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Urgência e emergência

•American Heart Association (AHA)

•European Resuscitation Council (ERC)

•Heart and Stroke Foundation of Canada (HSFC


)

•Australian and New Zealand Committee on


Resuscitation (ANZCOR)

• Australian Resuscitation Council

• New Zealand Resuscitation Council


Suporte Básico de vida
São inúmeras as situações de urgências e emergências que
necessitam do atendimento de um profissional de saúde ou de um
socorrista especializado: traumatismos, queimaduras, doenças
cardiovasculares, parada cardiorrespiratória, crise convulsiva,
afogamento, intoxicações, etc. E para cada caso específico, o
profissional deverá estar apto a prestar um socorro adequado e de
qualidade
Emergência

E tudo aquilo que implica em um risco iminente de morte, que deve ser diagnosticado e tratado nos
primeiros momentos após sua constatação. Quando a pessoa necessita de assistência médica imediata, pois
há risco potencial de morte,

• Acidente de origem elétrica


• Picada ou mordida de animais peçonhentos
• Queimaduras
• Afogamentos
• Hemorragia (forte sangramento)
• Infarto do miocárdio (dor forte no peito)
• Dificuldade respiratória
• Inconsciência/desmaio
• Grave reação alérgica
• Acidentes de carro, moto, atropelamento e quedas
Urgência

pode ser entendida como uma situação clínica ou cirúrgica, sem risco de


morte iminente, mas que, se não for tratada, pode evoluir para complicações
mais graves, sendo necessário,

• Fraturas
• Feridas lácero-contusas (causadas pela compressão ou tração dos tecidos)
sem grandes Hemorragias
• Mais de um episódio de vômito em até 12h
• Dor abdominal de moderada intensidade
• Asma brônquica em crise
• Luxações
OMISSÃO DE SOCORRO SEGUNDO O CÓDIGO PENAL BRASILEIRO

ART. 135 – Deixar de prestar assistência quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança
abandonada e extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo;
ou não pedir, nesses casos o socorro da autoridade pública:
Pena – detenção de um a seis meses, ou multa
Parágrafo único – A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza
grave, e triplicada, se resulta a morte.

OMISSÃO DE SOCORRO SEGUNDO A RESOLUÇÃO 311/2007 (CÓDIGO DE ÉTICA DOS


PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM)

RESPONSABILIDADES E DEVERES

Art. 22 - Disponibilizar seus serviços profissionais à comunidade em casos de emergência, epidemia e


catástrofe, sem pleitear vantagens pessoais.

Art. 26 - Negar Assistência de Enfermagem em qualquer situaçã o que se caracterize como urgência ou
emergência.
Atendimento Pré-hospitalar (APH) envolve todas as ações efetuadas com o paciente, antes da
chegada dele ao ambiente hospitalar.

Compreende, portanto, três etapas:

1) Assistência ao paciente na cena (no local da ocorrência);


2) Transporte do paciente até o hospital;
3) Chegada do paciente ao hospital.

O APH divide-se, ainda, basicamente em duas modalidades de atendimento:

• Suporte Básico à vida (SBV): caracteriza-se por não realizar manobras invasivas.

• Suporte Avançado à Vida (SAV): tem como característica a realização de procedimentos


invasivos de suporte ventilatório e circulatório, como, por exemplo, a intubação orotraqueal,
acesso venoso e administração de medicamentos.
O socorrista, ao decidir intervir em determinada ocorrência no ambiente pré-hospitalar, deverá seguir algumas
regras básicas de atendimento:

1) AVALIAR CUIDADOSAMENTE O CENÁRIO

Qual a situação? Observar, reconhecer e avaliar cuidadosamente os riscos que o ambiente oferece (para você, sua
equipe e terceiros – paciente, familiares, testemunhas, curiosos),

2) ACIONAR A EQUIPE DE RESGATE

Serviços especializado e autoridades competentes, caso seja necessário, conforme avaliação anterior. Não devemos
esquecer que solicitar o serviço de socorro pré-hospitalar profissional é tão importante quanto cuidar da própria
vítima.

3) SINALIZAR O LOCAL: isso é especialmente importante em casos de acidentes automobilísticos, portanto não
se esqueça de sinalizar a cena e torná-la o mais segura possível.

4) Utilizar BARREIRAS DE PROTEÇÃO contra doenças contagiosas. Ao examinar e manipular a vítima, o


socorrista deverá tomar todas as precauções para evitar a sua contaminação por agentes infecciosos, sangue,
secreções ou produtos químicos
5) RELACIONAR TESTEMUNHAS para sua própria proteção pessoal, profissional e legal enquanto prestador de
socorro.

6) ABORDAGEM E AVALIAÇÃO DA VÍTIMA

Após avaliar o ambiente e tomar todas as precauções de segurança e proteção individuais, o socorrista deverá se
identificar e se apresentar à vítima dizendo:

1- A AVALIAÇÃO INICIAL

A sequência A-B-C

A sequência C-A-B 

A sequência ABCDE
A AVALIAÇÃO INICIAL

1. SEGURANÇA DO LOCAL

2. RESPONSSIVIDADE

3. RESPIRAÇÃO +PULSO

4. PEDIDO DE AJUDA

RCP
2- A AVALIAÇÃO DIRIGIDA

1. Entrevista (paciente, familiares ou testemunhas);


2. Aferição dos sinais vitais; e
3. Exame físico

3- A AVALIAÇÃO FÍSICA DETALHADA

realizar o exame padronizado da cabeça aos pês,

4- A AVALIAÇÃO CONTINUADA

A avaliação ou assistência continuada e usualmente utilizada pelas equipes de


socorro pré-hospitalar
durante o transporte do paciente ate a unidade hospitalar mais adequada ao seu
tratamento definitivo.
Diferenças entre o suporte básico de vida,
atendimento pré hospitalar e primeiros socorros

• Suporte Básico de vida O treinamento de Suporte básico de vida ( reforça a compreensão dos
profissionais de saúde sobre a importância da RCP precoce e da desfibrilação, da realização da RCP, da
desobstrução do engasgo, do uso do DEA/DAE e do papel de cada elo da Cadeia de sobrevivência

• Atendimento Pré Hospitalar O atendimento pré hospitalar é aquele realizado por um profissional da área
médica, com o intuito de prestar a primeira assistência a vítimas de acidente ou acometidas por emergências
Clínicas

• Primeiros Socorros Podemos definir primeiros socorros como sendo os cuidados imediatos que devem ser
prestados rapidamente a uma pessoa, vítima de acidentes ou de mal súbito, cujo estado físico põe em perigo
a
sua vida com o fim de manter as funções vitais e evitar o agravamento de suas condições,
aplicando medidas e procedimentos até a chegada de assistência qualificada
A parada cardiorrespiratória
é caracterizada pela interrupção das atividades cardíacas e respiratórias, ficando o paciente
inconsciente e sem sinais de circulação sanguínea, como a ausência de pulso.
Sinais de parada cardiorrespiratória

A parada cardiorrespiratória deve ser diagnosticada de forma rápida e eficaz, de forma a garantir
a sobrevida e evitar lesões neurológicas no paciente. Diante disso, alguns sinais podem ser
observados nesse diagnóstico:

Ausência de pulso;

Ausência de movimentos respiratórios;

Inconsciência do paciente;

Cianose, que é a coloração azul-arroxeada de pele e mucosas.

