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1. Introdução...............................................................................................................3
2. Classificações da imunidade adquirida.......................................................3
3. Linfócitos.................................................................................................................4
4. Resposta imune celular.....................................................................................5
5. Apresentação de antígenos para células T...............................................6
6. Papel das moléculas de adesão na ativação das células T.............. 12
7. Mecanismo efetor dos linfócitos T CD4+................................................ 13
8. Resposta imune humoral .............................................................................. 19
9. Hipersensibilidades.......................................................................................... 21
Referências bibliográficas ................................................................................. 25
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5. APRESENTAÇÃO
SE LIGA! É por conta disso que ao se- DE ANTÍGENOS PARA
rem criadas vacinas, deve-se utilizar CÉLULAS T
como base para confecção os peptíde-
os (quando não confeccionada por vírus/ O linfócito T é uma célula que dife-
bactérias atenuados). Já que, eles são
rentemente das células da respos-
capazes de induzir a resposta de linfó-
citos T e, consequentemente, gerar me- ta imune inata - que apresentam
mória imunológica. variados receptores reconhecedores
de padrão e que conseguem pron-
tamente identificar o patógeno - não
A resposta, então, geralmente é ini- reconhece qualquer tipo de antígeno.
ciada pelas células dendríticas, que
é a única que APC que apresenta o Para o antígeno ser reconhecido pelo
antígeno ao linfócito T virgem ou linfócito T, ele deve ser capturado e
naive, localizado na região parafoli- processado pelas APC’s, sendo pos-
cular do lingonodo regional, ativando- teriormente apresentado no formato
-o pela primeira vez. de peptídeo, via mólecula de MHC,
para o receptor do linfócito T (TCR).
As outras APC’S como macrófago,
neutrófilo e linfócito B apresentam
antígenos apenas para o linfócito T
efetor.
Figura 2. Reconhecimento do antígeno. Disponível em: Abbas – Imunologia Celular e Molecular, 8ª edição.
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Com isso, temos que a resposta imu- Ao apresentar altos níveis de molécu-
ne começa com o contato com antí- las estimulatórias, as principais são:
geno, em que as células dendríticas, B7-1 (CD80) e B7-2 (CD86).
localizadas na periferia - como as Para o linfócito T ser ativado são ne-
células de Langehans localizadas na cessários dois sinais, consecutivos:
pele - expressam muitos receptores
reconhecedores de padrão, como: • Reconhecimento do antígeno es-
tool like receptors, nod like receptors, pecífico apresentado via MHC,
lectinas, dectinas, entre outras. Isso pelo TCR;
lhe confere uma grande capacidade • Sinal das moléculas coestimulado-
de localizar o patógeno, reconhecen- ras B7-1 e B7-2. Quando essas
do o seu PAMP. moléculas interagem com o lin-
Porém, quando a célula dendrítica fócito, elas se ligarão a moléculas
encontra o patógeno, capturando o como o CD28, uma molécula do
antígeno, o seu perfil de expressão linfócito que é capaz de ativá-lo.
é totalmente alterado. Com isso, ela
passa a apresentar uma maior quanti-
Mecanismo de tolerância
dade de moléculas co-estimulatórias,
periférica
MHC e receptores de quimiocinas es-
pecíficos. Em que, depois do encontro A todo momento os nossos linfócitos
com o patógeno, não se torna mais estão reconhecendo autoantígenos,
necessária a presença de tantos re- pois se ele não reconhece antígenos
ceptores reconhecedores de padrão. constantemente, ele morre.
Dessa forma, seu perfil de expressão O principal estímulo para a sobrevi-
se torna exclusivamente direcionado vência do linfócito é a ativação do
para a apresentação do antígeno. TCR. Nós possuímos alguns auto-
Em relação aos receptores de quimio- antígenos que se ligam toda hora
cinas específicos que passam a ser ao TCR apenas para o linfócito não
expressados, temos que o mais co- morrer.
nhecido é o CCR7, que tem por fun- Esse estímulo além de não ter uma
ção reconhecer as quimiocinas que ligação tão forte com o TCR, carece
são produzidas exclusivamente na do segundo sinal, o sinal dos coesti-
região parafolicular do linfonodo - lo- muladores. Assim, esse mecanismo
cal onde justamente estão localizados aumenta a sobrevida do linfócito.
os linfócitos T. Sendo elas a CCL21 e
a CCL19.
IMUNIDADE ADQUIRIDA 8
Célula CÉLULA T
TCR
dendrítica IMATURA
IL-2
IL-2 Célula T
Reguladora
Proliferação e diferenciação –
células T efetoras e de memória
Fluxograma 1. Mecanismo de tolerância periférica. Disponível em: Abbas – Imunologia Celular e Molecular, 8ª edição.
HORA DA REVISÃO:
ETAPAS DAS RESPOSTAS DAS CÉLULAS T
Reconhecimento de antígeno: As células T virgens reconhecem os antígenos peptídicos
associados ao MHC na superfície das APCs e outros sinais (linfonodos e baço).
Ativação: As células T respondem com a produção de citocinas, como a IL-2 e a expressão
de receptores para essas citocinas, criando, assim, uma via autócrina de proliferação celular.
