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Índice

Introdução............................................................................................................................4

Objetivos.............................................................................................................................4

Geral....................................................................................................................................4

Específico............................................................................................................................4

Síndrome Coroniano Agudo...............................................................................................5

Angina do Peito e Enfarto Agudo do Miocárdio.................................................................9

Angina de peito...................................................................................................................9

Cuidados de Enfermagem.................................................................................................11

Enfarto Agudo do Miocárdio............................................................................................12

Cuidados de Enfermagem.................................................................................................16

Conclusão..........................................................................................................................18

Referencias. Bibliográficas...............................................................................................19
Introdução
No presente trabalho com o tema Síndromes Coronarianas Agudas, constatamos que
síndromes coronarianas são provocadas pela obstrução da coronária decorrentes de
trombose e vaso espasmos, resultando em vários sintomas clínicos, compatíveis com a
isquemia do miocárdio, envolvendo angina do peito (AP) e infarto agudo do miocárdio
(IAM), com supradesnível do segmento ST e sem supradesnível do segmento ST, essas
manifestações são as causas mais comuns de atendimentos nas emergências (REIS et. AL,
2007).

O modo mais eficaz para reduzir as doenças cardiovasculares, em nível populacional é


através das ações preventivas e tratar seus fatores de risco. A enfermagem tem que ter um
conhecimento sobre esses fatores de risco, no desencadeamento de síndromes coronarianas
agudas, para uma boa atuação no desenvolvimento de programas visando reduzir a
morbidade e mortalidade por DCV.

Objetivos
Geral
 Contextualizar Síndromes Coronarianas Agudas

Específico
 Descrever Angina do Peito
 Caraterizar Enfarto Agudo do Miocárdio

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Síndrome Coroniano Agudo
Segundo (REIS et. AL, 2007), Síndrome Coronária Aguda (SCA) é um conjunto de sinais e
sintomas relacionados à obstrução de uma artéria coronária que pode ser causado por um
infarto agudo do miocárdio ou por uma angina instável. É sempre uma emergência médica.
O tipo de síndrome, tratamento e prognóstico são avaliados com eletrocardiograma (ECG),
exame das enzimas cardíacas (como as troponinas I e T) e exames de imagens (como o
ecocardiograma).

Fisiopatologia

O mecanismo da Síndrome Coronariana Aguda normalmente é pela associação com a


doença aterosclerótica, por meio da formação de placas ateromatosas.

O acúmulo de lipídios extracelulares pode gerar a formação dessas placas que, caso
rompam ou sofram erosão superficial, podem causar uma oclusão parcial ou total da artéria
coronária.

A oclusão parcial da artéria coronariana gera a angina instável ou o IAM sem supra de ST.
A oclusão total gera o IAM com supra de ST.

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As causas não ateroscleróticas de Síndrome Coronariana Aguda, menos comuns, incluem
arterites, estreitamento luminal, trauma, anomalias congênitas, endocardite infeciosa,
hematológicas, uso de cocaína, entre outras.

Sinais e sintomas

Os sintomas são:

 Dor torácica opressiva, no local do coração (precordial);


 Essa dor pode irradiar para braço esquerdo, ombros ou mandíbula;
 Pode também apresentar sintomas associados como sudorese, náusea, vômito,
palpitação, ansiedade, pânico (angor animi) e dificuldade para respirar (dispnéia).
 Dores atípicas podem começar no epigástrio (abdómen superior central) ou irradiar
para braço direito. Sintomas atípicos são mais comuns em mulheres e podem incluir
também insónia nas semanas anteriores ao infarto, tosse, sensação de afogamento,
fatiga e distensão abdominal. Em diabéticos a dor nem sempre está presente (pois a
neuropatia diabética causa insensibilidade a dor).

Fatores de risco

Fatores que aumentam as probabilidades de sofrer Síndrome Coronária Aguda em qualquer


momento da vida incluem:

 Diabetes
 Hipertensão
 Tabagismo
 Colesterol elevado
 Obesidade
 Sedentarismo
 Histórico familiar ou pessoal de cardiopatias

Tipos

Os tipos da síndrome coronariana aguda incluem:

Angina instável: É o tipo mais comum, representando quase 40% dos casos. Aparece
subitamente em repouso ou com esforços menores que o usual.

