Prof.ª especialista Fernanda Engroff UC 1: Executar ações de prevenção, promoção, proteção, reabilitação e recuperação da saúde. As redes de urgência e emergência (RUE), consolidadas na portaria nº1.600 de 7 de julho de 2011 prevê as diretrizes de atendimento as urgências e emergências, visando uma melhor distribuição de demanda com os serviços disponíveis. Conforme prevê o 4º artigo da portaria, a RUE é constituída pelos seguintes componentes: • I - Promoção, Prevenção e Vigilância à Saúde; • II - Atenção Básica em Saúde; • III - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e suas Centrais de Regulação Médica das Urgências; • IV - Sala de Estabilização; • V - Força Nacional de Saúde do SUS; • VI - Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) e o conjunto de serviços de urgência 24 horas; • VII - Hospitalar; e • VIII - Atenção Domiciliar. Urgência e Emergência Definições e diferenças Emergência
Emergência é toda situação que apresenta risco
iminente de morte para o paciente, que se não for resolvida no exato momento, as chances de morte aumentam drasticamente. Algumas situações de emergência que podemos ter num serviço de pronto atendimento são: Parada cardiorrespiratória, hemorragia exsanguinante, asfixia e engasgamento em bebês. Urgência
Urgência é toda situação em que há um risco
elevado de óbito ou sequelas quando a situação não for resolvida em um curto prazo de tempo, sendo que está muitas vezes não precisa ser resolvida no exato momento, mas sim o quanto antes. Alguns exemplos de urgências são: crises convulsivas, fraturas não expostas, choque elétrico, queimaduras. Pronto Atendimento X Pronto Socorro Pronto Atendimento
As unidades de pronto atendimento (UPA 24
horas), consistem em um serviço de complexidade intermediaria, que estão prontos para atender agravos de baixa e média complexidade, articulados com as UBS, SAMU 192 e Atenção ao Serviço Domiciliar, sendo estas unidades governamentais, financiadas e grande partes delas administradas por entidades municipais. Pronto Socorro
As unidades de Pronto Socorro consiste em um
setor hospitalar que tem como objetivo atender urgências e emergências que implicam e oferecem risco de vida ao paciente. Parada cardiorrespiratória, acidentes com fraturas, TCE, e outros agravos clínicos e traumáticos, devem ser atendimentos em âmbito hospitalar. Serviços de atendimento SAMU
É o componente da rede de atenção às urgências e
emergências que objetiva ordenar o fluxo assistencial e disponibilizar atendimento precoce e transporte adequado, rápido e resolutivo às vítimas acometidas por agravos à saúde de natureza clínica, cirúrgica, gineco-obstétrica, traumática e psiquiátricas mediante o envio de veículos tripulados por equipe capacitada, acessado pelo número “192” e acionado por uma Central de Regulação das Urgências, reduzindo a morbimortalidade. O Samu é normatizado pela Portaria MS/GM nº 1.010, de 21 de maio de 2012. SAMU
O Samu mostra-se fundamental no atendimento
rápido e no transporte de vítimas de intoxicação exógena, de queimaduras graves, de maus-tratos, tentativas de suicídio, acidentes/traumas, casos de afogamento, de choque elétrico, acidentes com produtos perigosos e em casos de crises hipertensivas, problemas cardiorrespiratórios, trabalhos de parto no qual haja risco de morte para a mãe e/ou o feto, bem como na transferência inter-hospitalar de doentes com risco de morte. SAMU As unidades móveis para o atendimento de urgência podem ser: • I – Unidade de suporte básico de vida terrestre (USB) – viatura tripulada por no mínimo 2 (dois) profissionais, sendo um condutor de veículo de urgência e um técnico ou auxiliar de enfermagem; • II – Unidade de suporte avançado de vida terrestre (USA) – viatura tripulada por no mínimo 3 (três) profissionais, sendo um condutor de veículo de urgência, um enfermeiro e um médico; • III – Equipe de aeromédico – aeronave com equipe composta por no mínimo um médico e um enfermeiro; SAMU
• IV – Equipe de embarcação – equipe composta
por no mínimo 2 (dois) ou 3 (três) profissionais, de acordo com o tipo de atendimento a ser realizado, contando com o condutor da embarcação e um auxiliar/ técnico de enfermagem, em casos de suporte básico de vida, e um médico e um enfermeiro, em casos de suporte avançado de vida. Fisiologia básica Sistema Circulatório
O sistema circulatório, é composto pelo nosso
coração, que encabeça a alimentação de O2 para o nosso corpo, sendo responsável também pelo suprimento sanguíneo. Nosso coração bate entre 60 a 100 batimentos por minuto. Sistema Respiratório
O sistema respiratório é formado pelas vias aéreas
superiores, pulmões, traqueia, brônquios, alvéolos. O mesmo realiza a função da respiração, realizando a troca gasosa. Normalmente nossa frequência respiratória varia entre 12 a 15 incursões por minuto. Sistema Respiratório Sistema Circulatório e respiratório
O coração e o pulmão trabalham em conjunto, um
dependendo do outro, para que nosso organismo realize sua fisiologia. Portanto quando ocorre algum erro de sincronia, o resultado pode ser fatal. Sistema Circulatório e respiratório Agravos Clínicos Parada Cardiorrespiratória
A PCR consiste na parada dos movimentos cardíacos e
respiratórios, podendo ser causados por situações traumáticas (acidentes automobilísticos), emergências clinicas (IAM, AVEi ou AVEh, IR, ICC, choques elétricos graves). De acordo as Diretrizes da AHA de 2020 para RCP e ACE, o atendimento a RCP e ACE Parada Cardiorrespiratória I n t r a - h o s p i t a l a r e e x t r a h o s p i t a l a r A D U LT O Parada Cardiorrespiratória I n t r a - h o s p i t a l a r e e x t r a h o s p i t a l a r P E D I AT R I C O Parada Cardiorrespiratória
Na PCR, podemos encontrar 4 tipos de ritmos cardíacos, 2
chocáveis e 2 não chocáveis, que são: NÃO CHOCAVEIS: Assistolia, quando não há atividade elétrica nem pulso presente. E AESP, quando há atividade elétrica, porém sem pulso. CHOCAVEIS: Taquicardia ventricular e Fibrilação Ventricular. Parada Cardiorrespiratória Parada Cardiorrespiratória o Identificar a cena e situação do paciente (segurança para o socorrista no momento); o Manter VAS pérvias, verificando se não há nada obstruindo; o Verificação de pulso; o Inicia manobras de RCP (compressões torácicas 30x2 ventilações), ou se não tiver bolsa valva-mascara, mantem compressões até chegada do serviço móvel de emergência; o Após chegada da equipe de emergência, repassar informações sobre como recebeu ou viu o paciente (informações sobre comorbidades são importantes). Parada Cardiorrespiratória
Os cuidados pós-PCR incluem reestabilização numa
unidade hospitalar (pronto-socorro e/ou UTI), investigação sobre a causa da PCR (quando está não é detectada logo na cena encontrada), investigação histórico pessoal e familiar. Pacientes pós PCR geralmente necessitam de intervenção intensiva, suporte mais centrado, dispositivos invasivos para ventilação mecânica e administração de drogas endovenosas (tubo orotraqueal e cateter venoso central). sc.senac.br