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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

DIRETORIA GERAL DE SOCORRO DE EMERGÊCIA


SEÇÃO DE TREINAMENTO, ENSINO E PESQUSA

ATENDIMENTO PRÉ-
HOSPITALAR EM ÁREAS
REMOTAS
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
DIRETORIA GERAL DE SOCORRO DE EMERGÊCIA
SEÇÃO DE TREINAMENTO, ENSINO E PESQUSA

Avaliação da vítima de
Trauma
Avaliação da Cena
• Segurança da cena (uso de EPI)
• Cinemática
• Número de vítimas
• Riscos adicionais
• Necessidade de apoio
Avaliação Primária

https://books.allogy.com/web/tenant/8/books/b4b7db87-a4f1-4518-a7b2-d1be3d5703c0/
M – Hemorragia Massiva
A – Vias Aéreas e Estabilização Cervical
A – Vias Aéreas e Estabilização Cervical
• Permitir que uma vítima consciente assuma qualquer posição que melhor
proteja as vias aéreas, incluindo sentar-se e/ou inclinar-se para frente
• Usar uma manobra manuais de abertura das vias aéreas
• Aspirar, se disponível e apropriada
• Se for usada uma via aérea extraglótica com um manguito cheio de ar, a
pressão do manguito deverá ser monitorada para evitar
sobrepressurização, especialmente durante o TACEVAC em uma aeronave
A – Vias Aéreas e Estabilização Cervical
R – Respiração
R – Respiração
• Suspeite de pneumotórax hipertensivo e trate quando a vítima apresentar
trauma significativo no tronco ou lesão primária por explosão e um ou
mais dos seguintes:
• Desconforto respiratório grave ou progressivo
• Taquipneia grave ou progressiva
• Ruídos respiratórios ausentes ou acentuadamente diminuídos em um lado do tórax
• Saturação de oxigênio da hemoglobina < 90% na oximetria de pulso
• Choque
• Parada cardíaca traumática sem ferimentos obviamente fatais
C – Circulation
• Reavaliar o “X”
• Pele (coloração, temperatura, umidade)
• Perfusão periférica
• Pulso radial
• Fratura de quadril
• Fratura de ossos longos (principalmente fêmur)
C – Circulation
• Uma cinta pélvica/Estabilização com lençol deve ser aplicada em casos de
suspeita de fratura pélvica: Força contundente grave ou lesão por explosão
com uma ou mais das seguintes indicações:
• Dor pélvica
• Qualquer grande amputação de membro inferior ou quase amputação
• Achados do exame físico sugestivos de fratura pélvica
• Inconsciência
• Choque
C – Circulation
• Avaliar se há choque hemorrágico: estado mental alterado na ausência de lesão
cerebral e/ou pulso radial fraco ou ausente).
• Acesso IV/IO
• Administrar ácido tranexâmico (TXA)
• Se uma vítima provavelmente necessitará de uma transfusão de sangue (por exemplo: apresenta choque hemorrágico,
uma ou mais amputações importantes, trauma penetrante no tronco ou evidência de sangramento grave)
• Se a vítima apresentar sinais ou sintomas de TCE significativo ou tiver alterado o estado do metal associado a lesão por
explosão ou trauma contuso
• Administrar 2 g de ácido tranexâmico IV/IO o mais rápido possível, mas NÃO depois de 3 horas após a lesão.
H– Prevenir/Tratar Hipotermia
E – Exposição/Evacuação
Avaliação Secundária
Descrição Perguntas a serem feitas
Sinais e sintomas O que está errado?
S (principais queixas) Porque precisou de socorro?

Alergias Possui algum tipo de alergia?


A (Saber que tipo de alergia apresenta) O que aconteceu quando apresentou reação alérgica?

Medicações Qual a indicação para uso do (s) medicamento (s)?


M (medicações em uso) Qual a última vez que fez uso?
Passado médico/Prenhez Já teve esse problema antes?
P Possui outros problemas de saúde?
Líquidos e alimentos Qual foi a última ingestão?
L (qual a última ingestão oral) O que foi ingerido?

