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PRIMEIROS

SOCORROS
Prof. Paulo Rezende
SITUAÇÃO PROBLEMA
Seção 4.1 - Desmaio/crise convulsiva

Seção 4.2 - Avaliação primária

Seção 4.3 - Avaliação secundária

Seção 4.4 - Parada cardiorrespiratória


DEFININDO TERMOS
Desmaio (Síncope):

Perda abrupta e temporária dos sentidos, da consciência

e do tônus postural, isto é, capacidade de se manter em


pé, que ocorre em um curto período de tempo.

Esse estado ocorre por causa da diminuição do fluxo

sanguíneo no cérebro.
REFLITA!
O desmaio costuma durar pouco tempo, de
segundos a minutos, e possui um bom
prognóstico.
Ele acomete em geral pessoas que
possuem alguma cardiopatia, indivíduos
idosos e mulheres jovens.
O desmaio não é uma doença, mas sim um
sinal de que algumas alterações estão
ocorrendo no organismo.
PRINCIPAIS CAUSAS
Permanência em local quente e fechado por um longo período

de tempo.

Ocorrência de fortes dores que possam acometer o organismo.

Forte crise nervosa ou situação de nervosismo intenso.

Fortes emoções e de maneira súbita.

Cansaço extremo.

Queda brusca da pressão arterial em razão de postura, isto é,

quando se levanta muito rápido e de maneira repentina.


PRINCIPAIS CAUSAS
Uso de diversos medicamentos, como os diuréticos, que

em altas doses podem provocar desmaios.

Distúrbios de origem metabólica:

Composição dos sais minerais da corrente sanguínea;

Anemias intensas;

Hemorragias;

Desidratação;

Hipoglicemia.
SINTOMAS QUE ANTECEDEM
UMA SÍNCOPE
Queda da pressão arterial;

Diminuição do ritmo da respiração;

Visão turva;

Tontura;

Sudorese intensa (suor frio),

Náusea (ânsia de vômito);

Fraqueza;

Palidez.
O QUE DEVE SER FEITO
NESSA SITUÇÃO?
1º:

Colocar a pessoa em local seguro, retirando-a de perto de


escadas e janelas (locais que proporcionam perigo);

Mantenha a vítima deitada em decúbito dorsal (elevando


suas pernas acima do tórax), se necessário e possível.

Vire a cabeça da vítima para o lado (facilitar sua


respiração).

Solte suas roupas para que não a apertem.

Após retomada a consciência, mantenha a vítima sentada


por alguns minutos para evitar um novo desmaio.
ATENÇÃO!
Nunca ofereça álcool ou amônia para que a vítima

cheire.

Não jogue água fria no rosto dela nem a sacuda.

Se ela apresentar vômito, vire-a de lado.


O QUE DEVE SER FEITO
NESSA SITUÇÃO?
2º:

Encaminhe a vítima até um atendimento especializado


para que possa ser examinada por um médico (avaliar se
a queda trouxe alguma consequência ou dano ao
organismo).

Por mais simples que pareça o desmaio, a vítima sempre


deve ser examinada por um médico, até para a realização
de alguns exames, se necessário, de imagem, de sangue
ou neurológico, que são sempre solicitados pelo médico.

É de extrema importância identificar a causa do desmaio


para que se institua o tratamento adequado.
DEFININDO TERMOS
Crise convulsiva:

A convulsão ocorre quando existe um aumento da

atividade anormal em determinadas áreas do cérebro.

Essa atividade pode não ser percebida, mas, em alguns

casos, pode gerar algumas alterações orgânicas ou até


mesmo a perda da consciência e espasmos musculares
involuntários.
DEFININDO TERMOS
Crise convulsiva:
As crises convulsivas podem ocorrer uma vez ou várias
vezes.
Quando são recorrentes, podem caracterizar um quadro
de epilepsia.
Podem também afetar apenas um ou os dois
hemisférios do cérebro.
FATORES GATILHO:
 Odores;

 Luzes fortes;

 Exercícios vigorosos;

 Determinados ruídos ou até músicas;

 Fortes emoções;

 Febre alta;

 Falta de sono;

 Menstruação;


SINTOMAS QUE ANTECEDEM
UMA CRISE CONVULSIVA
Alteração na visão;

Tontura;

Medo;

Ansiedade;

Mal-estar de origem gástrica.


