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EMERGÊNCIAS CLÍNICAS

URGÊNCIA X EMERGÊNCIA
 Urgência- significa um processo agudo clínico ou
cirúrgico, sem risco de vida iminente.

• Nesse caso há risco de evolução para complicações mais


graves ou mesmo fatais, porém, não existe um risco iminente
de vida.
URGÊNCIA X EMERGÊNCIA
 Emergência- corresponde a um processo com risco iminente
de vida, deve ser diagnosticado e tratado nas primeiras horas
após sua constatação.

• Exige que o tratamento seja imediato diante da necessidade


de manter funções vitais e evitar incapacidade ou
complicações graves.
REDE DE URGÊNCIA E
EMERGÊNCIA
 A área de urgência e emergência desempenha papel
importante na atenção a saúde da população brasileira e há um
aumento considerável na procura pelo Serviço de Emergência
(SE) nas últimas décadas.

 O crescimento significativo na demanda de atendimentos gera


sofrimento nestes serviços devido à superlotação.
REDE DE URGÊNCIA E
EMERGÊNCIA
 A superlotação nos SE é um grave problema de saúde pública
no Brasil.

 O MS na tentativa de solucionar/minimizar a sobredemanda


encontrada nos SE, empregou o método de Acolhimento com
Classificação de Risco (ACCR) para avaliar e identificar as
prioridades clínicas.
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
 O ACCR é um sistema de triagem estruturada que tem como
finalidade:

• Organizar a demanda de pacientes que chegam ao Serviço de


Emergência ;

• Identificar os pacientes que apresentam necessidade de


priorização no atendimento.
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
 A realização do ACCR é baseada na utilização de protocolos e
escalas que norteiam o processo da triagem.

 Dá subsídios para o profissional identificar sinais de gravidade


e proporciona segurança para a tomada de decisões.
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
 Existem alguns critérios utilizados para definir a priorização
do atendimento, tais como a queixa principal e presença de
sinais de alerta:

• Sinais de choque, perda da consciência;

• Quadro de desorientação, hipertermia grave;

• Dor precordial, palidez cutânea, dentre outras alterações que


indicam severidade do quadro.
PROTOCOLO DE MANCHESTER

 O Sistema de Triagem de Manchester (STM) é um dos


protocolos mais utilizados no mundo, já foi sistematizado em
vários países da Europa e no Brasil.

 Permite identificar a prioridade clínica do paciente em


situações de funcionamento habitual do SE e também em casos
de desastres com múltiplas vítimas.
CATEGORIAS DE RISCO
PROTOCOLO DE MANCHESTER – CATEGORIAS DE CLASSIFICAÇÃO

N° PRIORIDADE COR TEMPO

1 Emergente Vermelho 0 minutos


2 Muito Urgente Laranja 10 minutos
3 Urgente Amarelo 60 minutos
4 Pouco Urgente Verde 120 minutos
5 Não Urgente Azul 240 minutos
EMERGÊNCIAS CLÍNICAS

CASOS VERMELHOS

Politraumatismo, TCE grave, queimaduras com mais de 25%


de superfície corporal queimada, desconforto respiratório
grave.
Dor no peito associada a dispnéia e cianose, perfurações no
tórax, abdome e cabeça, comprometimentos na coluna
vertebral.
Intoxicações exógenas, tentativas de suicídio, anafilaxia, PCR,
hemorragias não controláveis, infecções graves, crises
convulsivas, etc.
EDEMA AGUDO DE
PULMÃO
EDEMA AGUDO DE PULMÃO

Acúmulo anormal de líquido no tecido pulmonar, no


espaço alveolar, ou em ambos.

Condição grave e potencialmente fatal.


EDEMA AGUDO DE PULMÃO

 É uma das causas mais frequentes de insuficiência


respiratória.

