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Sumário

Introdução................................................................................................................................... 4

Objectivos................................................................................................................................... 5

FUNDAMENTAÇÃO TEORICA ............................................................................................. 6

Breve historial ............................................................................................................................ 6

Classificação............................................................................................................................... 6

Fisiopatologia ............................................................................................................................. 8

Valvulopatias .............................................................................................................................. 8

Etiologia ..................................................................................................................................... 9

Classificação............................................................................................................................. 10

Conclusão ................................................................................................................................. 12

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Introdução
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a incidência de cardiopatias
congênitas varia entre 0,8% nos países com alta renda e 1,2% nos países com baixa renda,
sendo que o valor médio de 1% de incidência é habitualmente aceito para o Brasil e demais
países da América Latina. Dessa forma, visto que o Brasil registra anualmente 2,8 milhões de
nascidos vivos, pode-se estimar o surgimento de quase 29 mil novos casos de cardiopatias
congênitas ao ano (CANEO et al., 2012). Entretanto, de acordo com os registros do Sistema
Nacional de Nascidos Vivos (BRASIL, 2015b), as notificações relacionadas às malformações
congênitas do aparelho circulatório notificadas no Sistema Único de Saúde (SUS) e na saúde
suplementar, indicam incidência de 0,06% aquém da esperada, ou seja, aproximadamente
1.680 casos por ano, refletindo que a real incidência ainda é desconhecida, possivelmente
porque o diagnóstico não é realizado. Dessa forma, sabe-se que a maioria dos casos não
recebe tratamento adequado devido à falta de diagnóstico, colocando a vida da criança em
risco, no caso de cardiopatia crítica ou clinicamente significante.
A doença valvar apresenta particularidades relacionadas ao sexo. A identificação
dessas diferenças é fundamental para o manejo clínico adequado. Com o declínio da doença
reumática nos países desenvolvidos, a doença valvar degenerativa tornou-se a etiologia
preponderante. Entretanto, nos países em desenvolvimento, a doença cardíaca reumática com
comprometimento valvar é ainda bastante comum. A prevalência de insuficiência mitral
resultante de prolapso da valva mitral é semelhante em ambos os sexos, porém aumenta nos
homens com mais de 50 anos de idade. A estenose mitral ocorre quase que exclusivamente no
sexo feminino, e nos países em desenvolvimento é comum o aparecimento dos primeiros
sintomas na gestação, ao contrário do que ocorre nos países desenvolvidos, em que a afecção
se manifesta na quinta e na sexta décadas de vida. Nas gestantes muito sintomáticas,
portadoras de estenose mitral, a valvotomia mitral percutânea é o tratamento mais indicado,
com resultado clínico favorável imediato. A insuficiência aórtica predomina nos homens e os
parâmetros ecocardiográficos de gravidade foram direcionados para eles. As mulheres são
encaminhadas para cirurgia sobretudo pelos sintomas, pois dificilmente atingem os diâmetros
ventriculares recomendados pelas diretrizes do American College of Cardiology/American
Heart Association (ACC/AHA).

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Objectivos
Geral
 Aperfeçoar o conhecimento sobre cardiopatia e valvulopatia
Especificos
 Difinir cardiopatia;
 Sinais e sintomas;
 Factores de risco;
 Metodos avaliativos;
 Prevenção.

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FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
As cardiopatias congênitas são defeitos no coração da criança em que ela já nasce com
esse problema. Essa malformação já vem desde o nascimento.
As cardiopatias congênitas estão entre as malformações congênitas que mais matam na
infância e ainda permanecem como terceira causa de óbito no período neonatal.
Breve historial
O diagnóstico pré-natal de defeitos cardíacos congênitos é um processo complexo e
que envolve duas importantes especialidades: a obstetrícia e a cardiologia. Sabe-se que
inicialmente, obstetras e radiologistas realizam o rastreamento cardiológico de nível I, tendo a
difícil tarefa de triar cardiopatias fetais entre milhares de gestações normais1-5. A seguir e
após todo este processo, havendo suspeita de cardiopatia fetal em um ultrassom, a mãe deve
ser encaminhada ao cardiologista pediátrico, para confirmação diagnóstica e tomada de
conduta, no sentido de se planejar o parto em condições seguras em hospital de referência
com todos os recursos necessários disponíveis.
CAUSAS DA CARDIOPATIA
Cardiopatias em gestsação anteriores;
Herança genética;
Uso de antidepressivo;
Uso de anticonvulsivantes;
Uso de drogas ilícitas;
Doenças maternas(diabetes e lúpus);
Gravidez gemelar e fertilização in vitro
A cardiopatia congênita é uma doença genética, constituída por uma malformação
congênita, que ocorre na hora em que o coração do feto vai ser formando. Existem fatores de
risco, mas em termos de cardiopatia congênita, as estatísticas demonstram que 90% das
crianças cardiopatas vêm de gestação sem fator de risco comprovada.
Classificação
São classificadas em cianóticos e acianoticos, desse classificação compreende – se
melhor as diversas manifestações clínicas. Elas vão desde um sopro assintomático até quagros
de insuficiência cardíaca biventricular importante. Cabe salientar que a presença de sopro em
crianças não significa cardiopatia congénita
Cardiopatia acianóticos

