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Quando a via cirúrgica for realizada para estabelecer a permeabilidade das vias
aéreas, o oxigênio pode ser insuflado para otimizar a saturação, oferecendo
oportunidade de se preparar e avaliar opções antes de avançar para uma via aérea
definitiva, seja acordando o paciente ou obtendo uma via aérea não cirúrgica ou
cirúrgica.
A implementação destes quatro passos nem sempre é simples, geralmente
ocorrem problemas comuns como falha na melhor tentativa de cada uma das três vias
aeres não cirúrgicas, manipulação excessiva das vias aéreas levando à perda da
capacidade de fornecer oxigenação, falha ao iniciar a via aérea cirúrgica emergencial e
dificuldade técnicas com a via aérea cirúrgica emergencial devido a inexperiência,
técnica inadequada e dificuldade de acesso ao equipamento. Ou seja, omissão de etapas
básicas no manejo de vias aéreas.
COMO FUNCIONA O VORTEX
A abordagem é estruturada visando abordar os três métodos não cirúrgicos,
minimizando a necessidade de via de cirurgia emergencial ou ainda preparando mais
adequadamente para a via aérea cirúrgica emergencial se necessária. É centrada no uso
de uma ferramenta cognitiva, universalmente aplicável apesar da técnica inicial variar
nas circunstâncias clínicas diferentes. É uma ferramenta simples visualizada para
situação emergencial.
A abordagem leva a equipe a buscar uma tentativa ideal em cada um dos três
métodos não cirúrgicos. Porém, isso pode não ser possível na primeira tentativa do
método por fatores que melhoram as chances de sucesso são identificados só depois.
Portando, o Vortex aborda até três tentativas em cada um dos métodos, se não tiver
sucesso em qualquer um dos métodos não cirúrgicos, isso leva a um espiral para o
próximo até que os três tenham sido otimamente tentados. Após isso, se mesmo assim
não for obtido sucesso, a via aérea cirúrgica é obrigatória. Qualquer técnica pode ser o
ponto de partida conforme preferência do operador e situação clínica.
Falha após as três tentativas em qualquer um dos métodos não cirúrgicos levam
o operador a entrar no espiral no Vortex. Porém, se houver permeabilidade de vias
aéreas através de um desses métodos, o operador se move para fora, na zona verde.
CONCLUSÃO
A Vortex visa uma abordagem simples a via aérea difícil de emergência. É
composta por um programa de educação especifico baseando-se em um modelo
conceitual simples para tomar decisões por uma ferramenta cognitiva simples. É um
modelo cognitivo acessível, para várias equipes e útil para o planejamento efetivo de
gestão de vias aéreas.
No entanto, sempre lembrar que a melhor intervenção especifica é sempre
influenciada principalmente pelo contexto clinico, experiência do operador e
preferencias.
Na via aérea difícil existem uma infinidade de opções de gestão e pouca
evidencia que indique uma técnica particular sobre a outra e a disponibilidade de
equipamentos é variável.
O Vortex precisa ser objetivo para ser um conjunto universal de diretrizes. Dessa
forma, ele enfatiza a importância de um limite de objetivos-chave comuns entre a
equipe, três tentativas nas três técnicas não cirúrgicas e suas estratégias para depois
prosseguir para a cirúrgica.
Ao permitir que o clinico tome a decisão quanto ao melhor método para usar, o
Vortex aumenta a adesão a diretriz, melhorando o resultado final. Reduzindo chance de
hipóxia, falta de planejamento, preparação, conhecimento adequado e omissões no
manejo da via aérea que resultam em resultados ruins.
A utilização de equipamento básico pela abordagem Vortex é crucial para sua
implementação e padronização desse manejo de vias aéreas. Mesmo assim é robusto
para abranger uma natureza clínica diversa de forma eficaz para melhorar o trabalho em
equipe em uma crise de via aérea dificil.