Você está na página 1de 16

Considerações gerais sobre o sistema

imunológico
Por

, PhD , U ni v er s i ty C ol l ege L on don , L on do n, U K

CLIQUE AQUI PARA A VERSÃO PARA PROFISSIONAIS

FATOS RÁPIDOS

Recursos do assunto
 Análises laboratoriais (0)
 Áudio (0)
 Imagens (2)
 Modelos 3D (0)
 Tabelas (0)
 Vídeo (3)
Considerações gerais sobre o sistema imunológico

VÍDEO

O sistema imunológico foi concebido para defender o corpo contra invasores


estranhos ou perigosos. Tais invasores incluem

 Micro-organismos (comumente chamados germes,


como bactérias, vírus e fungos)
 Parasitas (como vermes)
 Células cancerígenas

 Órgãos e tecidos transplantados

Para defender o organismo contra esses invasores, o sistema imunológico


deve ter a capacidade de distinguir entre

 O que pertence ao organismo (o próprio corpo)

 O que não pertence (não próprio do corpo ou estranho)

Antígenos são qualquer substância que o sistema imunológico consiga


reconhecer e assim estimular uma resposta imunológica. Se os antígenos
forem percebidos como perigosos (por exemplo, se puderem causar uma
doença) eles podem estimular uma resposta imunológica no organismo. Os
antígenos podem estar em bactérias, vírus, outros micro-organismos,
parasitas ou células cancerígenas. Os antígenos podem ainda existir de forma
autônoma, como o pólen ou as moléculas de alimentos, por exemplo.
Uma resposta imunológica normal consiste do seguinte:
 Reconhecer um antígeno estranho potencialmente nocivo
 Ativar e mobilizar forças para se defender contra o antígeno

 Atacar o antígeno

 Controlar e finalizar o ataque

Se o sistema imunológico tiver uma disfunção e confundir o próprio corpo com


algo estranho, ele pode atacar os tecidos do próprio organismo, causando
uma doença autoimune, como artrite reumatoide, tireoidite de
Hashimoto ou lúpus eritematoso sistêmico (lúpus).
Os distúrbios do sistema imunológico ocorrem quando
 O organismo gera uma resposta imunológica contra si mesmo (uma
doença autoimune).
 O organismo não consegue gerar respostas imunológicas apropriadas
contra os micro-organismos que o invadem (uma doença decorrente de
imunodeficiência).
 O corpo gera uma resposta imunológica excessiva a antígenos muitas
vezes inofensivos e prejudica tecidos normais (uma reação alérgica).
Componentes do sistema imunológico
O sistema imunológico tem muitos componentes:

Anticorpos (imunoglobulinas) são proteínas produzidas por glóbulos


brancos chamados células B que se ligam fortemente ao antígeno de um
invasor, marcando o invasor para ser atacado ou neutralizando-o diretamente.
O corpo produz milhares de anticorpos diferentes. Cada anticorpo é
específico para um determinado antígeno.
Antígenos são qualquer substância que o sistema imunológico consiga
reconhecer e assim estimular uma resposta imunológica.
Células B (linfócitos B) são glóbulos brancos que produzem anticorpos
específicos para o antígeno que estimulou sua produção.
Basófilos são glóbulos brancos que liberam histamina (substância presente
nas reações alérgicas) e que produzem substâncias que atraem outros
glóbulos brancos (os neutrófilos e os eosinófilos) ao foco do problema.
Células são a menor unidade de um organismo vivo, composta por um núcleo
e um citoplasma e envolta por uma membrana.
Quimiotaxia é o processo no qual uma substância química atrai células para
um local específico.
O sistema de complemento consiste de um grupo de proteínas que está
envolvido em uma série de reações (denominada de cascata do
complemento) e que foi concebido para defender o organismo – por exemplo,
destruindo bactérias e outras células estranhas, tornando as células
estranhas mais fáceis de serem identificadas e ingeridas pelos macrófagos e
atraindo os macrófagos e os neutrófilos para o foco do problema.
Citocinas são várias proteínas diferentes secretadas pelas células
imunológicas e por outras células e que atuam como mensageiras do sistema
imunológico para ajudar a regular uma resposta imunológica.
Células dendríticas são derivadas de glóbulos brancos. Elas residem nos
tecidos e ajudam as células T a reconhecer antígenos estranhos.
Eosinófilos são glóbulos brancos que matam bactérias e outras células
estranhas grandes demais para serem ingeridas e podem ajudar a imobilizar
e matar parasitas e ajudar a destruir células cancerígenas. Eosinófilos
também participam das reações alérgicas.
Células T helper são glóbulos brancos que ajudam as células B a produzir
anticorpos contra antígenos estranhos, ajudam na ativação das células T killer
e estimulam os macrófagos, possibilitando que eles ingiram células infectadas
ou anormais com maior eficiência.
Histocompatibilidade (literalmente, compatibilidade de tecidos) é
determinada por antígenos de leucócitos humanos (moléculas de
autoidentificação). Histocompatibilidade é usada para determinar se um tecido
ou órgão transplantado será aceito pelo receptor.
Antígenos de leucócitos humanos (HLA) são um grupo de moléculas de
identificação localizadas na superfície de todas as células em uma
combinação única para cada indivíduo, desta forma permitindo ao organismo
distinguir o que é próprio do que não é próprio do corpo. Este grupo de
moléculas de identificação é também chamado o complexo principal de
histocompatibilidade.
Um complexo imunológico é um anticorpo ligado a um antígeno.
Uma resposta imunológica é a reação do sistema imunológico a um
antígeno.
Imunoglobulina é outro nome para anticorpo.
Interleucina é um tipo de mensageiro (citocina) produzido por alguns
glóbulos brancos para afetar outros glóbulos brancos.
Células T killer (citotóxicas) são células T que se ligam a células infectadas
e células cancerígenas e as matam.
Leucócito é outro nome para glóbulo branco, como um monócito, neutrófilo,
eosinófilo, basófilo ou linfócito (uma célula B ou célula T).
O sistema linfático é uma rede de linfonodos conectados por vasos
linfáticos, que ajudam o corpo a transportar micro-organismos e a filtrar e
destruir células mortas ou danificadas. Respostas imunes adquiridas são
iniciadas nos linfonodos.
Linfócitos são os glóbulos brancos responsáveis pela imunidade adquirida
(específica), inclusive a produção de anticorpos (pelas células B) e a distinção
entre o que é próprio do que não é próprio do corpo (pelas células T), e por
matar células infectadas e as células cancerígenas (pelas células T killer).
Macrófagos são células grandes que se desenvolvem a partir de glóbulos
brancos denominados monócitos. Eles ingerem bactérias e outras células
estranhas e ajudam as células T helper a identificar micro-organismos e
outras substâncias estranhas. Macrófagos estão normalmente presentes nos
pulmões, pele, fígado e outros tecidos.
Complexo principal de histocompatibilidade (MHC) é um sinônimo para
antígenos de leucócitos humanos.
Mastócitos são células nos tecidos que liberam histamina e outras
substâncias envolvidas nas reações inflamatórias e alérgicas.
Uma molécula é um grupo de átomos combinados quimicamente que formam
uma substância única.
Células natural killer são um tipo de glóbulos brancos que reconhecem e
matam células anormais, como algumas células infectadas e células
cancerígenas, sem ter que saber antes que as células são anormais.
Neutrófilos são glóbulos brancos que ingerem e matam bactérias e outras
células estranhas.
Fagócitos são um tipo de célula que ingere e mata ou destrói micro-
organismos invasores, outras células e fragmentos de células. Fagócitos
incluem neutrófilos e macrófagos.
Fagocitose é o processo em que uma célula traga e ingere um micro-
organismo invasor, outra célula ou um fragmento de célula.
Um receptor é uma molécula localizada na superfície de uma célula ou
dentro da célula capaz de identificar moléculas específicas, que se encaixam
exatamente, como chave e fechadura.
Células T regulatórias (supressoras) são glóbulos brancos que ajudam a
finalizar uma resposta imunológica.
Células T (linfócitos T) são glóbulos brancos que estão envolvidos na
imunidade adquirida. Existem três tipos: helper, killer (citotóxicas) e
regulatórias.
Glóbulos brancos (leucócitos) existem como vários tipos diferentes, como
monócitos, neutrófilos, eosinófilos, basófilos e linfócitos (células B e células
T), cada um com funções diferentes no sistema imunológico.
Linhas de defesa
O organismo tem uma série de defesas. As defesas incluem