Eventos Doença: O que levou a esse problema?


E (eventos que levaram à doença ou lesão) Lesão: Como ocorreu a lesão?
Avaliação Secundária

D - deformidade
C - contusão
A – abrasão
P – penetração

Q - queimadura
L - laceração
E – edema

D - dor
I - instabilidade
C - crepitação
Avaliação Secundária

D - deformidade
C - contusão
A – abrasão
P – penetração

Q - queimadura
L - laceração
E – edema

D - dor
I - instabilidade
C - crepitação
Avaliação Secundária
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SEÇÃO DE TREINAMENTO, ENSINO E PESQUSA

Animais Peçonhentos
Animais Peçonhentos
• serpentes;
• escorpiões;
• aranhas;
• lepidópteros (mariposas e suas larvas);
• himenópteros (abelhas, formigas e vespas);
• coleópteros (besouros);
• quilópodes (lacraias);
• peixes;
• cnidários (águas-vivas e caravelas).
Animais Peçonhentos
Os acidentes por serpentes de importância médica no Brasil são divididos em quatro tipos:
• Botrópico – gêneros Bothrops e Bothrocophias (jararaca, jararacuçu, urutu, cruzeira, caissaca).
MAIOR IMPORTÂNCIA E DISTRIBUIÇÃO DENTRE OS ACIDENTES OFÍDICOS NO BRASIL.
• Crotálico – gênero Crotalus (cascavel). No país é representado apenas pela espécie Crotalus
durissus.
• Laquético – gênero Lachesis (surucucu-pico-de-jaca, surucucu-de--fogo, surucutinga). No país é
causado somente pela espécie Lachesis muta.
• Elapídico – gêneros Micrurus e Leptomicrurus. O gênero Micrurus (coral verdadeira) é o principal
representante de importância médica da família Elapidae no Brasil.
Animais Peçonhentos
Animais Peçonhentos
Gerenciamento de picada de cobra
• Tratamento de primeiros socorros • Decidir se mais doses de antiveneno são
• Transporte para o hospital necessárias
• Avaliação clínica rápida e ressuscitação • Tratamento de suporte/auxiliar
• Avaliação clínica detalhada e diagnóstico • Tratamento da parte mordida
de espécies • Reabilitação
• Investigações/testes laboratoriais • Tratamento de complicações crônicas
• Tratamento antiveneno • Aconselhar como evitar futuras mordidas
• Observando a resposta ao antiveneno
Animais Peçonhentos
Atendimento inicial
• Tranquilize a vítima, que pode estar muito ansiosa.
Reduz o medo e a excitação, diminui a frequência
cardíaca do paciente e reduz a disseminação do
veneno.
Animais Peçonhentos
Atendimento inicial
• Imobilize todo o corpo da vítima, deitando-o em um
posição confortável e segura, idealmente em posição
de recuperação e imobilize o membro mordido com
uma tala ou tipoia. Qualquer movimento ou contração
muscular, mesmo despir-se ou caminhar, aumentará a
absorção e a disseminação do veneno comprimindo as
veias e os vasos linfáticos.
Animais Peçonhentos
Atendimento inicial
• A menos que a possibilidade de uma mordida
elapídica possa ser excluída com segurança,
aplique a imobilização com almofada de pressão.
Animais Peçonhentos
Atendimento inicial
• Evite qualquer interferência com a ferida da
mordida (incisões, fricção, limpeza vigorosa,
massagem, aplicação de ervas ou produtos
químicos), pois isso pode causar infecção,
aumentar a absorção do veneno e aumentar o
sangramento local.
Animais Peçonhentos
CUIDADO
Retarde a liberação de faixas apertadas e
bandagens: se o paciente já aplicou esses métodos muito
populares de primeiros socorros, eles não devem ser
liberados até que a vítima esteja sob cuidados médicos
no hospital, equipe médica e instalações de reanimação
estejam disponíveis e tratamento antiveneno foi iniciado.
Animais Peçonhentos
Transporte para o hospital
• Acelerar o transporte da vítima para um centro de
referência.
• A vítima deve ser transportada para um lugar onde
eles podem receber atendimento médico o mais
rápido, mas tão seguro e confortável quanto possível.
• De preferência na posição lateral de segurança.
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Síndrome de Esmagamento