Causas da parada cardiorrespiratória

Os casos de parada cardiorrespiratória súbita são raros. Na maioria dos casos, a parada
cardiorrespiratória está relacionada à doença cardiovascular em adultos.
Hipovolemia – diminuição do volume sanguíneo.

Hipóxia – falta de oxigenação.

Hipoglicemia – queda significativa da concentração de açúcar no sangue.

Hipocalemia – baixa concentração de potássio no sangue

Hipercalemia - alta concentração de potássio no

Hipotermia – a temperatura normal do

Trombose coronariana – infarto agudo do miocárdio. - tamponamento cardíaco

Trombose pulmonar Embolia pulmonar – ocorre devido ao bloqueio de uma artéria pulmonar.

Tensão no tórax (pneumotórax), entre outras. - Toxico ( substancia toxicas )


Suporte básico e avançado de vida para adultos
04 passos que salvam vidas

01 RECONHECIMENTO DA CENA

02 AJUDA

03 RCP DE ALTA QUALIDADE

04 DEA
Arritmias Cardíacas

Definição: As arritmias são distúrbios da freqüência e do ritmo cardíacos causados por alterações no
sistema de condução do coração.
RITMOS CHOCÁVEIS

🔹Taquicardia ventricular sem pulso (TV): é a sucessão rápida de batimentos ectópicos ventriculares,
que podem levar a deterioração hemodinâmica, chegando à ausência de pulso arterial palpável; sendo
assim considerada uma modalidade de parada cardíaca, devendo ser tratada com o mesmo vigor da
fibrilação ventricular

🔹Fibrilação ventricular (FV): é a contração incoordenada do miocárdio em consequência da atividade


caótica de diferentes grupos de fibras miocárdicas, resultando na ineficiência total do coração em manter um
rendimento de volume sanguíneo adequado
RITMOS NÃO CHOCÁVEIS

🔹Atividade elétrica sem pulso (AESP): é caracterizada pela ausência de pulso detectável na presença de algum
tipo de atividade elétrica, com exclusão de taquicardia ou FV.

🔹Assistolia (ausência de atividade elétrica): é a cessação de qualquer atividade elétrica ou mecânica dos
ventrículos. No eletrocardiograma (ECG) caracteriza-se pela ausência de qualquer atividade elétrica ventricular
observada em, pelo menos, duas derivações
Frequência de Pulso

• Conceito: PULSO é a expansão e contração alternada de uma artéria após a ejeção de um volume de
sangue na aorta com a contração do ventrículo esquerdo.

Pulso radial:

Localizado medialmente ao processo estilóide do rádio;


Emprega-se a polpa dos dedos indicador e médio
Polegar se fixa ao dorso do punho
Antebraço apoiado e em supinação

Em situações de emergência deve ser tomado sempre


o pulso central (pulso carotídeo), já que este não desaparece
em condições de baixa pressão sanguínea.
Artéria Femoral: pode-se sentir a pulsação abaixo do
ligamento inguinal, entre a espinha ilíaca anterossuperior
e a sínfise pubiana.

 O pulso da artéria braquial é palpável na parte anterior do


cotovelo, Pulso braquial: colocar a mão oposta por debaixo
do cotovelo do paciente e utilizar o polegar para palpar a
artéria braquial imediatamente medial ao tendão do
músculo bíceps, sendo que o braço do paciente deve
repousar com o cotovelo esticado e as palmas da mão para
cima.
 Artéria Poplítea: Suas pulsações são palpáveis na região
posterior do joelho. Abaixo dessa região a
artéria poplítea divide-se em dois ramos, que chegam até
o pé

O pulso da artéria tibial posterior é


palpado comprimindo-se a artéria contra a
face
posterior do maléolo medial.

Artéria Dorsal do Pé
A artéria dorsal do pé, também conhecida como artéria pediosa, é a
continuação da a. tibial anterior.  Passa pela a frente da articulação do
tornozelo ao longo do lado tibial do dorso do pé e estende-se até a
parte proximal do primeiro espaço intermetatasiano, onde se divide
em dois ramos, artéria arqueada e artéria plantar profunda
Ritmos não chocáveis
(aesp e assistolia )

Adrenalina na PCR (Vasoconstrição)


É razoável administrar adrenalina 1 mg IV na PCR a cada
3 a 5 min. Com 20 ml em bolo e espera de 10 a 20 segundos ( um ciclo sim / um ciclo não)

Ritmos chocáveis
TV FV sem pulso

Adrenalina e Amiodarona: 300 não entra em imediato apenas no segundo momento

Adrenalina administrar adrenalina 1 mg IV Com 20 ml em bolo e espera de 10 a 20 segundos

V.E ( via endotraqueal ) 2 mg

Amiodarona ( antiarrítmico ) refratário a 3 choques -- dose de ataque 300mg após 3 choques (e dose 150 mg no máximo 2
doses
Suporte Básico de Vida para Adultos e Qualidade da RCP: RCP
Aplicada por Socorrista Leigo

Pode-se considerar uma abordagem regionalizada para a ressuscitação por PCREH que inclua a utilização de centros
de ressuscitação cardíaca

Programas comunitários de DEAs para socorristas leigos

2015 (Atualizado): Recomenda-se implantar os programas de APD para pacientes com PCREH em locais públicos
onde
haja uma probabilidade relativamente alta de PCR presenciada (por exemplo, aeroportos, cassinos, instalações
esportivas).

Identificação de gasping pelo atendente/operador


As vítimas de PCR podem apresentar atividade semelhante a convulsão ou gasping, o que pode confundir os
possíveis socorristas.
Os atendentes devem ser treinados especificamente para identificar essas apresentações de PCR e possibilitar
o reconhecimento e a aplicação imediatos da RCP orientada por eles.
Ênfase nas compressões torácicas

2015 (Atualizado): Socorristas leigos sem treinamento devem fornecer RCP somente com as mãos, com ou sem
orientação de um atendente, para adultos vítimas de PCR. O socorrista deve continuar a RCP somente com compressão até
a chegada de um DEA ou de socorristas com treinamento adicional.

