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CEFEB CURSOS

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

Facilitadora: Enfermeira Lígia Laura


Unidades de emergência são locais apropriados para o atendimento
dos pacientes com afecções agudas específicas com ou sem risco de
vida, cujo agravos à saúde necessitam de atendimento imediato.
REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS

PORTARIA 1.600/2011 – Articula os serviços disponíveis para ampliar o


atendimento em situações de urgência e emergência, principalmente no que se
refere à cuidados cardiovasculares, cerebrovasculares e traumas.

OBJETIVOS PRINCIPAIS: Evitar mortes precoces, redução de impactos


econômicos de gastos com saúde e de anos potenciais de vida perdidos (inss),
consequências emocionais e catastróficas.
COMPONENTES DA REDE DE ATENÇÃO ÀS
URGÊNCIAS

RAU É CONSTITUÍDA DE 08 (OITO) COMPONENTES:


COMPONENTES DA REDE DE ATENÇÃO ÀS
URGÊNCIAS

Ações educativas permanentes,


prevenção à violências, doenças
crônicas não transmissíveis,
através de ações intersetoriais e
mobilização social.
COMPONENTES DA REDE DE ATENÇÃO ÀS
URGÊNCIAS

Prestação de assistência em nível


primário, ao portador de quadros
agudos, de natureza clínica,
traumática, psiquiátrica, provendo
atendimento e/ou transporte
adequado ao serviço.
Objetivo: Fortalecer o vínculo entre o paciente e a equipe,
acolhimento e avaliação das vulnerabilidades.
COMPONENTES DA REDE DE ATENÇÃO ÀS
URGÊNCIAS

Buscam realizar precocemente as


urgências, priorizando o
atendimento e encaminhado ás
unidades de maior complexidade
Escuta Orientações, Consultas,
qualificada e Encaminhamento exames, atendimento médico
Recepção do usuário emergencial, Serviços
classificação
de risco
Encaminhamento: Hospital,
PS.
COMPONENTES DA REDE DE ATENÇÃO ÀS
URGÊNCIAS

Portaria 1.894, de 29/09/2003: Criação do SAMU


em todo território Nacional.

Objetivo do SAMU: Chegar precocemente a vítima


de agravo á saúde , seja de natureza clinica,
traumática, cirúrgica, obstétrica, pediátrica,
psiquiátrica... Tudo que possa levar à sofrimento,
sequelas ou óbito, o que exige atendimento ou
transporte adequado para o serviço de saúde.
COMPONENTES DA REDE DE ATENÇÃO ÀS
URGÊNCIAS
A assistência é iniciada no local da ocorrência em
caráter temporário, sendo realizada pela equipe
de profissionais oriundos da área da saúde, nas
modalidades de:

 SBV: Constituído por AE ou TE e condutor


de veículo de emergência

 SAV: Constituído por enfermeiro, médico e


condutor de veículo de emergência.
COMPONENTES DA REDE DE ATENÇÃO ÀS
URGÊNCIAS
E POR FALAR EM TIPOS DE AMBULÂNCIAS...

TIPO A – Ambulância de Transporte

Veículo destinado ao transporte em decúbito horizontal de


pacientes que não apresentam risco de vida, para remoções
simples e de caráter eletivo.

TIPO B – Ambulância de Suporte Básico de Vida

Veículo destinado ao transporte de pacientes inter-hospitalar com risco de vida conhecido e ao


pré-hospitalar de pacientes com risco de vida desconhecido, não classificado com potencial de
necessitar de intervenções médicas no local e/ou durante o transporte até o serviço de destino.
COMPONENTES DA REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS

TIPO C – Ambulância de Resgate: Veículo de atendimento de


urgências pré-hospitalares de pacientes vítimas de acidentes ou
pacientes em locais de difícil acesso com equipamentos de
salvamento (terrestre, aquático ou alturas).

