Você está na página 1de 52

Projetos Assistenciais

Projeto
Apoio à Implementação das Boas Práticas
na Atenção à Cardiologia e Urgências
Cardiovasculares
PROADI-SUS
Triênio 2021-2023
Projeto: Apoio à Implementação das Boas Práticas na
Atenção à Cardiologia e Urgências Cardiovasculares

“Arritmias cardíacas”
Sessões de Aprendizagem Virtuais (SAV)

Interpretação de eletrocardiograma (ECG)

Síndrome coronariana aguda (SCA)

Atendimento de parada cardiorrespiratória (PCR) e


Arritmias Cardíacas

Acidente vascular cerebral (AVC)


SISTEMA EXCITATÓRIO E CONDUTOR

Nó sinusal:
Responsável pelo início da
Nó atrioventricular
ativação elétrica do coração -
Conduz o impulso elétrico dos átrios
automatismo
ao feixe de HIS porem, provoca um
retardo fisiológico na passagem do
estímulo permitindo o esvaziamento
adequado dos átrios.

Fibras de Purkinje
Neste segmento a velocidade do
impulso aumenta, e é
responsável por conduzir o
estímulo elétrico pelos
ventrículos.
TAQUIARRITMIAS
Taquiarritmias
• FC > 100 btm/min
• Sinais e Sintomas
• Assintomático
• Sudorese
• Desconforto torácico
• Dispneia
• Palpitação
• Hipotensão
• Diminuição do nível de
consciência
Causas de Taquiarritmias
• Automatismo
• Aumento do estimulo próprio das células por ação autonômica, eletrolíticas ou
farmacológica.

• Reentrada
• interação no estímulo das vias rápida e lenta de condução elétrica.

• Causas externas a condução elétrica


• Hipovolemia
• TEP
• Drogas ilícitas
• Sepse
• Hipoxemia
• Distúrbios eletrolíticos.
TAQUICARDIA DE
QRS ESTREITO
Taquiarritmias

Taquicardia sinusal

Taquicardia Juncional

Taquicardia Atrial
Ritmo REGULAR
Taquicardia por
Reentrada Nodal

Flutter Atrial
Taquicardia de QRS
Estreito Taquicardia por reentrada
Atrioventricular

Fluter atrial com condução


AV variável
•Ritmo IRREGULAR
Fibrilação atrial
Taquiarritmias QRS Estreito

Taquicardia Sinusal
Intervalo R-R Regular
FC > 100 bpm ~140 bpm
Onda P Precedendo cada QRS
Início e término graduais
Causas: Febre, ansiedade, Tireotoxicose, Anemia, Hipovolemia
Taquicardia Sinusal
Taquiarritmias QRS Estreito

Taquicardia Juncional
Complexos R-R Regulares
FC > 100 ~200 bpm
Onda P nem sempre visível
Início e término súbitos
Mecanismo: Hiperautomatismo
Taquiarritmias QRS Estreito - Taquicardia
Paroxística Supraventricular

Taquicardia Atrial

Taquicardia por Reentrada Nodal

Taquicardia por Reentrada Atrioventricular


Taquiarritmias
Taquicardia Paroxística Supraventricular - TPSV
Morfologia da onda P diferenciada
QRS estreito
Resultante do aumento automatismo em foco ectópico atrial

Início e término súbitos


Intervalo R-R Regular
FC : 140 ~230 bpm
Mecanismo de Reentrada
Taquicardia Paroxística Supraventricular
Taquicardia Paroxística Supraventricular com alternância elétrica
Taquicardia Paroxística Supraventricular com aberrância
Taquiarritmias QRS Estreito
Flutter Atrial
Intervalo R-R Regular (1:1; 2:1 e 3:1) ou Irregular (BAV Variável)

FC ~150 bpm e Fatrial ~300 bpm

Ondas F de aspecto serrilhado (Onda P ausente)

Início e término súbitos

Mecanismo: Macroreentrada

Possibilidade de ausência de contração atrial: formação de trombos intracavitário e


posterior embolização (risco > pós 48hs de arritmia)

Ondas F
Flutter Atrial com Condução AV 2:1
Taquiarritmias QRS Estreito IRREGULAR
Fibrilação Atrial
Múltiplos focos de reentrada atrial – Ausência de ondas P
QRS estreito
Intervalo R-R irregular