 Barreiras físicas

 Glóbulos brancos

 Moléculas, como anticorpos e proteínas do complemento

 Órgãos linfoides

Barreiras físicas
A primeira linha de defesa contra os invasores é constituída por barreiras
mecânicas ou físicas:

 A pele

 A córnea dos olhos

 As membranas que revestem os aparelhos respiratório, digestivo,


urinário e reprodutor

Enquanto estas barreiras permanecem intactas, muitos invasores não


conseguem penetrar o organismo. Quando uma barreira se rompe (por
exemplo, quando uma queimadura extensa lesiona a pele), o risco de
infecção aumenta.

Além disso, as barreiras encontram-se defendidas por secreções que contêm


enzimas que podem destruir as bactérias. O suor, as lágrimas nos olhos, as
secreções no aparelho respiratório e digestivo e as secreções na vagina são
exemplos de barreiras.

Glóbulos brancos
A linha de defesa seguinte envolve glóbulos brancos (leucócitos) que se
deslocam através da corrente sanguínea e penetram nos tecidos para
detectar e atacar micro-organismos e outros invasores.

Esta defesa consiste de duas partes:

 Imunidade inata

 Imunidade adquirida

Imunidade inata (natural): Inata significa algo com a qual a pessoa nasce.
Então, imunidade inata não requer encontros anteriores com um
micro-organismo ou outros invasores para funcionar com eficiência.
Responde imediatamente aos invasores, sem precisar aprender a reconhecê-
los. Estão presentes diversos tipos de glóbulos brancos:
 Os fagócitos ingerem os invasores. Fagócitos
incluem macrófagos, neutrófilos, monócitos e células dendríticas.
 Células natural killer são formadas prontas para reconhecer e matar as
células cancerígenas e células infectadas por certos vírus.
 Alguns glóbulos brancos (como basófilos e eosinófilos) liberam
substâncias envolvidas em inflamações, como citocinas e em reações
alérgicas, como a histamina. Algumas destas células conseguem
destruir invasores diretamente.
Imunidade adquirida (adaptativa ou específica): Na imunidade adquirida,
os glóbulos brancos chamados linfócitos (células B e células T) se deparam
com um invasor, aprendem a atacá-lo e lembram do invasor específico de
modo que possam atacá-lo de forma ainda mais eficaz no próximo encontro.
A imunidade adquirida demora a desenvolver depois de um encontro inicial
com um novo invasor pois os linfócitos têm que se adaptar. Mas, depois deste
tempo, a resposta é rápida. As células B e as células T trabalham juntas para
destruir os invasores. Para serem capazes de reconhecer invasores, as
células T precisam de ajuda das células chamadas células apresentadoras de
antígenos (como células dendríticas – veja a figura Como uma célula T
reconhece os antígenos). Estas células ingerem os invasores ou decompõem-
nos em fragmentos.
Moléculas
A imunidade inata e a imunidade adquirida interagem, influenciando-se de
forma recíproca e direta ou através de moléculas que atraem ou ativam outras
células do sistema imunológico, como parte da fase de mobilização das
defesas. Essas moléculas incluem
 Citocinas (que são as mensageiras do sistema imunológico)
 Anticorpos
 Proteínas do complemento (que formam o sistema de complemento)
Estas substâncias não estão contidas nas células, encontrando-se dissolvidas
em um fluido do organismo, o plasma (a parte líquida do sangue).

Algumas destas moléculas, inclusive algumas citocinas, estimulam a


inflamação.

