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CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS
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Sumário
NOSSA HISTÓRIA ................................................. Erro! Indicador não definido.
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 4
ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR ................................. 6
CINEMÁTICA DO TRAUMA ............................................................................ 10
ASSISTÊNCIA À VÍTIMAS DE FERIMENTOS ................................................ 14
EMERGÊNCIAS CLÍNICAS ............................................................................. 21
TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO ....................................................... 31
EMERGÊNCIAS EMOCIONAIS E PSIQUIÁTRICAS ...................................... 35
ABUSO DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS ......................................................... 38
QUEIMADURAS .............................................................................................. 40
BANDAGENS .................................................................................................. 52
ATADURAS ..................................................................................................... 61
INTOXICAÇÃO E ENVENENAMENTO ........................................................... 62
ACIDENTES OFÍDICOS .................................................................................. 64
AFOGAMENTO ............................................................................................... 65
CONCLUSÃO .................................................................................................. 67
REFERÊNCIAS................................................................................................ 68
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FACUMINAS
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Vídeos de Apoio
Com o intuito de contribuir mais um pouco para a apreensão do seu
conhecimento acadêmico, de forma didática e também prática, alguns links de
vídeos serão disponibilizados no decorrer desta apostila. Assim, antes de
iniciar a leitura deste material didático, será necessário acessar e assisti-los.
Para tanto, tenha toda sua atenção voltada para esse momento e, se
sentir necessidade, retome a leitura ou mesmo assista novamente ao vídeo.
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INTRODUÇÃO
O Atendimento Pré-Hospitalar (APH) é o atendimento às vítimas em
situações de urgência e emergência que ocorre fora do ambiente hospitalar. O
APH teve início no final de 1700, por meio do médico chefe militar francês de
Napoleão, o Barão Dominique Jean Larrey, sendo este conhecido como o pai
dos serviços de emergência médica na era moderna.
Em 1864, a Cruz Vermelha Internacional foi criada na primeira convenção
de Genebra na Suíça, este evento constatou a neutralidade dos hospitais e
assegurou a passagem segura para ambulâncias e equipes médicas para
remoção de feridos em campo de batalha. A partir de 1900, as guerras, como a
primeira e segunda guerra mundial, foram responsáveis pelo aprimoramento das
técnicas de APH.
No Brasil o APH é resultado da influência de duas escolas tradicionais
originadas no século passado, o modelo francês, conhecido como Serviço de
Atendimento Médico de Urgência (SAMU), integrado por médicos, técnicos
auxiliares de regulação médica, enfermeiros e técnicos em ambulância. Sendo
responsável pela assistência direta às emergências e pela ordenação e
coordenação de todo o sistema por meio da Central de Regulação Médica. Já o
modelo norte-americano, Serviço de Emergência Médica (SEM) engloba o
técnico em Emergências Médicas (TEM-Básico habilitado para o Suporte Básico
de Vida, TEM-Intermediário e TEM-Avançado ou Paramédico), o departamento
de emergência, o médico supervisor, a equipe da saúde, administração
hospitalar, administração do SEM e supervisão de agências governamentais.
No Brasil, a ideia de realização de atendimento às vítimas no local da
emergência surgiu em meados de 1893, através da aprovação de uma Lei,
através do Senado da República, visando estabelecer o socorro médico de
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urgência em via pública. Consta ainda que em 1899 o Corpo de Bombeiros da
cidade do Rio de Janeiro, no período sendo a capital brasileira, colocava em
ação a primeira ambulância de tração animal, para realização do APH. Já em
1950 em São Paulo, foi instaurado o Serviço de Assistência Médica Domiciliar
de Urgência (SAMDU), órgão da então Secretaria Municipal de Higiene.
O Atendimento Pré-Hospitalar possui como objetivo geral, evitar a
internação hospitalar ou traumas de grande incidência. De acordo com a Portaria
2048, de 5 de novembro de 2002, do Ministério da Saúde, esse atendimento
pode ser móvel ou fixo, conforme a empresa que executa e a necessidade de
cada vítima.
No ano de 1978 foi elaborado o curso ATLS – Suporte de Vida Avançado
no Trauma (Advanced Trauma Life Support, ATLS), originando no final o
programa PHTLS (Pré Hospital Trauma Life Support) – Atendimento Pré-
Hospitalar ao Traumatizado. Até 1985 os cursos desse programa foram focados
somente em intervenções de Suporte Avançado de Vida (SAV), incluindo após
esse período o Suporte Básico de Vida (SBV).
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ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR
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O atendimento pré-hospitalar, possui como premissa o fato de que,
conforme o suporte imediato ofertado à vítima, lesões e traumas podem ser
tratados sem prevalecerem sequelas significativas. Nesse contexto, um dos
fatores de interferência no prognóstico das vítimas de trauma é o tempo gasto
até realização do tratamento definitivo. O Committee on Trauma of American
College of Surgeons, dos Estados Unidos, estabelece o tempo de vinte minutos
como intervalo máximo ideal para execução dos primeiros procedimentos, nos
casos graves. A necessidade da realização do atendimento com rapidez ocorre
devido às primeiras horas após o evento traumático apresentarem maior índice
de mortalidade.
O modelo pré-hospitalar móvel vigente em quase toda sociedade
ocidental é inspirado na organização de origem americana, que prioriza o
atendimento realizado por paramédicos (técnicos), e francesa, priorizando a
presença de médicos nas ambulâncias.
No Brasil é adotado o modelo francês, conhecido como SAMU,
adequando-o às peculiaridades do país. Seus princípios são:
1. Considerar o auxílio médico de urgência uma atividade sanitária;
2. Atuar rapidamente no local do sinistro com procedimentos eficazes e
adequados;
3. Abordar cada caso com cuidados médicos, operacionais e humanitários;
4. Trabalhar em interação nas operações de socorro, mas com
responsabilidades estabelecidas para cada profissional;
5. Realizar ações preventivas em complementação com a ação de urgência.
No Brasil, o SAMU recomenda um modelo assistencial padronizado que
opera com uma central de regulação, com discagem telefônica gratuita e de fácil
acesso (linha 192), com regulação médica regionalizada, hierarquizada e
descentralizada. Nesse sistema, há uma normalização para a composição das
equipes de socorro, de acordo com a complexidade, regulando os tipos de
unidades móveis e suas atribuições e recursos.
Existem protocolos para atendimento de múltiplas vítimas, assim como
ferramentas operacionais regulares: mapa de área de atuação indicando os
pontos de apoio das unidades básicas e das unidades de maior complexidade;
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grade de referência e contra referência dos serviços interligados de urgência do
município ou região; lista de todos os telefones; mapas para capacidade
instalada dos serviços de urgência e viária e mapas de risco.
No contexto do APH, as ações são divididas em suporte básico (SBV) e
suporte avançado de vida (SAV). O SBV é a estrutura de apoio oferecida a
vítimas com risco de morte desconhecido pelos profissionais de saúde, através
de medidas conservadoras não-invasivas, como por exemplo a imobilização
cervical e a contenção de sangramento. Incluindo ainda ações que buscam a
qualidade da circulação e oxigenação tecidual, elevando as chances de
sobrevida. Já o SAV é a estrutura de apoio ofertada por profissionais médicos
onde há risco de morte, por intermédio de medidas não invasivas ou invasivas,
como a intubação endotraqueal e a drenagem torácica.
