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Urgência e Emergência
Urgência é quando há uma situação que não pode ser adiada, que deve ser resolvida
rapidamente, pois se houver demora, corre-se o risco até mesmo de morte.
Emergência é quando há uma situação crítica, com ocorrência de grande perigo.
OMISSÃO DE SOCORRO
O Código Penal, em seu artigo 135, descreve o delito de omissão de socorro, que
consiste na atitude de deixar de socorrer pessoas em situação de vulnerabilidade, como
crianças abandonadas ou perdidas, pessoas inválidas, com ferimentos, ou em situação de risco
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ou perigo.
LEI LUCAS
ENGASGO
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ENGASGO EM BEBÊS
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CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
ACOLHIMENTO
Acolhimento é uma diretriz da Política Nacional de Humanização (PNH), que não tem
local nem hora certa para acontecer, nem um profissional específico para fazê-lo: faz parte de
todos os encontros do serviço de saúde. O acolhimento possui uma postura ética que implica na
escuta do usuário em suas queixas, no reconhecimento do seu protagonismo no processo de
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CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
A classificação de risco é um dispositivo da PNH, uma ferramenta de organização da “fila
de espera” no serviço de saúde, para que aqueles usuários que precisam mais sejam atendidos
com prioridade, e não por ordem de chegada. A classificação de risco é realizada
exclusivamente pelo ENFERMEIRO, não sendo uma atribuição do técnico de enfermagem.
MODO DE CLASSIFICAÇÃO
Protocolo de Manchester
O Manchester classifica, após uma triagem baseada nos sintomas, os doentes por cores,
que representam o grau de gravidade e o tempo de espera recomendado para atendimento.
Aos doentes com patologias mais graves é atribuída a cor vermelha, atendimento imediato; os
casos muito urgentes recebem a cor laranja, com um tempo de espera recomendado de dez
minutos; os casos urgentes, com a cor amarela, têm um tempo de espera recomendado de 60
minutos. Os doentes que recebem a cor verde e azul são casos de menor gravidade (pouco ou
não urgentes) que, como tal, devem ser atendidos no espaço de duas e quatro horas.
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PROTOCOLO START
O protocolo de triagem START (Simple Triage And Rapid Treatment, isto é, triagem
simples e tratamento rápido) foi pensado para rápida avaliação em incidentes com múltiplas
vítimas, categorizando-as em quatro categorias de cores que informam o nível de urgência
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necessária de atendimento.
No método START, as vítimas são classificadas pelo estado de gravidade e cada
categoria utiliza uma cor para fácil identificação no momento de evacuação e transporte da
cena.
• Imediata (cor vermelha): vítimas com ferimentos graves, porém com chance de
sobrevida. Possuem prioridade elevada para atendimento, retirada da cena e transporte.
Exemplo: Trauma torácico com tórax instável.
• Pode aguardar (cor amarela): vítimas com ferimentos moderados. Podem aguardar
um tempo na cena até tratamento definitivo. Exemplo: membros fraturados.
• Leve (cor verde): vítimas com ferimentos mínimos, que podem deambular e ajudar
outras vítimas mais debilitadas. Essas vítimas são as que costumam causar alguns
problemas, pois estão deambulando, assustadas e com dores. Deve-se investir apoio
psicológico e orientação para que não sobrecarreguem o serviço terciário de saúde.
Exemplo: escoriações difusas no corpo.
• Mortos (cor cinza ou preto): vítimas que não respondem a procedimentos simples,
como abertura de vias aéreas e com ferimentos críticos que indicam morte iminente.
Exemplo: paciente em parada cardíaca, exposição de massa encefálica.
• A categorização pode ser facilitada pelo uso de cartões nas cores vermelha, amarela,
verde e preta (cinza). Esses instrumentos são colocados em cada vítima de acordo com a
gravidade.
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PROTOCOLO START
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MÉTODO CRAMP
Este método de triagem de múltiplas vítimas é usado por profissionais da área da saúde
e exige conhecimentos de fisiologia e anatomia. Avalia a vítima mais detalhadamente, com
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pontuação dos itens avaliados de 0 a 2. Com o total somado, é possível determinar a prioridade
de evacuação. Geralmente, é utilizado no posto médico avançado.