 Interfere na troca gasosa, provoca alteração na via


difusora entre os alvéolos e os capilares;

 Pode ser atribuído a várias etiologias, sendo a origem


cardiogênica mais frequente.
EDEMA AGUDO DE PULMÃO
CATEGORIAS DO EAP
 Cardiogênico- causado pelo aumento súbito da pressão
em capilares pulmonares e ingurgitamento dos vasos
pulmonares.

 Não-cardiogênico- complicação grave que se segue


geralmente de cirurgias cardíacas com circulação
extracorpórea.

• É imprevisível e frequentemente fatal.


Etiologias não
Etiologias cardiogênicas
cardiogênicas

Pneumonias extensas Infarto Agudo do


Miocárdio
Choque séptico,
envenenamento por Insuficiência Cardíaca
animais peçonhentos. Crônica

Inalação de gases tóxicos, Doenças valvulares


drogas ilícitas.
FISIOPATOLOGIA
 O edema do pulmão ocorre basicamente por dois
mecanismos:

• Aumento da pressão dentro dos vasos sanguíneos;

• Aumento da permeabilidade dos vasos.


MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
 Agitação psicomotora- ↓ de O2 cerebral

 Tosse com secreção rósea espumosa;

 Dispnéia, alteração do NC;

 Distensão das veias jugulares;

 Sensação de morte iminente;


MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
 Intolerância ao decúbito baixo;

 Pele fria, palidez cutânea, pele acinzentada;

 Cianose, diaforese;

 Diminuição da saturação de O2;

 Utilização da musculatura acessória.


MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

 Taquicardia;

 Hipotensão ou Hipertensão;

 Estertores crepitantes basais ou difusos;

 Ansiedade.
DIAGNÓSTICO
 O diagnóstico de EAP depende essencialmente da avaliação
clínica;

 Os exames complementares ajudam a confirmar o


diagnóstico e a esclarecer sua etiologia.

 Achado quase sempre presente é a HAS.


DIAGNÓSTICO
 Dentre os exames, os que merecem destaque serão descritos
a seguir:

• Gasometria arterial;

• Eletrocardiograma;

• Ecocardiograma;

• RX de tórax.
TRATAMENTO
 O tratamento deve ser imediato.

 O atendimento inicial em geral é feito pelo médico


emergencista, que passa a ser responsável pelo diagnóstico,
pela avaliação e pela estabilização hemodinâmica.

 A quantificação do débito urinário é um fator importante e


deve ser realizada.
TRATAMENTO
 Todo paciente deve ter seus parâmetros vitais em
monitoração cardíaca contínua e um acesso venoso
periférico deve ser prontamente obtido.

 De preferência, o paciente em EAP deve ser mantido


sentado e com as pernas pendentes, o que ajuda a aliviar o
desconforto respiratório e pode melhorar o grau de
hipoxemia.
TRATAMENTO
Suporte
Nitroglicerina
Oxigenioterapia ventilatório não
ou nitratos
invasivo

Entubação e
Diuréticos Dobutamina ventilação
mecânica

Nitroprussiato
Morfina
de sódio
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
 Administração de medicamentos EV;

 Assistência na oxigenioterapia;

 Assistência na entubação e ventilação, se houver IR;

 Assegurar AVP calibroso;


CUIDADOS DE ENFERMAGEM
 Monitorar NC e tempo de enchimento capilar;

 Manter constante oximetria de pulso;

 Acompanhar ECG e SSVV.


ANGINA PECTORIS
ANGINA
 A Angina pectoris é causada pelo estreitamento das artérias
que conduzem sangue ao coração.

 A limitação da irrigação sanguínea provoca uma deficiência


no suprimento de nutrientes e de oxigênio nesse órgão.

 A dor é sinal de que o coração está recebendo menos


sangue do que precisa.
TIPOS DE ANGINA
 Os três tipos de angina são:

• Angina estável

• Angina instável

• Angina variante
ANGINA ESTÁVEL
 A angina estável é o quadro clínico inicial da doença
cardíaca isquêmica em 50% dos casos.