Todos os socorristas leigos devem, no mínimo, aplicar compressões torácicas em vítimas de PCR. Além disso, se o
socorrista leigo treinado puder realizar ventilações de resgate, as compressões e as ventilações devem ser aplicadas na
proporção de 30 compressões para cada 2 ventilações

Frequência das compressões torácicas

2015 (Atualizado): Em vítimas adultas de PCR, o correto


é que os socorristas apliquem compressões torácicas a uma frequência de 100 a 120/min.

Profundidade das compressões torácicas*

2015 (Atualizado): Durante a RCP manual, os socorristas devem aplicar compressões torácicas até uma profundidade de,
pelo menos, 2 polegadas (5 cm) para um adulto médio, evitando excesso na profundidade das compressões torácicas
(superiores a 2,4 polegadas (6 cm)).
Naloxona administrada por transeunte presente no local em casos de emergências potencialmente fatais associadas
a opioides

2015 (Novo): Em pacientes com dependência de opioides, conhecida ou suspeita, que não respondem, apresentam
respiração anormal, mas têm pulso, é adequado que socorristas leigos devidamente treinados e profissionais de
saúde capacitados para SBV, além da prestação dos cuidados básicos, administrem naloxona por via intramuscular
(IM) ou intranasal (IN).
O acesso IV é preferível em relação ao acesso IO

2020 (Novo): É aconselhável para os profissionais tentarem, primeiro, estabelecer o acesso IV para administração
de medica mento em PCR.

Suporte Básico de Vida para Adultos e Qualidade da


RCP: SBV Aplicado por Profissionais
de Saúde
Reconhecimento imediato e acionamento do serviço médico de emergência
2015 (Atualizado): Os profissionais de saúde devem pedir ajuda nas proximidades ao encontrarem uma vítima que
não responde, mas seria bastante prático o profissional de saúde
continuar a avaliar a respiração e o pulso simultaneamente antes de acionar totalmente o serviço médico de
emergência
(ou telefonar para pedir apoio).
Ênfase nas compressões torácicas

2015 (Atualizado): É sensato que os profissionais de saúde apliquem compressões torácicas e ventilação em todos os
pacientes adultos com PCR, seja por uma causa cardíaca ou não cardíaca. Além disso, os profissionais de saúde podem
adaptar a sequência de ações de resgate à causa mais provável da PCR.
Choque primeiro versus RCP primeiro

2015 (Atualizado): Em PCR de adultos presenciada, quando há um DEA disponível imediatamente, deve-se usar o
desfibrilador o mais rapidamente possível. Em adultos com PCR sem monitoramento ou quando não houver um
DEA prontamente disponível, deve-se iniciar a RCP enquanto o desfibrilador
é obtido e aplicado e tentar a desfibrilação, se indicada, assim que o dispositivo estiver pronto para uso.

A desfibrilação sequencial dupla não érecomendada

2020 (Novo): A utilidade da desfibrilação


sequencial dupla para ritmo chocável refratário não foi estabelecida

Velocidade das compressões torácicas: 100 a 120/min*

2015 (Atualizado): Em vítimas adultas de PCR, o correto é que os socorristas apliquem compressões torácicas
a uma frequência de 100 a 120/min.

Profundidade das compressões torácicas*

2015 (Atualizado): Durante a RCP manual, os socorristas devem aplicar compressões torácicas até uma
profundidade de, pelo menos, 2 polegadas (5 cm) para um adulto médio, evitando excesso na profundidade das
compressões torácicas (superiores a 2,4 polegadas (6 cm)).
Retorno do tórax*

2015 (Atualizado): Os socorristas devem evitar apoiar-se sobre o tórax entre as


compressões, para permitir o retorno total da parede do tórax em adultos com PCR.

Minimização de interrupções nas compressões torácicas*

2015 (Reconfirmação de 2010): Os socorristas devem tentar minimizar a frequência e


a duração das interrupções das compressões, para maximizar o número de compressões
aplicadas por minuto.

Ventilação durante a RCP com via aérea avançada

2015 (Atualizado): O socorrista pode administrar 1 ventilação a cada 6 segundos (10


respirações por minuto), enquanto são aplicadas compressões torácicas contínuas (ou
seja, durante a RCP com via aérea avançada).
Suporte Avançado de Vida Cardiovascular para Adultos

Vasopressores para ressuscitação: Vasopressina

A vasopressina em combinação coma epinefrina não oferece nenhuma vantagem como substituto da dose
padrão de epinefrina em PCR.

Vasopressores para ressuscitação: Epinefrina

Pode-se administrar epinefrina, tão logo possível após o início da PCR devido a um ritmo inicial não chocável

ETCO2 para previsão do fracasso da ressuscitação

2015 (Novo): Em pacientes intubados, a incapacidade de obter um ETCO2 superior a 10 mmHg por
capnografia com forma de onda após 20 minutos de RCP pode ser considerada um componente de uma
abordagem multimodal para decidir quando terminar os esforços de ressuscitação, mas não deve ser utilizada
isoladamente.

2020 (Atualizado): Pode ser aconselhá vel usar parâmetros fisiológicos, como pressão arterial ou ETCO2,
quando viável para monitorar e otimizar a qualidade da RCP.
RCP extracorpórea

A ECPR pode ser considerada entre determinados pacientes com PCR que não tenham respondido à RCP
convencional inicial, em ambientes em que se possa implementá-la rapidamente.

Tratamento medicamentoso pós-PCR: Lidocaína

Não há evidências adequadas que respaldem o uso rotineiro de lidocaína após a PCR. No entanto, pode-se
considerar o início ou a continuação da lidocaína imediatamente após a RCE causada por uma PCR devida a
FV/TVSP

Cuidados Pós-PCR

Angiografia coronária

A angiografia coronária deve ser realizada em caráter de emergência (em vez de ao final do período de internação
ou de simplesmente não realizá-la) para pacientes com PCREH com suspeita de PCR de etiologia cardíaca
e supradesnivelamento do segmento ST no ECG.
Controle direcionado da temperatura

Todos os pacientes adultos comatosos (ou seja, sem resposta sensata a comandos verbais) com RCE após a PCR
devem ser submetidos ao CDT (controle direcionado de temperatura), tendo como temperatura-alvo entre 32 °C e
36 °C, mantida constantemente durante pelo menos 24 horas.