TIPO D – Ambulância de Suporte Avançado

TIPO E – Aeronave de transporte Médico - Piloto, copiloto,


enfermeiro e médico

TIPO F – Embarcação de transporte médico: Veículo motorizado


aquaviário com equipamentos médicos necessários ao atendimento de
pacientes conforme sua gravidade
COMPONENTES DA REDE DE ATENÇÃO ÀS
URGÊNCIAS
Deve dispor de condições para garantir assistência 24h,
vinculada ao serviço de saúde e articulada e conectada aos
outros níveis de atenção, para posterior encaminhamento via
Central de Regulação, a rede de atenção para tratamento
definitivo.
COMPONENTES DA REDE DE ATENÇÃO ÀS
URGÊNCIAS

Criado pelo Decreto Presidencial 7.616/2017

É acionado em situações de catástrofes, eventos de


grandes proporções (Nacional e Internacional) para
envio de ajuda profissional e humanitária.
COMPONENTES DA REDE DE ATENÇÃO ÀS
URGÊNCIAS

É o estabelecimento de saúde de complexidade


intermediária entre as Unidades Básicas de
Saúde/Saúde da Família e a Rede Hospitalar,
devendo com estas compor uma rede organizada
de atenção às urgências.

- Retaguarda às unidades básicas de saúde;


funcionam como local de estabilização.
COMPONENTES DA REDE DE ATENÇÃO ÀS
URGÊNCIAS

É constituído pelas Portas Hospitalares de


Urgência, pelas enfermarias de retaguarda,
pelos leitos de cuidados intensivos, pelos
serviços de diagnóstico por imagem e de
laboratório e pelas linhas de cuidados
prioritárias.
COMPONENTES DA REDE DE ATENÇÃO ÀS
URGÊNCIAS

É compreendido como o conjunto de ações


integradas e articuladas de promoção à saúde,
prevenção e tratamento de doenças e reabilitação,
que ocorrem no domicílio, constituindo-se nova
modalidade de atenção à saúde que acontece no
território e reorganiza o processo de trabalho das
equipes, que realizam o cuidado domiciliar na
atenção primária, ambulatorial e hospitalar.
URGÊNCIA EMERGÊNCIA

URGÊNCIA – É quando há uma situação


que não pode ser adiada, que deve ser
resolvida rapidamente.

• É uma situação que requer assistência


rápida, no menor tempo possível, a fim de
evitar complicações e sofrimento. São
exemplos de urgência: dores abdominais
agudas e cólicas renais.

Atendimento imediato ou em até 24h.


URGÊNCIA EMERGÊNCIA

EMERGÊNCIA – É todo caso em que há


ameaça iminente à vida, sofrimento intenso
ou risco de lesão permanente, havendo
necessidade de tratamento médico imediato.
Alguns exemplos de emergências são a
parada cardiorrespiratória, hemorragias
volumosas e infartos que podem levar a
danos irreversíveis e até ao óbito.
Caracterização das Unidades de Emergência

• Recepção e sala de espera;


• Sala de acolhimento;
• Sala de observação;
• Sala de medicação;
• Sala de emergência.
Acolhimento e classificação de risco nos serviços de urgência

Muitos serviços de urgência convivem


com grandes filas onde as pessoas
disputam por atendimento sem critério
algum a não ser a hora de chegada.
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
É um método utilizado para classificar os clientes de acordo com a gravidade dos
traumas ou doenças e consiste numa avaliação sucinta de clientes, a fim de
determinar o nível de gravidade ou prioridade de assistência.
• Focado na obtenção de um histórico focalizado na principal queixa do paciente.

Verificar SSVV:
- TAX
- Pulsação;
- PA;
- Respiração;
- Nível de consciência.
TRIAGEM DE MANCHESTER
TEMA

• ASSUNTO
TEMA

• ASSUNTO
TEMA

• ASSUNTO
“ O talento vence os jogos, mas só o trabalho em
equipe ganha campeonatos” Michael Jordan
Estrutura Física e Organizacional da Sala de
Emergência Hospitalar
Estrutura física e organizacional da sala de emergência hospitalar
Assim como o checklist da sala de emergência exige que materiais e itens estejam presentes, a estrutura e
organização do ambiente emergencial deve ser compatível com as atividades realizadas, permitindo o fluxo de
suas operações. Além da dimensão adequada, a sala deve conter lavatórios com sabão líquido e toalhas de
papel, piso revestido com material liso, antiderrapante e impermeável, que seja resistente aos produtos para
limpeza e desinfecção.

