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FATO TREINAMENTOS 1

APRESENTAÇÃO

Caro aluno,

É com imensa alegria e satisfação, que nós da FATO TREINAMENTOS, entregamos


hoje o material didático pra que você possa aumentar, sua capacidade de estudo dentro do
curso de SOCORRISTA RESGATISTA.

Seja bem vindo ao estudo da disciplina de, APH (Suporte Básico de Vida e Socorros de
Emergência/resgate e socorro).

Este é o nosso Caderno de Estudos e Pesquisa, material elaborado com o objetivo de


contribuir para a realização e o desenvolvimento de seus estudos e para o seu melhor
conhecimento, assim como para a ampliação de seus estudos na área de SBV.

Para que você se informe sobre o conteúdo a ser estudado, conheça os objetivos da
disciplina, de resgate e socorro.

Os conteúdos foram organizados em unidades de estudo, subdivididas em capítulos, de


forma didática, objetiva e coerente.

Eles serão abordados por meio de textos básicos, com questões para reflexão, que farão
parte das atividades, avaliativas do curso; serão indicadas, também, fontes de consulta para
aprofundar os estudos com leituras e pesquisas.

Desejamos a você um trabalho proveitoso sobre os temas abordados nesta disciplina.


Lembre-se de que, apesar de distantes, podemos estar muito próximos.

A Coordenação

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FATO TREINAMENTOS 2

INTRODUÇÃO

O atendimento pré-hospitalar(APH) é o atendimento que procura chegar precocemente a vitima.


Após ter ocorrido um agravo a sua saúde(de natureza clinica,cirurgica,traumatica e pisiquiátrica), que
possa levar o sofrimento, sequelas ou mesmo a morte. Sendo necessário, prestar-lhe atendimento, e
transporte adequado até um serviço de Saude.

Frente a essas caracteristicas o atendimento necessita de conhecimento


cientifico(teórico),treinamentos atualizados e especificos, habilidades técnicas, bom condicionamento fisico
e mental, capacidade para lidar com situações de estresse e tomada de decisões imediatas. Desta forma,
vem se consolidando uma importante parte na área de resgate e soccorro, Clinico e traumático.

O Suporte Básico de Vida compreende o atendimento prestado a uma vítima de mal súbito ou
trauma, visando à manutenção de seus sinais vitais e à preservação da vida, além de evitar o
agravamento das lesões existentes, até que uma equipe especializada possa transportá-la ao hospital e
oferecer um tratamento definitivo.

Apesar de qualquer cidadão poder ajudar em uma situação de emergência, é importante lembrar
que isso não o torna um “socorrista” profissional. Para se profissionalizar é necessário adquirir muito mais
informações e habilidades, treinamento adequado e, inclusive, para muitas das funções, diploma e registro

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profissional. Portanto, devemos preferir, sempre que possível, o atendimento pelos socorristas e
PROFISSIONAIS DE SAÚDE, que contam com formação qualificada e equipamentos especiais para
realizá-lo.

Neste curso de RESGATE E SOCORRO serão abordadas situações de urgências e emergências


mais comumente encontradas pelo profissional de saúde no ambiente pré-hospitalar e as principais
condutas a serem tomadas até a chegada de equipe especializada, para atendimento e transporte do
paciente ao hospital.

Um bom aproveitamento para todos!

Dia ou noite,

Sol ou chuva,

A missão da FATO TREINAMENTOS é ensinar e aprender a salvar VIDAS.

ORGANIZAÇÃO DA DICIPLINA

EMENTA:

Atendimento pré-hospitalar em casos de urgência e de emergência: parada cardiorrespiratória.


Protocolo de Reanimação Cardiopulmonar. Urgências e Emergências Cardiovasculares, Neurológicas e

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Obstétricas. Intoxicações Exógenas e Acidentes com Animais Peçonhentos. Queimaduras e Choque


Elétrico; Afogamento e Trauma.

OBJETIVO:

Aplicar corretamente procedimentos voltados para o atendimento de urgência e emergência


prestado aos pacientes no ambiente extra-hospitalar.

• Reconhecer falência dos sistemas respiratórios e/ou cardiovasculares.

• Reconhecer urgências e emergências cardiovasculares, neurológicas e obstétricas.

• Aplicar procedimentos em situações especiais como intoxicações, queimaduras, choque elétrico,


afogamento e trauma.

• Reconhecer vitimas de choques hipovolêmicos e Neurológicos.

• Reconhecer e identificar Biomecânica do trauma, cinemática do trauma.

• Reconhecer gestantes em trabalho de parto.

• Saber as noções básicas de resgate em altura (NR 35) e espaço confinado(NR33).

• Reconhecer vitimas em parada respiratória, engasgo (adulto, pediátrico, neonatal, idoso)

Ao final desse curso o aluno sairá qualificado, e preparado para as mais diversas situações de
emergência e urgência dentro do ambiente pré-hospitalar.

Sendo nosso aluno: Socorrista, tec. de enfermagem, enfermeiro, emergência a, bombeiro civil,
voluntário ou comunitário, e nossa aluno leigo dentro do pré-hospitalar, todos nossos alunos ao termino do
nosso curso de RESGATE E SOCORRO, saíram formados Resgatistas/Socorrista.

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FATO TREINAMENTOS 5

HISTÓRIA DO APH/PRIMEIROS SOCORROS

Dominique Jean Larry nasceu na frança no ano de 1976. Formou-se médico e ingressou para o
serviço de saúde do Exercito Francês. General médico do exercito de Napoleão apresentou grandes
contribuições para os serviços Médicos atuais. Amigo e solidário dos soldados feridos.

Napoleão, preocupado com as baixas em campo de batalha desde o inicio da revolução francesa,
solicitou a Larry organizar um batalhão (na época uma Cia) denominado “CORPO DE SAUDE” a fim de
prestar atendimento imediato aos militares feridos, ou seja o corpo de saúde deveria recolher as vitimas no
próprio fronte de batalha e não mãos após interrupção do conflito.

Com técnicas e equipamentos de hemostasia(Hemorragias), Larry elaborou o primeiro modelo de


ambulância com condições de atendimento imediato e veloz. Perfilando dois cavalos, diminuindo as rodas,
curvando o telhado para evitar acúmulo de água e peso, abrindo janelas para ventilação, acoplando maca
retrátil e Kit de OS (primeiros socorros), podendo realmente colocar em prática seu in vento móvel mais
moderno da época, sendo batizada de “Ambulância voadora”. Não seria exagero dizer que Larry foi o
criador do SAMU (Serviço de atendimento móvel de urgência)Francês hoje sendo referencia n Mundo.

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PHTLS portaria (2048) - Pré-hospitalar Trauma Life suport (Atendimento pré-hospitalar ao Trauma)

O criador foi um medico americano que após ter sofrido um acidente de avião com sua família,
onde morreu sua esposa e teve seus 3 filhos gravemente feridos,percorreu mais de 1km mata á dentro
com um dos seus olhos pendurados e diversas fraturas expostas na face para buscar socorro.Onde foi
atendido por um medico residente em um posto de saúde que quase terminou de matar seus filhos por
não saber o que fazer.Desse momento em diante, dedicou-se a criar um programa de treinamento e
aperfeiçoar técnicas de atendimento em ambiente pré-hospitalar.

O PHTLS rege todos os protocolos de atendimento em ambientes pré-hospitalar.

A nomenclatura PRIMEIROS SOCORROS, criada desde o inicio doas tempos, é utilizada hoje para
identificar qualquer tipo de atendimento em emergências a pessoas necessitadas.

Primeiros Socorros: Primeiros-socorros são cuidados prestados, rapidamente, a pessoas (vítimas) em


situações de acidentes ou mal súbito, no local onde o fato está ocorrendo. Estes cuidados podem salvar
vidas ou evitar que situações mais graves aconteçam até que o socorro especializado chegue. O
socorrista (quem atende a vítima) deve avaliar a situação e a vitima, garantir sua segurança, a segurança
do local e prestar os primeiros-socorros. Neste apostila você encontrará orientações para serem feitas em
situações de acidentes ou mal-súbito, antes da chegada do serviço de atendimento especializado. A
função de quem socorre (socorrista) é: • Observar a situação para não se tornar uma vítima também; •
Manter a pessoa viva até a chegada do socorro especializado; • Evitar causar outras lesões ou agravar as
já existentes.

MODELOS DE ATENDIMNTO PRÉ-HOSPITALAR

I. MODELO FRANCÊS: Tendo como figura central, um médico de emergência, assim em qualquer
situação de emergência temos a figura do Medico especialista em traumas e clinico.

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II. MODELO AMERICA: Tendo como figura central, um paramédico( TEF).Medico aguarda paciente
no hospital,quando for vitima de suporte básico.

O QUE É O APH

Atendimento pré hospitalar (APH) ou socorro pré-hospitalar é o atendimento


emergencial em ambiente extra hospitalar (fora do hospital). É um dos elos da cadeia de
atendimento a vítimas, sendo também conhecida como primeiro socorro ou resgate.

