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FACULDADE PITÁGORAS UBERLÂNDIA

ODONTOLOGIA

Trauma Cranio-
Maxilo-Facial
Politraumatismo
Reunião das contusões,
lesões ou ferimentos, que
ocorrem em várias partes
do corpo. Resultam de
alguma ação
extremamente violenta,
provavelmente
ocasionada por um
acidente ou por outro
agente externo.

Primeira causa de morte


entre indivíduos na faixa
etária de 20 a 40 anos de
idade
Aspectos Gerais

ME
• Reconhecer TA as lesões
potencialmente fatais e fornecer as
medidas salva-vidas e de apoio até
que cuidados definitivos possam ser
iniciados TRIAG
EM
• Priorizar as vítimas de acordo com a
gravidade e a urgência de seus
ferimentos e a disponibilidade dos
• Graves
– Ameaçam
imediatamente a vida
– Interferem em funções
fisiológicas vitais
Classificaçã – 5% de todas as lesões
– Mais de 50% de todas
o dos as mortes por traumas
Ferimentos
– Comprometimento das
vias respiratórias,
ventilação insuficiente,
hemorragias ou lesão
do sistema circulatório
• Urgentes
– 10% a 15% de todas as
lesões
– Não ameaçam, de
forma imediata, a vida.
– Necessitam de
Classificaçã intervenção cirúrgica,
o dos mas possuem os sinais
vitais estáveis.
Ferimentos
– Lesões no abdome,
lesões orofaciais, no
peito ou nas
extremidades
– 80% de todos os casos de
traumatismos
– Não constituem uma
ameaça imediata à vida.
– Necessitam de
intervenção médica ou
Classificaçã cirúrgica após uma
cuidadosa avaliação
o dos
– Diagnóstico definitivo é
Ferimentos feito após avaliação
significativa
– Podem necessitar de
exames laboratoriais,
achados físicos adicionais,
exames radiográficos e
Escores de
Trauma
• Teasdale e Jennet (1974)
• Primeira quantificação
de lesão craniana
Escala de • Três variáveis
1. Melhor resposta
Coma de motora: reflexo do SNC
Glasgow 2. Melhor resposta verbal:
habilidade do SNC para
(ECG) integrar informações
3. Abertura dos olhos:
atividade do tronco
encefálico
Escala de Coma de Glasgow

3 a 8: Trauma Grave
Maior valor: 15 Menor valor: 3 9 a 12: Trauma Moderado
13 a 15: Trauma Leve
Reatividade Pupilar

Bilateral = 0
Unilateral = -1
Inexistente = -
2
1. Preparo e transporte.
2. Avaliação primária e
Protocolo reanimação, incluindo
de ATLS monitoração e exames
radiográficos.
(Advanced 3. Avaliação secundária, incluindo
investigações especiais, como
Trauma tomografia computadorizada ou
angiografia.
Life 4. Reavaliação contínua.
Suport) 5. Tratamento definitivo.
Manejo do Trauma

Medicina pré- Fase Hospitalar


hospitalar Equipe de Trauma:
(Médicos e
Suporte Básico à Vida (SBV)
Médicos, Enfermeiros, Cirurgião Buco-
Maxilo-Facial
Paramédicos)
Serviço Avançado de Suporte à Vida
A (Airway) – Manutenção das vias
aéreas com proteção da coluna
cervical
Avaliação B (Breathing) – Respiração e
ventilação
Primária
C (Circulation) – Circulação com
- ABCDE controle de hemorragia

do D (Disability) – Deficiência –
estado neurológico
Trauma E (Exposure) – Exposição, controle
ambiental: despir o paciente, mas
evitar a hipotermia.
Reanimação

• Ressuscitação Cardiopulmonar
(RCP)
– 30 compressões (100 a 120/min,
deprimindo o tórax em 5 a 6 cm)
– 2 insuflações eficientes (1 segundo
cada e com visível elevação do tórax)
• Com bolsa valva-máscara
com reservatório e
oxigênio adicional
• AMBU
• Boca-a-boca
– Se Ritmo chocável: Desfibrilar
– Se ritmo não chocável: Reiniciar RCP
por 2 minutos
ATLS – PREPARO
E TRANSPORTE
• Informar o hospital
previamente sobre a
gravidade dos ferimentos

• Mecanismos das lesões

• Sinais vitais

• Intervenções de campo

• Estado geral do paciente

• Preparo da equipe hospitalar


ATLS – PREPARO
E TRANSPORTE

• Na entrada ao hospital...

