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Aula – Triagem

Diferença entre urgência e emergência


Urgência: Condições de enfermidades graves, que podem representar riscos de vida
nas próximas horas se não tratados de maneira rápida
Emergência: Condições de enfermidades graves a gravíssimas, que representam risco
de morte imediato se não tratados imediatamente.

Análise inicial do paciente grave


Avaliar de forma rápida e precisa o estado do paciente
Reanimar e estabilizar o paciente
Resolver problemas primários que levam ao paciente ao óbito
Realizar o transporte do paciente de forma correta
Classificar o paciente

Triagem do paciente grave


O sistema de triagem permite separação por gravidade
As ferramentas para triagem devem ser simples e de fácil execução
A escala de triagem considera dados fisiológicos, anatômicos, lesões prévias
(Cardiopatas), lesões (Traumas, atropelamentos), qualquer informação que permita
classificar o paciente em grave
Existem vários sistemas de triagem, o que deve ser utilizado é aquele que melhor se
adapta a sua condição

Sistema de triagem – Protocolo de Manchester


Classificação por cores
o Vermelho: Emergências (Paradas cardiorrespiratórias, status epiléticos) = 0
minutos = Necessitam de atendimento imediato
o Laranja: Urgências graves (Dispneia, traumas graves) = 10 minutos =
Necessitam de atendimento praticamente imediato
o Amarelo: Urgências (Traumas, fraturas, intoxicações) = 60 minutos =
Necessitam de atendimento rápido mas podem aguardar
o Verde: Menor urgência (Dermatopatias, nódulos cutâneos) = 120 minutos =
Podem aguardar atendimento ou serem encaminhados para outro serviço de
saúde
o Azul: Não urgência (Curativo, problemas crônicos) = 240 minutos = Podem
aguardar atendimento ou serem encaminhados para outros serviços de saúde
ABCDE na emergência
A (Airway): Manutenção das vias aéreas
B (Breathing): Respiração e ventilação
C (Circulation): Circulação com controle de hemorragia
D (Disability): Exame neurológico
E (Exposure): Exposição com controle da hipotermia

A (Airway)
Paciente respira bem?
o A (Airway) e B (Breathing)

A
o Vias aéreas patentes?
 Anatomia preservada
 Obstrução
 Corpo estranho
 Rupturas (Traqueia, laringe)
Padrão respiratório – Dispneia inspiratória
Abordagem terapêutica
o Desobstruir as vias aéreas (Limpeza)
o Intubação endotraqueal
o Traqueostomia
o Punção de cricóide
o Intervenções cirúrgicas

B (Breathing) – Respiração e ventilação


As manobras realizadas na primeira etapa (Airway) não significa que o paciente
apresenta uma boa ventilação
Enfermidades que alterem a barreira hemato-alveolar
Breathing refere-se a qualidade da respiração
o Auscultação, coloração das mucosas, oximetria

Como meu paciente ventila?


Padrão respiratório – Dispneia expiratória

Insuficiência de oxigenação – Hipoxemia


Define-se pela redução nas concentrações de oxigênio no sangue
o Redução de PO2 (PO2 < 80mmHg)
o Redução de SpO2 (SpO2 < 94%)

Guiar pela SpO2 > 94%

B
Vários pacientes politraumatizados ou debilitados necessitam de reforço respiratório
Reforço respiratório
o Oxigenioterapia
 Uso de máscara facial
 Intubação endotraqueal
 Ventilação mecânica
FiO2 = 35%
FiO2 = Variável
FiO2 = 55%
FiO2 = 70%

C – Circulation
Refere-se ao sistema circulatório e controle de hemorragias
Avaliação clínica do sistema circulatório
o Frequência cardíaca
o Coloração das mucosas
o Qualidade de pulso
o Pressão arterial (PAS ou PAM)
o TPC e hidratação

Pulso ainda pulsa?


Ações emergenciais e tratamento
o Tratamento cirúrgico (Hemostasia)
 Celiotomia, toracotomia, exploratória ?
o Paciente não cirúrgico
o Fluidoterapia (Considerações)
o Hemoterapia (Transfusão)

D – Disability
Nível de consciência (Paciente responde bem?)
o Alerta (Obedece ordens)
o Resposta a estímulos
 Sonoro
 Doloroso
o Reflexo pupilar
o Não responde aos estímulos

Exame neurológico
o Traumas cranioencefálico
o Traumas medulares
o Aumento da pressão intracraniana
o Crises epilépticas convulsivas

E – Exposure
Controle de extremidade
o Temperatura – Hipotermia
 Bloqueio simpático (Vasodilatação e hipotensão)
 Bradicardia (Não responde a aplicação de atropina)
 Distúrbio de coagulação (Reduz a agregação plaquetária)

Emergência: Temperatura maior que 41°C

Atendimento de emergência
Considerações finais na abordagem do paciente crítico
o O sistema de triagem é a base da emergência
o ABCDE ajuda a classificar o paciente crítico
o A avaliação clínica deve ser realizada em todos os pacientes
o A rápida classificação permite tratamentos precoces e aumenta a porcentagem
de sucesso no tratamento

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