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Caracteristica mais evidente das cardiopatias acianóticas que cursam com fluxo
aumentado no pulmão é o cansaço fácil e episódios de pneumonia de repetição. Já a
coarctação da aorta tem como pricipal caracteristica a hipertensão
As cardiopatias conênitas acianoticas são as mais frequentes , emtre elas estão:
 Comunicação interventricular (CIV)
 Comunicação interatrial (CIA)
 Persistência do Canal Arterial (PCA)
 Coarctação de Aorta (CoAo)
Cardiopatia cianóticas
Caracteristica mais evidente das cardiopatias cianóticas é totalidade azulada dos lábios
e da pele. Trata – se de um sinal claro de que não há oxigênio suficiente no sangue. A forma
mais comum da doença é conhecida como tetralogia de Fallot.
Muitos casos são leves e podem ser tratados com Cirurgia e medicamentos, problemas
mais graves podem necessitar de um transpante de coração para evitar complicações fatais.
Nas cardiopatias não corrigidas, o aumento do volume sanguineo e o consequente
aumento do retorno venoso, associados à diminuição da resistência vascular periférica,
provocam um aumento do shunt D-E, com o aumento também da cianose.
Entre elas estão:
 Tetralogia;
 Transposição das grandes artérias;
 Atresia tricúspide;
 Anomalia de Ebstein;
 Defeitos do septo atrioventricular (DSAV).
São classificadas em leves, moderadas e graves. As leves são aquelas em que as
crianças nascem com elas, mas que podem se resolver espontaneamente. Por exemplo, a CIV
(comunicação interventricular) é a cardiopatia mais frequente no mundo inteiro. Ela se
apresenta no período fetal, sendo que até 80% dos casos tende a fechar naturalmente ainda na
gestação. Ou seja, a criança já nasce e às vezes os pais nem sabem que teve o problema.
Quando nasceu e ainda não fechou, até 80% dos casos de CIV tendem a fechar
espontaneamente até completar dois anos de idade. Caso não se resolva e não existam
complicações, basta manter o acompanhamento médico.
A classificação moderada envolve tratamento, seja com medicamento, seja com
tratamento específico. É importante tratar para não evoluir para o tipo grave.
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As cardiopatias graves são aquelas que precisam ser resolvidas com um tratamento
específico. Do contrário, a criança corre o risco de óbito. Por exemplo, as cardiopatias
cianóticas (são aquelas em que a criança fica roxa, o que significa déficit de oxigênio)
costumam ser as mais graves. Essa condição exige uma atenção maior, pois a criança pode ter
várias complicações.
Fisiopatologia
As anomalias cardíacas congênitas são classificadas (ver tabela Classificação das

para a direita ou lesões obstrutivas)


As consequências fisiológicas das cardiopatias congênitas variam significativamente,
envolvendo desde sopro assintomático ou discrepância entre pulsos até cianose grave e
insuficiência cardíaca ou colapso circulatório.
Quantidades variadas de sangue venoso desoxigenado são derivadas do coração
esquerdo (derivação da direita para a esquerda), reduzindo a saturação de oxigênio arterial
sistêmico.
A cianose aparece quando a hemoglobina (Hb) desoxigenada é > 5 g/dL (> 50 g/L). As
complicações da cianose persistente incluem policitemia, baqueteamento dos dedos,
tromboembolismo (incluindo infarto), distúrbios hemorrágicos, abscesso cerebral e
hiperuricemia. Na tetralogia de Fallot não corrigida, o lactente pode apresentar crises
hipercianóticas.
Dependendo da anomalia, o fluxo sanguíneo pulmonar pode estar reduzido, normal ou
elevado (muitas vezes resultando em insuficiência cardíaca, além de cianose), manifestando-
se com cianose de gravidade variável. Os sopros são audíveis, variáveis e não específicos.
Valvulopatias
As valvulopatias, também chamada de valvulopatia cardíaca, é um conjunto de
doenças que afetam as válvulas cardíacas, principalmente a válvula mitral, que separa o átrio
esquerdo do ventrículo esquerdo, ou a válvula aórtica.
Elas ocorrem devido ao endurecimento das válvulas, dificultando o trabalho do
coração em bombear o sangue para todas as partes do corpo. Isso pode levar ao
desenvolvimento de outros problemas como insuficiência cardíaca, arritmia ou até parada
cardíaca.
As válvulas cardíacas regulam o fluxo sanguíneo através das quatro câmaras do
coração – duas câmaras circulares pequenas superiores (átrios) e duas câmaras maiores em