 Cerca de 50% dos pacientes admitidos com IAM


apresentavam angina previamente.

 É agravada por stress emocional ou esforço físico e aliviada


por nitratos.
ANGINA ESTÁVEL
 A angina é geralmente descrita como “peso”, “aperto”,
“sufoco” ou “desconforto” torácico.

 O início é mais brando e atinge seu pico máximo dentro


de poucos minutos, atenuando-se a seguir. Tem duração
de 2 a 10 minutos.

 O desconforto torácico pode se irradiar para a


mandíbula, ombro, costas ou braço.
ANGINA ESTÁVEL
 A angina estável pode evoluir para angina instável (AI),
que apresenta dor mais intensa, mais frequente, por
maior tempo (> 20 min.) e que não diminui com o uso de
medicamento (nitratos).

 Diferente da angina estável, a instável não segue um


padrão.
DIAGNÓSTICO
 O diagnóstico de angina estável se baseia essencialmente
na anamnese cuidadosa e detalhada sobre a história de
desconforto torácico referida pelo paciente.

 Em grande número de pacientes o diagnóstico de angina


estável pode ser estabelecido com segurança apenas em
dados de história clínica.
TRATAMENTO
 Os objetivos do tratamento de pacientes com diagnóstico
de angina estável são os de redução dos sintomas e
melhora no prognóstico a longo prazo.

 Tais objetivos podem ser obtidos por meio de modificações


do estilo de vida, controle dos fatores de risco, terapia
farmacológica e educação dos pacientes.
ANGINA INSTÁVEL
 A angina instável (Al) é definida como uma síndrome
clínica situada entre a angina estável e o infarto agudo do
miocárdio (IAM).

 Os pacientes com angina instável evoluem para IAM em


cerca de 10% dos casos.

 A angina instável é decorrente do trombo formado por


plaquetas, fibrina e ateroma.
ANGINA INSTÁVEL
 Na angina instável, o episódio de desconforto torácico
pode durar mais 30 de minutos, surgir em repouso ou
ocasionalmente acordar o paciente.

 Pode ocorrer sem esforço físico e não é aliviada com


repouso ou medicamento.

 Nos EUA, é a causa cardiovascular mais comum de


internação hospitalar.
DIAGNÓSTICO
 Alguns exames que podem ser solicitados são:

• Marcadores de lesão miocárdica, ECG;

• Ecocardiograma, teste de ergométrico;

• Angiografia coronária.
TRATAMENTO
 Recomenda-se inicialmente uso de anticoagulantes, como a
heparina e o clopidogrel.

 Se o paciente tiver um bloqueio ou estreitamento grave em


uma artéria, o médico poderá recomendar a angioplastia,
stent e em casos mais graves, derivação por bypass.
ANGINA VARIÁVEL

 Esse é um tipo raro de angina que geralmente ocorre quando


a pessoa está repousando.

 A dor pode ser forte e geralmente ocorre entre a meia-noite e


de manhã cedo.

 Angina variante é aliviada com medicamentos.


INFARTO AGUDO DO
MIOCÁRDIO
INFARTO AGUDO DO
MIOCÁRDIO
 O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) se dá por uma
oclusão da artéria coronária, através da formação de um
coágulo ou placa de ateroma.

• Diminuindo o fluxo sanguíneo e levando parte do


miocárdio à um processo de necrose.
INFARTO AGUDO DO
MIOCÁRDIO
 A extensão da necrose depende de fatores como o calibre
da artéria acometida, tempo de evolução da obstrução e
desenvolvimento de circulação colateral.
FATORES DE RISCO
 O IAM é uma doença multifatorial, ou seja, uma doença
provocada por diversos fatores que agem conjunta e
simultaneamente. Entre eles, destacam-se:

• Hereditariedade, HAS, diabetes mellitus;

• Aterosclerose, hipercolesterolemia, tabagismo, estresse,


histórico familiar de doenças cardíacas.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
 Os sinais e sintomas mais frequentes são:

• Dor torácica persistente, de início súbito e forte intensidade,


localizada sobre a região esternal com irradiação para o
braço esquerdo e mandíbula.