Prognóstico após PCR

O período mínimo para avaliar o prognóstico de um desfecho neurológico ruim por meio de exame clínico em
pacientes não tratados com CDT é de 72 horas após a PCR, mas esse período pode ser ainda maior após a PCR se
houver suspeita de que o efeito residual da sedação ou paralisia possa confundir o exame clínico

Doação de órgãos

Todos os pacientes que são ressuscitados de uma PCR, mas que posteriormente evoluem para morte ou morte
cerebral, devem ser avaliados como possíveis doadores de órgãos

Atendimento e suporte durante a recuperação

2020 (Novo): Recomendamos que os sobreviventes de PCR tenham avaliação de reabilitação multimodal e
tratamento para prejuízos fisiológicos, neurológicos e cognitivos antes da alta do hospital
Tratamento da overdose de opioides

A administração empírica de naloxona IM


ou IN em todas as vítimas que não
respondem em uma emergência
potencialmente fatal, possivelmente
associada a opioides
PCR durante a gravidez: Administração de RCP
As prioridades para as mulheres grávidas em PCR são a administração de RCP de alta
qualidade e o alívio
da compressão aortocava. Se a altura do fundo for igual ou superior ao nível do umbigo,
o deslocamento manual do útero para a esquerda pode ser benéfico para o alívio da
compressão aortocava durante as compressões torácicas
PCR durante a gravidez: Cesariana de emergência
Em situações como trauma materno sem chance de sobrevivência ou ausência de pulso materno
prolongada, em que os esforços de ressuscitação da mãe são, obviamente, inúteis, não há nenhuma razão
para retardar
a realização de uma cesariana perimorte (CPM). A CPM deve ser considerada aos 4 minutos após o início da
PCR materna ou dos esforços de ressuscitação (para PCR não presenciada) se não houver RCE materna.

PCR durante a gravidez 2020

• 2020 (Novo): Como as pacientes grávidas são mais propensas à hipóxia, a oxigenação e o manejo da via
aérea devem ser priorizados durante a ressuscitação de uma PCR durante a gravidez.
• 2020 (Novo): Devido à possível interferência na ressuscitação materna, o monitoramento do feto deve ser
ignorado durante a PCR na gravidez.
• 2020 (Novo): Recomendamos o controle direcionado da temperatura para mulhe res grávidas que
permanecerem em coma depois da ressuscitação de uma PCR
Suporte Básico de Vida em Pediatria e Qualidade da RCP

Profundidade das compressões torácicas

30 compre / 2 ventil um socorrista .

Crianças

15 compre / 2 ventil dois socorrista .

Taxa das compressões torácicas

Para maximizar a simplicidade do treinamento em RCP, aconselha-


se usar em bebês e crianças a velocidade de compressões torácicas
recomendada para adultos de 100 a 120/min
Profundidade das compressões torácicas

no mínimo 1/3 do diâmetro anteroposterior


Crianças
do tórax -cerca 2 polegadas (5 cm)

RCP somente com compressão

PCR pediátricas exige ventilação como parte de uma RCP eficaz.


No entanto, como a RCP somente com compressão pode
ser eficaz em pacientes com PCR, se os socorristas não forem capazes de administrar
ventilações.
Suporte Avançado de Vida em Pediatria

Monitoramento hemodinâmico invasivo durante a RCP

Se houver monitoramento hemodinâmico invasivo no momento da PCR em uma criança,


pode-se usá-lo para manter a qualidade da RCP.

Medicamentos antiarrítmicos para FV refratária ao choque ou TV sem pulso


Suporte Avançado de Vida em Pediatria
A amiodarona ou a lidocaína são igualmente aceitáveis para o tratamento da FV refratária
)

ao choque ou da TVSP em crianças.

Ênfase na administração precoce da epinefrina

Para pacientes pediátri cos em qualquer situação, é aconselhável administrar a dose


inicial de epinefrina em até cinco minutos depois do início das compressões torácicas.
Controle direcionado da temperatura
Em crianças comatosas nos primeiros dias após a PCR monitore a temperatura
continuamente.
O tratamento devem manter 5 dias de
normotermia (36 °C a 37,5 °C) ou 2 dias de hipotermia contínua inicial (32 °C a
34 °C), seguido de 3 dias de normotermia.

OBS: pcr em pediatria respiração eficácia: elevação do tórax.


causa mais comum de obstrução de vias aéreas e ventilação inadequada durante a
ressuscitação é a abertura inapropriada de vias aéreas.
se respirações de resgate não produzem expansão torácica, apesar de várias
tentativas de abertura de vias aéreas pensar em obstrução de vias aéreas por corpo
estranho.
REANIMAÇÃO NEONATAL

A reanimação neonatal é mais eficaz quando há um sistema simples, organizado e eficiente


estabelecido na área de parto

Todo nascimento deve ser acompanhado de pelo menos um profis sional que possa realizar as
etapas iniciais de ressuscitação de recém-nascido e iniciar VPP e cuja única responsabilidade
seja o atendimento ao recém-nascido.

Causas

A asfixia é a principal razão para reanimação neonatal. Quando o bebê é privado de oxigênio,
ocorre um período inicial de respirações rápidas seguido pela cessação das respirações,
diminuição da freqüência cardíaca, diminuição do tônus neuromuscular e o bebê entra em
apnéia primária.
Apnéia Primária

A asfixia intra-uterina pode resultar na passagem de mecônio, taquicardia fetal, perda da


variabilidade, desacelerações tardias ou bradicardia prolongada.

2. Bebês nascidos com apneia primária necessitarão de estímulos sensoriais (tátil ou


ventilação com pressão positiva) para iniciar as respirações.

3. Pode ocorrer intra-útero ou após o parto.

Apnéia Secundária

1. A apnéia secundária ocorre quando a apnéia primária não tiver sido solucionada. A
freqüência cardíacab continua a cair cada vez mais ), a pressão arterial cai, o bebê torna-
se fraco e ocorrem ofegos espontâneos
Pode ocorrer intra-útero ou após o parto.

No nascimento, esses recém-nascidos estão pálidos, flácidos e bradicárdicos. As


respirações espontâneas não ocorrerão com estímulos sensoriais por causa de
alterações bioquímicas, neurológicas e circulatórias, se
ocorrerem.

Tratamento do cordão umbilical: Clipagem retardada do cordão

A clipagem retardada do cordão após 30 segundos é indicada para bebês prematuros e


nascidos
a termo que não necessitam de ressuscitação ao nascimento. e podem ser avaliados e
monitorados durante o contato pele com pele com a mãe no nascimento.
Controle da temperatura

A prevenção da hipotermia é um foco importante para a ressuscitação neonatal.


A importância do contato de pele com pele em bebês saudáveis é reforçada como meio de
promover o vínculo parental, a amamentação e a normotermia.

