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TEMAS DE BIOLOGIA

ATUALIDADES BIOLÓGICAS
NÚMERO 10 OUTUBRO DE 1998 EDITORA MODERNA

DEFESAS DO CORPO: O SISTEMA IMUNITÁRIO


J. M. Amabis* e G. R. Martho

N
as últimas décadas, em parte devido

ck Photos
à epidemia mundial de aids, o mun-
do científico passou a dedicar espe-

© NIBSC / SPL - Sto


cial atenção ao sistema imunitário, que de-
fende nosso organismo de invasores micros-
cópicos. Quando esse sistema falha ou tor-
na-se debilitado, o organismo é presa fácil
de todo o tipo de doença infecciosa.
O sistema imunitário é comparável a um sofis-
ticado exército de defesa. Seus soldados são
células altamente especializadas, que atacam
os invasores tanto na luta corpo-a-corpo como Linfócito T humano infectado pelo vírus causador da
com poderosas armas químicas. Compreender aids -- HIV -- observado ao microscópio eletrônico de
melhor nosso sistema de defesa será de funda- varredura (aumento: 16.000x). Os grânulos verdes (co-
mental importância no futuro, e poderá trazer loridos artificialmente) são vírus em processo de libe-
cura para inúmeras doenças e melhoria para ração pela célula infectada. O ataque do HIV debilita
seriamente o sistema imunitário, abrindo caminho para
a qualidade da vida humana.
diversas doenças infecciosas.

TIPOS DE DEFESA CORPORAL em realizar fagocitose, genericamente chamadas fagóci-


tos. Estes englobam os invasores e os destroem.
Nosso organismo é constantemente atacado por di- As principais células fagocitárias são os neutrófilos e
ferentes tipos de invasores microscópicos, que ten- os macrófagos. O neutrófilo é um tipo de glóbulo branco
tam penetrar através da pele ou das mucosas que re- presente no sangue, capaz de atravessar a parede dos capi-
vestem nossas cavidades e condutos internos. Se con- lares sangüíneos e penetrar nos tecidos infectados, onde
seguirem transpor essas barreiras, os invasores serão combate vírus, bactérias e demais partículas estranhas.
combatidos por outras linhas de defesa. Uma delas, Os macrófagos originam-se a partir da diferenciação
que poderíamos chamar de defesa inespecífica, com- de um tipo de glóbulo branco do sangue, o monócito. Há
bate os invasores por meio de células fagocitárias e macrófagos fixos, ou histiócitos, localizados em certos
de substâncias antimicrobianas genéricas, isto é, que tecidos e órgãos corporais, e macrófagos circulantes, que
atuam sobre qualquer tipo de invasor. A segunda li- se deslocam por todo o corpo, fagocitando vírus, bacté-
nha de defesa é constituída por células que identifi- rias e detritos celulares. O conjunto de todos os macró-
cam a natureza química dos invasores e desencadei- fagos do corpo constitui o sistema retículo-endotelial.
am contra eles uma resposta de defesa específica,
conhecida como resposta imunitária. Resposta inflamatória