No local, algumas rotinas devem ser impressas e estar à disposição de toda a equipe daquele local, como:
 Cuidados diretos ao paciente;
 Rotinas de limpeza com desinfecção e esterilização dos artigos e superfícies;
 Manuais de equipamentos;
 Registro diário dos atendimentos realizados;
 Registro diário de intercorrências;
 Escala de serviço.
CHECKLIST DA SALA DE EMERGÊNCIA:
APARELHOS E MOBILIÁRIOS

Inicialmente, vamos conhecer os aparelhos que não podem faltar


para que o trabalho em uma sala de emergência seja executado de
forma eficaz, conferindo segurança e qualidade de atendimento ao
paciente.
Entre os aparelhos e mobiliários que devem estar presentes, estão:
CHECKLIST DA SALA DE EMERGÊNCIA:
APARELHOS E MOBILIÁRIOS

Monitor Cardíaco
Eletrocardiógrafo
Bomba de infusão
Respirador mecânico
Carro de emergência equipado
Aparelho de desfibrilação/cardioversão
Incubadora de transporte de RN

Cama Fowler
CONJUNTO DE MATERIAL
PARA ENTUBAÇÃO
ENDOTRAQUEAL
CONJUNTO DE
NEBULIZAÇÃO EM
MÁSCARA

Cilindro de oxigênio para transporte


Estetoscópio

Termômetro

Esfigmomanômetro
Aspirador de secreções

Ventilador para transporte


Negatoscópio

Otoscópio
Máscara de Venturi com
variadas concentrações

Capacete para Oxigenoterapia e Oxi-


hood
Pontos de oxigênio e ar
comprimido com válvulas
reguladoras de pressão

Pontos de vácuo com


válvulas reguladoras de
pressão
Bandejas para procedimentos

Intracath
Drenagem de tórax
Pequena cirurgia
Curativos
Flebotomia
Punção lombar
Cateterismo vesical
Entubação endotraqueal (adulto / infantil/ neonatal)
Carro de Emergência
Mais o que é carro de emergência?

O carro de emergência é uma estrutura móvel constituída


por gavetas providas com materiais, medicamentos e
equipamentos necessários para o atendimento do cliente
em situações de urgências ou emergências médicas.

Qual o objetivo do Carro de emergência?

Padronizar os medicamentos, materiais e equipamentos


constituintes do carro de emergência, homogeneizando o
conteúdo e quantidade, retirando o desnecessário e
acrescentando o indispensável, de forma a agilizar o
atendimento de emergência/urgência e reduzir o
desperdício. (PONTES et al. 2010)
Público alvo do carro de emergência
Clientes hospitalizados ou ambulatoriais que necessitem de atendimento emergencial para
ocorrências, tais como:
Parada cardiorrespiratória;
Comprometimento nas vias aéreas/ventilação;
Instabilidade hemodinâmica progressiva;
Choque;
Hemorragia intensa, erupções cutâneas com comprometimento de vias aéreas, perda súbita do
nível de consciência;
Convulsões;
Entre outras.
Responsabilidades
Enfermeiro
 Organizar o carro de emergência e seus componentes acessórios;
Elaborar escala de serviço para limpeza do carro de emergência e de seus componentes
acessórios;
Monitorar o cumprimento das atividades pelos técnicos/auxiliares de enfermagem, conforme
escala de serviço;
 Realizar a testagem funcional do laringoscópio e do desfibrilador;
Conferir os lacres do carro de emergência (conferência diária dos medicamentos e dos
materiais);
 Listar, quantificar e repor os medicamentos e materiais do carro de emergência que foram
utilizados ou vencidos;
 Controlar periodicamente os materiais contidos no carro quanto a sua presença, quantidade e
validade.
Responsabilidades
• TÉCNICO/AUXILIAR DE ENFERMAGEM