SINTOMAS QUE ANTECEDEM
UMA CRISE CONVULSIVA
Em alguns casos, não conseguimos identificar a origem,
mas geralmente a crise convulsiva ocorre por causa de:

Febre alta em crianças; Distúrbios de origem

Algumas doenças ou metabólica;


tumores; Falta de oxigenação no

Traumas cranianos; cérebro;


Abstinência por uso
Choque elétrico;
prolongado de drogas,
Insuficiência renal;
álcool ou algum tipo de
Asfixia; medicamento.
Envenenamento;
O QUE PODE ACONTECER DURANTE
UMA CRISE CONVULSIVA?
Queda da vítima, após perda da consciência;

Apresentar confusão mental;

Ter espasmos de origem muscular que não podem ser


controlados;
Cerrar os dentes;

Babar e espumar pela boca;

Morder a língua (causar sangramento);

Ter movimentos oculares rápidos e súbitos;

Mudar de humor;

Perder o controle da função urinária ou intestinal.


TIPOS DE CRISES CONVULSIVAS:
Os sinais e sintomas dependem do tipo de convulsão

sofrida, isto é, da região acometida e suas funções.

Existem dois tipos de convulsões:

Crise convulsiva generalizada:

Crise focal ou parcial:


TIPOS DE CRISES CONVULSIVAS:
Crise convulsiva generalizada: afeta os dois lados
do cérebro.
As mais comuns são:
Pequeno mal ou crise de ausência:
• Possui poucos sinais físicos.
• A vítima permanece com o olhar perdido e não responde a
estímulo verbal durante este tempo.
• Pode apresentar tremores de lábios e piscar de olhos como
movimentos automáticos.
• Geralmente não sabe o que lhe ocorreu.

Grande mal ou tônico-clônica:


• Associa-se à perda súbita do nível de consciência, com
duração de alguns minutos.
TIPOS DE CRISES CONVULSIVAS:
Grande mal ou tônico-clônica (Cont.):
• Durante a fase tônica, a vítima apresenta enrijecimento dos
músculos, contraídos e estendidos, incluindo braços, pernas
e tronco.
• Em seguida, o indivíduo entra na fase clônica, que é
caracterizada por movimentos de contração rítmica,
incontroláveis e repetitivos.
TIPOS DE CRISES CONVULSIVAS:
Crise focal ou parcial:
É definida como uma crise que ocorre quando a
atividade considerada anormal dos neurônios se
concentra somente em uma região específica do
cérebro, sem alteração do nível de consciência.
Seus sintomas são sutis, variando conforme a região
afetada.
Devido à sutilidade dos sintomas, o diagnóstico torna-se
mais difícil de ser realizado.
São eles:
• Movimentos involuntários em algumas partes do corpo;
• Vertigens;
• Sensação de não estar no próprio corpo;
• Alucinações e alterações na fala, paladar, audição, visão ou
olfato.
COMO DIAGNOSTICAR?
 Para diagnosticar crise convulsiva, devemos nos atentar aos
seguintes fatores:
 Como se apresenta;
 Qual sua duração;
 Se ocorre contração dos dois lados do corpo (braços e pernas),
 Se os olhos e a boca da vítima ficam abertos ou fechados
 Se ela perde a consciência.

 Após a crise, deve ser avaliado:


 Se a pessoa se lembra do ocorrido;
 Se ela retoma plenamente a consciência;
 Se continua sonolenta;
 Se responde a perguntas ou a estímulos;
 Se sua mobilidade se normalizou.
O MÉDICO PODERÁ SOLICITAR:
(DIAGNÓSTICO PRECISO)

 Eletroencefalograma;

 Tomografia computadorizada;

 Ressonância magnética do crânio;

 Análise do líquor;

 Videoeletroencefalograma.