A Portaria GM nº.2048 de 5 de novembro de 2002 define que a equipe de
profissionais oriundos da saúde seja composta por:
• Coordenador do Serviço (profissional da área da saúde, com
experiência e conhecimento comprovados na atividade de
atendimento pré-hospitalar às urgências e de gerenciamento de
serviços e sistemas);
• Responsável Técnico (responsável pelas atividades médicas do
serviço);
• Responsável de Enfermagem (enfermeiro responsável pelas
atividades de enfermagem);
• Médicos Reguladores (são os responsáveis pelo gerenciamento,
definição e operacionalização dos meios disponíveis e necessários
para responder às situações informadas pelos usuários,
utilizando-se de protocolos técnicos e da escolha sobre os
equipamentos de saúde do sistema, necessários ao
atendimento);
• Médicos Intervencionistas (responsáveis pela reanimação e/ou
estabilização do usuário, no local do evento e durante o
transporte);
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• Enfermeiros Assistenciais (responsáveis pelo atendimento de
enfermagem na reanimação e/ou estabilização do paciente, no
local do evento e durante o transporte);
• Auxiliares e Técnicos de Enfermagem (atuam sob supervisão
imediata do enfermeiro
O APH móvel é realizado em veículos do tipo ambulância (terrestre, aéreo
ou aquaviário), destinado exclusivamente ao transporte de enfermos, sendo
classificados da seguinte forma:
TIPO A (Ambulância de transporte) - veículo destinado ao transporte
em decúbito horizontal de vítimas que não apresentam risco de morte, para
remoções simples e de caráter eletivo;
TIPO B (Ambulância de Suporte Básico) - veículo destinado ao
transporte inter-hospitalar de usuários com risco de morte conhecido e
ao atendimento pré-hospitalar de vítimas com risco de morte desconhecido, não
classificado com potencial de necessidade de intervenção médica no local e/ou
durante o transporte até o serviço de destino;
TIPO C (Ambulância de resgate) - veículo de atendimento de
urgências pré-hospitalares de vítimas de acidentes ou em locais de difícil acesso,
com equipamentos de salvamento (terrestre, aquático e em alturas);
TIPO D (Ambulância de Suporte Avançado) - veículo destinado ao
atendimento e transporte de vítimas de alto risco em emergências pré-
hospitalares e/ou de transporte inter-hospitalar que necessitam de cuidados
médicos intensivos. Deve contar com equipamentos necessários para esta
função;
TIPO E (Aeronave de transporte médico) - aeronave de asa fixa ou
rotativa utilizada para transporte inter-hospitalar de pacientes e aeronave de asa
rotativa para ações de resgate, dotada de equipamentos médicos homologados
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CINEMÁTICA DO TRAUMA
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se há presença de fios elétricos soltos e desencapados, presença de vazamento
de gás, tráfego de veículos, entre outros.
Em relação às ações que devem ser realizadas pode-se destacar por
exemplo, o desligamento da corrente elétrica, o afastamento indivíduos
desprotegidos da presença de gás, esvaziamento de áreas em risco de explosão
ou desmoronamento. Em casos de afogamento, a vítima deve ser retirada da
água, desde que a segurança do socorrista esteja assegurada.
É necessário avaliar a vítima na posição em que ela se encontra,
mobilizando-a com segurança, a alteração da posição não deve ser realizada
sem antes ser analisado o que aconteceu e qual a conduta mais adequada a ser
tomada. Caso a vítima esteja inconsciente, sua cabeça deve ser lateralizada
antes de proceder à avaliação do seu estado geral. Esta caso consciente deve
ser tranquilizada, uma vez que seu estado geral pode ser agravado caso esteja
com medo, ansiosa e sem confiança em quem está prestado a assistência.
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possua um conhecimento prévio acerca do mecanismo de lesão do trauma, para
possibilitar que este consiga antecipar e prever as potenciais lesões internas.
Os eventos traumáticos estão estreitamente relacionados a três tipos de
mecanismos, sendo:
• Trauma por impacto: geralmente observado em acidentes com
veículos motorizados, desportos de contato, pancada ou quedas.
As lesões são consequencia de forças suportadas durante
desaceleração. Neste caso o corpo para rapidamente e os tecidos
e órgãos continuam a deslocar-se para frente. Esta situação
provoca lesões que acarretam laceração ou esmagamento da
estrutura interna do organism, sem comprometimento da
integridade cutânea. O grau do trauma possui relação com a
transferência de energia que provoca a deformação do tecido e a
resposta da estrutura anatômica envolvida. Por exemplo, os órgãos
ocos como o estômago, que tendem a ser compressíveis quando
uma força é aplicada, possuem menor chance de se romper que
os órgãos sólidos, como o baço, devido serem menos
compressíveis.
• Trauma por desaceleração (ou contusão): definido por processo
infamatório em pulmão ou coração no local do impacto, provocando
edema e presença de infiltrado linfomonocitário o que irá
caracterizar a lesão. Nesse tipo de trauma, a vítima terá dor local,
no entanto sem alterações no momento, após o período de 24h, a
vítima irá manifestar atelectasia ou quadro similar à pneumonia. No
coração, geralmente ocorre uma diminuição na fração de ejeção e
quadros de insuficiência cardíaca e arritmias graves). Esse tipo de
trauma é muito comum em acidentes automobilísticos e quedas de
elevadas alturas.
• Trauma penetrante: ocorre em agressão por armas brancas, de
fogo, objeto pontiagudo ou estilhaços de explosões que penetram
a pele afetando as estruturas internas. As lesões tendem a ser
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ignoradas, devido o aspecto exterior da ferida não delimitar a
extensão da lesão interior.
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Na etapa de circulação e controle de hemorragia deve-se identificar sinais
de hemorragia interna, assim como realização de monitorização da pressão
arterial, do pulso, assim como de estase jugular e perfusão tecidual
Na avaliação neurológica deve ser utilizada a Escala de Coma de
Glasgow para verificar o nível de consciência do paciente, tendo como
parâmetros a abertura ocular, resposta verbal, e resposta motora. O seu escore
máximo é de 15, que indica que o paciente não possui nenhum dano neurológico.
O valor inferior a 8 aponta uma lesão grave, sendo indicada a realização de
intubação da vítima, 9 a 12 lesão moderada, e 13 a 15 lesão mínima.
A exposição do paciente é realizada por meio da remoção de suas roupas,
fato essencial para localizar todas as lesões. Após esse procedimento todo o
corpo da vítima deve ser coberto, visando a conservação da temperatura
corporal, devido a hipotermia ser um problema grave na assistência ao paciente
traumatizado.
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Ferimentos Fechados- ferimentos em que a pele se mantém íntegra. Sendo
estes classificados em:
• Contusão- lesão por objeto contundente que danifica o tecido
subcutâneo subjacente, sem romper a pele.
• Hematoma- extravasamento de sangue no subcutâneo com
formação de coleção (aumento de volume), pela ruptura de veias e
arteríolas, consequência de uma contusão.