 Realizar a limpeza do carro de emergência e do desfibrilador (monitor, cabos e


acessórios), conforme escala de serviço e/ou após o atendimento emergencial;
 Auxiliar o enfermeiro na organização do carro de emergência.
É atribuição da equipe de enfermagem
organizar os materiais médico-
hospitalares como laringoscópio com
lâminas adulto e infantil, cânula
endotraqueal, material para realização
de punção venosa, sondas de aspiração
e outros.
Carro de Emergência
A composição do carro de
emergência, quanto à estrutura e
componentes deverá seguir a seguinte
sequência:
Medicações no checklist da sala de emergência
Assim como os kits para procedimentos, mobiliário e aparelhos, outros itens que são
fundamentais no checklist da sala de emergência são os medicamentos utilizados na
rotina dos atendimentos. Confira a seguir, mais são as medicações que não podem
faltar:
 Adrenalina 1mg/ml;  Glicose 25% e 50% (20ml);
 Amiodarona;  Gluconato de cálcio 10%;
 Aminofilina;  Furosemida 10mg/ml;
 Atropina 0,5mg/ml;  Noradrenalina 1mg/ml;
 Bicarbonato de sódio 8,4%;  Solu-cortef 100 mg e 500 mg;
 Cedilanide;  Água destilada 10ml;
 Dopamina 50mg;  Xylocaína 2% sem vasoconstritor
 Solução fisiológica 0,9%;  Solução glicosada 5% e 10%.
Materiais presentes no checklist da sala de emergência
O checklist da sala de emergência ainda inclui materiais que são utilizados em
outros procedimentos, e situações rotineiras do ambiente hospitalar. Confira a
seguir, quais não podem faltar na emergência:

 Seringa de 5, 10 e 20ml;  Tábua para massagem;


 Jelco 18, 20, 22, 24;  Esparadrapo;
 Scalp 19 e 21;  Gaze;
 Equipo macro e microgotas;  Pilhas para laringoscópio;
 Polifix de 02 vias;  Anestésico;
 Luvas de procedimento;  Cateter para aspiração;
 Luva estéril;  Eletrodos;
 Micropore;  Agulhas 40×12, 25×7, 25×8, 13×4,5.
CINEMÁTICA DO TRAUMA
Cinemática do trauma
Processo de avaliar a cena do acidente, para determinar as lesões resultantes das
forças e movimentos envolvidos. Ao chegar na cena, observar:

 Danos do veículo;
 Distância de frenagem;
 Posições das vítimas e se usavam cinto de segurança;
 Ajuda a prever 90% das lesões
Traumas por diferentes formas físicas
ATENÇÃO! EXISTEM 05 FORMAS BÁSICAS DE ACIDENTES (TRAUMAS)

 Mecânica: Colisão de um motorista com o para-brisa


do carro;
 Química: Uma criança curiosa ingere amoníaco;
 Térmica: Um cozinheiro sofre queimaduras por óleo
quente;
 Irradiação: Jovem buscando um bronzeamento mais
bonito sofre irradiação;
 Elétrica: um eletricista sofre uma descarga elétrica
que destrói seus nervos e estruturas corpóreas.
MECANISMO DA LESÃO
As lesões do paciente serão avaliadas e interpretadas com maior exatidão, para a
mais apropriada tomada de decisão terapêutica. Perante este entendimento, são
propostas atualmente três fases para as condições de avaliação da cinemática do
trauma:

Pré- Colisão Pós- Colisão

Colisão
PRÉ-COLISÃO

 Todos os eventos que precedem o


incidente;

 A história traumatizante começa por


dados como ingestão de álcool, drogas,
doenças preexistentes, condições
climáticas, idade da vítimas e condições
mentais
COLISÃO
 Início no momento do impacto entre um objeto em movimento e em um
segundo objeto. O segundo objeto pode esta em movimento ou ser estacionário
e pode ser um objeto ou uma pessoa.

Ocorrem 03 impactos:

1. O impacto de dois objetos => Auto x Objeto


2. O impacto dos ocupantes no veículo => Corpo x
contra o Carro
3. O impacto dos órgãos vitais dentro dos ocupantes
=> Órgãos x paredes internas
PÓS-
COLISÃO
 Usamos a informação colhida durante
as fases de pré-colisão e colisão para
tratar o doente;

 Na fase de pós-colisão é crucial a


evolução do paciente: entender a
cinemática do trauma, as suspeitas a
respeito das lesões e a boa avaliação.
SINAIS DE TRAUMA
GRAVE
 A queda for maior que 6mt ou mais que
03 vezes a altura do paciente;

 Colisões a mais de 32 km/h;

 Ejeção da vítima do veículo;

 Morte de um ocupante do veículo; e

 Danos severos ao veículo.


Sem lesões
Contuso
Externas
Trauma
Penetrante Com lesões
Externas
Arma Branca Faca
Baixa energia Tesoura
Lesões Arma de fogo
Penetrantes Média e alta Revolveres,
energia fuzis
Acabou?
TIPOS DE TRAUMA
AUTOMOBILÍSTICOS
Pode ser dividido em 04 tipos:

• Colisão Frontal

• Colisão Lateral

• Colisão Traseira

• Capotagem
Diante disso, respondam as questões a seguir:

Qual o potencial de lesão para este paciente com base na física do trauma deste
evento?