 No caso do tratamento, a suspensão do uso de drogas, álcool ou


de algum tipo de medicamento que possa ter causado a crise já
pode cessar o risco de novos episódios.
 Alguns medicamentos podem ser prescritos pelo médico, de
acordo com o diagnóstico, os quais podem amenizar ou diminuir o
risco de novos episódios.
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA
A avaliação primária possui o objetivo de
verificar os sinais vitais da vítima e detectar se
existe risco de morte ou o que pode causá-la.

Para que se possa tratar uma vítima de


politraumatismo, deve ser priorizado o
tratamento daquelas lesões ou ferimentos que
colocam em risco a vida.
VOCABULÁRIO:
Politraumatismo: trauma com múltiplas lesões que pode
comprometer mais de um órgão ou sistema do
organismo.
Este tipo de avaliação tem por objetivo identificar
algumas lesões:
Obstrução de via aérea, ou seja, algum comprometimento na
parte respiratória.
Lesão no tórax que comprometa a respiração da vítima.
Sinais e sintomas que evidenciem uma hemorragia, tanto
interna quanto externa.
Lesão na região abdominal.
X – HEMORRAGIAS GRAVES
(EXASANGUINANTES)
Avaliar hemorragias graves (principal causa de morte em
acidentes);
Hipovolemia;
Verificar poças de sangue ao redor da vítima;
Verificar se as roupas estão enxarcadas com sangue;
Avaliar se o primeiro curativo está enxarcado;
Palidez;
Amputação de membros;

O que fazer?
 Estancar a hemorragia!
 Pressão direta; Curativos compressivos; Preenchimento da ferida com
gaze e posterior curativo compressivo; Agentes hemostáticos;
Aplicação de torniquetes (membros).
A – VIAS AÉREAS
(AIRWAY)
Abertura das vias aéreas;
Controle e estabilização da região cervical (Manual ou
Colar Cervical);

Posição neutra

Anteriorização do ângulo
Elevação do mento da mandíbula
COMO AVALIAR AS VIAS AÉREAS?

Verificar se a vítima consegue falar (via aérea livre);

Se apresentar dificuldade de falar (via aérea obstruída);

A obstrução pode ser por:

Corpo estranho;

Secreções;

Língua;
B – RESPIRAÇÃO
(BREATHING)
Avaliar a expansão torácica;
Expansão simétrica ou assimétrica;
Inspecionar se há alguma lesão no tórax;
Realizar palpação em busca de fraturas ou queixas de
dor durante palpação;
Realizar ausculta pulmonar (ruídos respiratórios);
C – CIRCULAÇÃO
(CIRCURLATION)
Avaliar o mnemônico HPPPP;
“H” – Hemorragias leves (não leva à morte);
“P” – Pulso;
 Avaliar pulsação bilateral;
 Acelerado/Diminuído (Taquisfigmia/Bradisfigmia);
 Regular/Irregular;
 Forte/Fraco;
 Frequente/Não frequente;
 Simétrico/Não simétrico;
 Pulso presente/Não presente;

“P” – Pele;
 Pele fria;
 Pele pegajosa; Sinais de choque; Pode levar a PCR.
 Pele sudoreica (com suor)
C – CIRCULAÇÃO
(CIRCURLATION)
Avaliar o mnemônico HPPPP;
“P” – Perfusão;
 Acima de 2” – Inadequada;
 Abaixo de 2” – Adequada;

“P” – “Pança”;
 Hemorragia interna na cavidade abdominal;
 Sinais de Grey Turner ou Cullen;
• Hemorragia retroperitoneal;
• Aneurisma de aorta;
• Equimose periumbilical de coloração azul-preta;
• Equimose em flancos;
D – EXAME NEUROLÓGICO
(DISABILITY)
Rápida avaliação que testa o nível de consciência da vítima;

Pupila está reativa ou não.