AVALIAÇÃO DA CENA
A prioridade para todos os envolvidos no atendimento de um trauma é a avaliação da
cena. Avaliar a cena significa assegurar-se de que ela seja segura e considerar cuidadosamente
a natureza da situação.
A avaliação da segurança e da situação da cena deve ser iniciada antes mesmo da
chegada da equipe no local de atendimento, com base nas informações recebidas pela central, e
quando a equipe se aproxima da vítima. Quando uma equipe de pré-hospitalar é enviada para
uma cena, ela começa a considerar vários fatores que podem desempenhar um papel no
cuidado do paciente, bem como garantir a sua segurança e a do paciente. Estes fatores incluem
dados como mecanismo de lesão, as condições ambientais e riscos presentes na cena. Logo, os
aspectos identificados nesta avaliação devem ser considerados antes mesmo do início do
atendimento da vítima.
Em algumas situações, como em desastres ou em situações táticas, isto se torna ainda
mais crítico e pode mudar a forma de atendimento destes pacientes. A avaliação da cena inclui
a triagem das vítimas, de modo que os pacientes mais graves sejam avaliados primeiro.
Contudo, se a cena envolver mais de um paciente ou uma cena de risco, a prioridade muda: em
vez de dirigir os recursos para o paciente mais grave, deve-se dirigi-los para salvar o maior
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• Avaliação da vítima.
AVALIAÇÃO DA VÍTIMA
É através dela que vamos identificar as condições da vítima e poder eliminar ou
minimizar os fatores causadores de risco de vida.
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AVALIAÇÃO PRIMÁRIA
Avaliação primária deve ser cuidadosa e respeitar uma rotina, como podemos ver
abaixo:
1. Respiração e manutenção da coluna cervical
2. Circulação / hemorragias
3. Avaliação neurológica
Ele foi pensado para identificar lesões potencialmente fatais ao indivíduo, e é aplicável a
todas as vítimas com quadro crítico, independentemente da idade. O protocolo tem como
principal objetivo reduzir índices de mortalidade e morbidade em vítimas de qualquer tipo de
trauma.
Contenção de hemorragia externa grave, a abordagem a esta, deve ser antes mesmo do
manejo das vias aérea uma vez que, epidemiologicamente, apesar da obstrução de vias aéreas
ser responsável pelos óbitos em um curto período de tempo, o que mais mata no trauma são as
hemorragias graves.
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Para tal, é necessário expor o tórax do paciente, realizar inspeção, palpação, ausculta e
percussão. Verificar se a respiração é eficaz e se o paciente está bem oxigenado.
Após a análise desses fatores, a publicação de 2018 indica mais um ponto a ser
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Ocular:
Verbal:
(1) ausente: não produz sons, apesar de ser fisicamente capaz de realizá-los.
(NT) não testável: não emite sons devido a algum fator que impossibilita a comunicação.
Motora:
(6) à ordem: cumpre ordens de atividade motora (duas ações) como apertar a mão do
profissional e colocar a língua para fora.
(5) localizadora: eleva a mão acima do nível da clavícula em uma tentativa de interromper o
estímulo (durante o pinçamento do trapézio ou incisura supraorbitária).
(4) Flexão normal: a mão não alcança a fonte do estímulo, mas há uma flexão rápida do braço
ao nível do cotovelo e na direção externa ao corpo.
(3) Flexão anormal: a mão não alcança a fonte do estímulo, mas há uma flexão lenta do braço
na direção interna do corpo.
(2) Extensão: há uma extensão do braço ao nível do cotovelo.
(1) ausente: não há resposta motora dos membros superiores e inferiores, apesar de o
paciente ser fisicamente capaz de realizá-la.
(NT) Não testável: não movimenta membros superiores e/ou inferiores devido a algum fator
que impossobilita a movimentação.
HEMORRAGIAS
Hemorragia é a perda de sangue para o meio externo ou interno, por ruptura ou
laceração de vasos sanguíneos. A hemorragia abundante e não controlada pode levar a morte
de 3 a 5 minutos.