Como você descreveria a condição deste paciente


Assistência de Enfermagem
em Choque
É um dos quadros clínicos mais complexos em emergências,
resultando em altos índices de letalidade devido a uma combinação
entre diagnóstico tardio, terapêutica inadequada e conhecimento
insuficiente por parte dos socorristas.

É fundamental o seu reconhecimento precoce para que a haja a


correção, assim como é fundamental tratar a causa de base.
Causas do choque

PROBLEMAS FALHA NO
VOLEMIA NOS VASOS BOMBEARMENT
( PRÉ CARGA) SANGUINEOS O DO CORAÇÃO
(PÓS CARGA) (INOTROPISMO)

O CHOQUE DECORRE DE UMA FALHA NO TRIPÉ HEMODINÂMICO


Choque hipovolêmico

• É o tipo de choque mais frequente.

• Acontece pela redução do volume sanguíneo (hipovolemia). E essa redução se


deve a várias causas, por exemplo:

Hemorragia
Queimaduras
Desidratação provocado por vômitos ou diarreias
O Choque hipovolêmico é divido em classes vamos
relembrar?
Tratamento do choque hipovolêmico
• Acesso venoso calibroso deve ser providenciado. Se não for possível AVP, deve
ser providenciado Acesso venoso central.

• A escolha da solução ainda é controvérsia. Nem coloide, nem cristaloide


parecem ser superiores ao outro, porém o custo das soluções cristaloides é bem
menor.
Tratamento do choque hipovolêmico
• Ringer Lactato é preferível, pois em casos de grandes volumes o SF 0,9% pode
causar acidose hiperclorêmica.
• Está contraindicado o uso de soluções glicosadas
• Sempre que possível deve-se usar sangue tipo específico, caso contrario usa-se
tipo “O” negativo, nas situações de urgência.
Ocorre quando a capacidade do coração em bombear o sangue está
comprometida, não suprindo a necessidade desejada pelo organismo. Há a
falência da “bomba cardíaca”. Essa condição é uma emergência médica, que
é fatal se não for tratada imediatamente.
A origem é
cardíaca!!!

Causas mais comuns:


IAM (74% das causas) e
Insuficiência cardíaca
congestiva (ICC)
DROGAS:

• Dobutamina é a droga de
escolha para reversão do
Choque Cardiogênico por
ICC;

• Nitroglicerina já está mais


adequada para compensação
do Choque Cardiogênico por
IAM.
É caracterizado pela falha na distribuição do sangue, relacionado a uma
VASODILATAÇÃO, comprometendo o fornecimento de oxigênio para
outros órgãos e tecidos
Choque Anafilático
 No choque anafilático o paciente desenvolve uma
reação alérgica severa após ser exposto a um
antígeno (substância) no qual é sensível, seja por
qualquer via: ingestão, inalação, absorção ou injeção.

 Pode ser desencadeado por: Medicamentos, picadas


de insetos, alimentos ou qualquer substância que
cause alergia no indivíduo.
 É claro que nem toda reação alérgica leva a um
choque anafilático, vai depender do grau de
hipersensibilidade.
Anasarca (edema generalizado)
Choque Anafilático: Tratamentos

 Adrenalina ou Epinefrina são ótimas escolhas na emergência, vias


Inalatória, IM ou SC;

 Corticoides sistêmicos são bem utilizados, via EV (Dexametazona,


Hidrocortisona);

 Manter cabeceira elevada;

 Deixar material de intubação em pronto atendimento


É uma infecção generalizada que acontece quando as bactérias de
uma infecção local, como uma ferida na pele, chegam à corrente
sanguínea e atingem todo o corpo (SEPSE)
Choque Séptico (infeção)
 É o mais prevalente dos choques distributivos;
 Esse tipo de choque ocorre geralmente no ambiente hospitalar e acomete
principalmente indivíduos com sistema imunológico comprometido.
 Há uma diminuição do débito cardíaco, logo o volume de sangue torna-se
insuficiente para preencher o sistema circulatório. Órgãos como o fígado, os
rins e os pulmões param de funcionar.
 O choque séptico é caracterizado por 2 fases: fase quente e fase fria.

