Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CITOPATOLOGIA DA MAMA
As alterações mamárias palpáveis contam hoje com uma ferramenta muito
eficiente no seu diagnóstico que é a PAAF (Punção Aspirativa por Agulha Fina).
Contudo não devemos esquecer que é de fundamental importância estabelecer a
correlação com outros aspectos, tais como o Histórico, Exames Clínicos, Ultra-
sonografia, Mamografia etc.
As vantagens desta técnica inclui Acurácia, Baixo Custo, Inocuidade e Aceitação
pela paciente, senão vejamos:
- Baixo custo (ambulatorial e sem anestesia);
- Rapidez e Confiabilidade (desde que em mãos experientes);
- Permite a participação da paciente na escolha e planejamento do
tratamento;
- Aspiração de lesões pequenas (2 ∼ 3 mm de diâmetro) detectadas pela
mamografia, sob controle estereotáxico ou ultrasonográfico;
- Método de eleição para diagnóstico de lesões císticas e na diferenciação
entre mastite difusa supurada e carcinoma inflamatório.
Atualmente não só podemos distinguir citologicamente uma lesão benigna de
uma maligna (principal objetivo), como também diagnosticar o tipo de lesão nos
esfregaços citológicos.
Não devemos esquecer também que todo o procedimento vai depender da boa
qualidade da técnica de Colheita, Preparação e Fixação do esfregaço, além da
Representatividade do material observado.
TESTE TRIPLO:
- Exame Clínico → 70 a 90%.
- Mamografia → 85 a 90%.
- Citologia (PAAF) → 90 a 99%.
A mamografia deve ser efetuada antes da PAAF, pois pode deixar hematoma originando
imagem na Radiologia.
Concordância = Maligno → 1% de erro.
Concordância = Benigno → 2% de erro.
Não concordância → → Biópsia.
Material compilado por Arnaldo Santos Gomes a partir de aulas do curso 1
Curso de Especialização em Citologia Clínica
POSSIBILIDADES DIAGNÓSTICAS:
Inflamações:
- Mastite Purulenta Aguda
- Mastite de Células Plasmáticas
- Necrose Adiposa
- Tuberculose
- Infecções raras (fungos etc).
Tumores Malignos:
- Carcinoma Ductal (intraductal e invasivo) e seus subtipos: Carcinoma
- Carcinoma Lobular
- Carcinomas Raros
- Sarcomas: Tumor Phyllodes Maligno
- Tumores Metastáticos
APLICAÇÕES DA PAAF:
- Todas as lesões palpáveis;
- Lesões mamográficas não palpáveis;
- Diferenciar lesões císticas de sólidas;
- Terapêutica (esvaziamento de cistos).
HISTOLOGIA DA MAMA
OBSERVAÇÕES:
A depender da idade, a quantidade de estroma e de tecido adiposo varia, sendo
o Estroma mais abundante nas mulheres jovens e o Tecido adiposo mais abundante
nas mulheres idosas.
Durante a gravidez, todo o sistema glandular da mama sofre uma marcada
HIPERTROFIA.
Ocasionalmente, alguns ductos podem apresentar metaplasia apócrina
(glândulas sudoríparas apócrinas), que é a substituição do epitélio glandular do ducto
pelo epitélio igual ao das glândulas sudoríparas, estas células (apócrinas) têm mais
citoplasma que as células ductais. As células apócrinas são células cubóides altas com
citoplasma eosinófilo.
Material compilado por Arnaldo Santos Gomes a partir de aulas do curso 3
Curso de Especialização em Citologia Clínica
INCIDÊNCIA E EPIDEMIOLOGIA
DOS CARCINOMAS DE MAMA
Nos países desenvolvidos, cerca de 10% das mulheres irão apresentar câncer de
mama durante a vida.
O CA de mama representa 20% das mortes por neoplasia em mulheres.
Não existe prevenção do CA de mama. O que é feito é a busca do tumor maligno
o mais precocemente possível.
A prevalência e a incidência são elevadas, porém a mortalidade é baixa em
decorrência do diagnóstico precoce.
Raramente ocorre antes de 25 anos de idade.
Incidência máxima durante o período perimenopausa.
É mais comum em mulheres com história familiar de CA de mama; o risco
aumenta proporcionalmente ao número de familiares em 1º grau com CA. Sendo o
parentesco materno o risco mais comum.
Risco maior em mulheres que tem menarca precoce e menopausa tardia (longa
vida reprodutiva).
