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INSTITUTO BRASILEIRO DE PÓS – GRADUAÇÃO

DE SÃO PAULO

Valéria Nóbrega Valente

R.A. 99.01.01.042021

IMOBILIZAÇÃO, ROLAMENTOS E TRANSPORTES EM


SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA

Disciplina: Imobilização, rolamentos e transportes em situação de emergência


VALÉRIA NÓBREGA VALENTE

RA. 99.01.01.04.2021

IMOBILIZAÇÃO, ROLAMENTOS TRANSPORTES EM


SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA

Trabalho elaborado para o curso de Pós -

Graduação em : Unidade de Terapia Intensiva

Adulto, Pediátrico e Neonatal + Urgência e

Emergência . Disciplina de Imobilização, Rola-

. mentos e transportes em situações de emergên-

Cia. Enfo Leandro Goular


São Paulo

2021

SUMÁRIO

1 – INTRODUÇÃO -------------------------------------------------------------------------------------------04

2 – REFERENCIAL TEÓRICO ----------------------------------------------------------05,06,07,08,09

3 – EXERCÍCIO---------------------------------------------------------------------------------------10,11,12

4 – REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.---------------------------------------------------------------13
INTRODUÇÃO

História dos SME - Serviços médicos de emergência.

No fim do século XVIII , O Barão Dominick Jean Larrey, cirurgião chefe militar
de Napoleão, reconheceu a necessidade de um pronto atendimento hospitalar.
Ele desenvolveu uma ambulância voadora, puxada a cavalo, para retirar
rapidamente homens feridos do campo de batalha, e adotou a premissa de
que os homens que trabalhavam nessas Ambulância voadora, deveriam ter
treinamento em cuidados médicos para dar assistência no local e no
transportes desses pacientes.

O dr. J.d ¨Deke¨ Farrigton , o pai dos serviços médicos de emergência (SME) ,
Estimulou o desenvolvimento da melhoria no atendimento pré-hospitalar com
seu histórico artigo ¨Death in a Ditch ¨ (Morte em uma vala) . Seu trabalho
como diretor principal nos três documentos iniciais que estabeleceram as
bases para ambulâncias do colégio Americano de cirurgiões , os padrões kkk
do departamento de transportes e o primeiro programa de treinamento básico
para socorristas, também impulsionou a ideia e o desenvolvimento do
atendimento pré-hospitalar.

O Dr. Robert Kennedy foi o autor de ¨Early care of the sick and Injured pacient¨
(Atendimento precoce do paciente enfermo traumatizado)

Em 1957 Os Drs. Sam Banks e o Dr. Farrington, ensinaram o primeiro curso de


atendimento pré-hospitalar no departamento de bombeiros da cidade de
Chigado

Mudanças muito pequenas ocorreram desde o fim do século XVIII até porque o
Dr. Farrington e colaboradores, como Dr. Oscar Hamptn e Dr. Curtys Arts,
trouxeram aos Estados unidos para a era Moderna dos SME e atendimento
pré-hospitalar.
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REFERENCIAL TEÓRICO

O TRAUMA COMO DOENÇA

O trauma como doença, foi estudado durante anos. Sabe-se agora que três
fatores devem estar presentes e interagir simultaneamente para que uma
doença ocorra. (1) um agente que cause a doença; (2) um ¨hospedeiro¨ no qual
o agent possa residir; (3) um ambiente apropriado no qual o agente hospedeiro
possam interagir.

Depois que Autoridades da saúde pública, reconheceram essa tríade


epidemiológica, como combater a doença.

A erradicação de certas doenças tem sido possível pela vacinação do


hospedeiro .

Apenas depois do final da década de 1940, ocorreu a pesquisa significativa de


lesão . Os Pioneiros no estudo do Trauma demonstraram que , apesar dos
resultados obviamente diferentes, a doença e o trauma se comportam de modo
similiar.

Ambos requerem a presença dos três elementos da tríade epidemiológicae, por


isso são tratados da mesma forma.