Grupo Consultivo Internacional de Busca e Resgate (INSARAG)


Síndrome de Esmagamento
Condição sistêmica potencialmente fatal que pode ocorrer após a
liberação de uma força compressiva que foi aplicada a uma massa muscular.
Os fatores que contribuem para o desenvolvimento da síndrome de
esmagamento incluem:
• Grau de força compressiva
• Quantidade de massa muscular envolvida
• Duração da compressão
Síndrome de Esmagamento
O início da síndrome de esmagamento ocorre após a reperfusão do
músculo lesionado quando a força compressiva é liberada. Isto pode resultar
em sequelas clínicas agudas e/ou de início tardio.
Preocupações Fisiopatológicas de Início Agudo
• Hipovolemia
• Desequilíbrios eletrolíticos, incluindo hipercalemia, que podem resultar
em arritmias cardíacas agudas
• Acidose metabólica
• Lesão renal aguda (LRA)
Preocupações Fisiopatológicas de Início Tardio
• Insuficiência renal
• Síndrome do Desconforto Respiratório do Adulto (SDRA)
• Coagulopatia
• Sepse grave
Apresentação Clínica
Todos os pacientes presos em um ambiente de colapso estrutural
devem ser considerados portadores de síndrome de esmagamento até prova
em contrário.
As equipes de resgate e a equipe médica devem manter um alto índice
de suspeita do potencial de síndrome de esmagamento, levando em
consideração o seguinte:
• Pode não haver sinais físicos óbvios de síndrome de esmagamento e os sinais vitais do paciente podem
inicialmente ser normais
Apresentação Clínica
• Pode haver dificuldade em inspecionar visualmente partes do corpo que estão esmagadas devido à posição do
paciente
• A inspeção do paciente pode ser complicada pela poeira e detritos que cobrem as partes afetadas do corpo
• Os sinais físicos da área afetada, quando aparentes, podem incluir
• Pele descolorida, manchada, com bolhas ou pálida
• Tecido danificado
• Edema
• Urina marrom-avermelhada
• Pulsos distais ausentes ou diminuídos nos membros afetados
• Sinais gerais de choque.
Apresentação Clínica
• Sintomas:
• Disestesia (por exemplo; parestesia; hipoestesia; hiperestesia)
• Anestesia
• Dor:
• A presença e o nível de dor podem não refletir o nível de gravidade daferida
• Pode ser exacerbado na movimentação/liberação
• Paralisia ou paresia dos membros afetados
• Diminuição da produção de urina
Nota importante: A síndrome de esmagamento pode ser diagnosticada incorretamente como lesão medular.
Isso é um diagnóstico diferencial importante a ser feito, pois os regimes de tratamento diferem
significativamente.
Apresentação Clínica
Generalidades do Tratamento
• Iniciar assim que acessar a vítima
• A remoção da força compressiva e a fase mais crítica da extricação
• O tratamento médico e o material para transporte deve estar preparado
durante a retirada da vítima
Administração de Fluidos
• Administrar 1 a 1,5 L/h no adulto
• Avaliar nas primeiras 2 h

Razões para infundir líquidos:


• Estabilização hemodinâmica
• Deslocamento do líquidos para o terceiro espaço após o esmagamento
• Manter perfusão renal
Medicações
• Bicarbonato de sódio (50 mL/IV), antes da retirada da força compressiva
• Analgesia (evitar AINES)
• Antibióticos (evitar aminoglicosídeos)
• Tratar hipercalemia
• Manitol pode ser considerado, contra-indicado em anúria
• Cloridrato de suzametônio e furosemida são contra-indicados (aumenta
potássio e altera estado hemodinâmico, respectivamente)
Torniquetes
• Uso restrito apenas em situações com hemorragias massivas.
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Hipotermia Acidental
Condições Associadas à Hipotermia Secundária
Estadiamento da hipotermia acidental baseado em sinais clínicos