– Paramédicos
transferem paciente
à equipe hospitalar
– Transferência breve,
mas abrangente
1. Preparo e transporte.
2. Avaliação primária e
Protocolo reanimação, incluindo
de ATLS monitoração e exames
radiográficos.
(Advanced 3. Avaliação secundária, incluindo
investigações especiais, como
Trauma tomografia computadorizada ou
angiografia.
Life 4. Reavaliação contínua.
Suport) 5. Tratamento definitivo.
A (Airway) – Manutenção das vias
aéreas com proteção da coluna
cervical
Avaliação B (Breathing) – Respiração e
ventilação
Primária
C (Circulation) – Circulação com
- ABCDE controle de hemorragia

do D (Disability) – Deficiência –
estado neurológico
Trauma E (Exposure) – Exposição, controle
ambiental: despir o paciente, mas
evitar a hipotermia.
ABCDE – A: Manutenção das
vias aéreas com proteção da
coluna cervical
• Principal prioridade na
avaliação inicial
• Aspiração de corpos
estranhos
• Regurgitação do
conteúdo do estômago
• Fraturas faciais, traqueia
e/ou laringe
• Hemorragias ou um
hematoma retrofaríngeo
ABCDE – A: Manutenção das
vias aéreas com proteção da
coluna cervical
• Fratura bilateral de
mandíbula
• Projeção posterior da
língua
• Obstrução de vias aéreas
• Ação muscular
– Gênio-hióideo
– Digástrico
– Milo-hióideo
ABCDE – A: Manutenção
das vias aéreas com
proteção da coluna
cervical

• Cânula Guedel
• Intubação
• Cricotireoidostomia
• Traqueostomia
Indicações de
Cricotireoidostomia
Avaliação A (Airway) – Manutenção das vias
aéreas com proteção da coluna
Primária cervical
- ABCDE B (Breathing) – Respiração e
ventilação
do
C (Circulation) – Circulação com
Trauma controle de hemorragia

D (Disability) – Deficiência –
estado neurológico
E (Exposure) – Exposição, controle
ambiental: despir o paciente, mas
evitar a hipotermia.
• Vias aéreas permeáveis –
Necessário garantir a
ventilação
• Pulmões, parede torácica e o
diafragma devem estar
ABCDE – B:
funcionando corretamente
Respiração para uma ventilação adequada
e Ventilação • Exposição torácica e avaliação
de lesões aparentes
• Realizar avaliação da
ventilação (ausculta, palpação,
inspeção visual)
Avaliação A (Airway) – Manutenção das vias
aéreas com proteção da coluna
Primária cervical

- ABCDE B (Breathing) – Respiração e


ventilação
do C (Circulation) – Circulação com
Trauma controle de hemorragia

D (Disability) – Deficiência –
estado neurológico
E (Exposure) – Exposição, controle
ambiental: despir o paciente, mas
evitar a hipotermia.
ABCDE – C:
Circulação
Identificar
hemorragias

• Internas
- Exames de Imagem
• Externas
- Exame Clínico
Parede Lateral Septo

Carótida Interna
Carótida externa
Tampão Nasal
ABCDE – C: Circulação
• Choque Hipovolêmico
• Volume de sangue é cerca de 7% do peso
corporal
• Um homem de 70 kg tem aproximadamente
5 ℓ de sangue

• Hemorragia Classe I – até 15% (750ml)


• Hemorragia Classe II – de 15 a 30% (750 a
1500ml)
• Hemorragia Classe III– de 30 a 40% (1500 a
2000ml)
• Hemorragia Classe IV – superior a 40% (acima
de 2000ml)
Avaliação A (Airway) – Manutenção das vias
aéreas com proteção da coluna
Primária cervical

- ABCDE B (Breathing) – Respiração e


ventilação
do C (Circulation) – Circulação com
Trauma controle de hemorragia

D (Disability) – Deficiência –
estado neurológico
E (Exposure) – Exposição, controle
ambiental: despir o paciente, mas
evitar a hipotermia.
ABCDE – D:
Deficiência
Breve avaliação do estado
neurológico
• Postura do paciente
(assimetria, descerebração
ou decorticação)
• Assimetria das pupilas
• Resposta das pupilas à luz
• Avaliação global de
capacidade de resposta do
paciente.
Avaliação A (Airway) – Manutenção das vias
aéreas com proteção da coluna
Primária cervical

- ABCDE B (Breathing) – Respiração e


ventilação
do C (Circulation) – Circulação com
Trauma controle de hemorragia

D (Disability) – Deficiência –
estado neurológico
E (Exposure) – Exposição, controle
ambiental: despir o paciente, mas
evitar a hipotermia.
ABCDE – E:
Exposição
• Despir o paciente completamente
para que todo seu corpo possa ser
visualizado, palpado e examinado
• Pesquisa de lesões ou sítios de
sangramento
• Cuidado extremo para evitar
hipotermia
VÍDEO ATLS
• https://www.youtube.com/watch?v=NlYt4rO1
B8k&t=8s
1. Preparo e transporte.
Protocolo 2. Avaliação primária e
reanimação, incluindo
de ATLS monitoração e exames
radiográficos.
(Advanced 3. Avaliação secundária, incluindo
Trauma investigações especiais, como
tomografia ou angiografia.
Life 4. Reavaliação contínua.
5. Tratamento definitivo.
Suport)
Avaliação Secundária (Revisão dos
sistemas)