Expansão Clonal: Como consequência, ocorre uma expansão clonal de células T. A expan-
são clonal das CD4 é menor que a de CD8, o que reflete suas diferentes funções. Como a
TCD8 são células efetoras que exterminam células infectadas por contato direto, um grande
número de microrganismos pode necessitar de um grande número de TCD8. Já as TCD4
secretam citocinas que ativam outras células efetoras, necessitando de menos delas.
Diferenciação: Parte da progênie diferencia-se em células efetoras, que servem a várias
funções da CMI, e em células de memória, que sobrevivem por longos períodos.
Migração: as células T efetoras migram para o local de infecção, onde reconhecem nova-
mente o antígeno, que os ativa a executarem suas tarefas.
Figura 3. Respostas das células T. Disponível em: Abbas – Imunologia Celular e Molecular, 8ª edição.
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VOCÊ SABIA?
Há um tempo se achava que o linfócito específico para aquele antígeno era criado na hora,
gerado no momento ali pelo órgão linfoide. Com os avanços dos estudos, se descobriu que
devido a um processo muito complexo de recombinação gênica, já possuímos linfócitos es-
pecíficos para diversos peptídeos, facilitando a sua proliferação em momentos de necessi-
dade.
APC
Ativação do
Célula T CD8+ imatura linfócito Célula T CD8+ imatura
Proliferação
Diferenciação
Ativação de Destruição de
macrófagos, células células infectadas;
B, outras células; ativação de
inflamação macrófagos
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Resposta TH1
Célula
dendrítica
TCR CÉLULA T
IMATURA
IL-12
INF-Y Célula NK
Célula T IL-12
Reguladora
Célula Th1
INF-Y
Fluxograma 2. Resposta Th1. Disponível em: Abbas – Imunologia Celular e Molecular, 8ª edição
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Figura 4. Resposta Th2. Disponível em: Abbas – Imunologia Celular e Molecular, 8ª edição.
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Figura 5. Macrófagos na resposta Th2. Disponível em: Abbas – Imunologia Celular e Molecular, 8ª edição.
Figura 6. Resposta Th17. Disponível em: Abbas – Imunologia Celular e Molecular, 8ª edição.
A resposta efetora da resposta imu- A IgG, por sua vez, está relacionada
ne humoral é a produção de anticor- com infecções passadas. Isso pode
pos ou/e os anticorpos podem ser os estar relacionado com a cura para
desencadeadores da resposta imune determinados organismos, como por
humoral. exemplo o causador da toxoplas-
Em relação às 5 classes de imunoglo- mose. Porém, quando relacionada ao
bulinas definidas pela porção Fc, te- HIV, a presença de IgG representa
mos que a IgD não possui nenhuma uma infecção crônica, uma fase mais
ação relacionada aos microoganismos avançada da infecção.
que levem a uma resposta imune. No Com isso, temos que numa infecção
entanto, está expressa na membra- inicialmente é produzida a IgM, que é
na plasmática de linfócitos B naives, substituída, com o passar do tempo,
funcionando como receptor. pela IgG.
A IgM é a principal molécula de anti- São funções biológicas do IgG a
corpo capaz de ativar o sistema com- opsonização, ativação do comple-
plemento. Além disso, o IgM é o pri- mento e ADCC (citotoxicidade celu-
meiro anticorpo a ser produzido, por lar dependente de anticorpo), sendo
isso ele é utilizado como um marca- o anticorpo mais potente produzido,
dor de uma infecção ativa, aguda. que interage com diversas células.
SAIBA MAIS!
No pré-natal são realizadas diversas sorologias, em que se observa a presença de IgM e/
ou IgG reagente/positivo, a fim de identificar se houve a exposição a um antígeno. Se a IgM
estiver positiva significa que essa gestante foi exposta recentemente ao patógeno. Já se a
IgG estiver reagente significa que aquela gestante foi exposta ao patógeno antes mesmo
da gestação.
O IgA atua principalmente nas toxi- Já o IgE está relacionado aos helmin-
nas e patógenos, levando a neutrali- tos, pela sua relação com eosinófilos
zação. Ele se liga ao alvo e impede a e mastócitos, que também estão re-
liberação de toxinas. O IgA está bas- lacionados com as reações alérgicas.
tante presente nas mucosas. Com Geram a hipersensibilidade, por levar
isso, nas infecções de mucosa, prin- a degranulação de mastócitos e po-
cipalmente de origem intestinal e de dem levar também toxicidade.
orofaringe, há uma atuação muito im-
portante do IgA.
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RESUMO
CÉLULAS EFETORAS
IMUNIDADE
Características: Especificidade, ADQUIRIDA
diversidade, memória, especialização,
autolimitação, tolerância a antígenos Linfócitos TCD4
próprios Liberam citocinas que estimulas macrófagos,
linfócitos TCD8 e linfócitos B
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
ABBAS, Abul K; LICHTMAN, Andrew H; PILLAI, Shiv. Imunologia celular e mo-
lecular. 8ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.
MURPHY, Kenneth. Imunologia de Janeway. 8ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2014
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