INTERVENÇÕES QUE ABRANGEM TODA COMUNIDADE

A Abordagem pela Saúde pública da prevenção de traumas e baseada na


comunidade e envolve uma equipe multidisciplinar. O pessoal do SME tem
conhecimento necessário para se tornar um valioso membro dessa equipe,
Estratégias de prevenção para toda comunidade dependem de dados que
permitem abordar de forma adequada o ¨quem¨ , o que, quando onde e por que
¨de um problema de trauma

Os socorristas , talvez mais do que qualquer membro da equipe, ter a


oportunidade de ver um paciente interagir com seu ambiente no momento do
trauma. Isso pode permitir a identificação de um indivíduo de alto risco , de
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uma atitutde ou de um comportamento de alto risco que não estão presentes


no momento que o paciente chega ao pronto socorro.

HISTÓRIA DO ABCDE

O protocolo do ABCDE do trauma, foi desenvolvido pelo Cirurgião ortopédico


Jim Styler. A ideia , surgiu após um acidente que ele sofreu , em 1976. Styner
percebeu que os procedimentos dos primeiros socorros a vítimas de traumas,
não eram adequados. Então ele criou o protocolo ABCDE do trauma, que foi
adotado a partir de 1978, por serviços médicos de urgência e emergência em
vários Países.

No Brasil. O curso sobre protocolo ABDCE do trauma , foi introduzido em todas


as regiões do pais , a partir da década de 90 , Desde então , cerca de mais de
30 mil médicos , foram habilitados para seguir esse protocolo.

O protocolo ABCDE do trauma, objetiva a estabilização do paciente até a


chegada ao pronto socorro ou hospital e, com isso , reduzir as taxas de
mortalidade e morbidade das vítimas de traumas . Esse Método é dividido em
cinco etapas:

 A – Airway: vias aéreas e coluna cervical - A primeira etapa


corresponde a ventilação do funcionamento das vias aéreas, impedindo
ou dificultando a respiração do paciente, lesão da coluna cervical ,
fratura da facem ruptura de traqueia e laringe, queda da língua,
sangramento , edemas e outros, se o paciente consegue falar , existe
permeabilidade das vias aéreas. Após essa avaliação , há necessidade
ou não do colar cervical.
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 Breathing: Respiração e ventilação - Na segunda etapa


(Breatthing/respiração) A equipe médica deve confimar se a vítima está
respirando .O socorrista examina o tórax do

 paciente para verificar se há lesão torácica e os movimentos da caixa


torácica (inspiração e expiração). Caso o paciente apresente dificuldade
para respirar a equipe deve providenciar com urgência a ventilação
mecânica.

 Circulation: Circulação com controle de hemorragias - O passo seguinte


( Circulation/circulação sanguínea) , é a contensão de hemorragias .
Este procedimento é vital, pois a perda de sangue pode levar o paciente
a sofrer choque hemorrágico e ir a óbito
.
 Disabyllity : Exame neurológico sumário: Durante a quarta etapa dos
primeiros socorros (disabilillity/incapacidades ) A equipe de atendimento
avalia o nível de consciência , Utiliza –se o método AVDI : Alerta e
reações a estímulos verbais , dolorosos. Ou vítima inconsciente , Na
unidade de atendimento o paciente será submetido a outro teste para
determinar o grau de consciência.

 Exposure : Exposição com controle de hipotermia: Para identificar


áreas com sangramento e fraturas, normalmente é necessário despir a
vítima. Este procedimento pode baixar a temperatura do corpo . O
ABCDE, está é a quinta fase do atndimento para previnir a hipotermia , é
necessário cobrir o paciente com manta térmica a fim de regular a
temperatura do corpo durante o trajeto , até a unidade de atendimento
(pronto-socorro ou hospital).

MUDANÇA , a entrada do X

O Famoso Mnemônico do trauma ¨abcde ¨ , ganhou na 9ª. edição do


PHTLS de 2018 , ao capítulo 6 , mais uma letra o ¨ X ¨ de hemorragia
exsanguinante ou seja hemorragia externa grave.