FC : Podendo chegar a > 200 bpm


Ausência de contração atrial: formação de trombos intracavitário e posterior
embolização (risco > pós 48hs de arritmia)
Mecanismo de Microreentrada, Automatismo ou Atividade Deflagrada.
Fibrilação Atrial
Fibrilação Atrial Pré-Excitada – Paciente 33 anos
TAQUICARDIAS DE QRS LARGO

 Taquicardia Ventricular
 Taquicardia Supraventricular com Aberrância
 Taquicardia Supraventricular em paciente com
bloqueio de ramo prévio ou portador de MP
 Taquicardia Atrioventricular Antodrômica
TAQUICARDIA DE QRS LARGO
Taquicardia Ventricular
QRS alargado com mecanismo de reentrada do estimulo nos ventrículos
QRS > 120 ms
TV polimórfica: morfologia QRS e intervalo R-R variáveis

FC > 100 bpm


Comum a pacientes portadores de doenças estrutural do coração
Boa resposta a CVE

http://educacao.cardiol.br/ecg/exibir_anterior.asp?cod=56
TAQUICARDIA DE QRS LARGO

Torsades de Pointes
QRS alargado
QRS > 120 ms
TV polimórfica

FC > 100 bpm


Complexos QRS mudam de morfologia e de Eixo
Tratamento: Sulfato de Magnésio 2g e MP provisório para acelerar a FC base
Taquicardia Ventricular Monomórfica
TRATAMENTO DAS
ARRITMIAS
TRATAMENTO DAS ARRITMIAS

ACLS AHA 2020 – Cardiopapers adaptado


TRATAMENTO DAS ARRITMIAS
Taquicardia Paroxística Supraventricular

Manobras Vagais
 Massagem do seio carotídeo
 Manobra de Valsalva
 Encher o peito de ar e soprar contra uma
superfície
 Indução do reflexo de vômito
 Beber copo de água gelada rapidamente
Adenosina
Dose
 6 mg EV, Bolus, elevação do membro
 Repetir 1 dose de 12 mg, se necessário
TRATAMENTO DAS ARRITMIAS
TRATAMENTO DAS ARRITMIAS
Cardioversão Elétrica Sincronizada
 Paciente TEM PULSO
 FA, Flutter atrial, TPSV, Taquicardia
Ventricular
 Corrente elétrica contínua aplicada
sobre o tórax, que despolariza todo o
miocárdio, permitindo que as células
de maior automatismo (Nó Sinoatrial)
reassumam o ritmo cardíaco.

Desfibrilação
 Paciente SEM PULSO, em PCR
 FV ou TV SEM PULSO
 Diferencia-se da desfibrilação pelo
sincronismo do choque com o complexo QRS,
nesta fase maior parte do miocárdio esta
despolarizando espontaneamente.
TRATAMENTO DAS ARRITMIAS
Taquiarritmias
Cuidados de enfermagem
• Orientar (preparar paciente, explicar
procedimento, posicionamento no leito,
acesso venoso periférico, monitorizar
paciente);

• Sedar (auxiliar equipe na sedação);


• Ar (deixar a mão material para intubação,
carro de emergência);

• Sincronizar (sincronizar aparelho, carga


elétrica, uso de gel a base de água (evitar
queimadura));

• Cardioverter (garantir comunicação


efetiva e que todos estejam afastados do
paciente durante o choque);

• Observar (observar o paciente após o


procedimento).
BRADIARRITMIAS
Bradiarritmias

• FC < 50 btm/min
• Sinais e Sintomas
• Fadiga
• Fraqueza
• Dor torácica
• Tonturas
• Síncopes
• Pré-síncopes
• Diminuição do nível de consciência
• Dispneia
• Hipotensão
Causas de Bradiarritmias