A inflamação ocorre, pois estas moléculas atraem as células do sistema


imunológico ao tecido afetado. De forma a ajudar estas células a chegarem
ao tecido, o organismo envia mais sangue ao tecido. Para mais sangue
chegar ao tecido, os vasos sanguíneos dilatam-se e tornam-se mais porosos,
permitindo que mais fluidos e células saiam dos vasos sanguíneos e
penetrem o tecido. Desta forma, a inflamação tende a causar vermelhidão,
calor e inchaço. O objetivo da inflamação é conter a infecção de forma que
ela não se propague. As outras substâncias produzidas pelo sistema
imunológico ajudam a resolver a inflamação e os tecidos danificados são
curados. Apesar de a inflamação ser incômoda, é uma indicação de que o
sistema imunológico está fazendo seu trabalho. Entretanto, inflamações
excessivas ou de longa duração (crônicas) podem ser prejudiciais.
Órgãos linfoides
O sistema imunológico é constituído por vários órgãos, além de células
dispersas por todo o corpo. Esses órgãos classificam-se em órgãos linfoides
primários ou secundários.

Nos órgãos linfoides primários os glóbulos brancos são produzidos e/ou


multiplicados:
 A medula óssea produz todos os diferentes tipos de glóbulos brancos,
inclusive neutrófilos, eosinófilos, basófilos, monócitos, células B e
células que se tornam as células T (células T precursoras).
 No timo, as células T se multiplicam e são treinadas para reconhecer
antígenos estranhos e ignorar os antígenos próprios do organismo. As
células T são essenciais na imunidade adquirida.
Os glóbulos brancos, especialmente da medula óssea, são mobilizados
quando é preciso defender o organismo. Entram, de imediato, na corrente
sanguínea e deslocam-se até à parte do corpo onde sua presença é
necessária.

Os órgãos linfoides secundários incluem o


 Baço

 Linfonodos

 Amigdalas

 Apêndice

 Placas de Peyer no intestino delgado

Esses órgãos retêm os micro-organismos e outras substâncias estranhas e


proporcionam um lugar onde as células maduras do sistema imunológico se
acumulam, interagem umas com as outras e com as substâncias estranhas,
gerando uma resposta imunológica específica.

Os linfonodos encontram-se dispostos de forma estratégica no organismo,


encontrando-se ligados entre si por uma extensa rede de vasos linfáticos –
o sistema linfático. O sistema linfático transporta micro-organismos, outras
substâncias estranhas, células cancerígenas e células mortas ou lesionadas
dos tecidos aos linfonodos, onde estas substâncias e células são filtradas ou
destruídas. Uma vez filtrada, a linfa é devolvida à corrente sanguínea.
Os linfonodos constituem um dos primeiros órgãos aos quais se podem
propagar as células cancerígenas. Por este motivo, o médico costuma
examinar os linfonodos para determinar se um câncer se propagou ou não.
Células cancerígenas em um nódulo linfático podem causar inchaço no
nódulo. Os linfonodos também podem inchar após uma infecção, pois as
respostas imunológicas adquiridas contra as infecções são geradas nos
linfonodos. Os linfonodos podem, por vezes, inchar, pois as bactérias levadas
aos linfonodos não são eliminadas e causam uma infecção no linfonodo
(linfadenite).

Sistema linfático: Ajuda a proteger contra as infecções


O sistema linfático constitui uma
parte vital do sistema
imunológico, juntamente com o
timo, a medula óssea, o baço,
as amígdalas, o apêndice e as
placas de Peyer no intestino
delgado.

O sistema linfático consiste de


uma rede de gânglios linfáticos
que se encontram ligados pelos
vasos linfáticos. Este sistema
transporta a linfa por todo o
organismo.

A linfa é composta por um fluido


que penetra os tecidos do
organismo através das paredes
finas dos capilares. Este fluido
contém oxigênio, proteínas, e
outros nutrientes que nutrem os
tecidos. Uma parte deste fluido
volta a entrar nos capilares e
outra parte entra nos vasos
linfáticos (tornando-se a linfa).