• Esta dor pode vir acompanhada de sudorese, náusea,


vômito, palidez, podendo ocorrer uma síncope.
DIAGNÓSTICO
 O diagnóstico é feito associando os sinais e sintomas, ECG
e exames laboratoriais.

 O ECG indica a localização e extensão do infarto, além de


outras complicações.

 A utilização dos marcadores de lesão miocárdica é


extremamente importante para o início do tratamento.
CATETERISMO CARDÍACO
 O cateterismo cardíaco é um procedimento que pode ser
utilizado para diagnosticar ou tratar doenças cardíacas.

 Ele consiste na introdução de um cateter na artéria braquial


ou na artéria femoral, que será conduzido até o coração.

 O cateterismo cardíaco também é conhecido como


angiografia coronária.
TRATAMENTO
 O tempo desde o início dos sintomas até a instituição do
tratamento é de extrema importância na recanalização da
artéria acometida para uma possível recuperação do
músculo cardíaco.

 Os antiplaquetários são de suma importância no tratamento


do IAM, contribuindo para a recanalização da artéria
obstruída.
TRATAMENTO
 O analgésico de escolha é o sulfato de morfina.

 A recanalização da artéria responsável pelo infarto pode ser


feita através de agentes químicos e mecânicos (stent).

 A escolha do tratamento depende do quadro clínico,


alterações eletrocardiográficas e da disponibilidade de um
serviço de hemodinâmica.
STENT
CUIDADOS DE ENFERMAGEM

 Manter o paciente em decúbito elevado no leito;


 Manter o paciente monitorizado;
 Assegurar a permeabilidade das vias venosas;
 Manter vigilância contínua quanto as possíveis
complicações;
 Manter material de urgência próximo ao leito.
ARRITMIAS CARDÍACAS
ARRITMIAS CARDÍACAS
 Arritmias cardíacas são alterações elétricas que provocam
modificações no ritmo das batidas do coração.

 A maioria das arritmias são benignas e não causam


sintomas, porém outras podem provocar sensação de
palpitações, desmaios e risco de morte.
ARRITMIAS CARDÍACAS
 As arritmias podem se originar nos átrios
(supraventriculares) ou nos ventrículos.

 Dentre as arritmias supraventriculares, destacam-se:

• Extras-sístoles atriais
• Taquicardias paroxísticas
• Wolf-Parkison-White
• Taquicardia atrial
• Flutter e Fibrilação atrial
ARRITMIAS CARDÍACAS
 A fibrilação atrial é bastante frequente na prática clínica.

 Nos ventrículos, a mais frequente é a extra-sístole.


FIBRILAÇÃO ATRIAL (FA)

 A FA é um subtipo de arritmia cardíaca muito comum, é


caracterizada pelo ritmo de batimentos rápido e irregular
dos átrios.

 Incidência de 2,5% da população mundial, o equivalente


a 175 milhões de pessoas.

 É a segunda maior causa de mortes em tudo mundo.


FIBRILAÇÃO ATRIAL (FA)

 Acomete principalmente a população na faixa dos 75 a 80


anos de idade.

 A estimativa é que de 5 a 10 % dos brasileiros terão esse


tipo de arritmia.

 A principal consequência da FA é o aumento do risco de


acidente vascular cerebral (AVC).
FIBRILAÇÃO ATRIAL (FA)
EXTRA-SÍSTOLE
VENTRICULAR
 Partindo da definição de que sístole é igual à contração do
coração e diástole, o seu relaxamento, a extra-sístole nada
mais é que um batimento extra.