Limpeza da via aérea quando o


mecônio está presente

Para recém-nascidos não vigorosos (com apneia ou esforço de respiração ineficaz) nascidos
com líquido amniótico meconial, a laringoscopia de o retorno da frequência cardíaca e todas
rotina com ou sem aspiração endotraqueal não é recomendada

Para recém-nascidos não vigorosos nascidos com líquido amniótico meconial com evidências
de obstrução de via aérea durante a VPP, intubação e aspi ração traqueal podem ser benéficas.
Acesso vascular

Para bebês que precisam de acesso vascular no momento do parto, a veia umbilical
é a via recomendada. Se o acesso IV não for viável, pode ser aconselhável usar o
acesso IO.
PROFUNDIDADE DAS COMPRESSÕES TORÁCICAS

no mínimo 1/3 do diâmetro anteroposterior


bebês
do tórax -cerca 1,5 polegadas (4 cm)

RELAÇÃO COMPRESSÃO E VENTILAÇÃO (ATÉ A


COLOCAÇÃO DA VIA AÉREA AVANÇADA)

bebês 30:2 -> Um socorrista


15:2 -> 2 socorristas
Término da ressuscitação

Em bebês recém-nascidos que recebem ressuscitação, se não houver o retorno da


frequência cardíaca e todas as etapas de ressuscitação tiverem sido realizadas, o
encerramento dos esforços de ressuscitação deverão ser discutidos entre a equipe de
saúde e a família. Um período razoável para essa consideração nas metas de
tratamento é de 20 minutos depois do
ENGASGAMENTO

Engasgamento é a obstrução das vias aéreas


por corpo estranho sólido ou líquido:
• Leite;
•Vômito;
• Sangue;
• Resto de alimento;
• Outros fluidos.
Técnicas de desengasgo

Adultos

Se a vítima estiver consciente, oriente-a para


que tussa forte sem parar.

realizar a
manobra de Heimlich.

Se a vítima não desengasgar, acione o socorro


especializado
Manobra de Heimlich

É a compressão abdominal para


desobstrução das vias aéreas através da
compressão do diafragma.
1- identificar o engasgo e oferecer ajuda
2- posicionar atras a vitima e afastar os pês na altura dos
ombros.
3- posicionar a mão dominante fechada acima da cicatriz
umbilical
4- posicionar a outra mão cobrindo a primeira
5- aplicar golpes fortes em J de fora p/ dentro e de baixo
para cima

6- repetir o passo 5 ate a vitima expelir o objeto ou ate


evoluir para inconsciência
Em caso de gestante ou
pessoas obesas ou vítima
obesa a compressão deve ser
feita ao centro do tórax na
região do esterno
Realizando a
manobra de
Heimlich com a
vítima deitada

Posicione as mãos,
deixando uma sobre a outra.
Faça pressão sobre o
abdômen do indivíduo
E se a vítima desmaiar ou sofrer uma parada
cardíaca?
• Solicite o serviço de emergência;
• Posicione a vítima deitada em uma
superfície rígida;
• Inicie a reanimação cardiopulmonar RCP
Realizando a manobra de Heimlich em bebês

Segure o rosto do bebê


para baixo. Primeiro,
encontre uma superfície
firme e coloque-o com o
rosto para baixo
Dê cinco golpes
rápidos nas costas do
pequeno, utilizando a
parte que liga o
punho à mão, e entre
as omoplatas dele.
Vire o bebê. Se
nada sair, vire-o e
apoie a cabeça com
sua mão
Dê cinco estocadas no
peito da criança.
Coloque os dedos na
parte inferior do
esterno, deixando a
mão bem no meio
desse osso, não nas
laterais.
AVC isquêmico e hemorrágico?

O Acidente Vascular Cerebral, mais


conhecido pela sigla AVC, é uma
séria condição médica que acontece
quando o suprimento de sangue que
vai para o cérebro é rompido.

AVC Isquêmico
Esse tipo de AVC ocorre quando há a
falta de sangue em uma região do
cérebro devido a uma obstrução em um
vaso sanguíneo, o que pode motivar
sequelas graves ou até mesmo a morte
do paciente se ele não for socorrido a
tempo.
Medicamentos em comprimidos, como AAS,
Clopidogrel e Sinvastatina: usados em casos de
suspeita deste tipo de AVC ou isquemia transitória,

Realização da trombólise, com injeção de APt: (Ativador


do plasminogênio tecidual) é uma enzima que deve ser
administrada somente quando o AVC isquêmico já está
confirmado com tomografia, devendo ser utilizada nas
primeiras 4 horas,
Controle da pressão arterial, com anti-hipertensivos,
como captopril: é feito nos casos em que a pressão
arterial está elevada, para impedir que esta pressão alta
piore a oxigenação e circulação de sangue no cérebro;

Monitorização: deve-se monitorizar e controlar os sinais


vitais da pessoa que teve AVC, observando os batimentos
cardíacos, a pressão, a oxigenação do sangue, a glicemia
e a temperatura do corpo,
AVC Hemorrágico
É caracterizado pelo sangramento em uma
parte do cérebro causado por uma ruptura de
um vaso sanguíneo cerebral. A principal
causa desse tipo de derrame é a pressão alta,
aneurisma, distúrbios na coagulação
sanguínea e aterosclerose.

Sintomas
Os sinais e sintomas são sempre súbitos e
podem ser: fraqueza de um lado do corpo,
perda da sensibilidade ou do campo visual
de um ou ambos os olhos, tontura,
dificuldade para falar ou para compreender
palavras simples e até mesmo a perda da
consciência ou crises convulsivas
Tratamento para AVC hemorrágico

o tratamento é feito controlando a pressão arterial, como


anti-hipertensivos, além do uso de catéter de oxigênio e
monitorização dos sinais vitais para que o sangramento
seja controlado de forma mais rápida

Nos casos mais graves, em que há rompimento completo


da artéria e é difícil parar o sangramento, pode ser
necessário fazer uma cirurgia cerebral de emergência para
encontrar o local do sangramento e corrigi-lo

Em casos de AVC hemorrágico grande, também pode ser


feita a cirurgia de descompressão cerebral, pois é comum
haver irritação e inchaço do cérebro pelo sangramento
Quais os sintomas?

Fraqueza ou adormecimento em apenas um lado do corpo, dificuldade para falar


e/ou entender coisas simples, engolir, andar e enxergar, tontura, perda da força da
musculatura do rosto ficando com a boca torta, dor de cabeça intensa e perda da
coordenação motora.