Figura 2: Hematoma
Figura 3: Equimose
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produzindo ferida linear com bordas regulares e pouco
traumatizadas.
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Figura 6: Ferida contusa
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• Escoriações ou abrasões: produzidas pelo atrito de uma superfície
áspera e dura contra a pele, sendo que somente esta é atingida.
Frequentemente contém partículas de corpo estranho (cinza,
graxa, terra).
Figura 9: Escoriação
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O atendimento pré-hospitalar dos ferimentos visa a três objetivos, sendo
eles:
• Proteger a ferida contra o trauma secundário;
• Conter sangramentos;
• Proteger contra infecção.
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6) Em feridas incisivas, deve ser realizada a aproximação e fixação das suas
bordas com um curativo compressivo, utilizando atadura ou bandagem
triangular.
7) Em feridas lacerantes, é necessário realizar o controle do sangramento
utilizando os métodos de pressão direta e/ou elevação do membro,
protegendo com uma gaze estéril firmemente pressionada.
8) Em avulsões e amputações, os cuidados de emergência requerem todo o
esforço da equipe de socorro para preservar a parte amputada. Em caso
de retalhos de pele, deve ser recolocado na posição normal
delicadamente, após a limpeza da superfície; em seguida, fazer o
curativo. Partes do corpo amputadas devem ser colocadas em bolsa
plástica seca, estéril, selada e se possível resfriada (jamais congelar), que
deve acompanhar o paciente até o hospital.
9) Em feridas perfurantes, por arma de fogo, devem ter os orifícios de
entrada e saída do projétil igualmente protegidos. Arma branca que
permanece no corpo não deve ser removida e sim fixada para que
permaneça imobilizada durante o transporte, pois a retirada pode agravar
o sangramento.
10) Ferimentos em cabeça, tórax e abdome exigem atenção redobrada pela
equipe de socorro pelo risco de comprometer as funções vitais (nível de
consciência, respiração e circulação). Quando na cabeça, não pressionar
a área atingida sob risco de lesão de cérebro por extremidades ósseas
fraturadas. Ferimentos penetrantes em tórax podem comprometer o
mecanismo da respiração pela entrada de ar na cavidade pleural; o
curativo deve ser oclusivo sendo que um dos lados do mesmo não é
fixado (três pontas).
11) Em eviscerações não tentar recolocar os órgãos para dentro da cavidade
abdominal; cobrir com plástico esterilizado próprio para este fim ou
compressas úmidas (embebecidas em soro fisiológico). Conforme a
análise do mecanismo que produziu a lesão, característica do ferimento
(profundo, complicado), a região do corpo atingido (cabeça, pescoço,
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tórax e abdome) e o grau de sangramento o médico deve ser acionado
caso não esteja presente no local do acidente.
EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
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falência da reperfusão tecidual apesar da obtenção de fluxo na artéria
acometida).
Dentro de um espectro de possibilidades relacionadas com o tempo de
evolução, o miocárdio sofre progressiva agressão representada pelas áreas de
isquemia, lesão e necrose sucessivamente. Na primeira, predominam distúrbios
eletrolíticos, na segunda, alterações morfológicas reversíveis e na última, danos
definitivos.
Da mesma forma, essas etapas se correlacionam com a diversidade de
apresentações clínicas que variam da angina instável e infarto sem supra até o
infarto com supra desnível do segmento ST. É por isso que o manejo do infarto
é baseado no rápido diagnóstico, na desobstrução imediata da coronária
culpada, manutenção do fluxo obtido, profilaxia da embolização distal e reversão
de suas complicações potencialmente fatais (arritmias, falência cardíaca e
distúrbios mecânicos).
O principal sintoma é a dor ou sensação de pressão no peito podendo
irradiar-se para o queixo, braços, antebraços, mandíbula e costas, com duração
superior a 30 minutos. Além disso, o paciente pode apresentar: náuseas;
dificuldade respiratória; sudorese; fraqueza; dor próxima à região epigástrica;
vômito; dispneia; agitação; queda de pressão arterial; sinais de choque e parada
cardíaca.
Durante a assistência ao paciente é preciso que a equipe de APH o
tranquilize, colocando-o em posição de repouso, possibilitando uma respiração
mais confortável. É necessário realizar a administração de oxigênio suplementar,
afrouxamento das roupas apertadas, manutenção da temperatura corporal, e
transporte do paciente com monitoramento dos sinais vitais no decorrer do
trajeto.
Quando uma área do músculo cardíaco é privada do suprimento
sanguíneo de forma parcial, trata-se de um quadro de angina, esta que possui
os sinais, sintomas e tratamento pré-hospitalar comuns ao IAM. Neste caso a
dor é verificada ao se realizar um exercício, e aliviada durante repouso de cerca
de 10 minutos ou uso de medicação. O paciente consciente de sua condição,
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normalmente utiliza o medicamento para alívio da dor, devendo o socorrista
orientá-lo a usá-la de acordo com a prescrição médica.
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Figura 11: Algoritmo para tratamento pré-hospitalar com Suporte Básico de Vida e IAM
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Insuficiência Cardíaca Congestiva
A insuficiência cardíaca congestiva (ICC) é uma síndrome clínica
complexa, na qual o coração não é capaz de bombear sangue conforme as
demandas metabólicas tissulares, ou realiza apenas com altas pressões de
enchimento. Este quadro pode ser ocasionado por alterações cardíacas
funcionais ou estruturais, caracterizando-se por sinais e sintomas
característicos, resultantes da diminuição no débito cardíaco e/ou das elevadas
pressões de enchimento no repouso ou no esforço.
O termo utilizado para denominação deste quadro retrata a natureza
persistente e progressiva da doença. Apesar da maior parcela das patologias
que provocam a ICC serem caracterizadas pela presença de baixo débito
cardíaco (compensado muitas vezes) no repouso ou no esforço (IC de baixo
débito), determinadas situações clínicas de alto débito também são capazes de
progredir a essa insuficiência, como por exemplo, a tireotoxicose, a anemia, as
fístulas arteriovenosas e o beribéri.
Seus sinais e sintomas são os seguintes:
• Respiração ofegante e ruidosa;
• Insuficiência respiratória;
• Tosse;
• Náuseas;
• Anorexia;
• Fadiga;
• Ansiedade e agitação;
• Edema no tornozelo;
• Edema no abdômen;
• Veias do pescoço distendidas;
• Cianose.
• O paciente insiste em ficar sentado ou de pé.
O tratamento extra hospitalar envolve o repouso de acordo com a
gravidade do caso, manutenção da temperatura, uma vez que a hipertermia,
pode provocar um aumento das necessidades metabólicas. Além disso,
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correções dos distúrbios hidroeletrolíticos, acidobásicos e metabólicos, sedação
leve, sempre com o paciente monitorado, correções da anemia e oferta de
oxigênio suplementar.
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pressão intracraniana pressionando o cérebro, interferindo em suas
funções.