A QUEM SE DESTINA

O Atendimento pré hospitalar é todo processo feito por um socorrista, médico e


enfermeiro fora do ambiente hospitalar, destinado às vítimas de trauma (acidentes de trânsito,
acidentes industriais, acidentes aéreos e etc.), violência urbana (baleado, esfaqueado e etc.), mal
súbito (emergências cardiológicas, neurológicas e etc.) e distúrbios psiquiátricos visando a
sua estabilização clínica e remoção para uma unidade hospitalar adequada.

POR QUE É REALIZADO

O APH é realizado por profissionais especialmente treinados, (socorristas, técnicos de


enfermagem, enfermeiros e médicos), no Brasil estes serviços de APH são na maioria realizados
pelos Corpos de Bombeiros Militares dos estados, SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência) e Bombeiros Civis, equipes altamente treinadas prontas a darem o suporte básico de
vida aos traumatizados. Estes são subdivididos em Equipe de Salvamento, Equipe de Suporte
Básico à Vida (SBV) e Equipe de suporte avançado à vida (SAV)

OBJETIVOS

As manobras de salvamento são realizadas visando retirar a(s) vítima(s) de uma situação
hostil (incêndio, preso em ferragens, ambiente confinado, altura, aquático etc.) realizando a
remoção da mesma para uma área adequada possibilitando o atendimento de SBV, isto é, sem
manobras médicas invasivas e/ou SAV (com manobras médicas invasivas). No Brasil as
Manobras de SAV somente podem ser realizadas por médicos.
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PERFIL DO RESGATEISTA

Os resgatistas e ou socorristas são pessoas treinadas para prestar os primeiros-socorros e


manobras de resgate; assim amenizando assim o sofrimento de vitimas(doentes) no local do
acidente(emergência)

São os primeiros profissionais aptos a entrar em contato com a vitima(doente), esse profissionais é
uma das principais partes no sistema de atendimento e cuidados a vitimas(doente), com manobras e
cuidados para o pré-atendimento, atendimento e pós-atendimento. Uma pessoa que sofreu qualquer tipo
de acidentes (transito, violência urbana, por arma de fogo, arma branca e etc.) são chamadas de
VITIMAS(doentes). Quando o resgatista assume a situação essa vitima(doente) se torna um PACIENTE.

1. Amável e cooperativo;
2. Criativo ser capaz de improvisar;
3. Ter iniciativa;
4. Estabilidade emocional;
5. Capacidade de liderança;
6. Boa apresentação pessoal;
7. Discrição;
8. Controle de hábitos (Não fumar, não consumir bebidas alcoólicas);
9. Controlar o vocabulário;
10. Ser capaz de ouvir os outros (colegas, familiares e terceiros).

Fisicamente o resgatista deve ser cuidadoso com sua saúde, aparência higiene pessoal e destreza
física. Esta preparado para diversas situações que necessitem o esforço físico. E ter uma boa
visão. O perfil do resgatista deverá ser bom e conter as seguintes qualidades e obrigações:

• Estar sempre preparado para atender a uma emergência;


• Atender rapidamente, mas com segurança (loca, sua e doente)
• Garantir a sua segurança e do seu paciente;
• Garantir acesso ao paciente, utilizando ferramentas quando necessário;
• Determinar qual o problema do paciente e providenciar os devidos cuidados de emergência;
• Liberar, erguer e mover o paciente quando necessário, sem causar lesões adicionais ao
paciente e a si próprio;
• Planejar e executar com cuidado a movimentação de um paciente, do local onde se
encontra, até a viatura ou resgate em empresas.
• Transportar o paciente para um centro medico adequado.
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DIREITOS DO PACIENTE

✓ Solicitar e receber socorro médico de urgência;

✓ Exigir sigilo sobre suas condições ou tratamento recebido;

✓ Denunciar quem lhe prestou socorro e quem violou o sigilo da sua condição;

✓ Recusar atendimento (Mediante assinatura de declaração)

CONSENTIMENTO:

Paciente adulto, consciente e mentalmente capaz poderá recusar atendimento desde que
registrado na certidão de ocorrência e após a avaliação do Resgatista. Se a vitima for de menor e recusar
o atendimento, os pais ou tutores legais podem autorizar o Resgatista. O atendimento será indispensável
se o Resgatista responsável constatar que se o paciente não for atendido sofrerá um agravamento
considerável em seu estado de saúde.

Omissão de socorro

Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, á criança,
abandonada ou extraviada, ou á pessoas invalida ou ferida, ao desamparo ou sem grave iminente
perigo; ou não pedir nesses casos, o socorro da autoridade pública.

▪ Art. 135 código penal- pena de 1 a 2 anos de reclusão fechado, podendo ser revertido em serviços
comunitários

SEGURANÇA NO AMBIENTE PRÉ-HOSPITALAR


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A ocorrência pode ser definida como um evento causado pelo home ou fenômeno da natureza, que
pode colocar em risco a integridade física das pessoas, bens ou natureza, e requer ações imediatas de
emergência e urgência para prevenir ou diminuir a perda de vidas humanas, danos a propriedades ou ao
meio ambiente.porém no ambiente “pré-hospitalar” deve-se ter em mente os seguintes princípios:

Não se torne parte do problema;

Calcule os riscos;

Não agrave ainda mais a cena do sinistro;

Seja ágil, mas mantenha a calma.

Manter a segurança no local de atendimento previne que outros acidentes aconteçam, inclusive com você.
Como manter a segurança:

• Evitar contato direto com substâncias que possam transmitir doenças infecciosas como sangue, urina,
fezes, vômito, saliva, muco, esgoto, água, roupas ou superfícies contaminadas. Para tanto, o socorrista
deve utilizar os equipamentos de proteção individual (EPI).

• Evitar ou eliminar os agentes causadores de lesões ou agravos à saúde, como fogo, explosão,
eletricidade, fumaça, água, gás tóxico, tráfego (colisão ou atropelamento), queda de estruturas, ferragens
cortantes e materiais perigosos.

• Para que o socorro siga de forma segura, antes mesmo de se examinar a vítima, o local deve ser
cuidadosa e sistematicamente avaliado. Por isso é fundamental fazer a "avaliação da cena".

Passos de Segurança

1. Qual é a situação? Consiste na identificação da situação em si. O que está ocorrendo, o que o
socorrista vê;

2. Para onde vai? Análise da potencialidade ou de como a situação pode evoluir. Por exemplo:
combustível derramado pode explodir, um fio energizado pode dar choques, fogo que pode alastrar-se, um
veículo que pode rolar um barranco;

3. O que fazer para controlá-la? Identificação dos recursos a serem empregados, incluindo a solicitação de
ajuda para atender adequadamente a situação, levando-se em conta, rigorosamente, os dois passos
dados anteriormente. Você sempre deve pedir ajuda especializada em primeiro lugar! Estes passos devem
ser seguidos sempre nesta seqüência para a segurança do trabalho de socorro às vítimas.

O primeiro pensamento do resgatista/socorrista no local do acidente(sinistro) é a segurança. Deve sempre


procurar utilizar os três “S”

Segurança do local – Segurança do resgatista – Segurança da vitima e terceiros.

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SEGURANÇA DO LOCAL

Um dos fatores mais importantes na cena do sinistro é a segurança da equipe de socorro, vitima e de
terceiros. Faça uma avaliação minuciosa visual da cena, observando se o local é seguro, as causas da
emergência, o numero de vitimas e reconheça os riscos que pode haver no local. Tais como:

• Atropelamento;
• Colisão de veículos;
• Choques elétricos;
• Produtos químicos e explosivos;
• Violência e agressões;
• Incêndios
• Desmoronamento.

Se houver algum destes riscos, tente isolar de forma que todos os envolvidos na cena fiquem seguros
e protegidos. Se você não é da área de resgate e socorro, não havendo possibilidade, não entre no
local, chame socorro especializado dentro da área necessária, informando os seguintes fatores:

O que aconteceu? Informe o tipo de acidente, número de vitimas e estado das mesmas e se existe
riscos maior.

Como aconteceu? Informe-se com as vitimas ou pessoas presentes(curiosos) no momento do fato ou


ainda colher dados com o máximo de detalhes da cena.

Quando aconteceu? Informe a hora aproximada que ocorreu o fato.

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Local onde ocorreu o fato? Informe o local exato onde ocorreu o fato, informe rua, N: sentido, pontos
de referência, etc.

Qual é o estado das vitimas e quantas são? Informe o numero de vitimas aproximadamente se há
mortos. Quantos feridos se há idosos, crianças, etc.

Alguns procedimentos devem ser observados para garantir sua segurança, equipe, vítima e terceiros.

Atropelamento: Em estradas e vias públicas;

Colisão veicular: Causa por má sinalização;

Choque elétrico: Redes de baixa e alta tensão;

Intoxicação: produtos químicos em geral;

Desmoronamento: Em trabalhos de resgate a vitimas;

Incêndio: Atendimento á queimados durantes sinistros de incêndio;

Violência e agressão: Atendimento a vitimas em locais de festas, vilas e vilarejos, reuniões de jovens e
brigas entre família e vizinhos.

Posicionamento do veiculo de emergência(ambulâncias)

O posicionamento do veículo (resgate, ABT, UR, USA, USB e particulares) deve ser de forma
adequada ou seja da forma mais segura possível para a equipe, vítima e terceiros. A melhor forma de
segurança de uma VTR(Ambulância) e de aproximadamente de 15mt de distância do acidente, com frios
estacionário acionado, luz de alerta ligadas, rodas direcionadas para o acostamento e ou canteiros
centrais da via, para que no caso de impactos, o veiculo seja jogado para fora afim de evitar possíveis
atropelamento e colisões.