Como é a recuperação do AVC

Geralmente, após se ter controlado os sintomas do AVC agudo, é necessária uma


internação hospitalar por cerca de 5 a 10 dias, o que varia de acordo com o estado
clínico de cada pessoa, para ficar em observação, de forma a garantir uma
recuperação inicial e para avaliar quais as consequências que resultaram do AVC.
HEMORRAGIAS

A hemorragia é a perda de
sangue que acontece após um
ferimento, pancada ou alguma
doença, devido ao rompimento
de vasos da circulação
sanguínea.
Como acontece a hemorragia

A hemorragia acontece devido a uma lesão de diferentes vasos da circulação sanguínea,


podendo ser classificada como
Capilar

É o sangramento mais comum, que acontece no dia-a-dia, geralmente, devido a pequenos cortes ou
escoriações, em que apenas os pequenos vasos que chegam até a superfície do corpo, chamados de
capilares, são atingidos.

O que fazer: como este tipo de hemorragia é leve e de pequena quantidade, o sangramento costuma
parar apenas com a aplicação de alguma pressão no local por 5 minutos.

Venosa

É a hemorragia que acontece devido a algum corte grande ou mais profundo, com sangramento em
fluxo contínuo e lento, por vezes de grande volume, através da ferida.

O que fazer: este tipo de sangramento só é grave quando se atinge uma veia de grosso calibre, e, por
isso, costuma parar com a compressão do local, com um pano limpo. Deve-se procurar o pronto-socorro
pois, geralmente, é necessária a realização de uma sutura da ferida para que não haja risco de infecção
ou novo sangramento
Arterial

É o tipo de hemorragia em que são atingidas as artérias, isto é, os vasos que levam
sangue do coração ao resto do corpo e, por isso, têm sangue vermelho vivo, com
grande fluxo e intensidade. O sangramento arterial é o tipo mais grave, e pode, até,
provocar jatos de sangue para locais distantes do corpo e risco de morte.

O que fazer: como é um sangramento grave, deve ser parado o mais rápido
possível, com a compressão forte do local com panos limpos ou com a realização
de um torniquete, pois é uma hemorragia de mais difícil controle. Deve-se ir
rapidamente ao pronto-socorro ou ligar para o 192.
Sinais e sintomas da hemorragia

Os sintomas provocados por um sangramento dependem não só da


origem, mas também da sua localização, podendo ser classificada em:
Hemorragia externa

Quando a hemorragia é externa pode-se, facilmente, notar a sua presença, pela exteriorização de sangue. Sua
quantidade e intensidade depende do tipo de vaso afetado, e se é uma região do corpo com muitos vasos.

Hemorragia interna

Quando é interna, pode ser mais difícil de identificar, porém os sinais que indicam a presença de uma
hemorragia deste tipo são:

Palidez e cansaço;
Pulso rápido e fraco;
Respiração acelerada;
Muita sede;
Queda da pressão;
Náuseas ou vômitos com sangue;
Confusão mental ou desmaios;
Muita dor do abdômen, que fica endurecido
Outros tipos de hemorragia
Existem ainda, alguns exemplos de hemorragias internas que se exteriorizam, e os
mais comuns incluem:
Nas fezes, devido a uma lesão no intestino ou hemorroidas, por exemplo, que é a
hemorragia digestiva baixa;
Na tosse, também conhecida como hemoptise, que acontece devido a infecções
respiratórias, lesões nos pulmões ou câncer, por exemplo;
No útero, devido a alterações menstruais ou miomas, por exemplo;
Na urina, causado por infecções ou cálculos urinários;
No nariz, ou epistaxe, devido a espirros ou irritação da mucosa do nariz, por
exemplo
Torniquetes e controle de hemorragias

Os torniquetes deverão ser utilizados como


um último recurso e, somente, para controlar
os sangramentos provocados por ferimentos
graves nas extremidades, quando todos os
outros métodos de controle falharem

Lembre-se também que não se deve aplicar


torniquetes sobre áreas de articulação
(cotovelos e joelhos). A localização mais
segura e efetiva para a colocação do
torniquete é cerca de 5 cm acima do local da
lesão.
colocar um torniquete resulta em perda da extremidade ?

A verdade é que a perda de um membro inferior ou superior é extremamente raro. O


perigo de hemorragia, de longe, é mais alto do que o mínimo risco de perda do
membro. E a vida é mais importante que um braço, ou uma perna.

As complicações podem surgir do uso de torniquetes, incluindo lesões nervosas, dor,


síndrome compartimental, lesões por pressão, queimaduras químicas e necrose tecidual.

Quando um torniquete é aplicado corretamente, pode ficar por 6-8 horas sem o paciente
correr riscos de perder a extremidade. Isso significa que ele para o fluxo ARTERIAL e
VENOSO. Mas se um torniquete estiver frouxo, ele para veias e não artérias.
Choques

O choque é uma situação que surge quando a quantidade de oxigênio no corpo está muito
baixa e toxinas vão se acumulando, podendo causar lesões em vários órgãos e colocando a
vida em risco.

O estado de choque pode surgir por diversas causas e, para cada caso, o choque tem uma
definição específica, como choque anafilático, séptico ou hipovolêmico, por exemplo

Choque séptico

Este tipo de choque, também conhecido como septicemia, surge quando uma
infecção, que estava localizada em apenas um local, consegue chegar até o sangue e
se espalha por todo o corpo, afetando vários órgãos. Geralmente, o choque séptico é
mais frequente em pessoas com o sistema imune enfraquecido
Possíveis sintomas:

podem surgir sinais como febre acima de 40ª C, convulsões, frequência cardíaca muito
elevada, respiração rápida e desmaio. Veja outros sintomas do choque séptico.

Como tratar: o tratamento é feito com o uso de antibióticos, como Amoxicilina ou


Azitromicina, diretamente na veia.
Choque anafilático

O choque anafilático acontece em pessoas que têm uma alergia muito grave em picadas de
abelha , por exemplo. Este tipo de choque provoca uma resposta exagerada do sistema
imune, gerando inflamação do sistema respiratório.

Possíveis sintomas: é muito comum sentir inchaço exagerado do rosto, dificuldade para
respirar e aumento dos batimentos cardíacos.

.
Como tratar: é necessária uma injeção de adrenalina o mais rápido possível para parar os
sintomas e evitar que a pessoa fique sem conseguir respirar

choque hipovolêmico

O choque hipovolêmico surge quando não existe sangue suficiente para levar o oxigênio até
aos órgãos mais importantes como o coração e cérebro. Normalmente, este tipo de choque
aparece após um acidente quando existe uma hemorragia grave, que tanto pode ser externa
como interna.

