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Assistência de enfermagem

ao paciente vítima de AVC

DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM E INTERVENÇÕES


Heraldo Maia
Caso clínico
• M.M.C., 54 anos, sexo feminino, casada, deu entrada no acolhimento adulto
com queixas de formigamento nas mãos associado à cefaleia. Foi
encaminhada para o hospital por alteração súbita da fala e hemiparesia à
direita. Na emergencia hospitalar, apresentou escala de coma de Glasgow=
13. Pupilas com discreta anisocoria D>E, reflexo fotomotor presente bilateral.
Apresenta hemiparesia à direita persistente com redução da força. Pressão
arterial (PA) = 130/70 mmHg, frequência cardíaca (FC) = 128 bpm, frequência
respiratória (FR) = 18 mpm, Sat02 = 92%, temperatura= 35ºC; dextro = 145
mgl/dl. Tomografia de crânio sem evidência de hemorragia, com oclusão de
artéria cerebral média esquerda. Diagnosticado acidente vascular encefálico
(AVE) isquêmico. Paciente foi sedada com Fentanyl® e Dormonid® e manteve
escore de Ramsay em 5. RFM+. Pressão intracraniana 22mmhg.
• Mantendo a PIC elevada acima de 20mmHg. Ventilando por tubo
orotraqueal (IOT) em ventilação mecânica (VM) no modo pressão
controlada (PC), peep = 8, FR = 18 irpm, fração inspirada de oxigênio
(FI02) = 30°/o, com gasometria arterial: pH = 7,43, Pa02 = 104, PaC02 =
37, HC03 = 23,4. Permaneceu instável, em uso de drogas vasoativas
(DVA) para manutenção de pressão de perfusão cerebral. Iniciada dieta
por sonda nasoenteral (SNE), com ruídos hidroaéreos presentes (RHA+)
e evacuação ausente. Diurese por sonda vesical de demora (SVD),
poliúrica, com balanço hídrico positivo. Hiperglicêmica (dextro: 196
mg/dl), recebendo insulina SC intermitente, conforme protocolo
institucional.
Conceito:
• O acidente vascular encefálico (AVE) é definido como uma redução
súbita da circulação cerebral em um ou mais vasos sanguíneos.
AVC e impactos econômicos
• As taxas de alta morbidade e mortalidade dessa doença no Brasil
resultam em alto impacto socioeconômico para a sociedade e os
estudos referentes ao assunto demonstram falha em relação ao
tratamento dessa doença e baixa aplicação do uso de trombolíticos
em AVE isquêmicos.

AVCI
53%
AVCH
23%
AVC e o Golden Time!
• Estudos demonstram também que a população
desconhece os fatores de risco e as possibilidades
terapêuticas, principalmente para se evitar
sequelas graves decorrentes dessa patologia,
chegando após 3 horas do início dos sintomas
para o atendimento no hospital.
• Reduz a oferta de O2 ao cérebro
Muitos sintomas são comuns aos acidentes vasculares
isquêmicos e hemorrágicos, como:

• – dor de cabeça muito forte, de início súbito, sobretudo se


acompanhada de vômitos;
• – fraqueza ou dormência na face, nos braços ou nas pernas,
geralmente afetando um dos lados do corpo;
• – paralisia (dificuldade ou incapacidade de se movimentar);
• – perda súbita da fala ou dificuldade para se comunicar e
compreender o que se diz;
• – perda da visão ou dificuldade para enxergar com um ou ambos os
olhos.
Reconhecimento precoce
• Manejo inicial: TEMPO É CÉREBRO!
• Impedir que a área de penumbra evolua para área de infarto!
Primeira coisa a ser feita em qualquer paciente com déficit neurológico súbito é o que

deve ser feito para qualquer paciente da emergência: aplicar o mnemônico MOVER:

Monitorizar: é importante colocar um monitor cardioscópico, medir a PAM, FC e FR.


Oxigenoterapia: ofertar O2 para manter saturação > 94%
Venóclise: pegar um aceso periférico com jelco 18 - ideal sempre dois.
Exames: realizar glicemia capilar, hemograma, TP, TTPa, B-hCG (se mulher em idade fértil).
Realizar ECG e TC de crânio sem contraste!
Exame físico

Reflexo pupilar
- Riscos para
PROGNÓSTICO ?
• DEPENDERÁ MUITO DO NOSSO SERVIÇO E DA NOSSA ATENÇÃO!

• OBRIGADO

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