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formato de cone inferiores (ventrículos). Cada ventrículo tem uma válvula de entrada e outra
de saída. Cada válvula é composta por abas (cúspides ou folhetos) que se abrem e fecham
como portas de um só sentido.
No ventrículo direito, a válvula de entrada é a válvula tricúspide, que se abre desde o
átrio direito, e a válvula de saída é a válvula pulmonar (pulmônica), que se abre para a artéria
pulmonar.
No ventrículo esquerdo, a válvula de entrada é a válvula mitral, que se abre desde o
átrio esquerdo, e a válvula de saída é a aórtica, que se abre para o interior da aorta.
As válvulas mitral e tricúspide são mantidas no lugar por cordas resistentes e fibrosas
(cordas tendinosas) que são conectadas a músculos finos (músculos papilares) que se prendem
às paredes dos ventrículos.
Mau funcionamento da válvula cardíaca
As válvulas cardíacas podem funcionar mal devido a
 Vazamento (denominado regurgitação, incompetência ou insuficiência)
 Não abertura adequada e, dessa forma, bloqueio parcial do fluxo de sangue
pela válvula (denominado estenose)
Ambos os problemas podem afetar intensamente a capacidade de bombeamento de
sangue do coração. Às vezes, uma válvula tem ambos os problemas. Válvulas defeituosas
normalmente produzem sopros e outros sons cardíacos anormais que um médico pode ouvir
com um estetoscópio. Válvulas defeituosas podem ser identificadas por meio de
ecocardiografia. Muitas vezes, pequenos graus de regurgitação não são detectados com um
estetoscópio, mas são detectados durante a ecocardiografia. Os médicos costumam considerar
esse achado normal.
Etiologia
As causas mais comuns da valvulopatia são a febre reumática, na sequência de uma
infeção estreptocócica, e as formas degenerativas. Estas têm vindo a aumentar de frequência,
acompanhando o aumento da esperança de vida das populações. Uma vez que abrem e fecham
cerca de 60 vezes por minuto, ao fim de 70 anos terão realizado esse movimento mais de dois
mil milhões de vezes, o que explica o seu envelhecimento, endurecimento e calcificação. São
igualmente comuns as malformações congénitas. As endocardites, que correspondem a
processos infeciosos das válvulas, são também habituais e podem ocorrer, por exemplo, após
um tratamento dentário durante o qual entram em circulação microrganismos que se
depositam nas válvulas, sobretudo se estas apresentarem alterações estruturais. Um

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traumatismo pode também causar uma valvulopatia. A doença coronária, a hipertensão
arterial, os aneurismas, alguns tumores são outras origens possíveis, bem como o uso de
drogas e a exposição a radiações.
 Febre reumática
Febre reumática e sífilis costumavam ser as causas mais comuns de regurgitação
aórtica na América do Norte e Europa Ocidental, onde ambos os distúrbios são raros
atualmente por causa do uso generalizado de antibióticos. Nas regiões em que antibióticos não
são utilizados amplamente, a regurgitação aórtica decorrente de febre reumática ou sífilis
ainda é comum.
Cerca de 1% dos bebês têm uma válvula aórtica bicúspide, mas isso normalmente não
causa problemas até a idade adulta.
Classificação
As valvopatias podem ser de dois tipos:
 Primária: problema está na valva em si (degeneração, calcificação, congênitas
e adquiridas – reumática, endocardite)
 Secundária: problema cardíaco que acomete a valva (dilatação de câmaras
causando insuficiência, por exemplo).
Fisiopatologia
A valva aórtica encontra – se na raíz da aorta e é uma estrutura com três cúspides. Diversos
mecanismos resultam em EAo, ou seja, com abertura estreitada, conforme esquematizado na
figura abaixo. Os mecanismos mais comuns, como dito, são: reumática, degenerativa e valva
aórtica bicúspide(VAB).
Independentimente do mecanismo, a existência de uma obstrução à ejeção do sangue vai levar
ao aumento da pressão sistólica do VE, causando hipertrofia ventricular esquerda (HVE),
fibrose e eventualmente disfunção ventricular.
Além disso se a passagem para o sangue é estreita, isso também aumenta o tempo necessário
para ocorrer uma ejeção completa do sangue do VE. E qual problema disso? Uma não, são
três: o primeiro é que quanto mais tempo o miocárdio trabalha, maior é o seu consumo de
energia; o segundo é que como estamos em um ciclo cardiaco, cada milissegundo a mais na
sístole é retirado do tempo de diástole e, portanto, do tempo do enchimento ventricular; e o
ultimo é que a perfusão do miocárdio ocorre predominantemente durante a diástole, portanto,
temos um miocárdio espessado, gastando muita energia, mas com tempo para fornecimento
de energia comprometido.