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Os cones devem ser colocados a uma distancia de acordo com a velocidade permitida na via, ou
seja se for 80km/h, o primeiro cone (mais afastado) deve ser colocado a cerca de 80mt de distancia e os
restantes sendo colocados de forma de desviar o transito.

Rodovia: 80km/h, pega essa velocidade e divide por 10. Então 80km/10

=8 esse é o numero cones que devem ser divididos na rodovia, caso tenho uma agravante (chuva ou
curvas) esse numero multiplica por 2x.

SEGURANÇA DO RESGATISTA

Para o resgatista essa é a regra mais importante no atendimento até sendo mais importante que a
própria vitima.essa regra ela é exclusiva para sua saúde e condições físicas. Devera ter sempre consigo o
(EPI) Equipamento de Proteção Individual, (luvas, óculos e máscaras, capacete, coletes refletivos, etc.)
com esses equipamentos o Resgatista/Socorrista aumenta sua própria segurança assim evitando algumas
doenças comuns no pré-hospitalar

DOENÇAS COMUNS NO PRÉ-HOSPITALAR

✓ SANGUE: HIV, Hepatite B e C.


✓ RESPIRAÇÃO: Tuberculose, meningite, gripe, Resfriado e algumas viroses.
✓ PELE: Herpes e Escabiose.
✓ MUCOSAS: Herpes e conjuntivite.
✓ FEZES: hepatite A e Infecções intestinais(Diarréia).

MÉTODOS DE PROTEÇÃO

✓ Usar(EPI) equipamento de proteção individual.


✓ Precauções durante o pré-socorro, socorro e transporte a uma unidade de saúde.
✓ Precauções no manuseio de materiais.

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✓ Profilaxia com vacinações: Recomendado para todos os profissionais de resgate e socorro vacinas
contra hepatite B e C tétano entre outros.
✓ Comunicar de forma imediata um centro de saúde caso tenha suspeita de contaminação após
atendimento.
✓ Informar a família caso haja algum risco de contato físico.

ACIDENTES NO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR

Os acidentes podem ocorrer devido a rapidez com que as condutas têm que ser tomadas, podem
ainda haver confusões na cena e pressão psicológica, tudo isso faz com que você atue as vezes com
precipitação, sem avaliar a situação de risco ou tomar as medidas de preocupação necessárias.

É comum, vitimas de acidentes de veículos, estarem cobertas com fragmentos de vidros, ou que as
ferragens estejam sujas de sangue, tornando o resgatista propenso a sofrer acidentes que possam causar
algum dano físico e ou psicológico ao atendente.

SEGURANÇA DA VITIMA

A segurança da vitima esta ligada diretamente a um bom atendimento prestado pelo


resgatista/socorrista, a uma boa sinalização do local e isolamento de terceiros.Uma boa triagem do
resgatista pode determinar a situação do pré-socorro, socorro, transporte e entrega a uma unidade de
saúde(Hospital)

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TRAUMATISMOS E FRATURAS

TRAUMA: A palavra "trauma", do ponto de vista semântico, vem do grego trauma (plural: traumas,
traumas), cujo significado é “ferida”. A terminologia trauma em medicina admite vários significados, todos
eles ligados a acontecimentos não previstos e indesejáveis que, de forma mais ou menos violenta,
atingem indivíduos neles envolvidos, produzindo-lhes alguma forma de lesão ou dano. Uma das definições
adotadas se refere ao conjunto das perturbações causadas subitamente por um agente físico, de etiologia,
natureza e extensão muito variadas, podendo estar situadas nos diferentes segmentos corpóreos.
Independente de sua melhor definição, o fato é que o trauma é uma doença que representa um problema
de saúde pública de grande magnitude e transcendência no Brasil, que tem provocado forte impacto na
morbidade e na mortalidade da população.

Uma vitima pode ter diversos tipos de trauma, mediante um acidente transito, quedas, ferimentos
por arma de fogo e branca, violência urbana, doméstica, etc.) são eles:

• Trauma de crânio. (Biomecânica do trauma)


• Trauma de face. .(biomecânica do trauma)
• Trauma de medula espinal.
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• Trauma de coluna vertebral (cervical, torácico, lombar, sacal, cóccix). .(biomecânica do


trauma)
• Trauma de pelve. .(biomecânica do trauma)
• Trauma de membros superiores e inferiores.
• Traumas penetrantes (arma de fogo e branca).

Entre as causas de trauma, incluem-se os acidentes e a violência, que configuram um conjunto de


agravos à saúde, que pode ou não levar a óbito, no qual fazem parte as causas ditas acidentais e as
intencionais. Esse conjunto de eventos consta na Classificação Internacional de Doenças - CID, sob
denominação de causas externas. (dois tipos de traumas em vitimas de acidentes)

1º Trauma – Lesões sofridas devido ao acidente.

2º Trauma – Lesões ocasionadas pelo resgatista devido ao mau atendimento prestado.

TRAUMA DE MEDULA ESPINAL (TRM- TRAUMA RAQUIMEDULAR)

O trauma raquimedular é uma lesão que predomina em adultos jovens do sexo


Masculino e, pelas características da sua etiologia, sua prevenção pode ser muito efetiva, por
Meio de campanhas de esclarecimentos junto à população e adoção de medidas de segurança
Individuais ou coletivas.
A abordagem terapêutica do TRM deve ser multidisciplinar, desde o momento do resgate e
Remoção dos pacientes até a sua fase final de reabilitação.
Até o momento, não existe nenhum tratamento efetivo capaz de restaurar as funções da
Medula espinhal lesada. O tratamento é realizado para a reabilitação dos pacientes, de modo
Que todos os esforços devem ser realizados na prevenção desse tipo irreversível de lesão.

No trauma raquimedular existe dois tipos de lesões. A lesão que deixa a vitima paraplégica e a
lesão que deixa a vitima tetraplégica.

Paraplegia: A paraplegia, tal como a tetraplegia, é resultante de uma lesão medular. Este tipo de lesão
classifica-se como completa ou incompleta, dependendo do fato de existir ou não controle e sensibilidade
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abaixo de onde ocorreu a lesão medular. A paraplegia traduz-se na perda de controle e sensibilidade dos
membros inferiores, impossibilitando o andar e dificultando permanecer sentado.

Após uma lesão medular da qual resulta paraplegia é possível que os membros afetados deixem
de receber permanentemente qualquer tipo de estímulo, tornando os músculos flácidos, o que acarreta
uma acentuada diminuição de massa muscular facilmente visível.

Sinais e sintomas

• Incapacidade de mover os membros inferiores;

• Perda de sensibilidade e formigueiro na parte inferior do corpo;

• Incontinência urinária.

Tetraplegia: tetraplegia ou quadriplegia é quando uma paralisia afeta todas as quatro extremidades,
superiores e inferiores, juntamente à musculatura do tronco. À impossibilidade de mover os membros
associam-se, em grau variável, distúrbios da mecânica respiratória, podendo causar demência leve.

As tetraplegias são um sintoma entre os tantos de doenças neurológicas muito graves que
compreendem lesões do cérebro ou da medula espinhal, quando causadas por grandes traumas tais
como:

• Hemorragias cerebrais – Ocorre tetraplegia quando a ruptura de uma artéria cerebral em seguida
a traumatismos, a distúrbios da coagulação ou então a alterações vasculares congênitas ou
adquiridas, em que se verifica hemorragia no troco encefálico; é causado também pela invasão de
líquido cefalorraquidiano dentro das meninges, alcançando a medula.
• Insuficiência vértebro-basilar – É um ataque isquémico com manifestação aguda derivante de
uma insuficiência da irrigação sanguínea improvisa no território da artéria basilar. A sintomatologia
é caracterizada por vertigens rotatórias, distúrbios do campo visual, cefaleia, quedas inesperadas e
repentinas e a tetraplegia (nos casos mais graves);
• Esclerose lateral amiotrófica – Provoca atrofia progressiva e paralisias dos músculos
esqueléticos. Na fase avançada a paralisia afeta todos os quatro membros, propagando-se em
seguida também aos músculos do pescoço e da língua;

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• Lesões da medula espinhal – Os traumatismos de qualquer natureza que compreendam uma


secção parcial ou total da medula espinhal no trato compreendido entre a primeira e a sétima
vértebras cervicais podem ter como consequência, se não são mortais, uma tetraplegia.

Causas mais comuns

As causas traumáticas mais comuns estão relacionados aos acidentes de trânsito ligados á
veículos de quatro rodas,motocicletas,bicicletas,pedestres(atropelamentos) e carroças.

Existem ainda as sausas secundárias que podemos indicar como, quedas de escadas,andaimes,
mergulhos em águas rasas,surf,futebol,esqui,saltos de pára-quedas,etc.

Temos ainda uma terceira alternativa que podemos classificar pequena,mas siginificativa que é a
falha médica. Esta última não existe um procedimento pré-hospitalar e sim atitudes médicas avançadas já
dentro do ambiente do hospital.