Possíveis sintomas: alguns sintomas incluem dor de cabeça leve, cansaço excessivo,
tonturas, náuseas, pele pálida e fria, sensação de desmaio e lábios azulados

Como tratar: quase sempre é necessário fazer uma transfusão de sangue para repor a
quantidade de sangue perdida, assim como tratar a causa que levou ao surgimento da
hemorragia. Por isso, deve-se ir ao hospital se existir suspeita de uma hemorragia.
Choque cardiogênico

Este tipo de choque acontece quando o coração deixa de ser capaz de bombear o sangue
pelo corpo e, por isso, é mais frequente após um caso de infarto, intoxicação por
medicamentos ou infecção generalizada.

Possíveis sintomas: normalmente surge palidez, aumento dos batimentos cardíacos,


diminuição da pressão arterial, sonolência e diminuição da quantidade de urina.

Como tratar: precisa ser tratado o mais rápido possível no hospital para evitar uma
parada cardíaca, sendo necessário ficar internado para fazer medicamentos na veia ou
fazer uma cirurgia cardíaca
Choque neurogênico

O choque neurogênico aparece quando existe uma perda repentina dos sinais nervosos do
sistema nervoso, deixando de enervar os músculos do corpo e os vasos sanguíneos.

Possíveis sintomas: podem incluir dificuldade para respirar, diminuição do batimento


cardíaco, tonturas, sensação de desmaio, dor no peito e diminuição da temperatura
corporal, por exemplo.

Como tratar: o tratamento deve ser iniciado rapidamente no hospital com administração
de remédios diretamente na veia para controlar os sintomas e cirurgia para corrigir lesões
na medula ou cérebro, se necessário.
TRAUMAS MÚSCULO-ESQUELÉTICOS

O que é entorse
Uma entorse é uma lesão ligamentar
(dos ligamentos) que ocorre,
habitualmente, após uma torção. Os
ligamentos são estruturas elásticas
que permitem manter a articulação
na sua posição correta. Os
ligamentos, que constituem os
estabilizadores, são os principais
responsáveis pela estabilidade da
articulação,
Como a entorse é diagnosticada

Para diagnosticar a entorse o paciente deve consultar um médico que realizará um exame
clínico e radiografia. Só assim é possível identificar o quadro e sua gravidade.

Quais os sintomas da entorse

Os sintomas dependem da intensidade da lesão: leve (grau 1), moderada (grau 2) e grave
(grau 3). Mas, em geral, os sinais de entorse envolvem:

inchaço;
dor;
instabilidade do membro afetado.
Qual o tratamento de entorse
O tratamento de entorse de grau 1 consiste, basicamente, em repouso, compressas de gelo e
uso de antiinflamatório e analgésico.
LUXAÇÕES

A luxação pode ser quando um osso sai por completo de sua posição anatômica correta. Pode
acontecer com qualquer articulação do corpo, como ombro, cotovelo, joelho, tornozelo e
dedos, por exemplo.

Causas : As luxações ocorrem, em sua maioria, em decorrência de algum trauma no membro


ou articulação,

Sintomas: Os sintomas de uma primeira luxação, geralmente traumática, envolvem dor


associada a limitação de movimentos da articulação em questão. Pode haver também alguma
deformidade local aparente, além de eventuais inchaços e possíveis hematomas.

Diagnóstico: O diagnóstico da luxação é feito por avaliação médica, o que inclui exame
físico e uma avaliação por imagem complementar, como uma radiografia.
O que são fraturas?

Fraturas são lesões que causam rompimento ou trincamento de um osso. Elas podem ser
fechadas, quando o osso não é exposto, ou abertas, quando há rompimento da pele.
Tipos de fraturas

Existem diversos tipos de fraturas, mas na


prática, para quem vai prestar os primeiros
socorros, o que vale saber são esses 2 tipos:

Fechadas –  Quando, apesar do choque, deixam


a pele intacta. Nesse caso, não é possível ter
certeza se realmente houve uma fratura
Abertas (expostas) – Ocorre quando o osso quebra e se
desloca, perfurando a pele.
Sintomas de fraturas

– Incapacidade total ou parcial de movimentos


– Dor ao tentar movimentar o local
– Inchaço na área atingida
– Posição anormal do membro atingido (fora da posição
anatômica)
O que fazer em caso de fratura?

• Faça um primeiro diagnóstico visual


observando o que aconteceu. Se a
pessoa sofreu uma fratura, ela sentirá
muita dor no local ao apalpá-lo ou
movimentá-lo, ou nem conseguirá fazê-
lo.
• Imobilize o local – o lugar fraturado
não pode ser mexido. Precisa ser
imobilizado na forma que estiver.
Em caso de fratura exposta?

Imobilize o membro como ele está. Não


tente colocar o osso no lugar!
Em fraturas expostas haverá a perda de
sangue. Por isso, além de fazer a
imobilização, é preciso também controlar a
hemorragia (se for necessário faça um
torniquete, jamais sobre a fratura).
Afaste as roupas. Se precisar,
rasgue ou corte para evitar de
mexer na área lesionada.
Após controlar a hemorragia,
cubra o local de sangramento
com um pano limpo
ou gaze (que deve estar no
seu kit de primeiros socorros),
para evitar o contato com o
ambiente.
Com possibilidade de deslocamento
Se houve a fratura, mas ela
aconteceu em uma parte do corpo
que não impede que você se
desloque, como braços, mãos, nesse
caso:
Faça a imobilização do local
seguindo as instruções acima e
procure atendimento médico.
INTOXICAÇÕES E ENVENENAMENTOS
Substâncias comuns nas intoxicações
Produtos químicos utilizados em limpeza doméstica e de laboratório.
Venenos utilizados no lar (como raticidas, por exemplo).
Entorpecentes e medicamentos em geral.
Alimentos deteriorados.
Gases tóxicos.
ntoxicações e Envenenamentos
Vias de penetração
Boca
Ingestão de qualquer tipo de substância tóxica (química ou natural).
Pele
Contato direto com plantas ou substâncias químicas tóxicas.
Vias respiratórias
Aspiração de vapores ou gases emanados de substâncias tóxicas.
O que fazer

Nos casos de intoxicação por contato (pele):

Lavar abundantemente o local afetado com água corrente.


Se os olhos forem afetados: lavar com água corrente durante 15 minutos e cobri-los, sem pressão, com pano
limpo ou gaze;
Encaminhar ao serviço médico (pronto socorro ou hospital).

Nos casos de intoxicação por inalação:

Remover a vítima para local arejado.


Encaminhar ao serviço médico (pronto socorro ou hospital).

Nos casos de intoxicação por ingestão:

Não provocar vômito.