• Intrísecas
• Doença de Chagas, IAM, Endocardite, Cirurgias Valvares.
• Extrísencas
• Desequilíbrio eletrolítico, reflexo vaso-vagal, intoxicação
medicamentosa.
• Betabloqueadores
• Atenolol, carvedilol, propanolol (reversão: glucagon).
• Digitálicos
• Digoxina (gosto metálico na boca, tontura, cefaleia, diarreia, náuseas).
• Teste atropina: se reverter com atropina teste +, se não reverter suspeitar lesão
intrínseca ao sistema condução.
• Suspender digitálico, utilizando antagonista canal de cálcio (anlodipina, verapramil,
diltiazem).
Bradiarritmias
Bloqueios atrioventriculares

 Distúrbios de condução do impulso elétrico despolarização Atrial X Ventricular


 Alterações no intervalo PR, entre a onda P e o complexo QRS.
 Nível da lesão determina o grau do bloqueio
 Quanto mais distante do nó sinoatrial a lesão for, mais acentuada é a bradicardia, já que
a despolarização dos ventrículos ficará a cargo de células com menor automatismo.

Bloqueio
atrioventricular 1º grau
Mobitz I
Bradiarritmia Bloqueio
s atrioventricular 2º grau
Mobitz II
Bloqueio
atrioventricular 3º grau
Bradiarritmias
Bloqueio atrioventricular 1º grau

• Cada onda P corresponde a um complexo QRS


• Intervalo PR > 0,20 seg
• Reversível e possivelmente secundário a fatores extrínsecos ao
sistema de condução (betabloqueador, digitálicos)

P P P

> 0,20 > 0,20 > 0,20


Bradiarritmias
Bloqueio atrioventricular 2º grau Mobitz I

• Intervalo PR aumenta progressivamente ate uma onda P não ser conduzida.


• Wenchkebach: após a falha de condução o primeiro P-R volta a ser mais estreito.
• Bloqueio “alto”, nível NAV.
• Reversível e possivelmente secundário a fatores extrínsecos ao sistema de
condução (betabloqueador, digitálicos)

Ausência
complexo QRS
TIPO I – MOBITZ I OU WENCKEBACH
Bradiarritmias
Bloqueio atrioventricular 2º grau Mobitz II

• Quando as ondas P são conduzidas o intervalo PR é constante;


• Bloqueio “baixo” no sistema de condução, nível feixe de His;
• Em geral lesão irreversível, intrínseca ao sistema de condução.

Ausência
complexo QRS
TIPO II OU MOBITZ TIPO II
Bradiarritmias
Bloqueio atrioventricular 3º grau

• Não há correlação entre onda P e complexo QRS;


• Em geral lesão irreversível, intrínseca ao sistema de
condução.
BLOQUEIO ATRIOVENTRICULAR
DE TERCEIRO GRAU (BAVT)
Flutter Atrial com baixa resposta ventricular
Bradiarritmias

CONDUÇÃO DOS CASOS


Bradiarritmias Estáveis
• Não é necessário tratamento imediato para elevação da FC
• Paciente deve permanecer Monitorizado
• Em BAV grau avançado  Internação e considerar MP transvenoso.

Bradiarritmias Instáveis
• MOVE
• Atropina  0,5 – 1,0 mg, IV a cada 3-5 min (máx 3,0 mg)
• Dopamina  5 – 20 mcg/Kg/min
• Marca-passo Provisório
Bradiarritmias
Referências
• Martins HS et al. Emergências clínicas: abordagem prática. 2ºed,
Barueri,SP: Manole; 2006.
• Woods SL et al. Enfermagem em cardiologia. 4ºed, Barueri, SP:
Manole, 2005.
• Stefanini E, Kasinski N, Carvalho AC. Guia de medicina ambulatorial
e hospitalar de cardiologia. 1º ed, Barueri, SP: Manole, 2004.
• Ramos AP, Sousa BS. Eletrocardiograma: princípios, conceitos e
aplicações. Centro de Estudo de Fisiologia do Exercício, 2007
[acesso em: 2015 jul 30]. Disponível em:
http://www.portalocupacional.com.br/icontrole/images/arquivos/07
bec60842.pdf
• Pastore CA, Pinho C, Germiniani H, Samesima N, Mano R, et al.
Sociedade Brasileira de Cardiologia. Diretrizes da Sociedade
Brasileira de Cardiologia sobre Análise e Emissão de Laudos
Eletrocardiográficos (2009). Arq Bras Cardiol 2009;93(3 supl.2):1-19

Você também pode gostar