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Podemos dividir o sangue entre soro e plasma. O plasma é a parte líquida do sangue,
onde estão as hemácias, fatores de coagulação, fibrinogênio, água, moléculas e
albumina. Já o soro é o plasma sem os fatores de coagulação.
Anticorpos são altamente específicos, sendo que cada um se liga ao seu epítopo único.
Epítopos são as partes do antígeno que os anticorpos conseguem reconhecer.
Existem moléculas muito pequenas que não podem ser reconhecidas sozinhas. São os
haptenos. São antígenos parciais, incompletos, não imunógenos. Imunógenos são
antígenos que conseguem deflagrar uma resposta imune. Todo imunógeno é um
antígeno, mas nem todo antígeno é um imunógeno. Contudo, quando se ligam a uma
molécula maior, como uma proteína, por exemplo, são chamados de conjugados e
podem ser reconhecidos pelas células de defesa e destruídos.
As imunoglobulinas são formadas por uma combinação de cadeias de peptídeos leves e
pesadas, sendo a maioria formada por duas cadeias leves e duas pesadas. As duas
cadeias pesadas são cadeias maiores, e as duas cadeias leves são cadeias menores. Elas
estão dispostas em formato que lembra a letra Y.
IgA
IgE
IgG
IgD
Menos encontrada, funciona mais como receptor de linfócitos B, presa em sua superfície.
Aumenta em infecções crônicas.
IgM
Terceira mais comum, após a G e a A, primeira a ser feita, na fase aguda da infecção.
O linfócito B leva cerca de 20 dias para produzir a IgG. A primeira linha de defesa do
organismo é a IgM, que irá atuar por vários dias até a IgG ficar pronta.
O determinante (epítopo) é a menor porção do antígeno para gerar uma resposta imune.
Pode ser linear (contínuo) ou conformacional (descontínuo)
São os fagócitos (eosinófilos, neutróficos, macrófagos/monócitos, mastócitos e células
dedríticas) que identificam pela primeira vez um antígeno. Eles reconhecem o antígeno
através das moléculas de superfície dos agentes infecciosos. Fagócitos possuem
receptores que vão reconhecer as moléculas como self ou não-self.
Essas moléculas dos antígenos são chamadas PAMP. Os fagócitos as reconhecem através
dos receptores TOLL. É chamado de padrões primários de reconhecimento
O monócito é mais comum no tecido, pois é uma forma do organismo gastar menos
energia na produção de células de defesa. Elas se diferenciam na presença de antígenos.
As células T migram para o Timo para concluírem sua maturação, daí o seu nome. No
timo, a célula T apresenta primeiramente o TCR, T cell receptor. Assim como os anticorpos
presentes na superfície do linfócito B, o TCR também possui uma região variável e uma
constante. Dessa forma, o fagócito somente poderá apresentar o antígeno aos linfócitos
T que possuam TCR específicos. Após isso, o lifócito T se diferenciará em célula CD4 ou
CD8. Os linfócitos T CD4 serão chamados de auxiliares, e os CD8 de citotóxicos.
Para ser uma célula apresentadora de antígeno, é necessário que a célula tenha o MHC,
major histocompatibility complex. Existem o MHC 1 e o MHC 2, sendo que todas as células
nucleadas possuem o MHC 1, e apenas as apresentadoras de antígenos (fagócitos)
possuem o MHC 2.
MHC 1
De modo geral, o MHC é como uma checagem que o organismo faz para saber se as
células estão saudáveis ou infectadas. Uma célula normal, produz proteínas adequadas
à sua função. Uma pequena parte dessas proteínas é destruída por uma estrutura
chamada Proteassomo. Mas porque isso acontece? Por que destruir uma proteína logo
após fabricá-la? É aí que entra o sistema de checagem. Quando essa proteína é clivada,
o MHC 1, que se encontra sendo produzido no retículo rugoso, pega alguns peptídeos e
os leva até a superfície celular. Os linfócitos do sistema imunológico, ao passarem por
essa célula, irão identificar esses peptídeos como self e saberão que esta célula está
saudável. Todas as células nucleadas do corpo fazem esse processo.
Quando uma célula é invadida, ela começa a fabricar proteínas virais, não self, e
eventualmente o Proteassomo vai clivá-las e o MHC 1 irá transportá-las para a superfície.
Dessa forma, os linfócitos T CD8 citotóxicos irão reconhecê-la e destruí-la. Isso também
acontece em células tumorais, com o MHC 1 apresentando peptídeos tumorais. Esse é
um mecanismo de como a célula avisa ao organismo se está saudável ou não.