Os sinais e sintomas são bastante variados de acordo com a localização
e extensão do dano. Geralmente, incluem: dor de cabeça; síncope; alterações
do nível de consciência; formigamento ou paralisia, usualmente das
extremidades; dificuldade respiratória; queda facial; alteração visual; convulsão;
pupilas desiguais (anisocoria); perda do controle urinário ou intestinal;
hipertensão e afasia (dificuldade na fala).
Para identificação do quadro é utilizada uma escala, conhecida como
Cincinnati, consistindo na avaliação da queda facial (Figura 12), sendo evidente
ao solicitar que o paciente sorria ou mostre os dentes, caso um dos lados mostre-
se caído ou não se mover tão bem, é indicativo de AVE. A debilidade nos braços
(Figura 13), é notada quando o paciente realiza a extensão para frente por cerca
de 10 segundos, com os olhos fechados, geralmente um braço pende para baixo
ou o paciente não consegue movimentar. Como último parâmetro se tem a
dificuldade da fala, geralmente o paciente é incapaz de falar ou a fala sai
arrastada.
Figura 12: Queda facial por AVE
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Insuficiências Respiratórias
A Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA) representa a incapacidade de
manutenção do estado eficiente de troca gasosa entre o organismo e a
atmosfera. Pode resultar de disfunções pulmonares da parede torácica dos
músculos ventilatórios, de problemas cardíacos, de distúrbios mitocondriais e
distúrbios do centro respiratório hipotalâmico. Os sinais e sintomas englobam:
dispneia; sons atípicos durante a respiração, como sibilos, estertores e roncos;
pulso alterado; cianose; agitação e tosse. Suas causas mais frequentes são a
Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), a asma brônquica, a hiper-
reatividade do sistema respiratório, a hiperventilação e manifestações
respiratórias agudas do choque anafilático.
O tratamento pré-hospitalar envolve a remoção do paciente para uma
área arejada, manutenção de vias aéreas permeáveis, constatação de que o
problema não é uma obstrução de vias aéreas por corpos estranhos (OVACE),
administração de oxigênio, promoção de suporte emocional. Além disso é
preciso que o paciente seja colocado em posição sentada ou semi-sentada, que
sua temperatura corporal seja mantida, garantindo a prevenção de choque.
Disfunções diabéticas
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A hiperglicemia é manifestada por sintomas como poliúria, polidipsia,
perda de peso, polifagia e visão turva. Suas complicações agudas, como a
cetoacidose diabética e a síndrome hiperosmolar hiperglicêmica não cetótica
podem levar o paciente ao óbito. O quadro de hiperglicemia crônica associa-se
ao dano, disfunção e falência de diversos órgãos, principalmente rins, olhos,
coração, nervos e vasos sanguíneos.
Além dos sintomas já citados, o paciente pode apresentar dificuldade
respiratória, pulso acelerado e fraco, hálito cetônico, pele desidratada, astenia e
alteração do nível de consciência. Em alguns casos podendo progredir ao coma
devido a acidez do sangue. É necessário salientar que o socorrista deve realizar
uma anamnese adequada, averiguando se o paciente é diabético, se realiza
tratamento, faz uso de insulina ou se alimentou. O tratamento pré-hospitalar
engloba a manutenção do paciente em repouso e seu transporte para o hospital.
Quando a quantidade de insulina é excessiva, rapidamente a glicose
sanguínea é esgotada, ocorrendo o comprometimento do sistema nervoso
central, que utiliza, como fonte de energia, quase exclusiva, a glicose, podendo
conduzir ao choque insulínico (hipoglicemia). Os sintomas desse quadro
incluem: respiração normal ou superficial; pele pálida e úmida; pulso rápido e
forte; cefaleia; náuseas; desmaio; convulsões; desorientação e coma. O
tratamento pré-hospitalar engloba a manutenção do paciente em repouso e vias
aéreas abertas para prevenção de vômito, caso o paciente encontre-se
consciente deve ser ofertado açúcar ou líquido açucarado, caso contrário, não
ofertar nada por via oral, prevenção de choque e garantia de transporte do
paciente.
Epilepsia
A epilepsia é um distúrbio cerebral ocasionado pela predisposição
permanente do cérebro em gerar crises epilépticas espontâneas, recorrentes,
acompanhadas de consequências cognitivas, neurobiológicas e sociais. As
crises podem ser focais, quando se iniciam em uma região restrita do encéfalo,
ou generalizada, quando as descargas se originam de forma concomitante nos
dois hemisférios. As crises focais podem ser simples, quando há preservação da
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consciência durante o ictus (crise epiléptica), ou complexas, quando há perda de
consciência.
Os principais sinais e sintomas do quadro incluem: perda da consciência,
podendo a vítima cair e machucar-se; rigidez do corpo, principalmente pescoço
e extremidades; tremores de diversas amplitudes; cianose ou parada
respiratória; em algumas ocasiões, há perda do controle dos esfíncteres urinário
e anal; após a convulsão, o paciente recupera seu estado de consciência
lentamente, podendo permanecer confuso por determinado período e ter
amnésia do episódio.
Em relação à conduta de atendimento pré-hospitalar, pode-se destacar:
1. Posicionar o paciente no solo ou em uma maca. Durante a crise, deve ser
evitado que ele se machuque com golpes em objetos dispostos ao seu
redor;
2. Não introduzir nada na boca do paciente;
3. Afrouxar bem as roupas apertadas;
4. Proteger a cabeça do paciente;
5. Monitorar a respiração e administrar oxigênio suplementar;
6. Depois da crise, a privacidade do paciente deve ser mantida e explicado
a ele que deverá receber auxílio médico;
7. Transporte do paciente.
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TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO
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cranianas evidentes (Ex.: lacerações, afundamentos, hematomas, fraturas,
escalpe); convulsões; perda de líquido cefalorraquidiano ou de sangue pelos
orifícios da cabeça, nomeadamente, nariz e ouvidos; ventilação rápida e
superficial ou lenta com períodos de apneia; ferimento ou hematoma no couro
cabeludo; pupilas desiguais (anisocoria); postura de decorticação (flexão
anormal dos membros superiores) ou descerebração (extensão anormal dos
membros superiores); olhos de guaxinim (equimose periorbital ao redor dos
olhos) e Sinal de Battle (equimose atrás da orelha).
Em relação à conduta do atendimento pré-hospitalar nesse quadro, deve-
se destacar:
• Busca de lesões secundárias ao trauma;
• Obtenção e manutenção das vias aéreas pérvias, por meio das
manobras de desobstrução das vias aéreas;
• Proteção da coluna cervical;
• Avaliação da respiração e a ventilação através da ausculta
pulmonar;
• Deve-se tentar normalizar os parâmetros hemodinâmicos do
pacientes por meio da infusão de solução cristaloide, sangue ou
mesmo fármacos vasopressores, em casos específicos, e realizar
a retirada de amostra de sangue para realização de exames
laboratoriais de emergência como tipo sanguíneo, hemoglobina e
hematócrito em todos os pacientes e teste de gravidez em
mulheres.
• Durante a realização da avaliação primária, deve-se avaliar a ECG,
já na admissão, avaliação dos padrões pupilares, avaliação de
déficit motor e dos reflexos;
• Realizar a exposição do paciente, despindo-o e fazendo a
avaliação de todo o paciente e lembrar-se de ter preocupação com
a prevenção de hipotermia.