Etiologia
✓ Traumas
✓ Aumento da pressão intravascular
✓ Doenças da parede vascular (ex. aneurismas)
✓ Diáteses hemorrágicas: como exemplo temos a trombocitopenia, que é a diminuição do
número de plaquetas no sangue, impossibilitando a coagulação e favorecendo as
hemorragias.
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Sintomatologia
✓ Bradisfgmia;
✓ Sede;
✓ Suor pegajoso e frio;
✓ Pele cianótica;
✓ Lábios e dedos cianóticos;
✓ Torpor e obnulação;
✓ Desmaio;
✓ Hipotensão;
✓ Choque.
Atendimento pré-hospitalar
HEMORRAGIA EXTERNA:
Compressão direta: deverá ser feita primeiro o quanto antes sobre o ferimento. A
quantidade de pressão com as mãos é essencial para uma boa hemostasia. Caso não seja
possível a compressão com as mãos por um período prolongado, usar uma atadura de crepom
para amarrar as gazes com pressão no ferimento ou amarrar as compressas. Para contenção
das hemorragias deverá ser utilizado gazes ou compressas no local. Quando não houver estes
materiais usar um pedaço de roupa ou tecido, principalmente de algodão para compressão.
Quando uma atadura estiver saturada de sangue acrescentar mais ataduras em cima não
retirando as ataduras saturadas para não perder o trabalho de coagulação já iniciado.
Torniquete: caso a hemorragia não possa ser controlada por nenhuma técnica de
contensão hemorrágica, usar o torniquete. Os torniquetes foram deixados de ser usados por
causa de suas complicações, mas estudos científicos comprovam que aplicados adequadamente
podem salvar vidas. As principais complicações são as lesões em nervos e vasos, perda
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potencial do membro por um tempo prolongado do uso do torniquete. Entre escolher perder
um membro da vítima ou salvar sua vida a decisão é óbvia no uso do torniquete. As situações
mais comuns de utilização do torniquete são amputação, esmagamento de membros e lesão de
grandes vasos e só pode ser feito por profissionais socorristas.
A técnica:
Usar uma faixa de 10 cm de largura (bandagem triangular), enrolar duas vezes e dar um
nó apertando-o suficientemente para estancar a hemorragia. Nos membros inferiores o
torniquete deverá ser aplicado com uma força maior do que com os membros superiores.
Colocar uma haste rígida de madeira ou metal e dar outro nó. Se a largura da faixa for maior
não será eficiente na hemostasia, assim como uma largura menor poderá promover lesões.
✓ O esfigmomanômetro é uma boa alternativa como torniquete. Insuflar até a mínima
pressão capaz de interromper a hemorragia;
✓ Aplicar o torniquete imediatamente proximal a lesão;
✓ Anote o horário de início do procedimento e informar a equipe médica;
✓ Não afrouxar o torniquete. Antes era indicado aliviar a pressão para não acarretar
lesões vasculares e necrose dos tecidos, mas hoje estudos mostram que o torniquete
pode ficar seguramente por um período de 120 a 150 minutos.
✓ Não use arame, fios ou similares para não agravar as lesões dos tecidos do membro.
NOTA 2: Em adultos a perda de mais de um litro de sangue é considerada grave e pode levar a
vítima ao estado de choque.
NOTA 3: Os socorristas devem usar o EPI completo, tomando todas as precauções para evitar
contato direto do sangue com sua pele, boca e olhos.
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
Somente após completar todos os passos da avaliação primária é que se parte para a
secundária, onde deve-se fazer a inspeção da cabeça aos pés, de forma a observar a presença de
alterações:
• Fraturas
• Objetos encravados
Traumatismo craniano
Os Traumatismos Crânio-Encefálicos (TCE) são uma causa importante de mortalidade e
morbilidade. Afetam sobretudo os extremos da vida (< 5 anos e > 70 anos) e os jovens adultos
(15 – 24 anos). Estima-se que a mortalidade global dos doentes com TCE seja 30 vezes superior
àquela dos doentes com traumatismos graves sem TCE. Aproximadamente 50% dos óbitos por
TCE acontecem nas primeiras duas horas após o traumatismo, devendo-se à presença de lesões
primárias, isto é, lesões que surgem na sequência imediata do traumatismo (ex. lesão de tecido
nervoso ou de vasos sanguíneos importantes). As lesões secundárias, responsáveis pela outra
metade dos óbitos, surgem tardiamente (minutos a dias após o traumatismo), de forma
progressiva e na sequência da lesão primária (ex. edema cerebral, hipóxia, isquemia).
