Enfermagem Cirúrgica

3º Ano, 2023
Avaliação dos factores de risco na doença cardiovascular
DRª. FRANCE RIANE

E N F. E S TA G I Á R I O S : S U L U L U E M E S S I A S

QUINTA-FEIRA, 30 DE MARÇO DE 2023

Sistema Cardiovascular
Artérias Veias
Circulação Pulmonar

Veias Artérias
Circulação Sistêmica

Capilares
 Sistema Cardiovascular

 Coração, vasos sanguíneos (sangue) e vasos linfáticos (linfa);

 Capilares (sítio de trocas nutrientes, gases e metabólitos);

 Vênulas pós-capilares (sitio de passagem de células sanguíneas);
 Arteríolas (regulam o volume do fluxo sanguíneo);

 Microvascularização (arteríolas, capilares e vênulas pós-capilares);

 Função
Transporte de:
 gases (oxigénio e dióxido de carbono):

 Nutrientes.

 Restos metabólicos.

 Hormônios.

 Substâncias sinalizadoras.

 Transporte de células de defesa.

 Doenças cardiovasculares (DCV)
As doenças cardiovasculares (DCV) constituem a principal causa de
óbito em todo o mundo. Somente no ano de 2015 foram
responsáveis por aproximadamente 17,7 milhões de óbitos,
representando 31% de todas as mortes globais, das quais 82% se
concentraram nos países de baixa e média renda, como
Moçambique e outros países da África, da Ásia e américa latina.
 Factor de risco cardiovascular
Um factor de risco cardiovascular, de uma forma genérica, é definido
como sendo uma característica biológica ou comportamental
presente no indivíduo saudável, que está relacionado de forma
independente com o desenvolvimento posterior de uma doença
cardiovascular.
 Factor de risco cardiovascular
É qualquer característica biológica ou comportamental que aumenta
a probabilidade ou susceptibilidade de um indivíduo previamente
saudável em desenvolver uma DCV.
 Classificação
Os factores de risco nas doenças cardiovasculares são divididos em
dois grandes grupos:

 Modificáveis;

 Não modificáveis.
Factores de risco modificáveis
Os factores de risco modificáveis, são aqueles passíveis de serem
alterados através de algum tipo de intervenção.

São divididos em factores relacionados com doenças associadas, como

a hipertensão, a dislipidemia e a diabetes, e os relacionados com o
estilo de vida ou comportamento, como o consumo de tabaco, o
sedentarismo a obesidade, alcoolismo.
 Factores de risco modificáveis
 Dislipidemias;  Obesidade;

 Tabagismo;  Sonolência diurna excessiva;

 Etilismo;  Depressão;
 Diabetes mellitus;  Estresse;
 Hipertensão arterial sistémica.  Sedentarismo e alimentação não
 Infecções. saudável.
 Factores de risco não modificáveis
São denominados factores de risco não modificáveis aqueles sobre
os quais não é possível intervir, e por esse motivo, não são alteráveis.
 Factores de risco não modificáveis
 Idade;

 Sexo;

 Hereditariedade;

 Raça.
Formas de prevenção das DCV
Estas são baseadas em 4 factores comportamentais: não fumar,
praticar actividade física regularmente, ter índice de massa corporal
(IMC) entre 18.5kg/m2 - 25kg/m2 e uma dieta saudável; e a 3 factores
biológicos: colesterol < 200mg/dl, pressão arterial < 120/80mmHg e
glicemia de jejum < 100mg/dl.
Bibliografias
Atlas da Saúde. Factores de risco cardiovascular. 2023. Disponível em: https://
www.atlasdasaude.pt/factores-de-risco-cardiovascular.
Mauricio, T. F, et al. Avaliação da presença dos factores de risco cardiovascular em estudantes
universitários de países lusófonos. Cogitare Enferm. Brasilia.2018 https://dx.doi.org
/10.5380/ce.v23i3.55216
Valentini AB et al. Fatores de risco cardiovascular modificáveis em profissionais de enfermagem
do setor de cardiologia: estudo transversa. Rev. Eletr. Enferm., 2020; 22:59914, 1-7.
Felisbino-Mendes MS et al. Avaliação dos fatores de risco cardiovasculares em uma população
rural brasileira. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 30(6):1183-1194, jun, 2014.
 Enfermagem Cirúrgica
3º Ano, 2023
Assistência de enfermagem na Pericardioctomia
DRª. FRANCE RIANE

E N F. E S TA G I Á R I O S : S U L U L U E M E S S I A S

QUINTA-FEIRA, DE MARÇO DE 2023

 Pericárdio
O pericárdio é uma membrana que reveste o coração, e tem a
função de protege-lo contra agressões externas.

O espaço pericárdico é composto por duas membranas, parietal

e visceral, e é revestido por células mesoteliais que tem sua

função de secretam um pequeno volume de fluido lubrificante.

O pericárdio consiste em duas membranas: o pericárdio fibroso
externo e o pericárdio seroso interno. O pericárdio seroso consiste
em uma camada parietal externa de frente para o pericárdio fibroso,
e uma visceral interna próxima ao miocárdio, e uma cavidade
pericárdica entre estas duas camadas.
As afecções mais comuns envolvendo o pericárdio são as pericardites que
ocasiona o acúmulo de líquidos entre o pericárdio visceral e o parietal.

A colocação de dreno pericárdico temporário, para drenagem e lavagem do

pericárdio, é a técnica mais utilizada para a remocarão dos líquidos, entretanto,
podem ocorrer recidivas após a retirada do dreno. Nestes casos há recomendação
de técnicas mais eficientes como a Pericardiotomia ou pericardiectomia.
O termo PERICARDIOCTOMIA, representa um procedimento cirúrgico
que consiste na abertura do pericárdio.

Procedimento tem por finalidade a retirada de líquido acumulado,

no espaço pericárdico.
Pericardioctomia
A pericardiotomia consiste no procedimento cirúrgico de abertura do pericárdio.

Sendo mais recomendado nos casos de efusão pericárdica recorrente, quando a

técnica de pericardiocentese não apresenta mais eficácia, prevenindo o
tamponamento cardíaco.

A cirurgia pode ser realizada de forma tradicional, com a técnica aberta

(Toracotomia) pelos acessos intercostais direito e esquerdo ou por videocirurgia
com acesso ao tórax (Toracoscopia).
A técnica de pericardiotomia toracoscópica apresenta muitas
vantagens quando comparada à técnica aberta.

Esta associada a reduzidas taxa de morbidade, redução da dor pós

operatória e diminuição do tempo de internamento.
Indicação
 Derrame pericárdico;
Colecta de amostra para exames diagnósticos;
Remoção de líquidos (sangue) após traumatismos directos no tórax
com lesão dos vasos cardíacos;
Complicações
 Dores no peito;

 Instalação de processos infecciosos;

 Sangramento.
 Cuidados de enfermagem no pós-operatório
 Posicionamento adequado no leito;
 Monitorização dos sinais vitais com especial atenção para frequência cardíaca e
respiração;
 Avaliação da saturação de oxigénio;
 Instalar acessos vasculares para infusão de drogas, hidratação venosa;
 Verificação de sondas: nasogástrica e vesical;
 Manejo da dor;
 Administração da terapêutica;
 Realização do curativo no local da incisão;
 Educação nutricional.
Boa leitura