Quando uma região do corpo é lesada pelo ataque de


MECANISMOS DE DEFESA microorganismos ou de substâncias tóxicas, ocorre uma
INESPECÍFICOS resposta defensiva conhecida como inflamação. Os prin-
cipais sintomas da inflamação são dor, calor, vermelhi-
Células fagocitárias dão e inchaço no local atingido. Apesar dos sintomas, a
inflamação é um processo benéfico, que tem por função
A maioria dos microorganismos que invade nosso destruir ou remover os agentes causadores da lesão, além
corpo é prontamente atacada por células especializadas de reparar ou substituir o tecido danificado.
*
Professor do Departamento de Biologia do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo
ATUALIDADES BIOLÓGICAS 1
O processo inflamatório é desencadeado por uma As regiões das moléculas de antígeno identificadas
substância chamada histamina, liberada por células do pelo sistema imunitário são denominadas epítopes ou
local lesado. A histamina atua sobre os vasos sangüíneos determinantes do antígeno.
próximos, fazendo com que eles se dilatem e tornem-se
mais permeáveis. Com isso, aumenta a circulação de san- Anticorpos
gue no local inflamado e a saída dos neutrófilos e ma-
crófagos para os tecidos, onde eles passam a fagocitar Anticorpos são proteínas fabricadas por certos tipos
bactérias invasoras e restos de células mortas. de glóbulo branco em resposta à presença de determina-
O inchaço que geralmente acompanha a inflamação do antígeno. Um anticorpo é altamente específico, sen-
é causado pelo acúmulo de plasma, extravasado dos va- do capaz de reconhecer e se unir somente ao antígeno
sos sangüíneos dilatados pela histamina. O pus, que às que desencadeou sua fabricação. A ligação do anticorpo
vezes se acumula nos locais inflamados, é um aglomera- ao antígeno contribui decisivamente para a destruição ou
do de células fagocitárias, a maioria mortas durante o inativação deste último.
combate aos invasores. Uma molécula de anticorpo é constituída por duas
cadeias polipeptídicas pequenas, conhecidas como ca-
MECANISMOS DE DEFESA deias leves, e por duas cadeias polipeptídicas maiores,
as cadeias pesadas.
ESPECÍFICOS: IMUNIDADE
As cadeias leves apresentam uma região constante,
Nosso organismo é capaz de distingüir seus próprios cuja seqüência de aminoácidos é idêntica em todos os
componentes de moléculas estranhas que eventualmente tipos de anticorpo, e uma região variável, cuja seqüên-
penetrem no corpo. Essa distinção é fundamental para
que o sistema de defesa não ataque o próprio organismo, Cadeia pesada
do anticorpo Determinante do
como ocorre, por motivos ainda pouco conhecidos, em antígeno
certas doenças denominadas autoimunes (como o lupus Sítios de reconheci- (epítope)
mento do antígeno
eritematoso sistêmico e a artrite reumatóide).
Depois de um primeiro contato com determinado tipo
de agente infeccioso, o organismo “memoriza” suas ca-
racterísticas químicas, de tal maneira que, em um próxi-
mo contato, o agente infeccioso é rapidamente identifi-
cado e destruído. Assim, adquirimos imunidade contra Cadeia leve do
aquele agente específico. anticorpo

A identificação e a posterior eliminação de agentes


estranhos ao corpo é exercida pelo sistema imunitário,
constituído basicamente pelos glóbulos brancos do san- DETALHE
gue e pelos órgãos que os produzem: medula óssea, baço, Região de ligação
com o antígeno
timo e nódulos linfáticos, entre outros.

Cadeia pesada
Antígenos

Substâncias identificadas como estranhas ao organis-


mo, capazes de causar resposta imunitária, são generica-
mente chamadas antígenos. Em sua maioria, os antíge-
nos são moléculas de proteínas e polissacarídios, pre- Regiões Cadeia leve
sentes, por exemplo, nos envoltórios de vírus, bactérias, variáveis
fungos, protozoários e outros seres vivos.
Regiões
Determinantes do antígeno constantes
(epítopes)
Antígenos na
parede bacteriana
REPRESENTAÇÃO
SIMPLIFICADA DO
ANTICORPO

À esquerda, representação dos antígenos presentes em


uma célula bacteriana, com anticorpos ligados. Antíge-
a Anticorpo ligado à nos e anticorpos estão representados muito ampliados
tér i epítope do antígeno
Bac em relação à bactéria. Acima, esquema de uma molé-
cula de anticorpo. No detalhe, sítios que permitem a li-
gação específica com o determinante do antígeno.

2 ATUALIDADES BIOLÓGICAS
ATIVAÇÃO DE
NEUTRALIZAÇÃO AGLUTINAÇÃO PRECIPITAÇÃO COMPLEMENTO
Proteína de
complemento
Parede
bacteriana

Toxina Antígeno
Vírus Bactéria solúvel

facilita facilita leva à

FAGOCITOSE INFLAMAÇÃO LISE CELULAR


Bactéria
Macrófago

Bactéria
Ruptura
celular

Bactéria

Poro formado
Vaso Neutrófilo pelas proteínas
sangüíneo de complemento

Ação dos anticorpos sobre diferentes tipos de antígeno. Na neutralização, vírus e toxinas são inativados pela
associação com os anticorpos; na aglutinação, os anticorpos causam agrupamento dos antígenos; na precipita-
ção, os anticorpos combinam-se com antígenos solúveis, tornando-os insolúveis. Todos esses processos facilitam
a ação de células fagocitárias, que destroem os antígenos. Na ativação de complemento os anticorpos, depois de
se ligarem aos antígenos, combinam-se a determinadas proteínas do plasma (complemento), as quais formam
poros na célula invasora, levando à sua ruptura (lise) e morte. As proteínas de complemento também estimulam
glóbulos brancos do tipo basófilo e plaquetas a liberar histamina, responsável pelo processo inflamatório.