Fase quente (HIPERDINAMICA): os sinais e sintomas são decorrente da vasodilatação e o


paciente apresenta a pele quente e seca (aumento dos leucócitos, febre e taquicardia), se o
paciente não receber o tratamento adequado evolui para fase fria (HIPODINAMICA), pois
ocorre um extravasamento sanguíneo (pele fria e pegajosa)
PULMÕES
INFECÇÃO FALÊNCIA
DESCONTROLADA MÚLTIPLA
RINS
DOS
LIBERAÇÃO DE ÓRGÃOS
TOXINAS POR FÍGADO
MICRORGANISMOS
VASODILATAÇÃO EXTRAVASAMENTO
PERIFÉRICA SANGUÍNEO

2º FASE DO
1º FASE DO CHOQUE: PELE
CHOQUE: PELE FRIA E
QUENTE E SECA PEGAJOSA
Choque Séptico: Tratamentos
 Coletar culturas (Hemocultura pareada, urocultura e se possível secreção
traqueal) são passos primários ao melhor tratamento;
 Iniciar Antibioticoterapia de largo espectro na primeira hora;
 Fazer reposição volêmica com cristalóides e uso drogas vasoativas
(Dopamina ou Noradrenalina), ambos para melhorar PA e perfusão;
 Controlar temperatura com antitérmicos;
 Posição de fowler é adequada
Choque Neurogênico
 Pode ser proveniente de anestesia geral ou espinhal, uso de
drogas/fármacos que deprimem o SNC ou por lesões medulares.
 Ocorre diminuição do débito cardíaco (FC) e (PA)

ATENÇÃO Á DICA!!!!!!

O Choque neurogênico é o ÚNICO tipo de choque que apresenta


BRADICARDIA, como sintoma.
Choque Obstrutivo

Dentre todas as causas de choque obstrutivo, três merecem


destaque:

1. Tamponamento cardíaco
2. Embolia Pulmonar
3. Pneumotórax hipertensivo
PUPILOS!!!
Emergências clinicas
Convulsões
Quando Suspeitar?

Súbita perda da consciência, acompanhada de contrações musculares


involuntárias, cianose, salivação intensa, lábios e dentes cerrados;

Eventual liberação esfincteriana caracterizada por incontinência fecal e


urinária;

Na fase pós-convulsiva: Sonolência, confusão mental, agitação, flacidez


muscular e cefaleia, sinais de liberação esfincteriana, informação de pessoa
que presenciou o evento.
Causas
• Febre alta em crianças menores de 05 anos;
• Doenças ( Meningites, epilepsia, tumor cerebral, traumatismo craniano);
• Abstinência;
• Doenças metabólicas ( Hipoglicemia, diabetes e doenças renais);
• Queda na oxigenação cerebral.
Diagnóstico
Para classificação de Epilepsia,
deve se preencher os seguintes
critérios : pelo menos duas crises
 Histórico do paciente não provocadas com tempo maior
de 24h entre elas.
 Recorrência das crises

 EEG ( Eletroencefalograma)

 Tomografia
Tratamento
 Evitar usos de álcool ou drogas;

 Medicamentos específicos:

• > 5 min = Aborte a crise 


1ª Escolha: Diazepan ( Obs: Não realizar em RN devido ao risco de
encefalopatia bilirrubinica)

2ª Escolha: Fenitoína (Hidantal) ( Obs: Não fazer IM, não diluir em SG, Não
realizar em RN.
*Em RN: Administrar Fenobarbital ( Fenocris Injetavel ou Gadernal – VO)

3ª Escolha: Midazolan
Dx superior a 250 mg/dl Dx inferior a 60 mg/dl
Complicações Diabeticas

Outras complicações agudas: Cetoacidose e coma hiperosmolar


Complicações crônicas: retinopatia, nefropatia e a neuropatia diabética

HIPERGLICEMIA
Condutas
O tratamento precisa ser imediato, com:

Pacientes CONSCIENTES

• Administração de 10-20g de carboidratos de ação rápida (p. ex. 100 a 200 ml de refrigerante
normal, 1 colher de sopa de mel, 4 colheres de sopa de gelatina, 100 a 200 ml de suco de
laranja, 240 ml de leite desnatado.