Existem vários mecanismos traumáticos capazes de provocar lesões cerebrais de entre
os quais se destacam o trauma penetrante e o trauma fechado. O trauma penetrante é uma
situação relativamente rara. Normalmente é causado por projéteis ou por fraturas cranianas
com afundamento. O cérebro, quando sujeito a um traumatismo poderá desenvolver um edema
e, algumas situações hemorragia intracraniana.
As lesões que podem estar presentes nos traumatizados crânio-encefálicos são:
• Hematomas do couro cabeludo;
• Feridas do couro cabeludo;
• Fraturas de crânio com ou sem afundamento;
• Perfurações intracranianas;
• Hemorragias intracranianas;
• Edema cerebral.
Quando ocorre uma hemorragia ao nível das meninges – hemorragia epidural ou
subdural, forma-se um hematoma que, sem estar em contacto direto com o tecido nervoso,
provoca lesão cerebral por compressão. Nos casos em que a hemorragia é intracerebral, a
compressão é agravada por uma reação inflamatória resultante do contato direto entre as
células cerebrais e o sangue.
Manifestações Clínicas
• Dor localizada e persistente;
• Inchaço na região da fratura;
• Hemorragia nasal, de faringe ou ouvidos, ou conjuntiva;
• Otorreia de LCR e rinorreia de LCR.
Cuidados de Enfermagem
• Avaliar nível de consciência (Escala de Coma - Glasgow);
• Avaliação Hemodinâmica rigorosa;
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Sinais e sintomas
Os sinais e sintomas de um traumatismo raquimedular dependem da severidade da
lesão e da região onde ocorre. A pessoa pode ficar paraplégica, quando é afetada apenas a parte
do tronco, pernas e região pélvica, ou tetraplégica, quando é afetado todo o corpo abaixo do
pescoço.
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• Pulso lento por perda da regulação automática da frequência cardíaca (também devida à
ação do SNA), interrompida devido à lesão. É fundamental ter presente que vítima de
trauma vertebro medular pode ter outras lesões associadas. Nesse sentido é
fundamental procurar excluir o choque hipovolémico associado (tipo de choque mais
frequente no trauma).
TRANSPORTE DE ACIDENTADO
Manipulação justificada de um paciente a fim de evitar mal maior.
• O paciente não deverá ser movimentado, a menos que exista um perigo imediato
para ele ou para outros se não for feita a sua remoção;
• O socorrista deverá manipular e transportar seu paciente, geralmente, após avaliá-lo
e tratá-lo de forma a estabilizar sua condição.
ESCOLHA DA TÉCNICA
Antes de escolher a técnica a ser adota para o transporte você deve considerar os
seguintes aspectos do paciente:
Paciente traumático
Consciente?
Inconsciente?
• Arrasto de pé;
• Transporte de bombeiro;
TÉCNICAS DE MANIPULAÇÃO
• Rolamento de 90°;
• Rolamento de 180°;
• Elevação a cavaleiro;
• Retirada de capacete;
Queimaduras
Quanto Ao Agente:
O PHTLS reforça que a queimadura pode evoluir mesmo após ter cessado o evento
causal. 48 horas é o prazo de estabilização da lesão, quando a queimadura deverá ser
classificada em: superficial, espessura parcial, espessura total e 4°.
Palavra-chave: bolhas.
Na queimadura parcial, deve-se ter o cuidado para que a zona de estase não evolua para
zona de necrose. Uma ação que favorece a ampliação dessa lesão é a aplicação de gelo na
queimadura. Por isso, o gelo é contraindicado como método analgésico nesse tipo de lesão.
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Essa mudança na classificação, acima descrita, ainda não foi cobrada nas provas de
concursos, pois surgiu no manual do PHTLS– 8ª edição. Dessa forma, vamos utilizar também a
classificação do manual do Ministério da Saúde, que também é utilizado nas provas.
Queimadura de 1º grau – Afeta somente a epiderme, sem formar bolhas. Apresenta-se com
hiperemia, dor e edema e descama em 4 a 6 dias.