Não oferecer água, leite ou qualquer outro líquido.
Encaminhar, com urgência, para serviço médico (pronto socorro ou hospital).
Amputações Traumáticas

As amputações são definidas como lesões em


que há a separação de um membro ou de uma
estrutura protuberante do corpo.

. Amputação completa ou total: o segmento é


totalmente separado do corpo.

2. Amputação parcial: o segmento tem 50% ou


mais de área de solução de continuidade com o
corpo.

3. Desenluvamento: quando a pele e o tecido


adiposo são arrancados sem lesão do tecido
subjacente.
Abrir vias aéreas e prestar assistência ventilatória, caso necessário.

2. Controlar a hemorragia.

3. Tratar o estado de choque, caso este esteja presente.

4. Cuidados com o segmento amputado.

5. Cobrir a área ferida com compressa úmida em solução salina.

6. Proteger o membro amputado com dois sacos plásticos.

7. Colocar o saco plástico em recipiente de isopor com gelo ou água gelada.


CONVULSÃO
As convulsões, ou crises convulsivas,
acontecem devido a descargas elétricas
anormais no cérebro, que levam à contração
involuntária de vários músculos do corpo.

Como identificar uma convulsão

O sinal mais típico de uma convulsão é a presença


de movimentos bruscos e descontrolados de todo o
corpo.
Assim, outros sintomas que podem indicar uma
convulsão incluem:

Perda da consciência com desmaio;


Aumento da produção de saliva;
Perda de controlo dos esfíncteres;
Olhar ausente ou olhos fixos na parte superior ou
lateral.
Durante uma crise de convulsão é aconselhado que:

Deite a pessoa no chão, para evitar uma queda durante a crise convulsiva;

Coloque a pessoa deitada de lado, para evitar que possa se engasgar com a própria
língua ou com vômito;

Dê espaço para a pessoa, afastando objetos que estejam próximos e que possam causar
lesões, como mesas ou cadeiras;

Desaperte roupas apertadas, se possível, principalmente em volta do pescoço, como


camisas ou gravatas;

Mantenha a calma e espere que a crise passe.


O que não se deve fazer

Durante uma crise convulsiva deve-se evitar:

Tentar imobilizar a pessoa ou amarrar os membros, pois pode resultar em fraturas


ou outras lesões;

Colocar a mão na boca da pessoa, assim como objetos ou panos;

Dar de comer ou beber até que a pessoa esteja completamente alerta, mesmo que
se desconfie de uma diminuição de açúcar no sangue.

Após a convulsão é normal que a pessoa se sinta confusa e não lembre do que
aconteceu, por isso também é muito importante não abandonar a pessoa até que
recupere completamente a consciência
DESMAIO
O desmaio, também conhecido como síncope, é
definido como a perda temporário dos sentidos.
Normalmente, é resultado da diminuição do
fluxo sanguíneo no cérebro,

Os primeiros sintomas do desmaio envolvem


súbita fraqueza, tontura e vertigem. Quando
falamos de síncopes provocadas por problemas
mais graves, os sinais envolvem dor no peito e
falta de ar
Deite a pessoa no chão, de barriga para cima, e eleve as pernas dela em relação ao corpo
e a cabeça

Coloque a cabeça da vítima de lado, para assim, facilitar a respiração e evitar asfixia
devido ao risco de vômito

Afrouxe as roupas e abra os botões/zíperes para facilitar a respiração da pessoa;


Comunique-se com as pessoas, mesmo que ela não responda

Cheque se há possíveis lesões causadas pela queda e, em caso de sangramento, faça o


máximo possível para estancar a hemorragia

Assim que a vítima recobrar a consciência, coloque açúcar diretamente em sua boca.
QUEIMADURAS

Queimadura é toda lesão provocada pelo contato direto


com alguma fonte de calor ou frio, produtos químicos,
corrente elétrica, radiação, ou mesmo alguns animais e
plantas (como larvas, água-viva, urtiga), entre outros.

Tipos de queimaduras:

- Queimaduras térmicas: são provocadas por fontes de


calor como o fogo, líquidos ferventes, vapores,
objetos quentes e excesso de exposição ao sol

- Queimaduras químicas: são provocadas por


substância química em contato com a pele ou mesmo
através das roupas

- Queimaduras por eletricidade: são provocadas por


descargas elétricas.
Quanto à profundidade, as queimaduras podem ser
classificadas como:

- 1º grau: atingem as camadas superficiais da pele.


Apresentam vermelhidão, inchaço e dor local
suportável, sem a formação de bolhas

- 2º grau: atingem as camadas mais profundas da pele.


Apresentam bolhas, pele avermelhada, manchada ou com
coloração variável, dor, inchaço, despreendimento de
camadas da pele e possível estado de choque.

3º grau: atingem todas as camadas da pele e podem


chegar aos ossos. Apresentam pouca ou nenhuma dor e a
pele branca ou carbonizada.
Primeiros socorros:

Colocar a parte queimada debaixo da água corrente fria, com


jato suave, por, aproximadamente, dez minutos. Compressas
úmidas e frias também são indicadas.

No caso de queimaduras em grandes extensões do corpo, por


substâncias químicas ou eletricidade, a vítima necessita de
cuidados médicos urgentes.

- nunca toque a queimadura com as mãos;


- nunca fure bolhas;
- nunca tente descolar tecidos grudados na pele queimada;
- nunca retire corpos estranhos ou graxa do local queimado;
- nunca coloque manteiga, pó de café, creme dental ou
qualquer outra substância sobre a queimadura – somente o
médico sabe o que deve ser aplicado sobre o local afetado.
Primeiros socorros para afogamento

Durante o afogamento a função respiratória


fica prejudicada devido a entrada de água pelo
nariz e boca. Se não houver resgate
rapidamente, pode acontecer obstrução das
vias respiratórias

Reconhecer o afogamento, observando


se a pessoa está com os braços
estendidos, lutando para não ficar
debaixo da água, pois muitas vezes, por
causa do desespero a pessoa nem sempre
consegue gritar ou chamar por ajuda
Pedir ajuda para outra pessoa que esteja próxima ao local, para que ambas possam seguir
com o socorro

Ligar imediatamente para a ambulância dos bombeiros no 193, caso não seja possível,
deve-se ligar para SAMU no 192

Fornecer algum material flutuante para a pessoa que esteja se afogando, com auxílio de
garrafas de plástico, pranchas de surf e materiais de isopor ou de espumas

Tentar realizar o socorro sem entrar na água.


Apenas entrar na água se souber nadar;

Caso a pessoa seja retirada da água, é importante verificar a respiração, observando os


movimentos do tórax, ouvindo o som do ar saindo pelo nariz e sentindo o ar que sai pelo
nariz.

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