• Tremores ou consciência podem ser prejudicados por comorbidades, como trauma, condições do sistema nervoso
central, toxinas ou drogas, como sedativos-hipnóticos ou opioides, independentemente da temperatura central.
• ** A parada cardíaca pode ocorrer em estágios iniciais ou posteriores da hipotermia. Alguns pacientes podem
apresentar sinais vitais com temperaturas centrais < 24 °C.
Princípios do Manejo Pré-Hospitalar da Hipotermia
Isolamento Térmico Improvisado
• Cobertura externa robusta à prova de vento e à prova d'água com barreira de vapor
• Dentro da cobertura podem ser utilizadas mantas para isolamento
• Bolsas térmicas químicas ou elétricas
podem ser colocadas no tronco, mas não devem
ser aplicadas diretamente na pele
• Luvas devem ser colocadas nas
mãos
• A cabeça, incluindo o rosto, e o pescoço devem ser protegidos do frio
Algoritmo de Tratamento de Hipotermia Acidental
Algoritmo de Tratamento de Hipotermia Acidental
Algoritmo de Tratamento de Hipotermia Acidental
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Lesões pelo Calor


Distúrbios Relacionados ao Calor
• Colapso
• Exaustão
• Choque
Distúrbios Relacionados ao Calor
Distúrbios Relacionados ao Calor
Distúrbios Relacionados ao Calor
Hidratação e Desidratação
• O peso é a maneira mais simples de avaliar
rapidamente o estado de hidratação.
• Em ambientes remotos a estimativa do estado de
hidratação deve basear-se em outras observações
(Tabela 46-1).
• A prevenção da desidratação é fundamental (Tabela
46-2).
Tabela 46-1 Sinais e Sintomas de desidratação
Sinais e sintomas Desidratação leve Desidratação moderada Desidratação severa
Nível de consciência Alerta Letárgico Obnubilado
Perfusão capilar 2 seg 2-4 seg >4 seg e extremidades
frias
Membrana mucosa Normal Seca Ressecado, rachado
Lágrima Normal Diminuída Ausente
Frequência cardíaca Levemente aumentada Aumentada Muito aumentada
Frequência respiratória Normal Aumentada Aumentada e hiperpneia
Pressão sanguínea Normal Normal mais ortostase Diminuída
Pulso Normal Filiforme Fraco ou impalpável
Turgor cutâneo Normal Lento
Olhos Normal Afundado Muito afundado
Débito urinário Diminuído Oligúria Oligúria/anúria
Tabela 46-2 Diretrizes de reposição de fluidos para treinamento em clima quente (aplica-se ao soldado aclimatado
médio usando BDU em Clima quente)
Trabalho leve Trabalho moderado Trabalho pesado
Índice Ciclo trabalho/ Ingestão de Ciclo Ingestão de Ciclo Ingestão de
WBGT descanso água (mL/h) trabalho/ água (mL/h) trabalho/ água (mL/h)
descanso descanso

1 26-28°C NL 500 NL 750 40/20 min 750


2 (verde) 28-29,4°C NL 500 50/10 min 750 30/30 min 1000
3 (Amarelo) 29,4-31°C NL 750 40/20 min 750 30/30 min 1000