SISTEMA NERVOSO CENTRAL

O sistema nervoso central (SNC) que conciste do Cérebro e Medula espinal. A média de peso do
cérebro humano adulto é de cerca de 1,3 a 1,5 kg, e possuei aproximadamente 100 bilhoes de neurôneos.
A medula espinal te aproximadamente 43 cm na mulher e 45cm no homem adulto. Pesa uma média de 35
a 50 gr. A medula espinal é protegida por uma série de estruturas, incluindo a coluna vertebral, músculos
logamentos, fluido espinal e cerebral, e as meninges.

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BIOMECÂNICA/CINEMÁTICA DO TRAUMA

Biomecânica é o processo através do qual, analisamos a cena de um acidente para entender as


forças e movimentos envolvidos e, a partir daí, inferirmos as lesões resultantes do acidente. Biomecânica
do Trauma estuda a transferência de energia de algum objeto para o corpo humano.

A transferência de energia segue as leis da física, deste modo as lesões se apresentam em


padrões previsíveis de forma que um bom conhecimento de biomecânica e de grande valia em uma
atendimento de vítimas de trauma (acidentes de transito). Os fatores que devem ser considerados são a
direção, velocidade e massa(peso) na hora do impacto, danos no veiculo. A severidade dos danos ao
veiculo é utilizada como um instrumento de triagem. Algumas observações são comuns tais como:
Deformidade do volante (sugere trauma de face e ou trauma de torácico), quebra do vidro para-brisa (com
círculo, teia de aranha e olho de boi) indicando TCE (Trauma Crânio Encefálico), deformidades baixa do
painel de instrumentos (Sugere traumas do joelho, quadril, crista ilíaca, fêmur, pelve).

OBJETIVOS:

Ao final desta aula, o aluno deverá ser capaz de:

•Conhecer princípios básicos de troca de energia, força e movimento.

•Associar os princípios da transferência de energia com lesões no corpo humano.

•Relacionar os achados da cena do evento com possíveis lesões orgânicas.

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FATO TREINAMENTOS 20

LEI DE NEWTON

Todo corpo permanece em seu estado de repouso ou de movimento retilíneo e uniforme, a menos
que seja obrigado a mudar seu estado por forças a ele impostas”.

LEI DA CONCERVAÇÃO DE ENERGIA

Energia não pode ser criada ou destruída, mas sim transformada.


Energia cinética = m/2.v2
m=massa
v= velocidade

/= Divisor
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FATO TREINAMENTOS 21

Essa soma de transferência de energia para unidade, e transferência de unidades para peso.por
exemplo:

Um motorista tem sua massa(peso) de 95kg, ele esta trafegando na rodovia no seu carro que esta
numa constante de 110km/h, o motorista perde o controle do veiculo, e colide o mesmo contra um poste
no acostamento da rodovia.

M=95kg

V=110km/h Ec=95/2.110x110

Ec=47,5 .12100

Ec=574.750 unidades

Ec= 574.750 esse é o resultado da transferência de energia para unidades de força, com essa soma
podemos encontra o peso bruto que a vitima se chocou no seu veiculo.

Un= 574.750/1000 unidades

Peso bruto= 574,75kg, esse valor anterior e o peso total de uma vitima que tem de massa 95kg e colide o
carro em uma velocidade de 110km.

Se for alterado para 10kg de peso ou aumentar 10km/h o numero de unidades muda assim como o peso
final, nota-se que quanto maior a velocidade do veiculo maior o peso final da colisão da vitima,

COLISÃO DE VEICULOS

O corpo do ocupante está com a mesma velocidade com que o carro trafega, até colidir com alguma
estrutura interna do veiculo, como o pára-brisa, painel, volante ou consoles baixos. As colisões de veículos
ocorrem de varias formas, e cada uma delas é associada com certos padrões de lesões. As principais
formas de colisão são cinco:

✓ COLISÃO FONTRAL.
✓ COLISÃO LATERAL DIREITA/ESQUERDA.
✓ COLISÃO TRASEIRA.
✓ CAPOTAGEM.
✓ EJEÇÃO.

As cinco colisões anteriores são as principais responsáveis por diversos tipos de traumas.

COLISÃO FRONTAL: Se os ocupantes dos bancos dianteiros estiverem sem cinto de segurança, eles
podem ser direcionadas para baixo colidindo o joelho e tíbia com o painel, o tornozelo pode fraturar por
receber toda energia do impacto (Visto na página anterior). Quando o joelho torna-se ponto de impacto,
podem ocorrer fraturas no fêmur ou pelve. Em seguida o tórax se choca com o painel ou volante e a

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FATO TREINAMENTOS 22

cabeça atinge o pára-brisa podendo ocorrer traumas na coluna cervical e crânio ou ainda serem
arremessados para fora do veiculo, causando múltiplos traumas pelo corpo todo, deixando seqüelas e ate
levando essa vitima a óbito.

Na colisão frontal podemos ter vários pontos de impacto do condutor ou ocupantes do veiculo, são
esse os pontos:

• Para-brisa;
• Volante;
• Painel de instrumentação;
• Teto do veiculo na parte frontal do mesmo.

PÁRA-BRISA

Quando quebrado fica com deformidade em circulo mais conhecido “teia de aranha e ou olho de
boi”, indica impacto da cabeça (crânio e face), assim podendo haver traumas de coluna cervical, crânio e
face, algumas escoriações ou laceração no couro cabeludo e rosto.

LESÕES PROVÁVEIS – TRAJETÓRIA POR CIMA: o movimento do corpo para a frente leva-o para cima, sobre o
volante.

TRAUMA CRANIANO, COLUNA CERVICAL; FRATURAS DE COSTELAS, AFUNDAMENTO DO TÓRAX,


CONTUSÃO PULMONAR, PNEUMOTÓRAX, CONTUSÃO MIOCÁRDICA OU LESÕES DOS GRANDES VASOS,
RUPTURAS DE ORGÃOS ABDOMINAIS (FÍGADO E BAÇO, VASOS RENAIS).

LESÕES PROVÁVEIS- TRAJETÓRIA POR BAIXO: o ocupante continua a mover-se para baixo em direção ao
assento e para frente em direção ao painel ou à coluna de direção.

LUXAÇÃO OU FRATURA DE TORNOZELO, DE JOELHO, RUPTURA DE LIGAMENTOS OU TENDÕES DO


JOELHO, LESÃO DA ARTÉRIA POPLÍTEA, FRATURA DE FÊMUR, LUXAÇÃO POSTERIOR DA ARTICULAÇÃO
DO ACETÁBULO.

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FATO TREINAMENTOS 23

Com a imagem acima, podemos notar três possíveis traumas:

Primeiro: trauma de crânio(TCE).

Segundo:Trauma de Face.

Terceiro:Trauma de coluna cervical.

TRAUMA DE CRÂNIO (TCE-TRAUMA CRANIOENCEFÂLICO)

Define –se como (TCE) toda e qualquer lesão traumática que envolva desde o couro cabeludo até
o parênquima encefálico.A alteração do nível de consciência é a sua marca registrada.

ANATOMIA

•O crânio é rígido e não expansível.

•Formado por diversos ossos fundidos.

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FATO TREINAMENTOS 24

•Forame magno: passagem do tronco cerebral.

•Superfície interna é dura e irregular.

•Encéfalo desliza e contunde.

•Encéfalo revestido pelas meninges.

•Dura-máter.

•Membrana aracnoide.

•Pia-máter (aderida superfície)

No trauma crânio-encefálico são três os tipos de feridas que podemos observar são eles:
Linear, Afundamento e Aberta.
Nos traumas primário de crânio, suas características são visíveis com uma avaliação visual e ou de
palpação, são eles(Traumas)
• Trauma direto.
• Lesões vasculares.
• Lacerações e outras lesões diretas no encéfalo.
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FATO TREINAMENTOS 25

• Mínima recuperação.

Nos traumas secundários de crânio, suas características variam muito do tipo de fratura essas
lesões podem levar horas, dias, meses e até anos para ter um tratamento e recuperação pois a lesão fica
ativa por esse período (Lesando o cérebro).

3.1.6.2-MECANISMOS DO TRAUMA SECUNDÁRIO

• Efeito de massa.
• Hipóxia (falta de oxigênio no cérebro).
• Hipotensão arterial.
• Mecanismos celulares.

Tratamento a ser feito nesse traumas, dentro do pré-hospitalar, limpeza do local afetado proteção
para fim de evitar contaminações,e deslocamento para uma unidade de saúde,
• Evitar hipóxia –oxigênio suplementar.
• Evitar hipotensão –Ringer lactato aquecido.
• Tomografia é indicada para qualquer paciente com trauma cranioencefálico.

ASPECTOS ESSENCIAIS

• •Definição de trauma crânio-encefálico.

• •Revisão da anatomia do crânio.

• •Relacionar os principais mecanismos.

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FATO TREINAMENTOS 26

• •Definição lesão cerebral primária e secundária.

• •Relação entre a biomecânica do trauma e as potenciais lesões crânio-encefálicas.

• •Princípios do tratamento destas lesões.