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Infarto Agudo do Miocárdio Com Elevação do segmento ST (IAMCEST): Cerca de 30%
dos casos. É diagnosticada quando a eletrocardiograma (ECG) deteta elevação do segmento
ST, indicando nova lesão do miocárdio (músculo cardíaco).

Infarto Agudo do Miocárdio Sem Elevação do segmento ST (IAMSEST): Cerca de 25%


dos casos. É similar à angina inestável, mas com exame sanguíneo de enzimas cardíacas
positivo e onda Q patológica.

Essas duas formas de infarto do miocárdio foram definidas de acordo com a aparência da
eletrocardiograma (ECG) e servem para definir o melhor tratamento.

A SCA não inclui a angina estável, que se apresenta como dor torácica durante atividade
física que melhora com repouso.

Diagnóstico

Quando começa uma dor torácica aguda, a eletrocardiograma (ECG) deve ser feito o mais
rápido possível, incluindo na ambulância, se possível. É útil para distinguir entre várias
causas da dor torácica aguda. Também são úteis a radiografia de tórax, os exames de
sangue de marcadores de lesão miocardia (mioglobulina específica, troponina I e T e CPK)
e o monitor cardíaco.

PAREDE DERIVAÇÕES CORONÁRIA AFETADA


Anterior V1, V2, V3 e V4 Descendente anterior
Anterosseptal V1, V2 e V3 Descendente anterior
Lateral V5, V6, D1, aVL Circunflexa
Lateral alta D1 e aVL Circunflexa
Anterior extenso V1 a V6, D1 e aVL Tronco esquerdo

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Inferior D3 e aVF Direita ou circunflexa
Ventrículo direito V1, V3R e V4R Direita
Posterior (dorsal) V7, V8 e V9 Direita
Diagnósticos diferenciais

Embora a SCA geralmente esteja associada à trombose coronariana a dor no peito de


origem cardíaca também pode ocorrer devido a anemia, consumo de cocaína, arritmia,
severas bradicardias (batimento cardíaco muito diminuído) ou severas taquicardias
(batimentos cardíacos aumentados).

Prevenção

A prevenção da SCA envolve reduzir os fatores de risco: alimentação saudável, exercício,


tratamento da hipertensão (com diuréticos e dieta com pouco sódio), controle do diabetes,
evitar fumar, controlar os níveis de colesterol e perder o sobrepeso. Em pacientes com
fatores de risco significativos, aspirina e anti-agregantes em pequenas doses reduzem o
risco de novos transtornos cardiovasculares.

Tratamento

Na angioplastia, um cateter com um balão re-abre o espaço obstruído.

Caso se detecte elevação da onda ST, o tratamento de primeira escolha é angioplastia


coronária percutânea. Neste procedimento minimamente invasivo um cateter flexível é
introduzido em uma artéria femoral (perna) ou radial (antebraço) e segue ao local do
bloqueio das artérias do coração, onde inflam um balão para abrir o vaso obstruído.
Posteriormente se coloca um stent (tubo metálico) para manter essa artéria aberta. Quanto
mais cedo o tratamento começa melhor o prognóstico.

Se a angioplastia não pode ser feita imediatamente, são injetados trombolíticos para romper
o trombo das coronárias (fibrinólise). Os trombolíticos são contraindicados em caso de
hemorragia nos últimos meses, por exemplo, se há uma úlcera gástrica ou duodenal.

Caso não se detecte elevação da onda ST são usados dois anticoagulantes (aspirina mais
clopidogrel ou prasugrel ou ticagrelor), heparina de baixo peso molecular (enoxaparina),
com trinitrato de glicerilo intravenoso e opióides (morfina) se a dor persiste muito forte.

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Angina do Peito e Enfarto Agudo do Miocárdio
Angina de peito
Angina de peito é a designação médica para o quadro de dor ou desconforto peitorais
resultantes da doença coronária, na qual o músculo cardíaco não recebe o sangue de que
necessita. A causa para essa redução de fluxo é, quase sempre, um estreitamento ou
bloqueio de uma ou mais das artérias coronárias (REIS et. AL, 2007).

Não corresponde a uma doença, mas a um conjunto de sintomas resultantes da má irrigação


do coração. A angina de peito é, portanto, uma patologia cardiovascular, mais frequente em
pessoas idosas. Cerca de 20% dos homens e 12% das mulheres com idade superior a 65
anos revelam alguns indícios de doença cardiovascular. Em 2009 ocorreram em Portugal 23
internamentos por cada 100 mil habitantes. A angina de peito pode anteceder a ocorrência
de um enfarte de miocárdio. De facto, cerca de 18% dos enfartes manifestam-se
inicialmente desta forma. Como expressão de doença coronária, surge mais frequentemente
nas mulheres do que nos homens.