• Crânio e Face
• Pescoço e Coluna
• Sistema Respiratório (Pulmões e Costelas)
• Abdômen
• Pelve e Sistema Geniturinário
• Membros e Extremidades
VÍDEO – AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
• https://www.youtube.com/watch?v=NzP-
xM9J-Xk
Avaliação
Secundária: Região
Maxilofacial

• Lesões maxilofaciais podem causar


comprometimento das vias respiratórias
– Sangue de vias aéreas ou lesões
orais
– Fratura de mandíbula - projeção
posterior da língua
– Dentes ou próteses soltos
• Aspirar boca e faringe para melhor
visualização
• Limpar epistaxe superficialmente
Avaliação Secundária:
Região Maxilofacial

Exame físico
• Avaliação das lesões dos tecidos moles
– Limpeza e inspeção
– Hemostasia: Compressão ou suturas
• Exame ocular: danos oculares e
neurológicos
• Identificar assimetrias, descolorações ou
edemas
• Pontos de referência ósseos devem ser
palpados
Avaliação
Secundária:
Região
Maxilofacial
Exame Físico
• Frontal
• Bordas supraorbital, lateral e
infraorbital
• Eminências malares
• Arcos zigomáticos
• Ossos nasais
• Maxila
• Mandíbula
• Cavidade oral: dentes perdidos,
lacerações e alterações na
oclusão
Lesões de tecido
mole
• Frequentemente o politraumatismo está
relacionado a lesões faciais

• Objetivos do tratamento: reparar sem


ocasionar infecção e minimizar as cicatrizes.

• Diagnóstico oportuno e a reparação rápida


são importantes para melhorar os resultados
Lesões de tecido mole

• Contusão
– Trauma contuso sem perfuração do tecido, que
forma edema e hematoma nos tecidos subcutâneos

• Abrasão (“Ralado”)
– Cicatrizam com cuidados locais da ferida.
– Remover corpos estranhos na ferida – Evitar
“tatuagem” permanente
Lesões de tecido mole

• Laceração
– Lesões cortantes de tecidos moles
– Fechamento por suturas em
camadas

• Lesões por Avulsão


– Perda de segmentos de tecido mole.
Lesões de tecido mole
• Mordidas animais e humanas
– Propensas a complicações infecciosas
– Fechamento primário é seguro e
recomendado
– Cobertura antibiótica
– Vacina Antirrábica

• Ferimentos por arma de fogo (FAF)


– Ferimentos complexos
– Associados a fraturas ósseas
– Tratamento complexo, de acordo com a
gravidade da lesão
– Importante avaliar vias aéreas
Lesões de tecido mole

• Hemostasia
• Checar vacinação cotra o tétano
• Avaliar danos à estruturas nobres: nervos e glândulas
Lesões de tecido mole
• Marcos anatômicos devem ser reaproximados
com precisão
– Vermelhão do lábio, Sobrancelhas, Pálpebras, Tendões
Cantais

• Lacerações são fechadas com suturas de


referência
– Fio reabsorvível 3-0 ou 4-0 nos planos profundos
– Nylon 5-0 ou 6-0 em pele
– Feridas no couro cabeludo: fechamento imediato com
grande sutura (Nylon 2-0) e pressão direta até que a
hemorragia esteja sob controle.
Fraturas Cranio-Maxilo-Faciais
• Fraturas de Mandíbula
• Fraturas de Maxila
• Fraturas de Zigoma
• Fraturas de Complexo Naso-Órbito-Etmoidais
• Fraturas de Frontal
Mandíbula
• A ATM é a única articulação bilateral
• Mandíbula: Formato em “U”
• Fraturas dependentes do vetor,
intensidade e sentido da força.
(LOCALIZAÇÃO)
Tipo de Fratura

• Simples
• Exposta/Composta
• Cominutiva
• Galho verde/incompleta
Sinais e Sintomas

• Alterações Oclusais Severas


• Equimoses e Hematomas: Sublinguais e Vestibulares
• Dor
• Mobilidade entre segmentos ósseos
• Desvios em abertura de boca (especialmente em fraturas de
côndilo)
• Parestesia
• Hemorragias
• Edema
• Radiografia Panorâmica
Tratamento
• Bloqueio Maxilo-Mandibular (Tratamento conservador)
- Contra-indicações sistêmicas
- Desdentados Totais
- Resistência à cirurgia
- Fraturas cominutivas e por arma de fogo
- Fraturas bem posicionadas
Cirúrgico
• Miniplacas e parafusos de titânio
• Permite função precoce sem necessidade de BMM
• Pacientes alcoólatras e psiquiátricos
• Coaptação dos ossos de maneira mais efetiva
• Fraturas com quantidade óssea suficiente para fixação,
sem cominuição grave
• Load Bearing Load Sharing

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