TRAUMA DE FACE

Define-se trauma de face como qualquer lesão externa que acometa a face. É a lesão mais
devastadora encontrada em centros de trauma devido ás conseqüências emocionais e a grande
possibilidade de haver deformidade permanentes no doente(paciente)

ANATOMIA

OSSOS DO CRANIO:

• Frontal, parietais, temporais, esfenóide, etmóide e occipital.

• Nasal, lacrimais, maxilas zigomáticos (ou malares), palatino, vômer e mandíbula.

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FATO TREINAMENTOS 27

MUSCULATURA DA FACE

• Frontal.

•Orbicular ocular.

•Zigomático.

•Orbicular bucal.

•Levantador labial.

•Risório.

•Bucinador.

Dentro do atendimento a vitimas com trauma de face, podemos encontrar alguns traumas, isolados
(Quando não for acidente de transito, entre outros).

• Agressões físicas
• Quedas de nível(altura), quedas de bicicletas entre outros.
• Traumas domésticos (Quedas, queimaduras, mordidas de alguns animais).

Mas podemos dentro desses acidentes (citados anteriormente), encontramos traumas de grade
impacto, que pode deixar seqüelas e até mesmo levar a óbito (cod.30)

• Lesões associadas a traumas anteriores.


• TRM (trauma raquimedular).
• Trauma cranioencefálico.
• Lesões de vias aérea (deslocamento de traquéia) levando a vitima ter uma parada respiratória.
• Hemorragias.
• Obstrução de vias aéreas.
• Aspiração e broco-aspirar.

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FATO TREINAMENTOS 28

ASPECTOS ESSENCIAIS

• Definição de trauma de face.


• Revisão da anatomia da face.
• Relacionar os principais mecanismos de traumas de face.
• Biomecânica do trauma e as potenciais lesões da face.
• Princípios do tratamento das lesões de face.

TRAUMA NA COLUNA CERVICAL

As lesões traumáticas da coluna cervical podem levar a diversos problemas neurológicos. Um caso
recente de lesão da coluna foi o da ex-ginasta Laís Souza, que sofreu um acidente durante seus
treinamentos para os jogos de inverno. As complicações neurológicas decorrentes do trauma dependem
de diversos fatores: mecanismo de lesão, extensão e nível da lesão na coluna cervical. As piores
consequências seriam a tetraplegia, ou seja, paralisia da motricidade voluntária de braços e pernas, assim
como a incapacidade de respirar por conta própria.

Isso muda conforme a vértebra que foi lesionada, pois, quanto mais alta a lesão, pior. Ou seja,
lesões completas nas primeiras vértebras cervicais são piores que nas últimas.

Uma vértebra pode sofrer diversos tipos de lesões traumáticas. O mais comum é sua fratura, com
ou sem esmagamento, mas o pior é a transfixação da medular cervical pela vértebra luxada (deslocada).
Esta luxação (deslocamento horizontal da vértebra), por sua vez, pode ser total ou parcial.

O processo de reabilitação é lento e depende muito do tipo de lesão, idade e morbidades do


paciente. O principal objetivo da reabilitação, após uma lesão grave de medula cervical, é tentar recuperar
o máximo possível das funções neurológicas necessárias a uma rotina de atividades de vida diária, com o
menor grau de dependência possível.

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FATO TREINAMENTOS 29

ANATOMIA

A coluna cervical possui sete vértebras que podem ser classificadas em: atípicas e típicas, as
primeiras são as três cervicais, atlas (C1), áxis (C2), e a sétima proeminente (C7), as típicas contém
componentes estruturais que são comuns a todas as vértebras: corpo vertebral e arco vertebral, processos
transverso, espinhoso e articular, lâminas, pedículos e forame vertebral.
É composta por:

-7 vértebras cervicais
-12 vértebras torácicas
-5 vértebras lombares
-5 vértebras sacrais
-Cóccix

No atendimento pré-hospitalar, temos que ter como prioridade a coluna cervical (em equipe),
quando estamos sozinho temos como prioridade, o cuidado de hemorragias severas(arterial), após ter
tratado a ferida(hemorragias), ai o socorrista cuida com prioridade cervical.

MECANISMO DE LESOES:

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FATO TREINAMENTOS 30

✓ Hiperflexão.
✓ Hiperextensão.
✓ Carga axial.
✓ Carga lateral.
✓ Ferimentos penetrantes.

AVALIAÇAO DA VITIMA (DOENTE)

Levantamento rápido da situação

Análise rápida da cena

Análise do mecanismo de trauma

Ação inicial:
Avaliação, Controle manual da coluna cervical em posição alinhada neutra.

Sinais locais:
-dor, deformidades, edema.
-espasmo muscular, torcicolo

Sintomas sistêmicos:
- plegia, paresia e par estesias.
- hipotensão arterial com bradicardia.
- priapismo.

Imobilização: Aspectos gerais


•Controle manual em posição alinhada e neutra;

•Instalação de colar cervical associado a coxins laterais;

•Instalação sobre uma prancha longa.

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FATO TREINAMENTOS 31

VOLANTE

Colisão com o volante as características são, pessoas de estatura baixa e ou mediana. Com a
troca de energia, a vitima e jogada para baixo do veiculo e assim colidindo, face, crânio e tórax e
membros superiores(braços). Sendo que são as mais freqüentes 80%.

O volante fica com deformidades (torto ou quebrado) com sua característica de total
deformidade. Essa deformidade indica, possíveis lesões no pescoço (coluna cervical), tórax
(pneumotórax, pneumotórax hipertensivo e hemotórax) ou abdome podendo romper órgão vitais,
podendo haver hemorragias internas severas. O volante é a causa de lesões devastadoras. A
deformidade no volante é uma causa de grande preocupação ao socorrista. Figura a baixo

• PENEUMOTÓRAX

Há três tipos ABERTO, FECHADO e HIPERTENSIVO.

O pneumotórax é uma urgência médica relativamente comum, que é causada pela entrada
de ar dentro da pleura, a membrana que recobre os pulmões. O pneumotórax pode ocorrer
espontaneamente em pessoas saudáveis, mas ele é mais comum após traumas torácicos, principal
causa desse trauma são os acidentes de transito, perfuração por armas de fogo e branca, e
agressões físicas que vai ocasionar o cisalhamento (deformidade interna por grades impactos).

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FATO TREINAMENTOS 32

PENEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO

O pneumotórax hipertensivo é uma forma grave de pneumotórax que pode levar o paciente à morte
em poucas horas, se não for prontamente reconhecido e tratado por uma equipe médica.

O pneumotórax hipertensivo é o tipo mais grave e pode levar à parada cardiorrespiratória em pouco
tempo, se não reconhecido e tratado rapidamente por uma equipe de suporte avançado. Em alguns casos
de pneumotórax a lesão na pleura faz um mecanismo de válvula, que permite a passagem de ar em
direção ao tórax, mas impede a sua saída.

Conforme a quantidade de ar presa no tórax vai aumentando, a pressão intratorácica vai eleva-se
progressivamente, comprimindo órgãos internos como vasos, o outro pulmão e o coração.

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FATO TREINAMENTOS 33

TRATAMENTO

Nos casos de pneumotórax volumoso, está indicada a colocação de um tubo através do tórax para
aspiração do ar e expansão do pulmão. Quando a pleura cicatriza após alguns dias, o tubo é retirado.

Nos casos de pneumotórax hipertensivo, a colocação do tubo deve ser feita o mais rápido possível. Se a
drenagem por tubo torácico não estiver imediatamente disponível, a equipe de urgência pode perfurar o
tórax com uma agulha calibrosa, provocando a saída do ar pela mesma. Esse procedimento mantém o
pneumotórax, mas ele agora não é mais um pneumotórax hipertensivo.

• HEMOTÓRAX

Um hemotórax é comumente associado a um pneumotórax e pode resultar em acidose metabólica


e respiratória via diminuição do débito cardíaco e hipóxia, respectivamente. Categorias: Pneumologia.

Hemotórax é o derrame e presença de sangue na cavidade pleural. É comumente o resultado de


feridas penetrantes. Também pode resultar de qualquer trauma brusco que rompa a vasculatura.

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FATO TREINAMENTOS 34

O acúmulo sangüíneo inicial dentro da cavidade pleural é o sangramento advindo do parênquima


pulmonar. É normalmente de natureza lenta, devido à baixa pressão pulmonar. Um hemotórax maciço,
com rápido acúmulo de sangue, é usualmente devido a lesões no arco aórtico, hilo pulmonar, artérias
mamárias internas ou artérias intercostais. Com a presença de grande quantidade de sangue no peito, um
hemotórax pode notavelmente reduzir a capacidade vital do pulmão e resultar em choque hipovolêmico.

Um hemotórax é comumente associado a um pneumotórax e pode resultar em acidose metabólica e


respiratória via diminuição do débito cardíaco e hipóxia, respectivamente.

PAINEL

Amassado ou quebrado, indica lesão facial, possível lesão na coluna cervical causada pelo
contra golpe causada pela hiperextensão e flexão. Danos na parte inferior do painel indicam possíveis
lesões de fêmur, tíbia, fíbula, joelho, tornozelo e pelve.

COLISÃO LATERAL: O impacto lateral sugere diversos traumas. Do lado do motorista pode haver lesão no
braço esquerdo, clavícula, fêmur, brço, pelve e outros orgãos internos. Do lado do carona são os mesmos
traumas, porem atingindo o figado ao invés do balo, sempre haverá suspeita de lesão da coluna cervical
pela flexão laterla do pescoço e rotação da cabeça na direção oposta.