Sintomas

Podem ocorrer episódios silenciosos, ou seja, sem qualquer tipo de manifestação clínica e
que apenas são detetados numa eletrocardiograma. Este tipo é mais comum nas primeiras
horas do dia e verifica-se, entre outros, em doentes diabéticos ou naqueles com uma
resistência elevada à dor.

De um modo geral, origina sensações de pressão, desconforto, aperto ou mesmo dor na


região central do peito, embora essas sensações possam ser referidas no pescoço, maxilar
inferior, ombro, braço ou nas costas. Esta variedade de localizações torna o diagnóstico
mais difícil.

Uma vez que os sintomas resultam da menor irrigação do coração, eles tendem a ocorrer
durante um esforço, como caminhar num terreno íngreme ou subir escadas. Em repouso
essas queixas irão diminuindo gradualmente de intensidade. O stress pode igualmente
desencadear crises de angina de peito. Outros fatores são uma refeição, a exposição ao frio

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e a febre. As crises duram habitualmente entre um a cinco minutos, aliviando com o
repouso ou com nitroglicerina colocada debaixo da língua. Quando levam apenas alguns
segundos não costumam corresponder a episódios de angina.

Causas

A aterosclerose é uma das causas mais comuns de estreitamento das artérias coronárias.
Quando esse estreitamento é de, pelo menos, 50% a angina de peito ocorre sempre que um
esforço aumenta as necessidades de oxigénio do músculo cardíaco. Se esse estreitamento
for superior a 90% a angina pode ocorrer mesmo em repouso.

Como tal, todos os fatores que agravam a aterosclerose aumentam o risco deste problema:
tabaco, diabetes, hipertensão arterial, hipercolesterolemia ou obesidade.

A angina de peito pode acontecer mesmo sem estreitamento das artérias coronárias e
resultar do seu espasmo, causado por vários mecanismos, como a redução dos níveis de
magnésio ou fumar.

Na presença de anemia grave, a capacidade de o sangue transportar oxigénio fica


comprometida e pode desencadear também um quadro de angina de peito. Doentes com
problemas cardíacos congénitos, como esclerodermia, lúpus eritematoso sistémico,
poliarterite nodosa, doença de Kawasaki, entre outras, apresentam risco mais elevado.

Diagnóstico

O diagnóstico baseia-se na história clínica do doente, na sua observação e na realização de


um conjunto de exames, entre os quais se destacam: a eletrocardiograma com prova de
esforço, o registo contínuo da eletrocardiograma, o ecocardiograma, a coronariografia, a
angiografia e os estudos com isótopos. Para cada caso, o médico cardiologista definirá
quais os exames mais apropriados.

Tratamento

De um modo geral, uma crise de angina de peito alivia com o repouso. O uso de
medicamentos à base de nitratos é importante porque permite relaxar as artérias coronárias
e melhorar a irrigação do coração. O tratamento deve englobar medidas que impeçam a
progressão da doença das artérias coronárias ou que ajudem a revertê-la. Como tal, essa

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terapêutica deve incidir sobre todos os fatores de risco já referidos, como a pressão arterial,
o colesterol ou o tabaco, entre outros.

Nas formas mais ligeiras, a abordagem passa por esse controlo e pelo uso de alguns
medicamentos. Os fármacos mais utilizados permitem reduzir a má irrigação e melhorar os
sintomas e englobam-se nas seguintes categorias: betabloqueadores, nitratos, antagonistas
do cálcio e antiplaquetários. As três primeiras atuam sobre o coração e as artérias; a última
pretende reduzir o risco de formação de coágulos na parede das artérias.

Nas formas mais graves, são importantes o internamento hospitalar e o uso de medidas
terapêuticas mais complexas. Nestes casos, a cirurgia de derivação (bypass) das coronárias
permite melhorar a circulação e a irrigação do músculo cardíaco. Outra possibilidade é a
angioplastia coronária, com a qual se procura reduzir o grau de obstrução das artérias
coronárias afetadas.