Pequenos vasos linfáticos se


conectam a vasos maiores
acabando por formar o canal
torácico. O canal torácico é o
maior vaso linfático. Junta-se à
veia subclávia e assim devolve
a linfa na corrente sanguínea.

A linfa também transporta, para


eliminação, substâncias
estranhas (como bactérias),
células cancerígenas e células
mortas ou danificadas que
podem estar presentes nos
tecidos dentro dos vasos
linfáticos e linfonodos. A linfa
contém muitos glóbulos
brancos.

Todas as substâncias
transportadas pela linfa passam
por pelo menos um gânglio
linfático, onde as substâncias
estranhas podem ser filtradas e
destruídas antes dos fluidos
serem devolvidos na corrente
sanguínea. Nos linfonodos, os
glóbulos brancos podem se
reunir, interagir uns com os
outros e com os antígenos e
gerar respostas imunológicas
às substâncias estranhas. Os
linfonodos contêm uma rede de
tecidos repletos de células B,
células T, células dendríticas e
macrófagos. Os micro-
organismos prejudiciais são
filtrados por esta rede e, então,
identificados e atacados pelas
células B e pelas células T.

Os linfonodos costumam
agrupar-se em zonas em que
os vasos linfáticos se ramificam,
como o pescoço, as axilas e as
virilhas.

Você sabia que...

 Linfonodos contêm uma trama de tecido na qual micro-organismos


nocivos e células mortas ou lesionadas são filtrados e destruídos.

Plano de ação
Uma resposta imunológica bem-sucedida aos invasores exige

 Reconhecimento

 Ativação e mobilização

 Regulação

 Resolução

Reconhecimento
Para poder destruir os invasores, o sistema imunológico deve reconhecê-los
primeiro. Ou seja, o sistema imunológico deve ser capaz de distinguir o que
não é próprio do corpo (estranho) do próprio do corpo. O sistema imunológico
é capaz de fazer essa distinção, visto que todas as células têm moléculas de
identificação (antígenos) na sua superfície. Os micro-organismos são
reconhecidos porque possuem na sua superfície moléculas específicas que
os identificam como estranhos.

Nas pessoas, as principais moléculas de autoidentificação denominam-se


 Antígenos de leucócitos humanos (HLA) ou complexo principal de
histocompatibilidade (MHC).

As moléculas HLA são denominadas antígenos, porque se transplantadas,


como em um rim ou enxertos de pele, elas podem dar origem a uma resposta
imunológica em outro indivíduo (geralmente estas moléculas não provocam
uma resposta imunológica no indivíduo que as possui). Cada indivíduo tem
uma combinação quase única de HLAs. O sistema imunológico de cada
indivíduo reconhece esta combinação única como própria. Quando uma célula
apresenta na sua superfície moléculas que não são iguais às das células
próprias do organismo, esta é identificada como estranha. O sistema
imunológico ataca imediatamente esta célula. Essa célula pode ser uma
célula de um tecido transplantado ou uma das células do corpo que foi
infectada por um micro-organismo invasor ou foi alterada por câncer. (são as
moléculas HLA que o médico tenta compatibilizar quando um indivíduo
necessita de um transplante de órgão).

Como os linfócitos T reconhecem os antígenos

VÍDEO

Alguns glóbulos brancos, células B (linfócitos B), conseguem reconhecer os


invasores diretamente. Já outros, as células T (linfócitos T), precisam da
ajuda de outras células denominadas células apresentadoras de antígenos:

 Estas células ingerem os invasores e os decompõem em fragmentos.

 As células apresentadoras de antígenos então combinam os fragmentos


dos antígenos do invasor com as moléculas HLA da célula.

 A combinação dos fragmentos de antígenos e as moléculas HLA vai


para a superfície da célula.

 Uma célula T com um receptor pareado na sua superfície é capaz de se


fixar a parte da molécula HLA apresentadora de antígeno, como o
encaixe de uma chave na fechadura correspondente.

 A célula T é, por conseguinte, ativada e começa a combater os


invasores que contêm aquele antígeno.