Palavra-chave: hiperemia
É indolor.
Não reepiteliza e necessita de enxertia de pele (indicada também para o segundo grau
profundo).
Resumo
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CLASSIFICAÇÃO DO QUEIMADO
Para realizar o cálculo desta porcentagem, utilizamos a regra dos 9, veja abaixo:
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Uma parcela significativa dos IAM evoluem para uma morte súbita, ou seja, para uma
parada cardiorrespiratória (PCR). Nestes casos, os pacientes perdem 10% de chance de
sobrevida a cada minuto de atraso do início das manobras de Ressuscitação Cardiopulmonar
(RCP). Ou seja, em 10 minutos, o paciente perde 100% de chance de sobrevida sendo a
probabilidade de obter êxito na reanimação desses pacientes são muito pequenas. Além disso,
células de órgãos nobres, cérebro, coração e pulmões começam a morrer a partir de 4 minutos
de isquemia. Desta forma, é imprescindível encurtar os tempos entre o momento da morte
súbita, o Suporte Básico de Vida (SBV) e o Suporte Avançado de Vida.
O SBV constitui, portanto, uma peça fundamental para a sobrevida desses pacientes. A
única chance que uma vítima de PCR no extra-hospitalar possui de sobreviver, consiste em ter
alguém ao lado capaz de reconhecer a PCR, pedir ajuda, iniciar a RCP, e usar o Desfibrilador
Externo Automático (DEA) sempre que disponível.
Os 4 ritmos de PCR
Na PCR, o coração assume um ritmo no qual não existe um débito cardíaco mínimo
capaz de gerar um pulso central e consequentemente uma perfusão dos órgãos nobres. Existem
4 ritmos de PCR:
ASSIS – É o mais velho dos irmãos. Sua maior característica é a tranquilidade. A sua
tranquilidade é tão grande que chega a incomodar. Por isso todos o classificam como uma
pessoa “PARADONA”. Assis representa um dos ritmos de PCR: ASSISTOLIA.
A Assistolia caracteriza um ritmo de PCR no qual não existe atividade elétrica. Neste
caso o coração não apresenta movimentação. Segue a representação gráfica da ASSISTOLIA...
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ANTÔNIO EDUARDO SILVA PINTO – É o segundo da prole. Fenotipicamente aparenta ser uma
pessoa do sexo feminino apenar de geneticamente ser do sexo masculino por possuir um
cromossomo “Y”. Antônio Eduardo Silva Pinto representa um dos ritmos de PCR: ATIVIDADE
ELÉTRICA SEM PULSO (AESP).
Neste ritmo a atividade elétrica pode estar totalmente normal, porém por algum outro
motivo (hipovolemia por exemplo) o coração não está bombeando o sangue. Por isso, apesar de
PARECER ser um ritmo com pulso...não é! Segue a representação gráfica da AESP...
“TÁ VELOZ” – É o terceiro da prole. Carrega esse apelido por ser uma pessoa extremamente
acelerada. É um empresário que vive correndo para cima e para baixo, por esse motivo está
sempre exausto. O “Tá Veloz” apesar de ser muito acelerado, é bem ORGANIZADO! Tá Veloz
representa um dos ritmos de PCR: TAQUICARDIA VENTRICULAR (TV)
FLAVINHA – É a caçulinha da turma. Ama música eletrônica, e sempre foi uma criança muito
ativa. Flavinha é extremamente acelerada assim como seu irmão “Tá Veloz”, porém diferente
dele, ela é TOTALMENTE DESORGANIZADA. Flavinha representa um dos ritmos de PCR:
Fibrilação Ventricular (FV) - Neste ritmo o coração assume um ritmo EXTREMAMENTE
ACELERADO de origem ventricular porém DESORGANIZADO. As frequências cardíacas
costumam ser superiores a 250 batimentos por minuto. Apesar do coração também estar em
movimento o bombeamento não ocorre assim como na Taquicardia Ventricular. Segue a
representação gráfica da Fibrilação Ventricular (FV)...