Prevenção

Esta prevenção passa pelo controlo de todos os fatores de risco já referidos. Práticas de vida
saudável, exercício físico, controlo do peso, da tensão arterial e do colesterol, evitar o
consumo de tabaco e de álcool, e consultas médicas regulares, são alguns bons exemplos do
que pode e deve ser feito para manter o coração saudável. A toma diária de uma pequena
dose de aspirina pode ajudar a evitar a formação de coágulos sanguíneos e pode ser
recomendada a pessoas em risco de desenvolverem angina. No entanto, a sua utilização
depende obrigatoriamente de uma recomendação médica, uma vez que, como qualquer
tratamento, pode associar-se a complicações.

Cuidados de Enfermagem
 avaliar as características da dor no peito e sintomas associados.
 avaliar a respiração, a pressão sanguínea e frequência cardíaca em cada episódio de
dor torácica.
 fazer um ECG, cada vez que a dor torácica surgir, para evidenciar infarto posterior.
 monitorizar a resposta ao tratamento medicamentoso.
 avisar o médico se a dor não diminuir.
 identificar junto ao cliente as atividades que provoquem dor.

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 oferecer assistência de maneira calma e eficiente de modo a reconfortar o cliente até
que o desconforto desapareça.
 prover um ambiente confortável e silencioso para o cliente/família.
 ajudar o paciente a identificar seus próprios fatores de risco.
 ajudar o paciente a estabelecer um plano para modificações dos fatores de risco.
 providenciar orientação nutricional ao cliente/família.
 esclarecer o cliente/família acerca dos medicamentos que deverão ser tomados após
a alta hospitalar.
 esclarecer o cliente acerca do plano terapêutico.
 explicar a relação entre a dieta, atividades físicas e a doença.

Cuidados de enfermagem na administração do nitrato

 a nitroglicerina pode causar uma sensação de queimadura sob a língua quando dor
forte;
 orientar o paciente a não deglutir a saliva até que o comprimido esteja totalmente
diluído;
 para ação mais rápida, orientar o paciente a triturar o comprimido entre os dentes
(conforme prescrição médica);
 orientar repouso até o desaparecimento dos sintomas;
 comunicar qualquer alteração ao médico.

Enfarto Agudo do Miocárdio


Segundo (REIS et. AL, 2007) define o infarto agudo do miocárdio, ou ataque cardíaco,
como um processo de morte das células de uma região do músculo do coração devido à
formação de um coágulo que interrompe o fluxo sanguíneo de forma súbita e intensa.

A principal causa do infarto é a aterosclerose, doença em que placas de gordura se


acumulam no interior das artérias coronárias, chegando a obstruí-las. Na maioria dos casos,
o infarto ocorre quando há o rompimento de uma dessas placas, levando à formação do
coágulo e interrupção do fluxo sanguíneo, que resulta na diminuição da oxigenação das
células do músculo cardíaco (miocárdio).

O infarto pode ocorrer em diversas partes do coração, e isso dependerá de qual artéria foi
obstruída. Em casos raros o infarto pode acontecer por contração da artéria, interrompendo
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o fluxo de sangue ou por desprendimento de um coágulo originado dentro do coração e que
se aloja no interior dos vasos.

Causas do infarto agudo do Miocárdio

O artigo Síndromes Coronarianas Agudas, publicado no Manual MSD, exemplifica que o


músculo cardíaco precisa de um fornecimento constante de sangue rico em oxigênio. As
artérias coronarianas, que se ramificam da aorta assim que esta sai do coração, fornecem
esse sangue. Uma síndrome coronariana aguda ocorre quando um bloqueio repentino em
uma artéria coronariana reduz extremamente ou interrompe o fornecimento de sangue a
uma área do músculo cardíaco (miocárdio). A falta de fornecimento de sangue a qualquer
tecido é denominada isquemia.

Se o fornecimento for reduzido extremamente ou cortado por mais de alguns minutos, o


tecido cardíaco morre. Um ataque cardíaco, também denominado infarto do miocárdio
(IM), é a morte do tecido cardíaco devido à isquemia.

Um coágulo sanguíneo é a causa mais comum do bloqueio da artéria. Normalmente, a


artéria já está parcialmente estreitada por um acúmulo de colesterol e outros materiais
gordurosos na sua parede (ateroma). Um ateroma pode se romper ou estourar, o que libera
substâncias que tornam as plaquetas mais pegajosas, estimulando a formação de coágulos.
Em cerca de dois terços das pessoas, o coágulo se dissolve por conta própria, normalmente
dentro de um ou dois dias. No entanto, até esse momento, alguns danos cardíacos
geralmente já ocorreram.