 Normalmente, a extra-sístole é uma contração que ocorre


antes do momento em que ele deveria ocorrer – é uma
ANTECIPAÇÃO de um batimento.
EXTRA-SÍSTOLE
VENTRICULAR
TAQUICARDIA VENTRICULAR

 A taquicardia ventricular pode, em algumas situações,


prejudicar o funcionamento do coração, resultando em
sensação de batedeira, tontura e até desmaios, requerendo
atendimento imediato.

 Em casos extremos ela pode levar à parada cardíaca e


morte cardíaca súbita.
TAQUICARDIA VENTRICULAR
CAUSAS
 Boa parte das arritmias não tem uma causa bem definida,
sendo algumas de nascença.

 Outras são decorrentes de problemas no miocárdio, como


IAM, IC ou doença de Chagas.

 Doenças nas válvulas do coração também costumam


cursar com arritmias.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
 Os principais sintomas são:

• Palpitações, fraqueza, tonturas, sudorese, desmaios,


confusão mental, falta de ar, mal-estar e sensação de peso
no peito.

• Em casos de fibrilação atrial e flutter atrial, a arritmia pode


levar à formação de coágulos, provocando um acidente
vascular cerebral (AVC).
DIAGNÓSTICO
 Primeiramente é feita uma avaliação clínica, exame físico e
eletrocardiograma.

 Em alguns casos é preciso uma investigação mais


detalhada, como o teste ergométrico e o Holter.

 Quando não é possível identificar o problema por esses


métodos não invasivos, a opção é o estudo
eletrofisiológico, que é o cateterismo cardíaco .
TRATAMENTO
 Muitas arritmias não necessitam tratamento. Dependendo
do tipo e intensidade da arritmia, pode ser necessário o uso
de medicamentos, além de mudanças no estilo de vida.

 A reversão de algumas arritmias, como o flutter atrial, pode


requerer a cardioversão elétrica.

 Em casos extremos, pode ser necessária a realização de


cirurgias para correção das arritmias.
ACIDENTE VASCULAR
ENCEFÁLICO
ACIDENTE VASCULAR
ENCEFÁLICO
 O AVE é a interrupção brusca do fluxo de sangue
para alguma região do encéfalo.

 Pode ser isquêmico(AVEI) ou hemorrágico (AVEH).

 Em 2013 cerca de 6,9 milhões de pessoas sofreram um


AVC isquémico e 3,4 milhões um AVC hemorrágico.
AVE ISQUÊMICO

 O AVEI também conhecido por isquemia cerebral, é


causado pela falta de sangue em uma área do encéfalo, por
conta da obstrução de uma artéria.

 Quando não leva a morte, o AVCI deixa sequelas que


podem ser leves e passageiras ou graves e incapacitantes.
AVE ISQUÊMICO

 As sequelas mais comuns são paralisias em partes do corpo


e problemas de visão, memória e fala.

 A falta do suprimento sanguíneo pode levar à morte


neuronal em poucas horas. Por isso, o reconhecimento dos
sintomas e encaminhamento rápido ao hospital são atitudes
fundamentais.
AVE ISQUÊMICO
FATORES DE RISCO
 Os fatores de risco para o AVC podem ser considerados
modificáveis ou não modificáveis.

 O tabagismo, altas taxas de colesterol e triglicérides,


sedentarismo e doenças cardiovasculares, como
hipertensão arterial e arritmias cardíacas são os principais
fatores de risco.
FATORES DE RISCO
 Pessoas com hipertensão têm quatro a seis vezes mais
chances de terem um episódio de AVC.

 Os pacientes diabéticos também devem controlar as taxas


de glicemia capilar e outros fatores de risco, pois o risco
de isquemia é duas vezes maior se comparado ao de
pessoas não diabéticas.
SINTOMATOLOGIA
 Os principais sinais e sintomas são:

• Fraqueza ou adormecimento em apenas um lado do corpo;


• Dificuldade para falar e/ou entender coisas simples;
• Perda da força da musculatura do rosto ficando com desvio de
comissura labial;
• Cefaléia intensa e perda da coordenação motora.
DIAGNÓSTICO
 O tempo recomendado para o diagnóstico do paciente com
AVC, da entrada no setor de emergência até a confirmação
por exame de imagem (tomografia ou ressonância
magnética) deve ser, no máximo, de 45 minutos.