Como uma célula T reconhece antígenos


As células T fazem parte do sistema de vigilância imunológica. Elas se deslocam pela corrente
linfonodos ou outro órgão linfoide secundário, elas procuram substâncias estranhas (antígenos
reconhecer totalmente e responder ao antígeno estranho, o antígeno deve ser processado e a
denominado de célula apresentadora de antígeno. As células apresentadoras de antígenos co
eficazes), macrófagos e células B.
Ativação e mobilização
Os glóbulos brancos são ativados quando reconhecem os invasores. Por
exemplo, quando uma célula apresentadora de antígeno apresenta
fragmentos de antígenos ligados ao HLA a uma célula T, a célula T adere aos
fragmentos e é ativada. As células B podem ser ativadas pelos invasores.
Uma vez ativados, os glóbulos brancos tragam ou matam o invasor, ou
executam ambas ações. Normalmente, mais de um tipo de glóbulos brancos é
necessário para matar um invasor.

Células imunológicas, como os macrófagos ou células T ativadas, liberam


substâncias que atraem outras células imunológicas ao foco do problema,
mobilizando, assim, as defesas. O invasor pode também liberar substâncias
que atraem as células imunológicas.

Regulação
A resposta imunológica deve ser regulada de forma a evitar um dano maior ao
organismo, como ocorre nas doenças autoimunes. As células T reguladoras
(supressoras) ajudam a controlar a resposta ao produzir citocinas
(mensageiros químicos do sistema imunológico) que inibem as respostas
imunológicas. Estas células evitam que a resposta imunológica continue
indefinidamente.
Resolução
A resolução implica restringir o invasor e eliminá-lo do organismo. Após o
invasor ser eliminado, a maioria dos glóbulos brancos se autodestroem e são
ingeridos. Os que são poupados são denominados como células de memória.
O organismo retém as células de memória, que fazem parte da imunidade
adquirida, de forma a lembrar invasores específicos e poder dar uma resposta
de forma mais vigorosa no próximo encontro.

Considerações gerais sobre a função de células B e T

VÍDEO

OBS.: Esta é a versão para o consumidor. MÉDICOS: Clique aqui para a


versão para profissionais
Esta página foi útil?
SIMNÃO

Imunidade inata

Obtenha O
Considerações gerais sobre o sistema imunológico

Considerações gerais sobre o sistema linfático

Considerações gerais sobre o linfoma

Também De Interesse
NOTÍCIAS
VISUALIZAR TUDO

Suplementos de vitamina D podem reduzir as chances de doenças...


QUARTA-FEIRA, 2 de fevereiro de 2022 (HealthDay News) – Um novo estudo
sugere que tomar suplementos...

Uma hora de treinamento de peso por semana pode prolongar...


QUARTA-FEIRA, 9 de março de 2022 (HealthDay News) – Pesquisadores do
Japão relatam que adicionar...

A artrite é um flagelo em todo o mundo


QUARTA-FEIRA, 9 de março de 2021 (HealthDay News) – A osteoartrite
tornou-se cada vez mais...
VÍDEOS
VISUALIZAR TUDO

VÍDEO

O que é o sistema imunológico PDF?


O sistema imune é o conjunto de células, tecidos, órgãos e moléculas que os
humanos e outros seres vivos usam para a eliminação de agentes ou
moléculas estranhas, inclusive o câncer, com a finalidade de se manter a
homeostasia do organismo

O que é o sistema imunológico resumo?

O sistema imunológico, também chamado de sistema imune, é o que


garante proteção ao nosso corpo, evitando que substâncias estranhas e
patógenos afetem negativamente nossa saúde. É um sistema complexo que
envolve uma série de células e órgãos que funcionam, em conjunto, como uma
grande barreira de proteção.

Quais são os órgãos que fazem parte do sistema imunológico?


O sistema imunológico possui vários órgãos linfoides, incluindo timo, nódulos
linfáticos, baço e amídalas, agregados de tecido linfoide nos órgãos não
linfoides, como as placas de Peyer no intestino, grupos de células linfoides
dispersas pelos tecidos conectivo e epitelial do corpo; assim como por toda a
medula óssea e ...

Você também pode gostar