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Esses são os quatro ritmos de PCR ASSISTOLIA, AESP, TV e FV. Iremos ver agora que o
tratamento elétrico, ou seja a indicação de Desfibrilação (Choque elétrico) irá variar a
depender do ritmo. Para entendermos melhor, o porquê dessa variação, precisamos conhecer a
função do Choque. Você já se perguntou para que serve um Choque no Coração? Se respondeu
que serve para normalizar o ritmo cardíaco ou para fazer o coração voltar a bater, está certo,
porém temos uma forma mais precisa de definir a função do choque realizado durante a
Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP). Caso a função do choque fosse simplesmente a citada
anteriormente, então pela lógica o mesmo estaria indicado em todos os quatro ritmos de PCR...
Porém, a desfibrilação está indicada em apenas dois ritmos, na TVe na FV. Enquanto a
Assistolia e AESP não possuem indicação de Desfibrilação.
Isso se explica pelo fato da função do choque ser de PARAR o CORAÇÃO, ou seja, ZERAR
a atividade elétrica anteriormente DESORGANIZADA. Desta forma, nosso marca passo natural,
o nó sinusal terá uma maior probabilidade de reassumir um ritmo eficaz que gere pulso
central.
Cadeias da Sobrevivência
Existem duas cadeias da sobrevivência para o atendimento às PCR. A cadeia para PCR
Intra Hospitalar (PCRIH) e a cadeia para PCR Extra Hospitalar (PCREH). Essas cadeias foram
publicadas pela American Heart Association (AHA) e atualizadas nos novos protocolos de 2015.
Fonte: (AHA – 2015) As cadeias objetivam mostrar com clareza os passos que devem ser
seguidos do momento da PCR até os cuidados pós PCR em unidade de terapia intensiva. Todos
os elos são interligados, e se faltar algum deles, as chances de sobrevida da vítima serão
mínimas.
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PCREH:
PCRIH:
• Intoxicações agudas
• Dor intensa.
CABD – Início com compressão seguido de abertura de vias aéreas, ventilação e desfibrilação
quando necessário.
- Com as mãos sobre a metade inferior do esterno (região hipotenar), sem flexionar os
cotovelos;
- Permitir retorno total do tórax após cada compressão. Não se apoiar sobre o tórax
entre as compressões;
- Verificar o ritmo;
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- Aplique 1 choque;
- Reinicie a RCP por 2 minutos até o DEA avisar sobre a verificação do ritmo;
- Reinicie a RCP por 2 minutos, até ser avisado pelo DEA para verificação do ritmo;
- Continue até que o médico assuma ou até que a vítima se movimente. Em hospitais, onde não
há disponível o DEA, somente o desfibrilador manual, e, nesse caso, necessita que a equipe
médica esteja disponível 24 horas, tendo em vista que é um procedimento privativo do
profissional médico. Neste caso a equipe de enfermagem realizará o suporte básico de vida com
a RCP de alta qualidade com o desfibrilador posicionado próximo ao paciente para quando o
médico assumir o atendimento possa utilizá-lo imediatamente.
Intubação orotraqueal
Indicações:
Intubação orotraqueal
Material:
3 – Cânula orofaríngea;
- Administrar O2 para alcance de SatO2 ≥ 94% para os demais pacientes monitore a adequação
da ventilação e oxigenação no paciente em PCR;
- Capnografia;
- Oxímetro de pulso;
- Oxigenoterapia.
D – Diagnóstico diferencial
o HIPOXIA;
o HIPOVOLEMIA;
o HIPO/HIPERCALEMIA;
o H+ IONS – ACIDOSE;
o HIPOTERMIA;
o TOXICIDADE;
o TROMBOEMBOLISMO CORONARIANO;
o TROMBOEMBOLISMO PULMONAR;
o TENSÃO NO TORAX;
o TAMPONAMENTO CARDÍACO.
Enfermeiro
Técnico de Enfermagem
• Preparo de medicação;
Mensagens claras;
Respeito mútuo;
Intervenções construtivas;
Compartilhar o conhecimento;
Resumo e reavaliação.
CADERNO DE EXERCÍCIOS
3. Defina Omissão de Socorro e qual artigo do Código Penal descreve este delito?
11. Dê pelo menos 3 exemplos de quadros clínicos empregado em cada cor de classificação de
risco.
19. Monte uma tabela da Escala de Coma de Glasgow atualizada e os valores de referência.