cia de aminoácidos varia de anticorpo para anticorpo. As bulina, o grupo de proteínas ao qual pertencem os anti-
cadeias pesadas, por sua vez, apresentam uma região corpos, e a letra maiúscula (A, D, E, G, M) refere-se ao
constante, cuja seqüência de aminoácidos é idêntica nos tipo de cadeia pesada presente.
anticorpos de uma mesma classe, e uma região variável,
CARACTERÍSTICAS DAS IMUNOGLOBULINAS
típica de cada anticorpo.
CLASSE % no Presente Funções
Uma molécula de anticorpo lembra uma letra ipsilon sangue em conhecidas
(Y). Cada “braço” desse Y é constituído por uma cadeia Secreções (lágri-
leve associada a parte de uma cadeia pesada. A “perna” IgA 10-15 mas, saliva, muco), Proteção das superfíci-
sangue e linfa es mucosas
do Y é constituída pela associação das partes restantes
das duas cadeias pesadas. Possivelmente o primei-
IgD 0,2 Superfície dos linfó- ro a ser produzido na
A ponta de cada braço do anticorpo é constituída pela citos B, sangue e lin- resposta imunitária
fa
associação das regiões variáveis de uma cadeia leve e de
uma cadeia pesada. Essa associação origina um encaixe Par ticipa das reações
IgE 0,002 Sangue alérgicas; atua contra pro-
molecular pelo qual o anticorpo reconhece o antígeno. A tozoários parasitas
combinação aleatória entre as regiões variáveis de ca- Facilita a fagocitose, neu-
deias leves e pesadas define a especificidade dos anti- IgG 80 Sangue, linfa e in- traliza toxinas, protege o
testino feto (único anticorpo que
corpos e explica sua enorme diversidade. atravessa a placenta)
Há cinco classes principais de anticorpos, caracteriza- Superfície dos lin- Ativo contra microorganis-
IgM mos; aglutina antígenos; o
das pelo tipo de cadeia pesada e denominadas: IgA, IgD, 5-10 fócitos B, sangue e primeiro a ser produzido
linfa na resposta imunitária
IgE, IgG, IgM. A sigla Ig é a abreviatura de imunoglo-