• Durante a exposição à realização do toque retal e exame
ginecológico pode trazer informações úteis, como a possibilidade e
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indicação ou não de passagem de sonda ureteral e lesões em
órgãos genitais
• Pacientes com TCC grave (ECG < 8) exigem intubação e
ventilação mecânica para manter a PO2 arterial acima de 80 mmHg
e a PCO2 arterial em torno de 34 a 38 mmHg
• A sedação adequada diminui a dor, ansiedade e agitação,
reduzindo o metabolismo cerebral, diminuindo o consumo de
oxigênio e facilitando a ventilação mecânica. Isso pode ser
conseguido por meio do uso de fármacos sedativos e opioides
• A analgesia é obtida através do uso de acetaminofeno e infusão de
opioides, como remifentanil, fentanil ou morfina, os quais possuem
efeitos mínimos no controle hemodinâmico cerebral.
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EMERGÊNCIAS EMOCIONAIS E PSIQUIÁTRICAS
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• Comportamento agressivo;
• Estados de fuga;
• Transtorno bipolar - fase maníaca;
• Crises domésticas;
• Reação de pânico, tipo ansioso ou hipocondríaco;
• Depressão agitada;
• Distúrbios situacionais transitórios;
• Esquizofrenia paranoide;
• Excitação catatônica.
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Ao atender a uma emergência psiquiátrica, o profissional precisa analisar
rapidamente, a necessidade de recursos adicionais. Caso o paciente porte uma
arma, a polícia deve ser acionada antes de se tomar qualquer outra providência.
Ao se aproximar do local da ocorrência, é necessário desligar a sirene, para
garantir uma relação positiva com o paciente. É preciso verificar qual a
perturbação apresentada e há quanto tempo o paciente se encontra em crise.
Além disso é preciso que o socorrista:
• Avalie o nível de consciência, ferimentos e odores estranhos;
• Verifique se o paciente faz uso de medicação controlada e a identifique.
• Observe se o paciente é usuário de drogas ilícitas (maconha, cocaína,
heroína, merla, etc.);
• Verifique outras informações: antecedentes de outras doenças
importantes (diabetes, AIDS, tuberculose, etc.);
• Verifique se o paciente já foi internado antes por distúrbios psiquiátricos;
• Verifique se o paciente já praticou atos criminosos, ou já atentou contra
sua própria vida.
O profissional deve se apresentar ao paciente e familiares de forma
tranquila, procurando estabelecer vínculo com estes. O paciente deve ser
chamado pelo nome, não devem ser realizados movimentos bruscos e nem tom
de voz alta que possam assustá-lo. É preciso que se mantenha contato visual
constante e uma escuta atenta, controlando as expressões faciais. Além disso
conversas paralelas entre os integrantes da equipe de saúde devem ser
evitadas, assim como mentiras, promessas que não se podem cumprir,
ameaças, rispidez, julgamentos e opiniões pessoais.
É preciso ouvir o paciente e dar crédito ao que ele fala, tentando o
persuadir a acompanhá-lo ao hospital. Os familiares devem sempre ser
informados sobre o que será realizado com o paciente, em casos de risco de
ferimentos do paciente e outros, este deverá ser contido através do uso de meios
moderados de força. Para a contenção com a maca, seus tirantes devem ser
utilizados para imobilização da vítima, o paciente deve ser observado durante
todo o transporte, nunca o deixando sozinho.
37
ABUSO DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS
38
O quadro clínico específico na intoxicação varia muito entre os indivíduos,
dependendo também da substância envolvida, da dose, da duração ou da
tolerância da pessoa a essa substância, e do contexto ou ambiente no qual ela
é consumida. Quando usado no sentido fisiológico, o termo intoxicação é mais
amplo do que a intoxicação por substâncias aqui definido. Dependência de
substância.
A dependência é identificada por um agrupamento de dois ou mais dos
seguintes sintomas: tolerância e abstinência. Tolerância é a necessidade de
crescentes quantidades da substância para atingir a intoxicação (ou o efeito
desejado) ou um efeito acentuadamente diminuído com o uso continuado da
mesma quantidade da substância.
A abstinência é uma alteração comportamental, na qual o indivíduo se
encontra fora dos padrões aceitáveis, por comprometimentos fisiológicos e
cognitivos, que ocorrem devido à baixa concentração de uma substância no
sangue e tecidos, e consequentemente, no sistema nervoso central de um
indivíduo que manteve uso pesado e prolongado dessa substância.
Após o desenvolvimento de uma crise de abstinência, a pessoa tende a
consumir a substância para aliviar ou para evitar novas crises, normalmente
utilizando a substância durante o dia inteiro, começando logo após o despertar.
Os sintomas iniciais de abstinência em geral se desenvolvem algumas
horas após a cessação do uso, ao passo que convulsões por abstinência podem
desenvolver-se várias semanas após o término de altas doses da substância.
A abstinência é reconhecida nos seguintes grupos de substâncias: álcool,
anfetaminas e outras substâncias correlatas, cocaína, nicotina, heroína,
sedativos, ansiolíticos, entre outros. A intoxicação e a abstinência tendem a
incluir sinais e sintomas físicos peculiares ao tipo de substância. Geralmente, a
intoxicação com anfetaminas ou cocaína é acompanhada por uma elevação da
pressão sanguínea, da frequência respiratória, do pulso e da temperatura
corporal. A intoxicação com sedativos, hipnóticos, ansiolíticos, medicamentos e
opioides geralmente envolvem sinais e sintomas opostos.
39
QUEIMADURAS
40
Além disso, as queimaduras resultam em considerável morbidade pelo
desenvolvimento de sequelas, estando entre as mais graves a incapacidade
funcional, especialmente quando atinge as mãos, as deformidades inestéticas,
sobretudo da face, e também aquelas de ordem psicossocial.
As queimaduras, dependendo da localização, podem ainda causar
complicações neurológicas, oftalmológicas e geniturinárias. Decorre daí o fato
de a correta abordagem inicial do queimado ser essencial para o prognóstico a
curto e longo prazo.
41
Figura 15: Profundidade e grau das queimaduras
Extensão da lesão
Quanto maior a extensão da queimadura, maior é o risco que corre o
acidentado. Por exemplo, uma queimadura de primeiro grau, que possua uma
vasta extensão, é considerada de alta gravidade.
O grande queimado é caracterizado por hipovolemia com
hemoconcentração, e pelo intenso desequilíbrio hidroeletrolítico decorrente da
grande perda de líquidos causada por ação direta da temperatura ambiental
sobre estruturas adjacentes à pele; modificação da permeabilidade vascular;
sequestro de líquidos, eletrólitos e proteínas na área queimada.
O quadro se agrava com a destruição das hemácias e infecção, que se
instala imediatamente ao trauma e, mais lentamente, nos períodos subjacentes.
Estas alterações fisiopatológicas são diretamente proporcionais à extensão da
lesão e ao peso do acidentado.
42
pessoas idosas. A Figura 16 é normalmente adotada para o cálculo e avaliação
da extensão das queimaduras.