Pouco frequentemente, um ataque cardíaco ocorre quando um coágulo se forma no próprio


coração, rompe-se, e se aloja em uma artéria coronariana. Outra causa rara é um espasmo
de uma artéria coronariana que interrompe o fluxo de sangue. Espasmos podem ser
causados por drogas, como a cocaína. E, às vezes, a causa é desconhecida.

Sintomas do infarto agudo do Miocárdio

O principal sintoma do Infarto é dor ou desconforto na região peitoral, podendo irradiar


para as costas, rosto, braço esquerdo e, raramente, o braço direito.

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Esse desconforto costuma ser intenso e prolongado, acompanhado de sensação de peso ou
aperto sobre o tórax. Esses sinais podem ser acompanhados de outros sintomas, como:

 Suor excessivo
 Palidez
 Alteração na frequência cardíaca

Já em idosos, o principal sintoma pode ser a falta de ar, e a dor também pode ser sentida no
abdome, semelhante a dor de uma gastrite ou esofagite de refluxo.

Nos diabéticos e idosos, o infarto pode ser assintomático, sem sinais específicos. Por isso,
deve-se estar atento a qualquer mal-estar súbito apresentado por esses pacientes.

Fatores de risco para o infarto agudo do miocárdio

Os principais fatores de risco para o infarto agudo do miocárdio são:

 Tabagismo
 Colesterol em excesso
 Hipertensão (pressão alta)
 Diabetes
 Obesidade
 Estresse
 Depressão

Os diabéticos têm de duas a quatro vezes mais chances de sofrer um infarto. Pacientes com
familiares próximos (pais ou irmãos) com histórico de infarto também tem mais chance de
desenvolver a doença.

Diagnóstico

Além da avaliação clínica dos sintomas, são feitos exames de eletrocardiograma,


ecocardiograma e cateterismo para identificar o infarto agudo do miocárdio.

Eletrocardiograma

Alterações morfológicas

Achados eletrocardiográficos são fundamentais no diagnóstico de IAM.

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Na suboclusão é frequente a presença de onda T invertida ou depressão no ponto J.

Nos quadros oclusivos há supradesnivelamento do segmento ST em duas ou mais


derivações contíguas e alterações difusas da repolarização. Se houver necrose pode ocorrer
deflexão negativa inicial do complexo QRS e se torna progressivamente mais proeminente.

A eletrocardiograma inicial não é diagnóstica em 40% ou mais dos pacientes com infarto
agudo, mas os achados eletrocardiográficos em sequência permanecem como os pilares do
diagnóstico. Podem ocorrer infartos sem as alterações agudas ou mesmo sem nenhuma
alteração. Tais casos podem ser indiagnosticáveis na fase aguda.

Ondas e segmentos do eletrocardiograma

Localização (topografia)

A depender da região topográfica acometida, as alterações eletrocardiográficas aparecerão


em derivações distintas:

REGIAO DERIVAÇÕES INFARTO AFETADA


Região septal V1 a V2 ventrículo esquerdo
Região anterior media V2, V3, I e aVL ventrículo esquerdo
Região ântero-septal V1 a V3 ventrículo esquerdo
Ápice V3 a V4 ventrículo esquerdo
Região ântero-apical V1 a V6 ventrículo esquerdo
Parede lateral V5, V6 e aVL ventrículo esquerdo
Parede inferior II, III e aVF ventrículo esquerdo
Anterior extenso V1 a V6, I e aVL ventrículo esquerdo

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Tratamento

O mais importante no tratamento do infarto é a desobstrução da artéria entupida. Existem


duas formas de realizar esta desobstrução:

Angioplastia coronária (desobstrução mecânica) ou fibrinolíticos (desobstrução com


medicamentos). No primeiro, um cateter-balão é inserido por meio de uma punção arterial
(no punho ou virilha) e direcionado até o local do entupimento da artéria.

Esse cateter é inflado para que seja aberta a artéria. Em seguida é colocado um stent (um
dispositivo semelhante a uma mola), mantendo a artéria aberta e normalizando a circulação
de sangue. Já os fibrinolíticos são medicamentos para dissolução do coágulo. Essa técnica é
indicada somente quando não é possível a desobstrução por angioplastia, pois pode causar
hemorragias.