MHC 2
Desse modo:
A sequência de apresentação
O linfócito T irá fazer a verificação para saber se a molécula apresentada é self ou não
self. Se for self, o CD4 irá permanecer travado segurando o fagócito até a morte. Se for
não self, o linfócito T se desliga e será ativado.
Ativação do linfócito T
A célula T irá produzir interleucina 2, para auto-ligação (a IL2 se liga no próprio linfócito
T) e ativa a replicação clonal, se diferenciando em T auxiliar.
A interleucina produzida pela célula T, irá se ligar nela mesma (sinalização autócrina).
Seus receptores de IL2 estão incompletos, mas ela também passa a produzir as
moléculas q irão completar o receptor. Assim ela produz IL2 e recepta a mesma IL2. Este
é o estímulo para a proliferação. Ela então vai se proliferar para que o organismo tenha
células T específicas suficiente para dar conta da resposta imunológica.
Qual a importância fisiológica desse receptor de IL2 estar incompleto? Por que as células
T estão todas juntas no linfonodo. Quando o fagócito apresenta o MHC 2 e ativa a célula
T específica para aquele antígeno, faz isso no meio de todas as outras que são específicas
para outros antígenos. Se todas as células que não estão envolvidas com a apresentação
tivessem o receptor completo, todas passariam a se proliferar. Por isso elas têm apenas
metade do receptor, para que o sinal proliferativo seja dado apenas depois da ativação.
O Teste de ELISA
O teste de ELISA é um teste sorológico que se baseia nas reações antígeno-
anticorpo, que podem ser detectadas através de reações enzimáticas.
O princípio básico da reação de ELISA é a imobilização de um dos reagentes em uma
fase sólida adsorvida (fixada na superfície), enquanto outro reagente pode ser ligado
a uma enzima
Existem vários tipos de ELISA, aqui vamos estudar alguns deles, sendo, o método
Indireto, o Sanduíche, o Competição e o IgM.
O teste se baseia na Afinidade, sendo assim é sempre feito com IgG, pois seu local
de ligação com o epítopo é mais específico. E também na Avidez, as mpultiplas
interações entre as moléculas do antígeno e do anticorpo.
Os diferentes tipos de ELISA são feitos de acordo com a necessidade de descobrir
ou confirmar cada parte do ciclo da doença e cobrem desde a fase de viremia até a
fase da resposta imune.
ELISA Indireto
É o método mais simples de realizar o teste de Elisa. O antígeno está fixado na placa,
e o soro do paciente é adicionado. Dessa forma, anticorpos específicos vão se ligar
aos antígenos. Depois, coloca-se um segundo anticorpo dirigido contra o primeiro
(anti-anticorpo), ligado à peroxidase, formando um conjugado. Ao adicionar o
substrato apropriado à enzima, ocorre a reação de cor. A intensidade da cor produzida
é proporcional à quantidade de anticorpos a amostra do paciente.
ELISA Sanduíche
Esse método se inicia com o revestimento da placa com o anticorpo primário, já
fornecido pelo laboratório. O anticorpo é específico para um determinado epítopo
presente no antígeno que se deseja detectar. É realizada uma lavagem com solução
tampão para retirar todo anticorpo que ficou retido na placa (A solução-tampão é
geralmente uma mistura de um ácido fraco com o sal desse ácido, ou uma base fraca
com o sal dessa base. Essa solução tem por finalidade evitar que ocorram variações
muito grandes no pH de uma solução). O material fornecido pelo paciente é
adicionado na placa e reage com o anticorpo fixado. Novamente é realizada a
lavagem da placa. Um segundo anticorpo é adicionado à placa, conjugado a uma
enzima, e se liga ao antígeno ligado ao anticorpo primário. Outra lavagem é realizada.
A relação anticorpo primário - antígeno - anticorpo conjugado, é o que caracteriza o
Elisa Sanduíche. O substrato cromógeno é adicionado, e reage com a enzima
gerando uma alteração na coloração. A intensidade da coloração é proporcional à
quantidade de antígenos presentes.
ELISA de Competição
É mais utilizado quando o antígeno possui poucos epítopos. Utiliza um antígeno
marcado para competir com os possíveis antígenos alvo da amostra do paciente.
Primeiramente é acoplado na placa um anticorpo de captura e depois os antígenos e
a amostra do paciente. O antígeno marcado vai competir com o sítio de ligação do
anticorpo. Após isso é feita a lavagem para retirada de quaisquer antígenos que não
se ligaram aos anticorpos de captura. Quanto menos antígenos na amostra do
paciente, mais os antígenos marcados ficarão no poço e mais forte será a coloração.
Quanto mais fraca a coloração, mais antígenos do paciente se ligaram ao anticorpo
de captura. Serve para observar a afinidade de um antígeno com determinado
anticorpo. Utilizado para confirmar resultados duvidosos (zona cinza).