Diminuição da consciência (dano ou lesão em nível cerebral)

Pode indicar o uso de álcool ou droga.

Utilizar o método AVDI:

 A: Alerta.

 V: Verbal (resposta ao estímulo verbal).

 D: Doloroso (resposta ao estímulo doloroso).

 I: Irresponsivo (não responde a nada).

Escala de Glasgow;
Indicação
de
intubação
orotraqueal
E – EXPOSIÇÃO
(EXPOSURE)
Retirar toda a roupa da vítima (Politraumatismos);

Cortar/Rasgar a roupa em caso de fraturas (facilitar a

inspeção);

Aquecer o acidentado (Hipotermia);

Cobertor aquecido;

Infusão de líquidos aquecidos (profissional capacitado).


AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
Avaliação da vítima que vai da cabeça aos pés;
processo que possui uma ordem e ocorre de maneira
sistematizada.
Identificação de possíveis lesões graves (comprometer a
vida da vítima);
Realiza-se uma inspeção detalhada rápida;

Acompanhada de uma entrevista.


AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
Os principais questionamentos a serem lembrados
na coleta de informações correspondem à sigla
SAMPLA:
S: sintomas, principais queixas.
A: questionar a respeito de alergias, principalmente a
medicamentos.
M: questionar a respeito do uso de medicamentos.
P: questionar a respeito de passado médico, como
problemas de saúde, tratamentos ou cirurgias.
L: questionar a respeito da ingestão de líquidos ou
alimentos, pois pode ser que a vítima necessite de cirurgia, e
para isso precisa receber anestesia sem risco de vômito
seguido de aspiração.
A: questionar a respeito do ambiente do acidente ou o que
pode tê-lo causado.
Nacional Association of Emergency Medical Technicians (2008).
O QUE DEVE SER OBSERVADO?
 Cabeça: procurar alguma lesão ou corte, contusão,
sangramento de nariz, boca e ouvidos. Observar a parte óssea,
afundamento de calota craniana, pupilas, cor da pele e se há
algum objeto obstruindo a região da boca.

 Cervical: examinar com muita cautela, procurando sempre


qualquer tipo de anormalidade. Faça uma palpação, de
preferência com dois socorristas, pois, enquanto um examina, o
outro estabiliza a coluna.
QUE DEVE SER OBSERVADO?
 Tórax: estar atento a qualquer tipo de alteração na respiração, ou se
existe alguma contusão ou lesão. Se houver algum ferimento com objeto
perfurocortante, não o remover. Para um exame mais detalhado e
preciso, deve-se despir a vítima.

 Pélvis e membros: estar atento a qualquer tipo de deformidade ou dor


na região pélvica. Nos órgãos genitais, observar se existe sangramento.
Nos membros, observar alinhamento, deformidades e qualquer
sensibilidade e coloração. Nos membros superiores, da escápula em
direção à mão. Nos membros inferiores, examinar da cintura aos pés;
PARADA
CARDIORRESPIRATÓRIA
DEFINIÇÃO:

Interrupção brusca dos batimentos cardíacos e da


respiração, em que, consequentemente, ocorre a
cessação da circulação sanguínea no organismo.
Após este episódio, o indivíduo leva de 10 a 15
segundos para perder a consciência.
A rapidez e a eficácia do atendimento na PCR são
essenciais para a chance de sobrevivência de
qualquer vítima.
ATENDIMENTO CARDIOVASCULAR DE
EMERGÊNCIA
É um processo de atendimento estruturado numa
sequência de intervenções de forma contínua e
integrada, em que uma falha pode comprometer todo
o elo, chamado de cadeia de sobrevivência no
atendimento cardiovascular de emergência.

American Heart Association − AHA (2015).


1. Reconhecimento imediato da PCR e acionamento
do serviço de emergência/urgência;
2. RCP precoce com ênfase nas compressões
torácicas (SBV);
3. Rápida desfibrilação;
4. Suporte avançado de vida eficaz;
5. Cuidados pós-PCR integrados.

American Heart Association − AHA (2015).