O APH, sofreu uma substancial alteração m dando mais ênfase ás grandes


hemorragias externas , antes mesmo do controle cervical ou da abertura
das vias aéreas.
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O XABCDE é um mnemônico que padroniza o atendimento inicial ao


paciente politraumatizado e define prioridades na abordagem ao trauma , no
sentido de padronizar o atendimento . Ou seja , é uma forma rápida e fácil
de memorizar todos os passos que devem ser seguidos com o paciente em
politrauma.

Ele foi pensado para identificar lesões fatais ao indivíduo , e é aplicável a


todas as vítimas com quadro crítico , independente da idade. O protocolo
tem como principal objetivo reduzir índices de mortalidade em qualquer tipo
de trauma.

ATUALIZAÇÃO DA ESCALA DE COMA DE GLOSGOW

A escala considera três fatores principais e determina uma pontuação de


acordo com o nível de consciência apontada em cada um desses casos
( espontaneamente ou através de estímulo) são eles ; Abertura ocular,
Resposta verbal e melhor reatividade pupilar, que é subtraída da pontuação
anterior , gerando um resultado final mais preciso.

A análise da reatividade pupilar: Este item foi adicionado como uma etapa
posterior à contagem tradicional e que deve seer subtraída da contagem
geral, resultando em um panorama mais preciso da situação do paciente e
permitindo ações mais rápidas para evitar consequências drásticas.

(1) – Ausente

– Não testável (NT)

Atualização

(2) Ambas as pupilas não reagem ao estímulo da luz


(1) Uma pupila não reage ao estímulo da luz
(0) Nenhuma pupila fica sem reação ao estímulo da luz
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A.V.D.I

É um sistema de avaliação de consciência, usado por socorristas no momento


em que eles socorrem uma vítima de acidente.

A avaliação da Consciência é uma forma de aferir o nível de atividade


cerebral consciente do indivíduo acidentado .

 A –É o estado de alerta do acidentado


 V – é a voz e a capacidade de fala do acidentado
 D – É a dor do paciente e a capacidade de perceber e expressar a dor
 I - É a inconsciência , o quanto o acidentado está sem consciência.

POLÍTICAS PÚBLICAS

O SAMU, atende casos de natureza traumática, a primeira etapa desta


política, foi a implantação do serviço móvel de urgência (SAMU) , Em
todas as regiões do país , o Samu , foi criado para garantir um atendimento
rápido , padronizado e com isso reduzir o número de óbitos .

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Exercício

Resolução do cenário: Em uma viagem de carro J.A.C, 44 anos condutor do


veículo, dirigia seu carro pela rodovia retornando para sua cidade, após um dia
de reuniões de trabalho na cidade vizinha. Sonolento, percebe que possui
dificuldade de concentrar-se na estrada porém sua família o espera para o
jantar e o mesmo decide seguir viagem.

Durante uma curva, J.A.C perde o controle de seu carro que acaba saindo da
pista após cilidir com uma barreira de proteção no acostamento, o carro capota.
A vítima que usava cinto de segurança não foi ejetada do veículo no momento
do evento, entretanto, o Airbag frontal, foi acionado.

Você e sua equipe são encaminhadas para para atender esse chamado , e ao
chegar no local, identificam que a vítima encontra-se fora do veículo , com a
face sangrando e falando ao telefone. Durante a primeira abordagem, você e
sua equipe , identificam que J.A.C. encontra-se de olhos abertos, deitado ao
solo em decúbito dorsal , após sair espontâneamente do interior do veículo,
confuso mentalmente, mas obede orientação para que desligue o o telefone e
seja atendido. Ainda percebe uma quantidade moderada de sangue em sua
roupa, proveniente da coxa direita, onde o mesmo refere dor intensa. O Centro
de trauma mais próximo fica a aproximadamente 50 minutos.