LESÕES PROVÁVEIS:

TRAUMA DE CRÂNIO, LUXAÇÃO OU FRATURA DAS VERTEBRAS CERVICAIS, TÓRAX INSTÁVEL LATERAL,
PNEUMOTÓRAX, RUPTURA TRAUMÁTICA DA AORTA OU DIAFRAGMA, FRATURA DE PELVE, LESÃO DO
BAÇO OU FÍGADO.

OBSERVAR LESÕES ENTRE OS OCUPANTES DO VEÍCULO, POR LESÃO SECUNDÁRIA COM OUTROS
PASSAGEIROS.

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FATO TREINAMENTOS 35

COLISÃO TRASEIRA: O impacto traseiro geralmente com o veículo parada (semáforo, cruzamento), faz
com que o corpo do ocupante seja arremessado para frente sem que a cabeça acompanhe o mesmo
movimento. Indica lesão grave da coluna cervical pela Hiperextensão (cabeça jogada para trás) e
Hiperflexão (cabeça jogada para frente) conhecido mundialmente de efeito “chicote”, que pode ser evitado
com o uso correto do encosto do banco para cabeça.

LESÕES PROVÁVEIS: Se o encosto da cabeça não estiver bem posicionado para mover a cabeça junto
com o tronco, então o corpo em contato com o carro será acelerado antes da cabeça. Pode ocorrer ruptura
de ligamentos, lesão cervical. Observe a figura abaixo

CAPOTAGEM: Durante a capotagem o corpo sofre impacto em qualquer direção dentro do veiculo,
podendo chocar-se com o Para-brisa, teto, assoalho e laterais do veiculo causando possíveis lesões
múltiplas (vítima poli traumatizada), tampe podendo ocorrer o esmagamento e a ejeção desse motorista.

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FATO TREINAMENTOS 36

EJEÇÃO: A LESÃO OCORRE NO PONTO DE IMPACTO, IRRADIANDO-SE PARA O RESTO DO CORPO À


MEDIDA QUE A ENERGIA É ABSORVIDA. A vitima sofre lesões decorrentes de ejeção do veiculo e do
choque do corpo com o volante, para-brisa, capo do veículo e contato com o solo. A probabilidade de
lesões aumenta em mais de 300% e há grande chances de lesões ocultas (hemorragias internas), e tem
25% vezes mais chance de óbito do que qualquer outro tipo de colisão.

DISPOSITIVOS DE CONTENÇÃO:

Vimos que durante uma acidente de transito entre carro x carro, carro x moto, carro x caminhões e
carretas, temos diversos tipos de situações(COLISÃO) que o condutor e ou passageiros podem passar.
Podemos ver a baixo alguns tipos de dispositivo de segurança que podem evitar traumas e lesões nos
passageiros do veiculo.

1. CINTO DE SEGURANÇA: O USO CORRETO TRANSFERE A FORÇA DO IMPACTO DO CORPO DA VÍTIMA PARA
O CINTO DE SEGURANÇA, A PRESSÃO DO IMPACTO É ABSORVIDA PELA PELVE E PELO TÓRAX.

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FATO TREINAMENTOS 37

2. AIR BAGS: ABSORVEM A ENERGIA, AMORTECENDO O IMPACTO DO CORPO CONTRA O INTERIOR DO


VEÍCULO, PODEM CAUSAR ABRASÕES;

INFLAM E DESINFLAM RAPIDAMENTE, NÃO SÃO EFICIENTES EM IMPACTOS TRASEIRO, LATERAL,


CAPOTAMENTO E SEGUNDO IMPACTO.

ATROPELAMENTO: As lesões nos atropelamentos tendem a serem mais graves, pois o pedestre tem
menos proteção que o ocupante do veiculo. O pedestre sofre três tipos de impacto. Impacto com o pára-
choque, que geralmente em adultos ocorre nas pernas e pelve, e nas crianças ocorre lesões torácicas e
abdominais, e geralmente são arremessadas no pára-brisa. Impacto com o pára-brisa, que ocorre lesões
na cabeça e tronco, e impacto com o solo que pode causar lesões de cabeça, pescoço e coluna.

Muitos atropelamentos poderiam ser evitados caso os pedestres procurassem utilizar sempre as faixas de pedestre.

AVALIAÇÃO DA VITIMA

Ao chegarmos em uma cena de acidente, temos que ter em mente alguns princípios como;

• Segurança do local;
• Numero de vitimas;
• Estado das vitimas;
• Qual a unidade de saúde(US) mais próxima;
• Atendimento com qualidade no local.

Com tudo isso temos que ter um bom conhecimento, teórico e pratico. E para termos um
atendimento de qualidade temos que saber fazer, dois princípios básicos dentro do APH que são:

• Avaliação primaria;
• Avaliação secundaria.

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FATO TREINAMENTOS 38

CHEGADA AO LOCAL

Ao se aproximar da cena, o resgatista já deve de avaliado os riscos do local, procurando riscos


antes de ter contato com a vitima(doente) lembre-se deve sempre se priorizar a segurança. No mesmo
momento avalie o numero de vitimas e a quantidade necessária de ambulâncias para apoio.

– Examinando a cena procure verificar a cinemática do trauma, observando os seguintes itens:

– Mecanismo de lesão: se houve ou não impactos de alta velocidade;

– Acidente com veículos: velocidade, tipo de veiculo, condições do veículo após o impacto,
estado do pára-brisa e do volante;

– Acidentes de motocicletas: estado do capacete e marcas de freio no asfalto;

– Tempo decorrido desde a lesão.

RELACIONAMENTO E ABORDAGEM

O resgatista deve se aproximar, sempre na linha de visão da vitima (doente) e identificando-se com
vitimas conscientes e lúcidas, dizendo o seu nome e onde trabalha (samu, bombeiro, socorrista e etc.).
Fale em tom calmo e sempre fique baixo ao lado da vitima(doente). Pergunte o nome, idade, se lembra
que aconteceu de onde vem, que dia é hoje, etc. Tratar com educação (Sr. Sra.), Ganhar a confiança e de
extrema importância, informe que você esta ali pra ajudar. Mantenha contato visual sempre(cervical) e por
vezes é preciso tocar ou segurar sua mão para estabelecer simpatia e confiança. Não usar essa
abordagem em pessoas agressivas e ou agitadas.

AVALIAÇÃO

A avaliação divide-se em duas fases, a primeira face do exame é chamada exame primário.

Através do (ABC do trauma) que consiste na avaliação dos SV (sinais vitais), que são: Obstrução
de vias aéreas, respiração ineficaz ou ausente, lesões de coluna, cervical instáveis e deficiência na
circulação sanguínea.

A segunda etapa ou exame secundário consiste em uma avaliação mais detalhada do paciente, é
conhecida como apalpação.

Exame primário. O exame primário é feito em poucos segundos. O resgatista deve avaliar rapidamente a
cena procurando evidencias de trauma; acidentes, bebidas, drogas, medicamentos e etc. Informações que
vão auxiliar no atendimento. Avalie sempre utilizado o ABC de trauma e assim você terá uma idéia, do
quadro clinico dessa vitima(doente), já antes de toca-lo assim podendo constatar presença de
sangramento, edemas no tórax e abdome hemorragias, amputações entre outros.
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FATO TREINAMENTOS 39

- Exame Primário (sinais vitais)

• X – controle de hemorragias

• A – Abordagem, Vias Aéreas e Estabilização da Cervical

• B – Respiração

• C – Circulação e Grande Hemorragia;

• D – Estado neurológico;

• E– Exposição da vitima.

A – Via Aéreas e Estabilização da Cervical

Verifique se as vias aéreas estão abertas, se for preciso efetue manobras de “elevação de queixo”
e estabilize a cervical nos casos de suspeita de acidente raquimedular ou fator desconhecido. A
estabilização da cervical é indicada para vitimas inconscientes e com suspeita de lesão na cervical..

A cervical deve ser estabilizada com as mãos até que seja colocado equipamento de colar cervical
e coxins na maca.

B – Respiração

O primeiro passo é administrar oxigênio eficazmente aos pulmões do doente para ajudar a manter
o processo metabólico aeróbico.

A frequência ventilatória pode ser dividida em cinco níveis:

1º - Apneia: o doente não esta ventilando;

2º - Lenta: frequência ventilatória menor que 12 movimentos por minuto (bradipnéia);

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FATO TREINAMENTOS 40

3º - Normal: frequência ventilatória entre 12 e 20 movimentos por minuto, o socorrista deve observar o
doente com atenção.

4º - Rápida: se a frequência ficar entre 20 e 30 por movimentos por minuto (taquipnéia), o doente deve ser
observado de perto, para ver esta melhorando ou piorando. Isso acontece devido ao alto nível de CO2 ou
a redução de O2 no sangue.

5º - Muito rápida: frequência acima de 30 movimentos por minuto indica hipóxia, a ventilação com oxigênio
suplementar deve ser imediatamente assistida com bolsa-válvula-mascara.