4 (Vermelho) 31-32,2°C NL 750 30/30 min 750 20/40 min 1000

5 (Preto) >32,2°C 50/10 min 1000 20/40 min 1000 10/50 min 1000
CUIDADO: A ingestão de líquidos não deve exceder 1500 mL/h. A ingestão diária de líquidos não deve exceder 12
litros.
Marcadores Urinários
• Cor da Urina
• A cor da urina pode ser usada como um guia aproximado para monitorar o estado de hidratação.
• Em circunstâncias ideais, a urina (primeira manhã) deve estar em um frasco ou copo limpo e transparente e
a cor avaliada contra um fundo branco.
• A cor da urina pode ser comparada contra um gráfico de cores de urina.
• Urina fortemente amarelada (semelhante ao suco de maçã) é indicativo de desidratação.
• Urina pálida (semelhante à cor limonada ou menos intensa) indica hidratação adequada.
Marcadores Urinários
• Cor da Urina
Urina amarela escura ou laranja também pode ser causada por uso
recente de laxantes ou consumo de vitaminas do complexo B ou caroteno.
A urina laranja pode ser causada pela fenazopiridina (usada no
tratamento de infecções do trato urinário), rifampicina e varfarina.
Urina vermelha pode ser causada pela ingestão de beterraba.
Marcadores Urinários
• Cor da Urina
Marcadores Urinários
• Gravidade Específica da Urina
• A gravidade específica pode ser usada como um marcador de hidratação.
• Uma gravidade específica da urina de mais de 1,02 indica uma estado de desidratação.
Estratégias de Hidratação
1. Beba 500 mL de líquido cerca de 4 horas antes de atividade física ou
extenuante para promover a hidratação adequada e permitir tempo para
a excreção do excesso de água. Se não houver urina ou urina
concentrada, beba mais 300 mL 2 horas antes da atividade.
Estratégias de Hidratação
2. Reponha as perdas de água causadas pela transpiração a uma taxa igual
à taxa de transpiração (Tabela 46-2).
a. As perdas de suor variam de 0,3 a 1,2 L/h para um indivíduo que realiza trabalho leve usando roupas de
algodão.
b. As perdas de suor variam de 1 a 2 L/h para um indivíduo fazendo trabalhos leves e vestindo roupas não
permeáveis.
c. As perdas de suor variam de 1 a 2,5 L/h para um indivíduo que realiza trabalho extenuante ou durante
exercícios de alta intensidade em clima quente.
Estratégias de Hidratação
3. A percepção da sede é um indicador pobre de hidratação. Os indivíduos
podem estar de 2% a 8% desidratados antes de sentirem sede.
4. A menos que uma atividade seja prolongada e em clima quente com grande
perda de suor, bebidas contendo eletrólitos e carboidratos oferecem pouca
vantagem sobre a manutenção da água, hidratação ou concentração de
eletrólitos ou na melhoria da absorção intestinal.
Recomenda-se que no caso de atividade prolongada em clima quente, a reposição de fluido deve conter 20 a 30
mEq/L de sódio (cloreto como o ânion), aproximadamente 2 a 5 mEq/L de potássio, e aproximadamente 5% a 10%
de carboidratos.
Estratégias de Hidratação
5. Bebidas de reposição de líquidos adoçadas (com carboidratos ou adoçantes
artificiais) e resfriadas (entre 15 e 21°C) estimulam a ingestão de mais líquido.
6. As refeições devem ser consumidas regularmente para retornar as perdas
normais de eletrólitos.
7. Durante o exercício prolongado, o consumo frequente (a cada 15 a 20
minutos) de volumes moderados (150 mL) a grandes (350 mL) de fluido de
baixa osmolaridade pode melhorar a taxa de esvaziamento gástrico.
Estratégias de Hidratação
8. O desempenho ideal é alcançado apenas com ingestão suficiente de líquidos
durante o exercício para minimizar a desidratação. Mesmo níveis baixos de
desidratação (perda de 1% da massa corporal) prejudicam as respostas
cardiovasculares e termorregulatórias e reduzem a capacidade de exercício.
9. Para restaurar o estado de hidratação após o exercício, uma pessoa deve
consumir 1 L de líquido para cada quilograma de peso perdido durante a
atividade. O consumo de refeições normais e lanches com volume suficiente
de água pura restaurará a euhidratação.
Tratamento
1. Administrar fluidos de reidratação oral a pacientes que estão consciente
e coerente.
2. Administrar fluidos intravenosos (2 L de solução salina normal durante 4
horas para adultos e 20 mL/kg para crianças) a pacientes gravemente
desidratados ou incapazes de ingerir fluidos orais.
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