SUPORTE BÁSICO DE VIDA
Suporte básico de vida (SBV) é o conjunto de
medidas e procedimentos técnicos que objetivam o
suporte de vida à vítima, tornando o SBV vital até a
chegada do SAV, tendo objetivo principal não agravar
lesões já existentes ou gerar novas lesões
(iatrogenias).
Um rápido SBV proporciona até 60% de chance de
sobrevivência.
DIAGNÓSTICO CLÍNICO:
 Inconsciência;
 Respiração agônica ou apneia;
 Ausência de pulso em grandes artérias;
ANTES DE INICIAR QUALQUER
ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA:
 1º - AVALIE O LOCAL DO ATENDIMENTO E USE PROTEÇÃO

Avalie a cena quanto à presença de situações de risco


antes de se aproximar da vítima.
Cuide da sinalização e isolamento da área para prevenir
acidentes secundários tais como: em trânsito, incêndio,
explosões, tiroteios, choque elétrico, e desabamentos.
Caso o local de socorro ofereça riscos que não possam
ser neutralizados, remova a vítima para local seguro
antes de iniciar qualquer avaliação do paciente.
 Evite se contaminar por agentes biológicos, substâncias
tóxicas, ou radioativas presentes na superfície do corpo,
sangue e secreções do paciente.
ANTES DE INICIAR QUALQUER
ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA:
 2º - CHEQUE A RESPOSTA DA VÍTIMA

 Ajoelhe-se ao lado da vítima ao nível de seus ombros;

 Estimule-a verbalmente e tocando levemente;

 Qualquer resposta da vítima indica a ausência de PCR;

 Em casos de Trauma, CUIDADO com a coluna cervical -


coloque sua mão na testa, firmando a cabeça da vítima contra
o chão e cheque a resposta, para evitar que se vire e, caso
não responda proceda à movimentação em bloco.
ALGORITMO
UNIVERSAL
PARA SBV
GASPING!
SUPORTE BÁSICO DE VIDA

C–A–B
 C: Circulação (Compressões torácicas)
 A: via aérea
 B: respiração

 Antigo modelo X novo protocolo RCP


 Se sozinho iniciar a RCP com 30 compressões, em vez de 2
ventilações;
 Compressões 100 a 120/min; (Aproximadamente)
 A profundidade de compressão, em adultos, foi alterada para
1/3 do diâmetro AP do tórax (5 cm).
OBSERVAÇÕES
A RCP somente com as mãos (somente
compressões) é mais fácil de ser executada por um
socorrista não treinado e pode ser prontamente
orientada por telefone pelos atendentes/operadores.

No entanto, para o socorrista leigo treinado e capaz, a


recomendação continua sendo a de aplicar
compressões e ventilações.
COMO SE POSICIONAR PARA A RCP:
O socorrista deve colocar suas mãos sobre a extremidade
inferior do osso esterno, traçando uma linha imaginária
entre os mamilos.
O local das compressões é o ponto médio, onde o esterno
encontra-se mais flexível, sem que possa fraturá-lo.
COMO SE POSICIONAR PARA A RCP:
Depois de localizar o ponto de compressão, o socorrista
deve posicionar a palma de uma das mãos (regiões tênar e
hipotênar da mão) no ponto de compressão localizado e,
em seguida, sobrepor a outra mão sobre a primeira,
entrelaçando os dedos e mantendo os braços esticados.
COMO SE POSICIONAR PARA A RCP:
Os ombros devem estar na mesma linha dos punhos,
perpendicular ao tórax da vítima. Assim, os braços com as
mãos formam um ângulo de 90°. Realizar 100
compressões por minuto com afundamento de 5
centímetros do tórax.
As compressões só podem ser interrompidas no caso em que
houver a execução da ventilação (socorrista apto e com os
dispositivos adequados).

A relação entre compressão e ventilação deve ser de 30


compressões para duas ventilações (30:2) por 5 vezes (ciclos)
em aproximadamente 2 minutos.