C – Circulação e Grande Hemorragia

Deve-se identificar e controlar a hemorragia externa. Em seguida, pode-se obter uma estimativa
global adequada do débito cardíaco e do estado de perfusão. Verifique a existência de pulso palpável,
sangramentos graves e sinais de estado de choque. A palidez ou tom acinzentado de pele indica problema
circulatório.

VITIMA NÃO RESPONDE

• PALPAR PULSO CARÓTIDEO NO MESMO TEMPO QUE PALPAR PULSO RADIAL;


• VERIFIQUE SE O PULSO ESTÁ FINO E AVALIE SE ESTÁ LENTO OU RÁPIDO. PULSP RAPIDO E FRACO INDICA SINAL
DE CHOQUE, COM SUOR FRIO E PEGAJOSO.
• INICIE RCP NA AUSÊNCIA DE PULSO;
• TESTAR ENCHIMENTO CAPILAR, COMPRIMINDO A PONTA DOS DEDOS VERIFIQUE O RETORNO DA COLORAÇÃO
NORMAL QUE SE DÁ EM MENOS DE DOIS SEGUNDOS. ESTE É UM SINAL TARDIO DE COQUE.

Controlar hemorragias capilares, venosas e arteriais.

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FATO TREINAMENTOS 41

PERFUSÃO

Pode-se obter uma avaliação geral do estado circulatório do paciente ao se verificar pulso, cor,
temperatura e umidade da pele e o tempo de enchimento capilar.

PULSO: é avaliado pela presença, qualidade e regularidade.

PELE: perfusão adequada produz uma coloração rosada na pele.

TEMPERATURA: A temperatura normal da pele é morna ao toque, nem fria, nem quente.

UMIDADE: pele seca indica boa perfusão.

D- Estado Neurológico

Consciência:

Caso o paciente esteja consciente, testar antes sua orientação, perguntando se ele sabe QUE DIA
É HOJE? ONDE ELE ESTA? SUA IDADE? e SEU NOME? Ficando atento a suas respostas.

Esse trabalho de ficar perguntando e ficar verificando pulso (temporal e carotídeo) e do socorrista
da Cervical. Lembre-se uma vez na serviçal, o socorrista só vai trocar de posição em caso de mal súbito
ou exaustão física.

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FATO TREINAMENTOS 42

E- Exposição da vitima

Caso não consiga levar até a ambulância, despir completamente o doente para que nenhuma lesão
passe despercebida, protegendo da hipotermia.

HEMORRAGIAS/SANGRAMENTOS

O sangue possui um componente liquido chamado plasma, que representa cerca de 55% a 60% de
seu volume total. O corpo possui um volume normalmente um volume sanguíneo de aproximadamente
70ml/kg de peso corporal em adultos e 80ml/kg para crianças, ou seja, um individuo de 70kg possui em
media 4.900ml de sangue.

Hemorragia ou sangramento é a perda de sangue do sistema circulatório. A resposta inicial do


sistema cárdio-circulatório à perda aguda de sangue é um mecanismo compensatório, isto é, ocorre

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FATO TREINAMENTOS 43

vasoconstrição cutânea, muscular e visceral, para tentar manter o fluxo sanguíneo para os rins, coração e
cérebro, órgãos mais importantes para a manutenção da vida. Ocorre também um aumento da freqüência
cardíaca para tentar manter o débito cardíaco. Assim, a taquicardia é muitas vezes o primeiro sinal de
choque hipovolêmico. Como as catecolaminas provocam um aumento da resistência vascular periférica, a
pressão diastólica tende a aumentar, ficando mais próxima da pressão sistólica. A liberação de outros
hormônios nesta fase faz com que a pessoa fique extremamente pálida, com o coração disparado
(taquicardia), e com o pulso fino e difícil de palpar (a pressão de pulso é dada pela diferença entre a
pressão sistólica e diastólica). Apesar de todo este mecanismo compensatório, existe um limite além do
qual o organismo entra em falência. Pessoas vítimas de traumas com perdas sanguíneas importantes e
que demoram para receber socorro médico podem ter isquémia temporária dos tecidos, com a liberação
de substâncias típicas do metabolismo anaeróbio (sem utilização de oxigênio). Permanecendo mais tempo
ocorre a falta de energia para manter a membrana celular normal e o gradiente elétrico. A célula, não
suportando mais a isquémia, inicia a rotura de lisossomos e a auto digestão celular. O sódio e a água
entram na célula, com edema celular. Também pode ocorrer depósito intracelular de cálcio. Não sendo
revertido o processo ocorre finalmente a morte.

Quanto à espécie, as hemorragias podem ser classificadas em:

• Sangramentos;
• Hemorragia interna;
• Hemorragia externa;
• Hemorragia nasal;
• Hemorragia de ouvidos (otorragia).

Hemorragia interna: Sangramento em estruturas profundas, podendo ser ocultas a ou até expor-se

(diagnóstico visual), sem tratamento pré-hospitalar.

A hemorragia interna significa o rompimento de vasos internamente ou de órgãos importantes


como o fígado ou o baço. Pode acontecer após colisões e choques com objeto pesado

Suspeitar quando existe:


· Acidente por desaceleração;
· Ferimento por projétil de arma de fogo, faca ou estilete, principalmente no tórax e abdome;

Diagnóstico:
· Pulso rápido e fraco;
· Palidez da pele e mucosas;
· Sudorese profunda;
· Pele fria;

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FATO TREINAMENTOS 44

Seqüência no Atendimento:
· Deitar a Vítima;
· Se não houver contra-indicação, elevar os membros inferiores;
· Verificar V, R, C, N. (vias aéreas, respiração, circulação, sistema nervoso);
· Transportar a vítima ao hospital.

Hemorragia externa; A hemorragia externa se divide em três tipos de hemorragias são elas:
Arterial: Sangramento em jato pulsátil, sangue de cor vermelho vivo. Sendo a mais grave de todas, pela
perda rápida de sangue, pode levar ao óbito em poucos minutos.

Venosa: Sangramento contínuo, sangue de cor vermelho escuro.

Capilar: Sangramento contínuo sai lentamente e sem risco de vida para a vitima, muito comum em
motoqueiros e quedas de bicicletas (escoriações)

: A hemorragia externa, visível ao exame primário do paciente, deve ser prontamente controlada pela
pressão direta sobre o local do sangramento em ferimentos superficiais.
Nos ferimentos profundos com hemorragia devemos tomar as seguintes medidas:

Sequência no Atendimento:
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FATO TREINAMENTOS 45

· Deitar a Vitima;
· Cobrir o ferimento com gaze ou pano limpo;
· Pressionar o local com firmeza;
· Se o ferimento for nos membros, elevar o membro ferido;
· Caso não haja controle, pressionar diretamente as artérias que nutrem o membro afetado (axilia no
MS ou Femoral no MI) nos locais os quais elas se situam logo abaixo da pele;
· Caso não cesse, após as manobras precedentes, aplicar torniquete nos braços e pernas. (Somente
é usado quando as manobras acima citadas não dão resultado);
· Transportar a vitima para o hospital.

Hemorragia Nasal (Rinorragia); A hemorragia nasal ou epistáxe é causada pela roptura dos vasos

da mucosa nasal que pode ser produzida por traumatismos, hipertensão arterial, etc...

Nestes casos, devemos colocar a vitima com a cabeça inclinada para frente entre as pernas,
deixando-a nesta posição por 5 minutos e fazendo compressão com os dedos nas narinas. Caso a
hemorragia não cesse com esta manobra, o paciente deve ser conduzido a um hospital.

Hemorragia de ouvidos (Otorragia); É um tipo de hemorragia interna exteriorizada que acomete o

canal auditivo. Esta expectoração sanguinolenta pode ser ocasionada por uma variedade de fatores tais
como lesão no ouvido, por fratura craniana, trauma no canal auditivo, infecções graves, aneurismas, por
tumores e pela ruptura dos tímpanos.

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FATO TREINAMENTOS 46

VELOCIDADE DE HEMORRAGIA

Quanto mais rápido a hemorragia, menos eficiente são os métodos de defesa do corpo. A vitima
(doente) pode suportar a perda de 1l de sangue que ocorre em horas, mas não tolera essa mesma quantia
em minutos.

Perdas de até 15% do volume sanguíneo (750ml /adulto), são facilmente compensadas pelo
corpo. Já de 15% a 30% (750ml a 1.500ml) levam ao estado sem hipotensão. Acima de 30% leva ao
choque descompensado com hipotensão. Acima de 50% leva á morte.

Hipovolêmico: Hemorragias graves internas ou externas, perdas de plasma(sangue) em


queimaduras graves ou por situação clínica acompanhadas por desidratação intensa. EX.: Diarréia e
vômito.

Fases do estado de choque: Na ausência de tratamento é um quadro com agravamento


progressivo, que se apresenta em duas fases. Choque compensado e Choque descompensado.

Choque Compensado

É o primeiro estágio, o organismo consegue se equilibrar através dos mecanismos compensatórios.


A perfusão dos órgãos é mantida e os sinais e sintomas são mínimos. Não há dano permanente, se o
tratamento reverter a causa básica.

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Choque Descompensado

Nesta fase ocorre redução na perfusão, queda na pressão arterial e alterações do estado mental. O
tratamento ainda pode ser eficaz neste estágio desde que realizado rapidamente.