Queimaduras nas seguintes áreas são consideradas lesões graves:
• Mãos e pés: podem produzir incapacidade permanente após o
processo de cicatrização devido às retrações.
• Face: associa-se com queimaduras de vias aéreas, inalação de
fumaça, intoxicação por monóxido de carbono e desfiguração.
• Olhos: podem causar cegueira.
• Períneo: tem alta incidência de infecção, sendo difícil tratamento.
• Queimaduras circunferenciais: qualquer queimadura
circunferencial profunda pode causar complicações graves.
• No pescoço pode causar obstrução de vias aéreas, do tórax
restrição à ventilação pulmonar e nas extremidades, obstrução à
circulação.
43
Além do grau de profundidade as queimaduras podem ainda ser
classificadas como graves, moderadas e leves.
Graves: todo tipo de queimadura, de qualquer grau e extensão, se houver
complicação por lesão do trato respiratório; queimadura de terceiro grau na face,
mão e pé e queimadura de segundo grau que tenha atingido mais de 30% da
superfície corporal.
Moderadas: queimadura de primeiro grau que tenha atingido mais de 50% da
superfície corporal; queimadura de segundo grau que tenha atingido mais de
20% da superfície corporal e queimadura de terceiro grau que tenha atingido até
10% da superfície corporal, sem atingir face, mãos e pés.
Leves: queimadura de primeiro grau com menos de 20% da superfície corporal
atingida; queimadura de segundo grau com menos de 15% da superfície corporal
44
atingida e queimadura de terceiro grau com menos de 2% da superfície corporal
atingida.
Mecanismos De Lesão
A inalação de fumaça é a principal causa de óbito precoce (primeiras
horas) após a queimadura.
Lesão térmica das vias aéreas
A inalação de gases superaquecidos pode causar obstrução alta de vias
aéreas por edema da hipofaringe. Raramente ocorre lesão dos pulmões, pois a
traqueia absorve o calor.
Intoxicação por Monóxido de Carbono (CO)
O CO é um gás inodoro e incolor presente na fumaça do escapamento de
automóveis, sendo o produto da combustão de diversos materiais. É a
complicação causada pela inalação de fumaça e a causa mais comum de morte
precoce em vítimas de incêndio. O Monóxido de Carbono se liga à hemoglobina,
formando a carboxi-hemoglobina e impedindo o transporte de oxigênio. A lesão
dos tecidos é provocada por falta de oxigênio. O óbito ocorre por lesão cardíaca
produzida pela falta de oxigênio. A cianose não aparece e a coloração vermelho-
cereja da pele e mucosas descrita como um sinal clássico é raro.
45
Queimaduras Térmicas
Estes tipos de queimaduras são causados pela condução de calor através
de líquidos, sólidos, gases quentes e do calor de chamas. Podem ser
extremamente dolorosas e nos casos de queimaduras de segundo grau
profundas ou de terceiro grau, em que a profundidade da lesão tenha destruído
terminais nervosos da pele a dor aguda é substituída por insensibilidade. A dor
e a ansiedade podem evoluir para síncope.
Nas queimaduras térmicas, extensas e/ou profundas, é frequente sobrevir
o estado de choque, causado pela dor e/ou perda de líquidos, após algumas
horas. Em consequência disto, devem ser tomadas as medidas necessárias para
a prevenção. Em queimaduras de primeiro grau, deve-se limitar à lavagem com
água corrente, na temperatura ambiente, por um máximo de um minuto, tempo
necessário para o resfriamento local, interrupção da atuação do agente causador
da lesão, alívio da dor e para evitar o aprofundamento da queimadura.
Caso a vítima tenha sede, deve ser-lhe dada toda a água que desejar
beber de forma lenta. Em todos os casos de queimaduras, mesmo as de primeiro
grau, são convenientes ficar atento para a necessidade de manter o local lesado
limpo e protegido contra infecções.
Em queimaduras de segundo grau além do procedimento imediato de
lavagem do local lesado, este deve ser protegido com compressa de gaze ou
pano limpo, umedecido, ou papel alumínio. É preciso ficar bem claro que não se
pode usar qualquer espécie de medicamento tópico (pomadas) nestes casos.
Para prevenção do estado de choque a vítima deve ser protegida por
cobertor colocado em local confortável, com as pernas elevadas cerca de 30 cm,
em relação à cabeça. Acessórios e vestimentas devem ser retiradas quando não
aderidas ao corpo do acidentado para evitar constrição com o desenvolvimento
de edema. A identificação do estado ou iminência de choque poderá ser feita
pela observação de ansiedade; inquietação, confusão, sonolência, pulso rápido,
sudorese, oligúria e baixa pressão arterial.
Realizar normalmente o exame primário, priorizando a manutenção de
vias aéreas, respiração e circulação. O acidentado deverá ser encaminhado
imediatamente para atendimento especializado.
46
O atendimento de primeiros socorros para queimaduras de terceiro grau
também consiste na lavagem do local lesado e na proteção da lesão. Se for
possível, proteger a área com papel alumínio, para reduzir a perda de calor.
Todas as providências tomadas para prevenção do estado de choque,
administração de líquidos e cuidados gerais com vítima são as mesmas
aplicadas nos casos de queimaduras de segundo grau.
As queimaduras de terceiro grau possuem a mesma gravidade que
queimaduras de segundo grau profundas. Vítimas de queimadura térmica na
face, cujo acidente ocorreu em ambiente fechado, devem permanecer em
observação para verificação de sinais de lesão no trato respiratório. Sinais e
sintomas geralmente surgem algumas horas após a ocorrência da queimadura,
podendo representar oclusão dos brônquios e edema pulmonar, assim como
presença de expectoração fuliginosa com fragmentos de tecido.
A combustão das roupas do acidentado agrava consideravelmente a
severidade da lesão. Nestes casos:
• Não deixar o acidentado correr.
• Obrigá-lo a deitar-se no chão com o lado das chamas para cima.
• Abafar as chamas usando cobertor, tapete, toalha de mesa, de banho,
casaco ou algo semelhante, ou faça-o rolar sobre si mesmo no chão.
Começar pela cabeça e continuar em direção aos pés. Se houver água,
molhar a roupa do acidentado. Não usar água se a roupa estiver com
gasolina, óleo ou querosene.
• É absolutamente contra indicado a aplicação sobre a queimadura de
qualquer substância que não seja água na temperatura ambiente ou pano
úmido muito limpo.
Queimaduras Químicas
Substâncias químicas podem queimar rapidamente, o profissional que
atenda uma vítima deve entender que as tentativas de neutralização química da
substância podem gerar reações com produção de calor e piora da lesão e que
pode se contaminar ao fazer este atendimento.
47
A área de contato deve ser lavada imediatamente com água, até mesmo
sem esperar para retirar a roupa. A melhor lavagem é realizada com a vítima
debaixo de um chuveiro, caso se utilize mangueira, o jato d'água deve ser leve
e abundante. É impossível determinar exatamente por quanto tempo uma área
queimada por substância química deve ser lavada com água, geralmente o
tempo mínimo de 15 minutos tem-se mostrado eficaz.
