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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

CAMPUS I
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA
BACHARELADO EM FISIOTERAPIA

MARIANA BEZERRA ALVES


Matrícula: 221140360
RAÍLLA MIKAELLY DINIZ SOUZA E SILVA
Matrícula: 221140239

RESUMO: DOENÇAS DA AORTA

CAMPINA GRANDE
2023
INTRODUÇÃO:

As doenças da aorta podem ser assintomáticas em suas fases iniciais, o que torna a
análise baseada na história clínica e no exame físico muitas vezes insuficiente para
detecção. Por isso, exames de imagem, como a ecografia, tomografia
computadorizada ou ressonância magnética, são frequentemente utilizados para
avaliar a saúde da aorta e identificar possíveis patologias. A detecção precoce é
crucial para um tratamento eficaz e para evitar complicações graves.
As doenças da aorta, como a dissecação aórtica ou a ruptura da aorta, podem
representar uma ameaça grave e súbita à saúde de uma pessoa. Essas condições
muitas vezes apresentam um risco significativo de complicações agudas, como
hemorragias graves ou obstruções do fluxo sanguíneo. A rapidez e a eficácia no
diagnóstico e no tratamento são essenciais para mitigar essas complicações e
melhorar as chances de recuperação para os pacientes afetados. A conscientização
sobre os fatores de risco e a busca de atendimento médico imediato são vitais para
a gestão dessas condições.
A morbimortalidade associada às doenças da aorta e às complicações relacionadas
é realmente significativa. As condições que afetam a aorta, como os aneurismas e
as dissecções, são potencialmente letais, e a detecção precoce, o tratamento
adequado e a gestão eficaz dos fatores de risco são fundamentais para reduzir essa
taxa de morbimortalidade.

DESENVOLVIMENTO:

Os aneurismas aórticos são dilatações localizadas ou generalizadas na parede da


aorta, que podem ser assintomáticas até que ocorra uma ruptura, resultando em
uma situação de emergência. Por outro lado, a dissecção aórtica envolve a
separação das camadas da parede da aorta, podendo obstruir o fluxo sanguíneo ou
romper a parede do vaso, levando a complicações graves e potencialmente fatais.
Os fatores de risco que você mencionou, como diabetes, hipertensão, tabagismo,
níveis elevados de colesterol e história familiar de doenças cardiovasculares, estão
associados ao desenvolvimento dessas condições. O manejo eficaz dos fatores de
risco, a detecção precoce e o monitoramento regular são fundamentais na
prevenção e no tratamento das doenças da aorta.
A abordagem percutânea, como a colocação de stents endovasculares, pode ser
uma opção menos invasiva e pode ser adequada para certos pacientes com
aneurismas ou dissecções aórticas, oferecendo recuperação mais rápida e menos
tempo de internação. No entanto, em alguns casos, a cirurgia aberta pode ser
necessária para tratar de maneira eficaz as complicações aórticas.
O diagnóstico precoce e preciso é crucial, pois o tratamento rápido, especialmente
em casos agudos, pode ser vital para a sobrevivência e para evitar complicações
graves. A coordenação entre a equipe médica, diagnóstico preciso e planejamento
eficiente do tratamento são fundamentais para o manejo bem-sucedido das doenças
da aorta. Os aneurismas que afetam a porção ascendente da aorta geralmente são
tratados por meio de cirurgia aberta. Esse procedimento envolve a substituição do
segmento dilatado da aorta por um tubo de tecido prostático (prótese), visando
reforçar a estrutura enfraquecida e evitar a possibilidade de ruptura.
Além disso, quando o aneurisma na porção ascendente da aorta está associado a
uma doença na valva aórtica, muitas vezes é necessária a substituição da valva
durante a mesma cirurgia. Isso é fundamental para garantir o funcionamento
adequado do coração e da aorta após o tratamento.
O acompanhamento próximo e o planejamento cuidadoso antes da cirurgia são
essenciais para determinar a abordagem mais adequada e garantir um tratamento
seguro e eficaz para o paciente. A decisão sobre o tipo de intervenção dependerá
da avaliação individual do paciente, incluindo sua condição física, histórico médico e
outras variáveis clínicas.
Dissecção de aorta ocorre pela delaminação da camada média, a partir de uma
ruptura da íntima que vai ocorrer principalmente nos pontos de fixação do vaso que
a característica é ser na junção sinotubular e no istmo, quando uma falsa luz é
criada, por onde o sangue corre até à luz verdadeira por extensão variada. Podem
ser classificadas em tipo I, II e III, é do tipo I quando a aorta ascendente com a
delaminação se estende pelo arco aórtico e aorta descendente por várias extensões
diferentes, já a do tipo II vai ser quando a delaminação se restringir a aorta
ascendente e
do tipo III quando a delaminação começar a partir da artéria subclávia esquerda
em direção ao diafragma. Reconhecer em qual dessas classificações o paciente se
encaixa vai ser essencial, pois a determinante do tratamento que vai ser usado, vai
ser definido em função da diferença de comportamento da
moléstia conforme sua localização e tempo do acometimento agudo ou crônico. As
características presentes em pacientes são: dor intensa, de início súbito, migratória
e especificada como
se seu peito estivesse rasgando ou pontada. A localização inicial da dor sugere o
local do início da dissecção. O tratamento vai ser determinado pela identificação das
classificações, as dos tipos I e II vão sempre ser encaminhadas para cirurgia o mais
rápido possível, já as do tipo III, em função da evolução mais benigna, devem se
manter em tratamento com medicamentos, exceto quando ocorrem casos de
complicações e rupturas.
A síndrome de Marfan é uma doença genética autossômica dominante que afeta o
gene da fibrilina, localizado no cromossomo 15, às características cardiovasculares
mais comuns vão ser a dilatação da aorta ascendente, dissecção da aorta e o
prolapso da valva mitral, variando de acordo com a idade do paciente, em crianças,
o prolapso da valva mitral e a regurgitação mitral grave vão ser as manifestações
mais comuns, já em adultos, o que predomina é a dilatação da porção proximal da
aorta ascendente, a regurgitação aórtica e a dissecção. a precoce mortalidade dos
portadores da síndrome de Marfan foi identificada e a principal causa de morte foi
cardiovascular em 93% dos casos. O tratamento nos casos da síndrome de Marfan,
vai ser por meio de medicamentos, mais precisamente através do uso de beta
bloqueadores com a finalidade de diminuir a progressão da dilatação aórtica.
O tratamento das doenças da aorta pode envolver diferentes abordagens, como a
cirurgia tradicional (cirurgia aberta) ou técnicas menos invasivas realizadas
percutaneamente. A escolha do método de tratamento depende da localização, do
tamanho, do tipo da doença aórtica e das condições individuais do paciente. O
exame radiológico do tórax alterado geralmente é o primeiro indício da doença da
aorta, a aortografia é considerada a melhor forma de diagnóstico de doenças da
aorta, pois fornece informações precisas sobre os ramos da aorta, ela é capaz de
mapear toda a aorta.

CONCLUSÃO:

Assim, sabendo que as doenças da aorta apresentam elevada morbimortalidade,


sabendo da importância do diagnóstico clínico para o início do tratamento, com os
avanços da tecnologia e dos métodos de diagnósticos complementares, ocorreu um
aumento da identificação das várias doenças da aorta, o que possibilitou maior
número de diagnósticos e maior chance de sobrevida dos pacientes, pode envolver
diferentes abordagens, o método de tratamento depende da localização, do
tamanho, do tipo da doença aórtica e das condições individuais do paciente
podemos esperar casos de doenças da aorta mais auxiliados devido ao maior
número de tratamentos e avaliação para diagnóstico precoce, diminuindo assim as
chances de óbito, daqui para frente.
REFERÊNCIAS:

ALMEIDA, Sergio. Doenças da Aorta: Diagnóstico e Tratamento. Seu Cardio.


Disponível em:
https://seucardio.com.br/diagnostico-tratamento-doencas-da-aorta/amp/. Acesso em:
04 de outubro de 2023.

Conheça as doenças cardiovasculares que afetam a maior artéria do corpo: a aorta.


HCOR. Disponível em:
https://www.hcor.com.br/hcor-explica/cardiologia/conheca-as-doencas-cardiovascula
res-que-afetam-maior-arteria-do-corpo-aorta/. Acesso em: 04 de outubro de 2023.

DIAS, Ricardo Ribeiro; STOLF, Noedir Antônio Groppo. Doenças da Aorta Torácica.
Instituto do Coração da Faculdade de Medicina da Usp, São Paulo. Disponível em:
http://www.sbccv.org.br/residentes/downloads/area_cientifica/doencas_aorta_toracic
a.pdf. Acesso em: 01 out. 2023

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