Torniquete

Em geral, os torniquetes são descritos como a técnica do “ultimo recurso”. A experiência militar no
Afeganistão e no Iraque, somada ao uso rotineiro e seguro de torniquetes pelos cirurgiões, levou-nos a
reconsiderar essa posição. Não se recomenda o uso de “elevação” e pressão sobre pontos de “pressão”,
em função de insuficiência de dados que apoiem sua eficácia. Os torniquetes são muito eficazes no

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controle de hemorragia grave e devem ser usados caso a pressão direta ou curativo de pressão não
consigam controlar a hemorragia de uma extremidade.

AVALIAÇÃO

RECONHECIMENTO DAS HEMORRAGIAS: Deve ter grande atenção, vítima com roupas grossas, pois o
sangramento passará despercebido com a absorção pelos tecidos, ou até ocorrências na chuva, o sangue
por vezes é levado pela água e não se percebe a perda de sangue do paciente. Os locais mais
freqüentados de hemorragias internas são, tórax, abdome que possui órgãos vitais (fígado e baço), ou
fraturas que geralmente produzem hemorragias internas graves e estado de choque, como o fêmur e
região pélvica(bacia). Tosse com sangue, possível hemorragia de pulmão, já vomito, possível hemorragia
de estomago. Conduzir paciente com urgência.

Controle - Compressão direta da lesão:

✓ Atente sempre para a segurança pessoal, com o uso dos epis (luvas, óculos, mascaras)

✓ Faça compressão direta no ferimento com compressas e gases;

✓ Mesmo encharcada de sangue não retire as gases, coloque outra em cima;

✓ Caso o sangramento seja importante não perca tempo com curativos, faça pressão direta com
mão ou os dedos.

Sinais e sintomas do choque

✓ Suor pegajoso na testa, mãos e pescoço.

✓ Pele fria e pálida.

✓ Cianose nas extremidades (cor roxeada).

✓ Pulso fraco e rápido.


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✓ Quando consciente, refere frio e sede.

✓ Desorientação (choque avançado).

CONDUTA AO POLITRAUMATIZADO

O exame primário da vitima é feito simultaneamente como o tratamento, uma vez que o estado de
choque é emergência médica. O transporte rápido para o hospital é fundamental. Pouco pode ser feito
para tratar a causa do choque hemorrágico no pré-hospitalar.

• Posicionar vitima em decúbito dorsal (costas ao solo) como os membros inferiores elevados, para
aumentar o retorno venoso.
• Manter controle de coluna cervical;
• Abrir vias aéreas e assistir respiração;
• Controle de hemorragias graves externas;
• Não administrar líquidos ou medicamentos;
• Reduzir a perda de calor corporal com cobertores térmicos e conduzir o mais rápido possível a uma
unidade de saúde.

QUEIMADURAS

A maior parte das queimaduras que ocorrem nas residências é de pequena gravidade. Somente
3% a 5% dos casos são graves. As queimaduras tem o potencial de desfigurar, causar incapacidade
temporária, permanente ou até mesmo a morte.

Conceito de Queimadura: As queimaduras são feridas traumáticas causadas, na maioria das vezes, por
agentes térmicos, químicos, elétricos ou radioativos. Atuam nos tecidos de revestimento do corpo humano,
determinando destruição parcial ou total da pele e seus anexos, podendo atingir camadas mais profundas
como tecido celular subcutâneo, músculos, tendões e ossos.

Estrutura da pele

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A pele é o nosso revestimento externo do corpo, constituindo o seu maior órgão. Ocupa
aproximadamente cerca de 15% do peso do corpo e é constituída por três camadas: epiderme, derme e
hipoderme. Tem como principais funções:

▪ •Manutenção da temperatura corporal;


▪ •Regulação e conservação dos fluídos do organismo (barreira à perda de água por evaporação);
▪ •Excreção do suor e eletrólitos;
▪ •Secreção de óleos que lubrifiquem a pele
▪ •Atividade metabólica (produção de vitamina D);
▪ •Proteção contra o meio através da sensação de toque, pressão e dor;
▪ •Aspecto e individualização estética.

Quando a pele é destruída por uma queimadura perde-se o seu normal funcionamento, tornando o
indivíduo vulnerável, não só pela elevada perda de líquidos por ruptura dos vasos, como também pelo
risco de infecção por perda da pele enquanto barreira.
Assim, entende-se por queimadura: a lesão que resulta do contacto direto ou exposição a quaisquer
fonte: térmica; química; elétrica ou radioativa. Esta lesão pode ocorrer quando a energia de uma fonte de
calor é transferida para os tecidos corporais. A profundidade da lesão varia em função da temperatura e da
duração da exposição.

Os principais agentes causais de queimaduras são:

• Líquidos superaquecidos
• Combustível
• Chama direta Superfície superaquecida
• Eletricidade
• Agentes químicos
• Agentes radioativos
• Radiação solar
• Frio
• Fogos de artifícios.

Podem ter origem Térmica, Elétrica, Química e Radiação e sua Gravidade depende da origem,
profundidade e percentual corporal e estado prévio da vítima.

Térmica: Causadas pela condução de calor através líquidos, sólidos, gases quentes e do calor de
chamas.

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Elétrica: Produzidas pelo contato com redes elétricas de alta ou baixa voltagem.

Química: Provocado pelo contato direto com a pele substâncias corrosivas, liquidas ou sólidas.

Radiação: Resulta da exposição à luz solar ou a fontes nucleares.

GRAVIDADE DA QUEIMADURA

Depende da causa, profundidade, percentual de superfície corporal queimada, localização,


associação com outras lesões, comprometimento de vias aéreas, e prévio da vitima.

PROFUNDIDADE DE QUEIMADURA

Depende das camadas atingidas, as queimaduras são classificadas em 1ª grau, 2ª grau, 3ª grau, 4ª
grau e 5ª grau. As lesões são uniformes, exitem, em geral, vários graus de profundidade em uma mesma
área. O tratamento inadequado e a inadecuação e a infecção pode levar o paciente a morte, tanto com
queimaduras de 2ª a 5ª.

CLASSIFICAÇÃO DOS GRAUS

São classificadas em:

• 1° Grau: Vermelhidão na pele e dor suportável, sem bolhas;

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• 2° Grau: Vermelhidão na pele, dor intensa, e bolhas;

• 3° Grau: Manchas brancas ou negras, sem bolhas e sem dor;

• 4º Grau: Manchas brancas ou negras, com calcinação do osso;

• 5º Grau: Queimadura com amputação do membro afetado.

Tratamento

O tratamento de emergência inicia-se com a a avaliação e estabilização das vias respiratórias,


respiração e circulação da pessoa queimada. Nos casos em que haja suspeita de lesões que impeçam a
respiração, pode ser necessária intubação endotraqueal. Em seguida inicia-se o tratamento da própria
queimadura.

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As pessoas com queimaduras extensas podem ser envoltas em lençóis limpos até à chegada ao
hospital.Uma vez que as lesões de queimaduras são suscetíveis a inflamações, no caso do indivíduo não
ter sido vacinado contra o tétano nos últimos cinco anos pode ser necessário administrar uma vacina de
reforço.

Nos Estados Unidos, 95% dos queimados admitidos em urgências são tratados e recebem
imediatamente alta, enquanto que os restantes 5% necessitam de internamento. No caso de queimaduras
extensas é importante a administração de soro.

TRATAMENTO DE QUEIMADURAS

• Resfriar com soro ou água corrente no máximo por 1 minuto, nunca usar gelo ou água gelada;
• Afastar a vitima da origem da queimadura;
• Queimadura nos olhos cobrir com gases embebidas em soro fisiológico.
• Realize exames primários, priorizando a manutenção das vias aéreas, respiração e circulação;
• Não usar remédios caseiros, tais como, pó de café, margarina, creme dental, azeite, etc.
• Utilizar a tabela dos nove, no exame secundário;
• Não retirar roupas que estejam coladas nem pele que esteja pendurada;
• Retirar anéis, pulseiras, colares, aliança, relógio e tudo que possa trancar no corpo da vítima;
• Cobrir com compressas úmidas o local afetado e manter resfriado até a chegada ao hospital.
• Não furar as bolhas.
• Se necessário, passar apenas vaselina liquida.
• Nas queimaduras de 3° Grau usar soro fisiológico e somente usar água em último caso.

COMPORTAMENTO RESPIRATÓRIO

LESÃO TÉRMICA DE VIA AÉREA: A inalação de gases superaquecidos podem causar obstrução alta de
vias aéreas por edema de Hipofaringe. O edema é incomum no ambiente pré-hospitalar.
Raramente ocorre lesões nos pulmões, pois a traquéia absorve o calor. Suspeita de queimaduras
em vias aérea superiores quando:

• Queimadura de face;
• Sobrancelhas e pêlos nasais queimados;
• Queimadura de boca lábios inchados;
• Escarro carbonáceo(negro);
• Ronquidão é um sinal precoce;
• Estridor (som semelhante ao da foca) sinal tardio e 85% de obstrução.

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NOTA

Vítimas com lesões graves de queimaduras em geral aparentam estar bem no


primeiro momento.

Qualquer queimadura em criança que atinja a menor percentagem de membros de


adulto, já se considera grave.

ANOTAÇÕES

9p

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