Além disso, são associados ao tratamento outros medicamentos para evitar a formação de
novos coágulos, prevenir arritmias e controlar o colesterol, além de favorecer a cicatrização
da área afetada.

Prevenção

Praticar exercícios físicos regularmente, manter uma alimentação balanceada, cessar o


tabagismo e controlar os fatores de risco, como diabetes, hipertensão arterial e colesterol
elevado, são ações fundamentais para evitar o entupimento das artérias e consequente
infarto agudo do miocárdio.

Cuide-se! Manter o bem-estar e qualidade de vida são requisitos fundamentais para não
sofrer esse mal. Para receber mais dicas, inscreva-se em nossa newsletter!

Cuidados de Enfermagem
As alterações eletrocardiográficas;

 Pressão arterial;
 Frequência cardíaca e queixas de dor precordial;
 Deve-se manter no paciente a oxigênioterapia e um acesso venoso calibroso.

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Cuidados de enfermagem durante a angioplastia:

 Durante a angioplastia o enfermeiro deverá retirar próteses dentária;


 Investigar história de alergias;
 Preparar a via de acesso, realizar a assepsia, dispor os campos cirúrgicos e preparar
o instrumental cirúrgico;
 Normalmente o procedimento é realizado por via Radial ou Femoral;
 Cabe ao enfermeiro fornecer todo material necessário durante o procedimento.
 Checar e administrar anticoagulante quando solicitado;
 Estar atento às intercorrências que podem acontecer, tais como, taquicardia
ventricular, parada cardiorespiratória, bradicardia, hipotensão entre outros.

Cuidados de enfermagem após angioplastia

 Orientar o paciente quanto ao repouso, cuidados com o curativo e dieta;


 Quando o procedimento for realizado pela via radial deve-se retirar o introdutor
assim que finalizado o procedimento e realizar curativo compressivo mantendo-o
por duas horas. Em seguida desapertá-lo e verificar perfusão e pulso;
 Quando o procedimento for realizado por via femoral, o introdutor será retirado
após cinco horas, o paciente deve ser orientado quanto ao repouso e manter restrição
do membro durante esse período;
 Após cinco horas, retirar o introdutor e manter compressão manual por
aproximadamente vinte minutos para hemostasia, logo após realizar curativo
compressivo em região inguinal, orientando o paciente a retirá-lo no dia seguinte.

Cuidados de enfermagem no atendimento ao paciente com infarto agudo do miocárdio


requer atenção e principalmente ter conhecimento para lidar com os diversos tipos de
situações que poderá enfrentar, para que o paciente seja bem assistido e que isso contribua
para sua recuperação.

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Conclusão
Concluímos que Síndrome Coronária Aguda (SCA) é um conjunto de sinais e sintomas
relacionados à obstrução de uma artéria coronária que pode ser causado por um infarto
agudo do miocárdio ou por uma angina instável. É sempre uma emergência médica. O tipo
de síndrome, tratamento e prognóstico são avaliados com eletrocardiograma (ECG), exame
das enzimas cardíacas (como as troponinas I e T) e exames de imagens (como o
ecocardiograma).

A síndromes coronarianas são provocadas pela obstrução da coronária decorrentes de


trombose e vaso espasmos, resultando em vários sintomas clínicos, compatíveis com a
isquemia do miocárdio, envolvendo angina do Peito (AP) e infarto agudo do miocárdio
(IAM), com supradesnível do segmento ST e sem supradesnível do segmento ST, essas
manifestações são as causas mais comuns de atendimentos nas emergências.

O modo mais eficaz para reduzir as doenças cardiovasculares, em nível populacional é


através das ações preventivas e tratar seus fatores de risco. A enfermagem tem que ter um
conhecimento sobre esses fatores de risco, no desencadeamento de síndromes coronarianas
agudas, para uma boa atuação no desenvolvimento de programas visando reduzir a
morbidade e mortalidade por DCV (REIS et. AL, 2007).

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Referencias. Bibliográficas
REIS et al: Síndrome coronariana aguda: morbimortalidade pacientes do município de
Niterói RJ. rev. SOCERJ, 2007.

Nunes, F. M. P., & Silva, A. B. da. (2020). ASSISTÊNCIA AO PACIENTE COM


SÍNDROME CORONARIANA AGUDA: REVISÃO INTEGRATIVA. Revista De
Ciências Da Saúde Nova Esperança, 18(2), 98–106. Recuperado de
https://revista.facene.com.br/index.php/revistane/article/view/527

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