• Repetição do tto em 15 min (se não houver melhora)

• Administração de mais alimentos de ação prolongada em uma combinação de carboidratos e


proteínas ou gordura após os sintomas recuares, se a próxima refeição for demorada mais que
1h.
• Notificação imediata ao médico ou encaminhar esse paciente se os sintomas não recuarem.
Condutas
O tratamento precisa ser imediato, com:

Pacientes INCONSCIENTES

• Injeção por via subcutânea ou via intramuscular de 1mg de glucaron

• Administração por via intravenosa (EV) de 25 – 50 ml de glicose a 50%


Cetoacidose diabética

A cetoacidose é uma emergência endocrinológica decorrente da deficiência


absoluta ou relativa de insulina, muitas vezes potencialmente fatal, com
mortalidade de 5%.

• Ocorre principalmente em pacientes com DM tipo 1, sendo diversas vezes, a


primeira manifestação da doença.

• Os principais fatores precipitantes são infeção, má aderência ao tto (omissão


da aplicação de insulina, abuso alimentar)
Cetoacidose diabética – Sinais e Sintomas

Os doentes com Cetoacidose Diabética grave apresentam alterações do estado


mental no exame inicial. É provável que tenham taquicardia, respiração rápida
e profunda (respiração de Kussmanul) e:

Náuseas e Fadiga e
Taquipnéia Convulsão
vômitos fraqueza

Dor abdominal
(especialmente comum em Hálito com odor de Diurese
crianças) frutas (hálito cetônico) aumentada
Cetoacidose diabética – Diagnostico

Realizado por HIPERGLICEMIA ( glicemia maior que 250mg/dl) , cetonia e


acidose metabólica a ( pH < 7,3 e bicarbonato <15 mEq/l). Esse quadro pode
se agravar levando a complicações como choque, distúrbios hidroeletrolíticos,
insuficiência renal, e edema cerebral em crianças. O Tratamento da CAD tem
por objetivo corrigir a desidratação, a perda de eletrólitos e a acidose.
Cetoacidose diabética – Tratamento

• Reidratação: aumenta a excreção de glicose pelos rins. A princípio,


administra-se uma solução de cloreto de sódio 0,9% em velocidade rápida EV,
habitualmente 0,5 a 1l/h durante 2 a 3 horas. O paciente pode necessitar de 6 a
10 l para repor as perdas.

• Restauração de eletrólitos: principalmente o potássio, pois sua reposição


criteriosa porém adequada é vital para evitar arritmias que podem ocorrer com
hipocalemia.

• Reversão da acidose: é revestida com insulina que inibe a degradação de


lipídios, interrompendo, assim, o acúmulo de ácido. Geralmente a insulina é
infundia por via EV em uma velocidade lenta e continua (5 unidades/h)
Síndrome Hiperosmolar Hiperglicêmica Não Cetótica

A Síndrome hiperosmolar hiperglicêmica não cetótica é um estado de


HIPERGLICEMIA GRAVE!! (Glicose superior a 600mg/dl)
acompanhada de Desidratação e alteração do estado mental, na
ausência de cetose.

• Ocorre apenas no diabetes tipo 2


• A mortalidade é maior do que nos casos de cetoacidose diabética
devido a idade elevada dos pacientes e a gravidade dos fatores
precipitantes ( Doenças agudas: AVC, IAM, Pneumonias, uso de
glicocorticoides ou diuréticos, cirurgias, ou doses elevadas de
glicose).
TÉCNICO EM ENFERMAGEM

FONTELES
Síndrome Hiperosmolar Hiperglicêmica Não
Cetótica - Diagnóstico

• História: Causa da descompensação (mudança e não aderência ao esquema de


insulina, doenças e medicações intercorrentes e abuso alimentar)

• Exame físico

• Exames complementares: Dextro e cetonúria.


Síndrome Hiperosmolar Hiperglicêmica Não
Cetótica - Conduta
• Hidratação oral e tto da doença intercorrente
• Pessoas com glicemia >250 mg/dl, cetonúria, hálito cetônico,
desidratação ou vômitos: encaminhar para serviço de emergência
prontamente.
• Pessoas com glicemia >250mg/dl e cetonúria, mas sem os agraventes
acima: administrar 20% da dose de insulina diária soba a forma
REGULAR e revisar em 4h. Repetir a dose se a glicemia >250
mg/dl. Se não melhorar no próximo teste, encaminhar o paciente
para o serviço de emergência. A pessoa deve ser hidratada com SF
0,9% EV em acesso venoso calibroso

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