ATUALIDADES BIOLÓGICAS 3
Células do sistema imunitário Linfócitos T
Os linfócitos T são produzidos na medula óssea, de
Macrófagos onde migram para o timo (daí a letra “T”), local em que
As primeiras células a entrar em ação na resposta imu- ocorre seu amadurecimento. Durante esse processo, os
nitária são geralmente os macrófagos, que fagocitam cé- linfócitos T produzem determinadas proteínas e as expõem
lulas e outros materiais estranhos ao corpo. O material na face externa da membrana plasmática. A função dessas
fagocitado pelo macrófago é digerido, e seus pedaços, proteínas, denominadas receptores da célula T, é reco-
contendo determinantes dos antígenos, ligam-se a uma nhecer antígenos “apresentados” por outras células.
proteína chamada MHC (do inglês, major histocompati- Cada linfócito T possui um único tipo de receptor e,
bility complex, complexo principal de histocompatibili- portanto, reconhece apenas uma categoria de antígeno.
dade). O conjunto antígeno-MHC migra então para a face Entretanto, há milhares e milhares de tipos de recepto-
externa da membrana plasmática do macrófago, ficando res, de modo que há linfócitos capazes de reconhecer as
exposto em sua superfície. Esse processo é conhecido por mais diversas categorias de antígeno.
apresentação de antígenos. Os linfócitos T diferenciam-se em dois tipos princi-
Os pedaços de antígenos “apresentados” pelos macró- pais: linfócitos T auxiliadores e linfócitos T matado-
fagos são reconhecidos por uma classe especial de células res. Esses linfócitos diferem, entre outras coisas, por
sangüíneas, os linfócitos T auxiliadores. Esse reconheci- uma classe de proteína que possuem na membrana plas-
mento é fundamental para estimular o sistema imunitário e mática: os auxiliadores possuem a proteína CD4, e os
desencadear os mecanismos de defesa específicos. matadores, a proteína CD8. Por isso, linfócitos auxilia-
dores são também chamados células CD4, e os linfóci-
Macrófago
tos matadores, células CD8.
Os linfócitos auxiliadores (CD4) desempenham papel
Bactéria
central na resposta imunitária: eles estimulam as outras cé-
lulas do sistema de defesa a combater os invasores. Ao re-
Vacúolo conhecer, por meio de seus receptores de membrana, um
digestivo antígeno exposto na superfície de um macrófago, o linfóci-
Antígeno
to CD4 une-se a ele. Essa união permite ao macrófago lan-
Moléculas çar uma substância conhecida como interleucina direta-
de MHC mente sobre o linfócito CD4. A interleucina induz o linfó-
ligando-se a cito a se multiplicar e a secretar outros tipos de interleucina,
antígenos
que estimularão outras células do sistema imunitário.
Quando os linfócitos CD4 são atacados e mortos pelo
Complexo
MHC- vírus HIV, causador da aids, o sistema imunitário torna-
antígeno se incapaz de combater eficientemente mesmo as infec-
Molécula de
ções mais corriqueiras.
histocompatibi- Os linfócitos matadores (CD8) também possuem re-
lidade (MHC) ceptores de membrana capazes de reconhecer complexos
Antígeno MHC-antígenos, presentes na superfície de células infec-
tadas por vírus ou de células estranhas ao organismo. De-
Liberação de
interleucina pois de se ligar ao complexo MHC-antígeno, o linfócito
matador libera moléculas de uma proteína chamada per-
forina, que formam um poro na membrana plasmática
das células infectadas, causando sua lise (destruição).

Receptor do Linfócitos B
linfócito T
Os linfócitos B são produzidos na medula óssea, onde
Linfócito T amadurecem. Ao sair para a corrente sangüínea, eles já
auxiliador apresentam anticorpos expostos em sua membrana plas-
(célula CD4)
mática. Cada linfócito B produz um único tipo de anti-
ESTIMULAÇÃO corpo, mas o organismo é capaz de fabricar milhares e
Receptores
de antígenos DE OUTROS milhares de anticorpos diferentes.
LINFÓCITOS
Os linfócitos B que deixam a medula óssea e ingres-
sam na corrente sangüínea não se multiplicam, a não ser
Apresentação de antígenos. Depois de fagocitar um que ocorram dois eventos simultâneos: a) que os anti-
microorganismo invasor, os macrófagos “apresentam” corpos presos à sua membrana liguem-se ao antígeno cor-
amostras de seus antígenos aos linfócitos T auxilia- respondente; b) que um linfócito T auxiliador, ativado
dores. Estes, por sua vez, alertam outros tipos de lin-
pelo reconhecimento desse mesmo antígeno, despeje so-
fócito, que dão combate aos invasores do corpo.
bre ele interleucinas.

4 ATUALIDADES BIOLÓGICAS
MACRÓFAGO
“apresentando”
antígenos

Complexo
MHC-antígeno Receptores de
antígeno

LINFÓCITO T
AUXILIADOR Estimulação pela
(CD4) interleucina

Estimulação pela
interleucina

LINFÓCITO T LINFÓCITO B
MATADOR
(CD8)
União pelo
antígeno

Anticorpo

Multiplicação e Multiplicação e
desenvolvimento desenvolvimento

LINFÓCITO T LINFÓCITO B
MATADOR MADURO
em ação (PLASMÓCITO)

Liberação de
perforinas (causa
lise celular)