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Tudo isso cria um ambiente de relativa hipóxia tecidual, amplificando a lesão cardiaca,
claramente, são mecanismo que a longo prazo promovem disfunção sistólica.

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Conclusão
Anormalidades extracardíacas, incluindo abdominais, são frequentes em pacientes
com cardiopatia congênita, sendo que portadores dessas alterações podem apresentar um risco
maior de morbimortalidade. Devido a isto, alguns autores vêm discutindo a importância e o
custo-benefício da triagem de crianças portadoras de cardiopatia congênita à procura de
anormalidades extracardíacas por meio de exames complementares, como o ultrassom
abdominal.
Outro fator que merece destaque é um relato detalhado e descrição de possíveis lesões
ocorridas no pós-operatório. Lesão renal aguda com necessidade de diálise, disfunção
miocárdica, lesões traqueais e pulmonares secundárias à ventilação mecânica, mesmo que, a
princípio, recuperadas, merecem destaque no seguimento em longo prazo desses pacientes. O
status nutricional já foi comprovado como fator de impacto no desfecho clínico e cirúrgico
desses pacientes. A restrição de volume pode, muitas vezes, dificultar uma oferta calórica
adequada, ainda mais considerando uma demanda energética aumentada no pós-operatório ou
em lesões residuais hemodinamicamente significativas. Uso de fórmulas adequadas e
seguimento em conjunto com nutricionista afeta positivamente a evolução. Essa população
tem indicação de calendário vacinal diferenciado, com uso da vacina da gripe e aplicação do
Palivizumabe nos meses de sazonalidade.

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REFERÊNCIAS
CANEO, L. F. et al. Uma reflexão sobre o desempenho da cirurgia cardíaca pediátrica
no Estado de São Paulo. Revista Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, São José do Rio Preto,
v. 27, n. 3, p. 457-462, 2012.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 569, de 1 de junho de 2000. Institui o
programa de humanização no pré-natal e nascimento, no âmbito do sistema único de saúde.
Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 8 jun. 2000. Seção 1, p. 4-6.
1. BELLUCK, Pam. Many children with serious inflammatory syndrome had no
Covid symptons. New York Times, 06 de abr. de 2021. Disponível em:
https://www.nytimes.com/2021/04/06/health/c ovid-children-mis-c.html. Acesso em 22 de
jun. de 2021.
2. BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas.
NOTA TÉCNICA Nº 7/2018CGSCAM/DAPES/SAS/MS. Brasília, 2018.
3. BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria 1.727, de 11 de julho
de 2017. Brasília, 2017.
4. BRASIL. Ministério da Saúde. Teste do coraçãozinho (oximetria de pulso) na
triagem neonatal. Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde da
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos - DGITS/SCTIE. Comissão
Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) - Relatório n° 115. Disponível
em: https://docs.bvsalud.org/biblioref/2017/11/875369/testecora caozinho-final.pdf. Acesso
em: 22 de jun. de 2021.
5. CARDIOPATIA congênita afeta 29 mil crianças/ano e 6% morrem antes de
completar um ano de vida. Sociedade Brasileira de Cardiologia, São Paulo, 12 de jun. de
2020. Disponível em: https://www.portal.cardiol.br/post/cardiopatiacong%C3%AAnita-afeta-
29-mil-crian%C3%A7as-ano-e-6morrem-antes-de-completar-um-ano-de-vida. Acesso em: 22
de jun. de 2021.
6. CORRÊA, Marcelo. CIRURGIA CARDIOVASCULAR PEDIÁTRICA NO
BRASIL: ATÉ QUANDO SEREMOS DEFICITÁRIOS? BJCVS Blog, São Paulo, 22 de abr.
de 2021. Disponível em: https://blog.bjcvs.org/singlepost/2021/04/22/cirurgia-cardiovascular-
pediatrica-nobrasil-ate-quando-seremos-deficitarios/. Acesso em: 22 de jun. de 2021.

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