No caso de haver dois socorristas realizando o procedimento,


um comprimindo e outro ventilando, a cada dois minutos as
funções devem ser trocadas.
DISPOSITIVO BOLSA-VÁLVULA-
MÁSCARA (AMBU)
SBV/BLS COMPLETO
 C – Circulação – Pulso carotídeo? Se não, inicie compressão
cardíaca.
 A – Abrir vias aéreas – aberta? Se não, hiperestenda o pescoço
(considere antes o trauma cervical)
 B – Boca-a-boca – movimento de ar? Está adequada? Se não,
inicie ventilação.
 D – Desfibrilação – Use o DEA, cheque por FV (Fibrilação
Ventricular) ou TV (Taquicardia Ventricular) sem pulso, se
presente chocar (choque) automático!
PROFISSIONAIS DE SAÚDE TREINADOS EM SBV

 Reconhecer PCR (inclui também avaliar respiração e pulso por


no máximo 10 seg).
 Acionar serviço de emergência (193 / 192).
 Iniciar a RCP C-A-B (compressões torácicas (30), abrir vias
aéreas, respiração(2) em adultos, crianças e bebês.
 Pegar o desfibrilador se disponível de imediato ou solicitar a
outro que pegue.
 Instalar o DEA (desfibrilador automático) e chocar se indicado.
 Manter a RCP e re-checar com DEA a cada 2 minutos.
 Ajudar quando o SAV chegar.
RCP de Alta Qualidade

100 a 120 compressões/min.


Mínimo de 5cm de profundidade.
Retorno completo do tórax.
Mínimas interrupções das compressões
Evitar ventilação excessiva.
DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO
(DEA)

Outro recurso para que se realize a reanimação da vítima


de uma parada cardiorrespiratória é a utilização do DEA.

 Ele é usado para aplicar um choque elétrico no tórax da


vítima que apresenta fibrilação ventricular (taquicardia
ventricular), decorrente de uma desorganização na
condução dos estímulos elétricos gerados no coração.

Este procedimento é chamado de desfibrilação.

O uso do DEA pode ser feito porqualquer pessoa com um


treinamento de poucas horas em razão da simplicidade
deste tipo de aparelho.
DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO
(DEA)
DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO
(DEA)
DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO
(DEA)
ANÁLISE DOS TIPOS DE PCR
 Tipo NÃO CHOCÁVEL – Assistolia ou Atividade Elétrica Sem
Pulso (AESP).

 Tipo CHOCÁVEL – Fibrilação Ventricular(FV) / Taquicardia


Ventricular(TV) sem pulso.
RECOMENDAÇÕES
COMPONENTES ADULTOS CRIANÇAS BEBÊS
Não responsivo (para todas as idades)
Sem respiração ou com respiração anormal
Reconhecimento: Sem respiração ou apenas com gasping
(gasping)
Sem pulso palpado em 10s, para todas as idades (apenas para profissionais de saúde)
Sequência da RCP: C-A-B
Frequência da
Aproximadamente de 100 a 120/min
compreensão:
1/3 do
Profundidade da
5cm diâmetro 1/3 do diâmetro tórax (4cm)
compreensão:
tórax (5cm)
Retorno da parede Permitir retorno total entre as compressões
torácica: (alternar as pessoas na compreensão a cada 2 minutos)
Interrupções nas
Minimizar interrupções nas compreensões torácicas (menos de 10 segundos)
compreensões:
Inclinação da cabeça/elevação do queixo (suspeita de trauma – anteriorização da
Vias aéreas:
mandíbula)
Relação
compreensão- 30:2 1 Socorrista = 30:2 / 2 Socorrista = 15:2
ventilação:
Ventilações: quando
socorrista não treinado Apenas compressões
ou treinado e não
proficiente:

Ventilações com via 1 ventilação a cada 6 seg (8 a 10 ventilações/min)


Assincronia com compressões torácicas
aérea avançada: Elevação visível do tórax
Colocar e usar o DEA
Desfibrilação : Reiniciar a RCP começando com compreensões imediata após cada choque
Fim!!!

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