As lesões das queimaduras ocasionadas por agentes químicos aparecem
quase que imediatamente após o acidente; há dor e visível destruição dos
tecidos. Os cuidados subsequentes às queimaduras produzidas por ácidos e
álcalis são semelhantes: cobrir a queimadura com curativo esterilizado e
transportar o acidentado imediatamente para atendimento especializado. O
diagnóstico de queimadura do trato respiratório por inalação de substâncias de
combustão incompleta (potentes irritantes da mucosa respiratória) será feito
através do histórico de exposição a vapores ou gases tóxicos, em acidentes em
ambientes fechados ou não.
Alguns gases provocam distúrbios sensoriais que só se manifestam
algumas horas após o acidente, como por exemplo, hiperemia da mucosa nasal
e faríngea, rouquidão, dispneia, tosse com expectoração sanguinolenta. A
principal complicação deste tipo de queimadura é o risco de edema pulmonar
até 72 horas após o acidente. Observa-se que somente a inalação de vapor
destas substâncias causa lesão térmica direta no trato respiratório.
Queimaduras dos olhos são mais comuns em acidentes com ácidos,
álcalis, água quente, vapor, cinzas quentes, pó explosivo, metal fundido ou
chama direta. Estas são de emergência prioritária, podendo haver lesão
permanente resultante de uma pequena exposição destes tecidos a uma
substância química.
O olho deve ser lavado com água, conforme o prescrito para as outras
áreas do corpo, usando-se o fluxo contínuo de uma torneira, por no mínimo 15
minutos. Deve-se manter a cabeça da vítima sob a torneira e as pálpebras
abertas durante este tratamento. O cuidado posterior para as queimaduras
oculares deve incluir o fechamento delicado do olho com a pálpebra, colocação
48
de um curativo macio e transporte do paciente, o mais rápido possível, para
assistência especializada.
O sódio metálico tem grande afinidade pelo oxigênio, fazendo com que
ele reaja com o ar, na temperatura ambiente, formando óxidos ou hidróxidos. A
reação do sódio pode ter caráter explosivo, se entrar em contato com a água. A
queimadura por sódio exige pronta intervenção nos 2 a 3 minutos após o
acidente. Se atingir 20% de área corporal, é considerada queimadura grave, com
difícil recuperação. Se atingir 50% de área, é considerada gravíssima,
geralmente levando à morte. Ao atender uma pessoa vítima deste tipo de
acidente, retirar os restos de sódio empregando pinças ou espátulas (de madeira
ou plástico) completamente secas. A seguir, impregnar as regiões com
substância oleosa (vaselina líquida) a fim de eliminar os últimos restos de sódio
e limpar com água corrente abundante.
49
A parada cardiorrespiratória por fibrilação ventricular ou assistolia é a
principal causa de óbito após a lesão elétrica. A fibrilação ventricular pode
ocorrer como resultado direto do choque elétrico, principalmente a corrente
alternada.
A parada cardiorrespiratória causada por exposição à corrente contínua
frequentemente é em assistolia. A parada respiratória pode ser causada na
passagem da corrente elétrica pelo cérebro causando inibição da função do
centro respiratório, contração tetânica do diafragma e da musculatura torácica e
paralisia prolongada dos músculos respiratórios.
50
• O uso de roupas adequadas para condições ambientais extremas deverá
ser observado por todos que tenham que trabalhar sob estas
circunstâncias;
• Os equipamentos de proteção individual, que servem para isolar o frio,
podem causar dificuldades na movimentação, quer para segurar objetos,
quer porque a visão fica prejudicada;
• As luvas e as botas, com a umidade, podem congelar as mãos e os pés.
Isso pode levar a acidentes de trabalho, como quedas, quedas de
materiais, congelamento das mãos e dos pés, desmaios, etc;
• Cremes e óleos protetores para nariz, lábios e face também são usados
nestas condições.
Dependendo do tipo de exposição ao frio, podem ocorrer as seguintes
lesões:
• Úlceras
• Pé-de-trincheira
• Hipotermia sistêmica
• As lesões causadas pelo frio são extremamente dolorosas.
• Deve-se ficar atento para a insuficiência cardiorrespiratória em caso de
hipotermia sistêmica.
• Há risco de infecção grave no descongelamento de uma área lesada.
• A hipotermia é uma gravíssima emergência médica.
Em caso de queimaduras dos pés ou das mãos:
• Levar o acidentado a um local aquecido, mantendo-o deitado;
• Tirar imediatamente os equipamentos de segurança.
• Aquecer as partes congeladas com água quente (não fervente) ou
panos molhados com água quente, realizando massagens
delicadas para ativar a circulação nas partes próximas do membro
congelado (nunca massagear diretamente a parte congelada).
• Dar bebidas quentes, como chá ou café (nunca bebidas alcoólicas).
• Pedir o acidentado para movimentar os pés ou as mãos, para
ajudar na recuperação da circulação.
• Levar imediatamente ao atendimento especializado.
51
BANDAGENS
Bandagem triangular
Na prestação dos primeiros socorros, a bandagem triangular é o recurso
de maior utilidade, uma vez que pode ser improvisada facilmente, com qualquer
pedaço de pano. Sua base deve ter aproximadamente um metro e pelo menos
60 cm de altura (da base até o vértice do triângulo - Figura 17). Para proteger
ferimentos a bandagem pode ser improvisada com um pano bem limpo, aberto,
dobrado ou combinando-se as duas formas.
Figura 17: Bandagem triangular
52
53
Figura 18: Aplicação de bandagens
54
d) Prender cuidadosamente as pontas sob a bandagem, onde for
possível.
Figura 19: Bandagem Triangular Estendida na cabeça
Braço
a) Cobrir o ferimento com pedaço de pano limpo
b) Colocar a bandagem triangular paralela ao braço, segurando o vértice no
pulso e colocando uma das pontas no ombro.
c) Tomar a ponta livre da bandagem e ir envolvendo o braço até o ombro,
terminando por fazer um nó com a outra ponta.
55
Figura 20: Bandagem Triangular Estendida no braço
56
Figura 21: Bandagem de braço C - Mão
Joelho
a) Cobrir o ferimento com pedaço de pano bem limpo.
b) Colocar a bandagem triangular sobre o joelho, com o vértice voltado para
cima.
c) Enrolar as pontas, cruzando-as atrás do joelho.
d) Trazer as pontas para frente.
e) Amarrá-las com um nó, acima do joelho.
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Bandagem de joelho E - Pé
a) Colocar o pé sobre a bandagem, fazendo com que as pontas dos dedos
apontem para o vértice do triângulo, se o ferimento for na parte superior
do pé.
b) Cobrir o ferimento com pedaço de pano bem limpo.
c) Puxar o vértice até a perna.
d) Cruzar as duas pontas da bandagem sobre o pé e ao redor do tornozelo
e) Amarrar as duas pontas e dar um nó completo. Se o ferimento estiver na
parte posterior do pé, o vértice deverá estar voltado para o calcanhar.
Bandagem de pé F- Peito
a) Colocar o vértice da bandagem sobre o ombro.
b) Cruzar as pontas nas costas e amarrá-las com um nó, diretamente abaixo
da ponta do vértice, deixando uma das pontas mais compridas.
c) Trazer a ponta mais comprida para cima, à altura do ombro, e amarrá-la
com o vértice, arrematando com um nó.
d) Pode-se utilizar o mesmo procedimento para bandagem nas costas.