Produção e
liberação de
anticorpos

Ação dos anticor-


Célula infectada pos sobre os
em processo de antígenos
lise

ATUALIDADES BIOLÓGICAS 5
Dentre os milhões de tipos de linfócito B do organis- do do corpo, o número de linfócitos especializados em
mo, cada qual com seu anticorpo específico preso à mem- combatê-lo também diminui. Entretanto, uma pequena
brana, apenas aqueles que reconhecem um antígeno são população desses linfócitos permanece no organismo pelo
estimulados. Quando isso ocorre, o linfócito B se multi- resto da vida da pessoa, constituindo o que se denomina
plica, originando uma linhagem de células (clone) capaz memória imunitária. No caso de o mesmo antígeno in-
de produzir anticorpos específicos contra o antígeno que vadir novamente o organismo, as células de memória,
induziu sua multiplicação. É, portanto, a presença do como são chamadas os linfócitos B remanescentes de
antígeno que seleciona o tipo de linfócito B que irá se uma resposta imunitária passada, são estimuladas e pas-
multiplicar. Esse fenômeno é chamado seleção clonal. sam a se reproduzir rapidamente. Surge então, em curto
Os anticorpos produzidos por um linfócito B madu- intervalo de tempo, um numeroso exército de células
ro, conhecido como plasmócito, são liberados em gran- produtoras de anticorpos, capazes de combater rápida e
de quantidade no sangue. A multiplicação desses linfó- eficientemente o invasor. Isso explica porque a produção
citos e conseqüente produção de anticorpos continua en- de anticorpos em um segundo encontro com o antígeno
quanto houver antígenos capazes de ativá-los. À medida (resposta secundária) é muito mais rápida que na res-
que um determinado tipo de antígeno vai sendo elimina- posta primária.

Linfócito B
estimulado Seleção clonal e memória imunitária. Entre
Antígeno os diferentes tipos de linfócito B que o orga-
nismo produz, apenas os que se ligam a um
antígeno são estimulados a se diferenciar e
se multiplicar, originando um clone de célu-
las. Algumas delas diferenciam-se em célu-
Estimulação las de memória imunitária. A maioria origina
pelo antígeno plasmócitos, que produzem grande quantida-
de de anticorpos. Abaixo, à esquerda, gráfico
que representa a resposta secundária, de-
Anticorpos sencadeada pelas células de memória.
Linfócitos B
com diferentes
anticorpos Diferenciação e
multiplicação
celular

Células de Células
memória produtoras de
imunitária anticorpos

Resposta primária Resposta secundária


Quantidade de anticorpos

Primeira Segunda
exposição ao exposição ao
antígeno antígeno

Plasmócitos produzindo
anticorpos
Tempo (dias)

6 ATUALIDADES BIOLÓGICAS
RESUMO: COMPONENTES E ATUAÇÃO DO SISTEMA IMUNITÁRIO

ANTÍGENOS ANTÍGENOS
presentes em vírus, bactérias, “apresentados” na superfície de cé-
protozoários, vermes etc. Substân- lulas infectadas por vírus. Antígenos
cias estranhas (toxinas etc.). de células transplantadas.

MACRÓFAGO
Fagocita e “apresen-
ta” antígenos a linfó-
citos CD4. Produz in-
terleucinas que ati-
vam linfócitos CD4.

Interleucina-1
LINFÓCITO B
Identifica um antíge-
no específico e liga- LINFÓCITO T
se a ele. AUXILIADOR (CD4)
Interleucina-2 Produz interleucinas que ati-
vam a diferenciação de linfóci-
tos B e de linfócitos T citotóxi-
cos (CD8).

LINFÓCITO T
Interleucina-2
CITOTÓXICO (CD8)
Produz perforinas que
causam lise de células
infectadas por vírus ou de
células transplantadas.

CÉLULAS DE MEMÓRIA
Surgem da diferenciação de
linfócitos B e T. Perduram no Perforinas
Lise da célu-
organismo e podem responder la infectada.
rapidamente a um segundo
PLASMÓCITO contato com o antígeno (res-
Surge da diferencia- posta secundária). Anticorpo
ção de um linfócito B.
Produz anticorpos
contra o antígeno.

Anticorpos

BIBLIOGRAFIA
LODISH, H. et al. Molecular cell Biology. 3ª. ed. New York, Scientific American Books, 1995.
SCIENTIFIC AMERICAN. New York, vol. 269, n. 3, set. 1993.
--. vol. 279, n. 1, jul. 1998.
TORTORA, G. J. et al. Microbiology: an introduction. 5ª. ed. California, The Benjamin / Cummings Publ. Co., Inc., 1995.

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