveis de IgM estão altos significa que houve uma infecção recente.
IgA – Imunoglobulina A: protege as mucosas e está presente em secreções como saliva, suor,
lágrimas e suco gástrico. Pode ser encontrado em dois tipos o IgA1 e o IgA2.
O sistema imune inato reconhece estruturas moleculares produzidas por patógenos microbianos. As
substâncias microbianas que estimulam a imunidade inata são frequentemente compartilhadas por
classes de microrganismos, e são chamados padrões moleculares associados ao patógeno (PAMPs).
Diferentes tipos de microrganismos (p. ex.: vírus, bactérias Gram-negativas, bactérias Gram-positivas,
fungos) expressam PAMPs diferente.
O sistema imune inato também reconhece moléculas endógenas que são produzidas ou liberadas por
células danificadas ou que estão morrendo. Essas substâncias são chamadas padrões moleculares
associados ao dano (DAMPs) . Os DAMPs podem ser produzidos como resultado de dano celular causado
por infecções, mas também podem indicar lesão estéril causada por uma dentre inúmeras possibilidades,
como toxinas químicas, queimaduras, traumatismo ou perda do suprimento sanguíneo. Os DAMPs
geralmente não são liberados pelas células em processo de morte por apoptose. Em alguns casos,
moléculas endógenas produzidas por células sadias são liberadas quando ocorre dano celular e, então,
estimulam respostas inatas. Essas moléculas são um subconjunto de DAMPs e muitas vezes recebem o
nome de alarminas, porque sua presença fora das células alerta o sistema imune de que algo está
causando morte celular.
As funções efetoras das células NK são matar células infectadas e produzir IFN-γ, que ativa macrófagos a
destruírem microrganismos fagocitados.
O sistema complemento é constituído por uma “cascata” enzimática que ajuda na defesa
contra infecções. Muitas proteínas do sistema complemento ocorrem no soro como
precursores enzimáticos inativos (zimogênios); outros são encontrados nas superfícies
celulares esse sistema faz uma “ponte” entre a imunidade inata e a adquirida por
Migração dos neutrófilos e dos monócitos para locais de infecção e de lesão tecidual :inflamação.
Migração das células T efetoras e de memória para locais de infecção e de lesão tecidual: imunidade
celular.
As quimiocinas são uma grande família de citocinas estruturalmente homólogas que estimulam o
movimento dos leucócitos e regulam a migração dos leucócitos do sangue para os tecidos.
Nos sítios de infecção, os macrófagos que encontraram microrganismos produzem citocinas (tais como
TNF e IL-1) que ativam as células endoteliais de vênulas próximas a produzirem selectinas, ligantes para
integrinas e quimiocinas. As selectinas medeiam a adesão fraca dos leucócitos sanguíneos ao endotélio, e
a força de cisalhamento do fluxo sanguíneo faz os leucócitos rolarem ao longo da superfície endotelial. As
quimiocinas produzidas nos tecidos infectados circundantes ou pelas células endoteliais são expostas na
superfície endotelial e se ligam a receptores presentes nos leucócitos em rolamento, o que resulta em
ativação das integrinas do leucócito para um estado de alta afinidade de ligação. As integrinas ativadas se
ligam aos seus ligantes da superfamília de Ig presentes nas células endoteliais, mediando a firme adesão
dos leucócitos. Os leucócitos se arrastam pelas junções entre as células endoteliais e migram através da
parede vênular. Neutrófilos, monócitos e linfócitos T utilizam essencialmente os mesmos mecanismos
para migrar para fora do sangue. IL-1, interleucina-1; TNF, fator de necrose tumoral.