58
Bandagem Triangular Dobrada
Esta bandagem deve ter aproximadamente 10 cm de largura. É utilizada
para fixar: talas, bandagens de pressão, torniquetes, bandagens combinadas
(bandagens triangulares, abertas e dobradas).
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Bandagem combinada de ombro B - Quadril e Coxa
Aplicação da bandagem sobre o quadril e a coxa segue a mesma técnica
e o mesmo tipo de material utilizado na aplicação de bandagens no braço e
ombro. O vértice duplo na cintura deve firmar-se à tira com um nó para que a
bandagem fique firme.
60
ATADURAS
61
anterior, mantendo a mesma pressão, até que a atadura fique bem
ajustada.
7. Prender a extremidade da atadura, para que a bandagem fique firme.
INTOXICAÇÃO E ENVENENAMENTO
62
líquidos derramados, cápsulas, comprimidos, substâncias venenosas, e caso
possível a substância ingerida deve ser identificada. Nesse quadro os sinais e
sintomas englobam: queimaduras ou manchas ao redor da boca; odor inusitado
no ambiente, no corpo ou nas vestes do paciente; respiração e pulso anormais;
sudorese; alteração do diâmetro das pupilas; formação excessiva de saliva ou
espuma na boca; dor abdominal; náuseas; vômitos; diarreia; convulsões;
alteração do nível de consciência.
O tratamento pré-hospitalar inclui os seguintes passos:
• Manutenção de vias aéreas permeáveis;
• Solicite orientação do Centro de Informações Toxicológicas.
• Indução de vômito, exceto em intoxicações por ingestão de
substâncias corrosivas ou irritantes, derivados de petróleo,
pacientes inconscientes ou em convulsão;
• Armazenamento em saco plástico de toda a substância eliminada
por meio de vômito do paciente;
• Transporte com monitoramento constante.
63
Intoxicações Por Contato
Provocadas por substâncias tóxicas que penetram no organismo, através
da pele e das mucosas, por meio de absorção. Em determinadas situações,
provocam lesões importantes na superfície da pele, em outras, o veneno é
absorvido sem gerar nenhum dano. A maioria dos tóxicos absorvidos são
substâncias químicas de uso comum e plantas. Os sinais e sintomas incluem:
reações na pele que podem variar de irritação leve até o enrijecimento e
queimaduras químicas; inflamação; pruridos e ardência na pele; aumento da
temperatura da pele.
O tratamento pré-hospitalar inclui os seguintes passos:
• O profissional além dos EPIs básicos, deve utilizar proteção para a
sua roupa;
• Remoção do paciente para local seguro;
• Remoção de roupas e calçados contaminados e lavagem da área
de contato com água corrente (mínimo de 15 minutos);
• Armazenamento dos materiais e roupas em sacos plásticos
próprios;
• Transporte com monitoramento constante.
ACIDENTES OFÍDICOS
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• Manutenção do membro afetado elevado ou no mesmo nível do
coração;
• Prevenção de choque.
• Caso possível, conduza a serpente que provocou a lesão para
avaliação e identificação.
• Transporte com monitoramento constante e, caso necessário,
realizar manobras de reanimação.
AFOGAMENTO
Graus de afogamento
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As vítimas de afogamento podem apresentar sinais e sintomas
diferenciados, os quais servem para classificar o grau de afogamento e definir o
tratamento adequado. Atualmente, o afogamento classifica-se em seis graus,
sendo eles:
Grau 1- Caracterizado pelos seguintes sinais e sintomas: pouca quantidade de
líquido aspirado; tosse; ausência de espuma no nariz e boca; ausculta pulmonar
normal. O tratamento pré-hospitalar envolve a manutenção da vítima em repouso
e tranquilizada, realização de aquecimento, e liberação após melhora.
Grau 2- Caracterizado pelos seguintes sinais e sintomas: quantidade
considerável de líquido aspirado; torpor; agitação e/ou desorientação; ausculta
pulmonar com poucos estertores; pode apresentar pequena quantidade de
espuma na boca e/ou no nariz. O tratamento pré-hospitalar envolve a
administração de oxigênio a 5 litros por minuto (via cânula nasal),
posicionamento da vítima em decúbito lateral direito, aquecimento e transporte
para hospital referência. É necessário também mantê-la em repouso e tranquila.
Grau 3- Caracterizado pelos seguintes sinais e sintomas: presença de muita
quantidade de líquido aspirado; ausculta pulmonar com muitos estertores;
edema agudo de pulmão; apresenta grande quantidade de espuma na boca e/ou
no nariz; pulso periférico palpável. O tratamento pré-hospitalar envolve a
administração de oxigênio via máscara facial a 15 litros por minuto,
posicionamento da vítima em decúbito lateral direito com a cabeça elevada
acima do tronco. Além disso é preciso, manutenção de repouso, aquecimento e
transporte do paciente com urgência.
Grau 4- Caracterizado pelos seguintes sinais e sintomas: presença de muita
quantidade de líquido aspirado; ausculta pulmonar com muitos estertores;
edema agudo de pulmão; apresenta grande quantidade de espuma na boca e/ou
no nariz; pulso periférico ausente. O tratamento pré-hospitalar envolve a
administração de oxigênio via máscara facial a 15 litros por minuto; observação
atenta da respiração devido risco de parada respiratória, posicionamento da
vítima em decúbito lateral direito e transporte hospitalar com urgência.
Grau 5- Caracterizado pelos seguintes sinais e sintomas: parada respiratória,
pulso carotídeo palpável. O tratamento pré-hospitalar envolve a ventilação
66
artificial com oxigênio 15 litros por minuto, caso a respiração retorne
espontaneamente, deve ser tratada como grau 4, transportando o paciente com
urgência.
Grau 6- Caracterizado pelos seguintes sinais e sintomas: parada
cardiorrespiratória, pulso periférico e central ausente. O tratamento pré-
hospitalar envolve a ressuscitação cardiopulmonar (RCP) com oxigênio 15 litros
por minuto, caso a pulsação retorne, deve ser tratada como grau 5. Se o pulso
carotídeo estiver ausente e o paciente estiver submerso a mais de uma hora ou
apresentar rigidez cadavérica, decomposição corporal e/ou livores não é
realizada a RCP.
CONCLUSÃO
O serviço de APH desempenha um papel importante na saúde pública
brasileiro, isso em razão de doenças cardiovasculares e eventos relacionados
às causas externas como situações emergenciais serem observados cada vez
mais na população.
Ainda há muito a ser aprimorado, principalmente em relação à
distribuição destes serviços e à continuidade do atendimento nos hospitais de
67
referência. Participar do processo de melhoria e do reconhecimento
das reais demandas, nos torna, enquanto profissionais da área da saúde,
corresponsáveis para o alcance do intuito principal que é a excelência no
atendimento.
REFERÊNCIAS
68
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emergência: referenciais técnicos, gestão dos serviços e atuação profissional.
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remedies are improved preventive efforts, speedier surgery and further research.
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73