 A tomografia é mais utilizada pela rapidez, disponibilidade e


falta de contraindicações para sua realização.
DIAGNÓSTICO
 Devem ser realizados também exames complementares,
como:

• ECG, ecocardiograma;

• US Doppler de carótidas;

• Doppler transcraniano;

• Exames de laboratório.
TRATAMENTO
 O tratamento para a desobstrução das artérias consiste na
administração de um tipo de medicamento trombolítico.

 Esse tratamento deve ser aplicado em até 4 horas e 30


minutos do início dos sintomas, aumentando assim as
chances de recuperação e minimizando as sequelas e taxa de
mortalidade.
TRATAMENTO
 O medicamento também pode ser injetado diretamente no interior do
coágulo, para a destruição do trombo, por cateterismo cerebral.

 O procedimento, realizado em uma sala de hemodinâmica, deve ser


feito em até 6 horas do início dos sintomas.

 Existem cateteres que podem realizar a desobstrução da artéria


sugando ou retirando o trombo ou coágulo de dentro do vaso.
AVE HEMORRÁGICO
 O AVCH se caracteriza pelo sangramento em uma parte do
encéfalo, em consequência do rompimento de um vaso
sanguíneo.

 A hemorragia intraparenquimatosa (tronco cerebral), é o


subtipo mais comum de hemorragia cerebral, acometendo
cerca de 15% de todos os casos de AVC.
AVE HEMORRÁGICO
AVE HEMORRÁGICO
AVE HEMORRÁGICO
CAUSAS
 Ocorre principalmente em decorrência da hipertensão
arterial ou de uma doença chamada angiopatia amilóide.

 Nestas doenças, as paredes das artérias cerebrais ficam mais


frágeis e se rompem, causando o sangramento.
SINTOMATOLOGIA
 Os sinais e sintomas são sempre súbitos e podem ser:

• Fraqueza de um lado do corpo;

• Perda da sensibilidade ou do campo visual de um ou ambos os


olhos;

• Tontura, dificuldade para falar ou para compreender palavras


simples;

• Perda da consciência ou crises convulsivas.


DIAGNÓSTICO
 O diagnóstico é feito por meio da realização de exames de
neuroimagem, como TC de crânio ou RM;

 Estes exames demonstram a localização e o tamanho da


hemorragia.
DIAGNÓSTICO
TRATAMENTO
 O tratamento pode ser cirúrgico ou clínico, dependendo do
volume da lesão, da localização e da condição clínica do
paciente.

 O tratamento cirúrgico visa a retirar o sangue de dentro do


cérebro.

 Em alguns casos, coloca-se um cateter para avaliar a


pressão intracraniana (PIC).
TRATAMENTO
 O tratamento clínico tem o objetivo de controlar a pressão
arterial, complicações como crises convulsivas e infecções.

 A reabilitação deve ser iniciada tão logo a condição do


paciente permita e é uma parte do tratamento.
REFERÊNCIAS
GOWDAK, L. H. W. Angina estável e instável. Editora Moreira Jr.
Revista Brasileira de Medicina. Dez 13 V 70 N 12págs.: 22-3. Disponível
em: http://www.moreirajr.com.br/revistas .asp?fase=r003&id _nma te
ria=5580

NICOLAU, J. C et al. Infarto Agudo do Miocárdio. Rev Assoc


Med Bras 2004; 50(2): 214-20. Disponível em:http://www.scielo.br
/pdf/ramb/v50n2/20786

ALBERT EINSTEIN. Acidente Vascular Cerebral. Sociedade Benefi-


cente Israelita Brasileira. Disponível em:https://www.einstein.br/
doencas-sintomas/avc

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