Considerando a disponibilidade total dos recursos apresentados na aula


expositiva, descreva detalhadamente todas as etapas apresentadas na aula
expositiva . Desde a Avaliação Inicial até a escolha da melhor opção de
dispositivos para imobilização e transporte da vítima.

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RESPOSTA

A Biomecânica do acidente já está descrita, a vítima foi ejetado e o Airbag foi


acionado. Como também a cinemática Onde está descrito como ocorreu o
Acidente, A vítima, colidiu em um poste , saiu da pista, e foi ejetado do carro
verbalizando e confusa.

1º A segurança e os equipamentos de Epís e proteção dos socorristas.


Fundamental a avaliação da cena do Acidente, para não colocar em risco a
vida da equipe.

2º A Vítima está responsiva , mas confusa, Utilizar a tabela do A.V.D.I. Em


primeiro momento, responsivo, mas pode se suspeitar de um TCE. Ou Edema,
porque a Vítima está confusa.

3º.Enquanto um socorrista mantém a cabeça do paciente estabilizada em


posição neutra e alinhada, o segundo socorrista colocar o colar cervical de
tamanho adequado. Na cena descrita não há menção de lesão de menbros
superiores. (braços) – conforme descrito na cena. A vítima foi ejetado, não se
sabe se há ou não fratura cervical.

4º - Um dos integrantes da equipe deve ajoelhar-se até a altura do tórax e outro


até a altura dos joelhos da vítima. Os braços da vítima deverão ser esticados e
colocados junto ao corpo com as palmas da mão para cima. As pernas
colocadas em posição neutra, menos a que o paciente refere dor, e foi
observado sangramento na cena.

5º. Após rolar o paciente em bloco e colocá-lo em prancha rígida com a borda
inferior ficando entre os joelhos e tornozelos e a borda superior da prancha
rígida se estenderá além da cabeça do paciente.

6º Enquanto se mantém a estabilização manual primeiro se fixa a parte


superior do tronco do paciente a prancha rígida. Após a parte inferior pelve
Como no caso descrito, não há relato de dor abdominal, esviceração,
sangramentos, lacerações. Não há contra indicações para fixação da pelve.

7º O corpo da vítima deve ser fixado de tal forma que não haja nenhum
movimento para cima.

8º Um coxim deve ser colocado sob a cabeça do paciente (se necessário)

9º. Um imobilizador e colocado lateralmente na cabeça da vítima


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10º A última etapa e a imobilização da vítima na prancha rígida , fixar


extremidades. Como no caso descrito, há suspeita de fratura exposta. Ou

lacerações, Manter o Membro na posição, e comprimir Hemorragias ou


sangramentos. ( A tala metálica, deverá ser colocada na posição que se
encontra o menbro.)

11º Colocar um coxim entre as pernas e na face lateral das pernas para
previnir a movimentação. O Membro que está intato. Deve ser fixado com as
pontas dos pés para cima.

12º. Avaliar A.V.D.I

13º Puncionar um acesso calibroso. No caso descrito não há evidencias que o


paciente está em choque , ou que seja difícil um acesso venoso. ( o dispositivo
intra ósseo , é utilizado, quando não há alternativa para punção venosa. E se
fosse o caso os ombros, estão intactos. E uma perna também)

14º. Avaliar o nível de consciência a todo momento se está havendo


rebaixamento do nível de consciência – se caso haja rebaixamento, o material
para ventilação deverá estar disponível.

15º. Avaliar e permeabilidade venosa e pulsação do membro com a suposta


fratura. – Cobrir o sangramento, com compressas.

16º Seguir imediatamente para o Hospital mais próximo. Observar e monitorar,


Sinais vitais, nível de consciência.

17º. Seguir critérios de avaliação primária eavaliação secundária.

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

 PHTLS - atendimento pré hospitalar ao traumatizado – 8 a edição


 www.ministériodasaude. – programa de políticas públicas ao politrauma.
 www.Scielo Biblioteca virtual
 Enfermagememurgências|Blogpost2015
 www.escaladeglosgow 2018 – atualização
 SBV para provedores de saúde. – American Heart association

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