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Para que a vida possa ser preservada faz-se necessário que mantenhamos
um fluxo constante de oxigênio para o cérebro. O oxigênio é transportado para os
tecidos cerebrais através da circulação sangüínea. O coração é a bomba que
mantém esse suprimento e, se ele parar (parada cardíaca), ocorrerá à morte, a
menos que se tomem medidas urgentes de ressuscitação.
As manobras de reeanimação cardiopulmonar resumem-se na sequência de
origem norte-americana denominada “ABC da vida”, ao qual foi modificada em 2010
para “CAP”, a qual podemos adaptar a nossa língua:
C = Circulation = Circulação
A = Airway = Abertura das vias aéreas
B = Breathing = Respiração
Houve uma alteração na sequência recomendada para o socorrista que atua
sozinho para que ele inicie as compressões torácicas antes de aplicar ventilações
de resgate (C-A-B, em vez de A-B-C). O socorrista atuando sozinho deve iniciar a
RCP com 30 compressões, em vez de 2 ventilações, para reduzir a demora na
aplicação da primeira compressão.
• A freqüência de compressão deve ser, no mínimo, de 100/minuto (em vez
de “aproximadamente” 100/minuto).
• A profundidade de compressão, em adultos, foi alterada da faixa de 1 a 2
polegadas para, no mínimo, 2 polegadas (5 cm).
Transporte:
Princípios:
• Paciente correto
• Destino correto
• Momento correto
• Meio correto
Área de Transporte:
Viaturas:
• Velocidade máxima de 30 km \ h
• Sirenes desligadas
• Giroscópio e faróis acesos
C = Circulação:
Cor da pele:
Observar se o paciente apresenta-se corado ou descorado. A palidez indica
perda de cerca de 30% do volume total de sangue circulante.
Pulso:
Prefira verificar o pulso carotídeo ou femoral, que são mais exatos, mais
fortes e, conseqüentemente, muito mais fáceis de palpar.
Sangramentos:
Devem ser identificados rapidamente e, quando forem externos, controlados
com compressão direta.
D = Estado neurológico:
O quadro neurológico deve ser avaliado, considerando-se principalmente o
nível de consciência e a manutenção de movimentos e respostas normais aos
estímulos táteis.
Com o objetivo de buscar caminhos diagnósticos e acompanhar a evolução
do paciente, são verificados o nível de consciência e o aspecto das pupilas.
Verifique: Nível de consciência:
Se o paciente está alerta, reagindo a voz e a dor, confuso ou agitado, não
respondendo a estímulos externos intensos.
Escala de Coma e Trauma - Glasgow (ECG) É usada a nível universal, são
tabelas usadas para medir nível de consciência e gravidade do trauma, funcionando
como parte integrante da avaliação inicial evolutiva da vítima do trauma.
Fonte:
https://linhasdecuidado.saude.gov.br/portal/acidente-vascular-cerebral-(AVC)-no-adu
lto/glasgow
Isto significa que todos os pacientes com escala de coma menor ou igual que
a 8 pontos estão em coma.
Severidade do trauma crânio encefálico (TCE):
• TCE grave – escala de coma menor ou igual a 8;
• TCE moderado – escala de coma entre 9 e 12;
• TCE leve – escala de coma entre 13 e 15.
Pupilas:
Entraram na avaliação da escala de coma de glasgow recentimente. Logo
deve-se avaliar a resposta a reação à luz, coordenação e movimento dos olhos.
Se não existir contração pupilar ou se esta for diferente de pupila para pupila,
poderá indicar sofrimento do sistema nervoso central.
Miose
Midríase
Anisocória
E = Exposição:
Durante o atendimento a vítima precisa ser completamente examinada, o que
exige que suas roupas sejam retiradas.
Entretanto, com o objetivo de preservar a intimidade e diminuir o risco de
hipotermia, esse procedimento deve ser realizado de maneira cuidadosa, evitando
que todo o corpo do paciente fique exposto ao mesmo tempo.
Princípios do atendimento de emergência:
• Manter uma via aérea pérvia e proporcionar ventilação adequada,
empregando, quando necessário, medidas de ressuscitação;
• Avaliar a presença de traumatismo torácico com subseqüente
obstrução de vias aéreas;
• Controlar a hemorragia e suas conseqüências;
• Avaliar e restaurar o débito cardíaco;
• Prevenir e tratar o choque, manter ou restaurar uma circulação
eficiente;
• Proteger as feridas com gazes esterilizadas;
• Monitorizar os sinais vitais freqüentemente;
• Colocar o oxímetro de pulso
• Se profissional de saúde deve puncionar acesso venoso:
o 2 se necessário com abocath de grosso calibre em veias
periféricas,
o colhendo amostra de sangue para hematócrito, tipagem
sanguínea e prova cruzada, especialmente nos casos de hemorragias;
o instalando Ringer Lactato, aquecido a 39º C, já que este se
aproxima da composição eletrolítica e da osmolaridade plasmática.
o É importante se conhecer o mecanismo do trauma;
• Retirar as roupas do paciente, usando tesoura para cortá-las, para
evitar o agravamento das fraturas e causar mais dor a ele;
• Manter o paciente protegido com cobertores aquecidos;
• Utilizar maca com grades de proteção para evitar quedas e
agravamento do estado do paciente;
• Permanecer sempre junto do paciente, observando alterações que
possam ocorrer.
4. Politraumatismo
Os acidentes de trânsito são as principais causas de vítimas com diagnóstico
de politraumatismo.
Todo acidente que envolve um indivíduo, uma via de acesso (rua, avenida) e
uma forma de condução (carro, moto, bicicleta e outros) é considerado acidente de
trânsito.
Observação:
• Avaliar a parte respiratória, concomitantemente, avaliar o nível de
consciência.
• As vítimas conscientes podem responder onde há lesão, ou onde
estão feridas.
o Mantê-las afastadas do local em que houve o acidente, e deitadas.
• As vítimas inconscientes devem ser também afastadas do local e
mantidas deitadas, lateralizadas, evitando aspiração, se houver vômito.
• Manter as vias aéreas sempre livres e ficar atento a esta condição.
• Tomar cuidado ao remover a vítima do local.
o Imobilizar a coluna cervical, a fim de evitar dano maior.
• No caso de vítimas inconscientes e idosas verificar se faz uso de
próteses, e retirá-las rapidamente, evitando o risco de sufocamento ou
engasgamento, o mesmo com crianças que fazem uso de aparelhos ortodônticos,
retirá-los imediatamente.
• Se necessário, se houver certeza de que a vítima se encontra em
parada respiratória ou cardiorrespiratória, proceder ressucitação cardiopulmonar
(R.C.P).
•Verificar se há hemorragia.
o Em caso positivo, manter o membro elevado e pressionado por
alguns minutos.
•Verificar se há fraturas e fazer imobilização.
HOOD,GH et al. Fundamentos e prática da enfermagem. 8a ed. Porto Alegre: Artes Médicas.1995.
SÃO PAULO (ESTADO). Secretaria da Saúde. Centro de Apoio ao Desenvolvimento das Ações
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SCHULL, PD. Enfermagem básica: teoria e prática. São Paulo: Editora Rideel Ltda.1996.