Mais freqüente em nulíparas que em multíparas.
Obesidade associada a maior risco, atribuído à síntese de estrógenos em
depósitos adiposos.
Estrógenos exógenos para sintomas da menopausa associam-se a um aumento
moderado no risco.
A TRH de ser usada com cautela. Mulheres histerectomizadas devem utilizar na
TRH apenas estrógenos, pois os progestínicos levam à mitose mamária.
Alterações fibrocísticas proliferativas, especialmente aquelas com hiperplasia
atípica, associam-se a um risco maior.
Carcinoma anterior de mama, endométrio ou ovário estão associados a um risco
maior.
CÉLULAS ESPUMOSAS
Características:
- função de defesa, comporta-se como macrófagos, mas não o são (quanto
mais degenerados, os vacúolos estão abertos, podem estar fagocitando partículas
diversas, como, por exemplo, hemácias);
- são encontradas em aspirados de cistos (mais freqüentemente em
descargas papilares);
- não são células epiteliais;
- apresentam-se isoladas ou juntas, não formam grupamentos verdadeiros,
mantêm sua individualidade celular;
- são redondas ou ovais e, às vezes, multinucleadas;
- núcleo excêntrico ou central, com vacúolos no citoplasma.
CÉLULAS APÓCRINAS
Características:
- produto de metaplasia apócrina, ou seja, substituição do epitélio glandular
pelo epitélio igual ao das glândulas sudoríparas;
- normalmente aparecem agrupadas e com mais citoplasma que as ductais;
- são células pequenas, porém os núcleos são maiores que os das células
ductais (e também uniformes em tamanho) e os nucléolos são facilmente observados;
- o citoplasma apresenta grânulos (produz coloração eosinófila) e vacúolos;
- possuem núcleos escuros, homogêneos, regulares em forma, e algumas
vezes com nucléolos;
- ao contrário das células espumosas, apresentam pontes intercelulares (as
espumosas, mesmo juntas, apresentam individualidade);
- são comuns nas alterações fibrocísticas.
CÉLULAS MIOEPITELIAIS
Características:
- tem várias formas e dão sustentação às células ductais do estroma (estão
na base do estroma;
- elas são um fator de união do epitélio com os ductos;
- são encontradas sobrepostas às células ductais, mas são menores e mais
hipercromáticas, não apresentam citoplasma;
- aparecem em outro plano em relação às ductais (necessário micrometrar);
- onde são encontradas, mesmo em grupamentos de células alteradas
morfologicamente, descarta-se a possibilidade de malignidade nesse grupamento;
- combinadas com células ductais são marcadoras de benignidade.
MACRÓFAGOS
Características:
- é comum serem encontrados em processos granulomatosos (tuberculose),
sendo, nesses processos, geralmente gigantes e multinucleados;
- tem citoplasma vacuolizado;
- não tem bordos tão bem definidos como as células apócrinas.
Celularidade:
Os aspirados de mama normal e a maioria das lesões benignas são
notórios por sua baixa celularidade. Os carcinomas, por outro lado, são no geral
extremamente celulares, embora isso dependa parcialmente da competência do
aspirador.
Dissociação Celular:
Em aspirados, as células epiteliais benignas tendem a ficar juntas em
folhetos ou grupos, enquanto as células malignas perdem coesividade e aparecem
isoladas. Exceções à regra: carcinoma ductal; carcinoma lobular in situ; carcinoma
mucóide; carcinomas invasivos de baixo grau.
Um detalhe que aponta para malignidade, mais do que benignidade, é a
presença de grupos tridimensionais, mais do que folhetos celulares não estratificados.
Pleomorfismo Celular:
Esta variação na morfologia celular é característica típica de carcinomas,
embora existam tumores monomórficos, tal como os carcinomas tubulares, sendo
nestes casos, necessário a observação de outros detalhes malignos.
Nucléolos Anormais:
Os nucléolos, que estão presentes em todas as células (embora nem
sempre evidenciados), são sinal de atividade.
A maioria das células ductais benignas não apresenta nucléolo evidente,
exceto quando reativas. Fibroadenomas podem ter nucléolos visíveis, porém são únicos
e coram-se em azul pelo Papanicolaou.
As células carcinomatosas tendem a apresentar grandes nucléolos,
ocasionalmente únicos, corados em azul, por vezes em vermelho, vez por outra
múltiplos, e ainda ocasionalmente muito anormais em tamanho e forma.
Mitoses Anormais:
Figuras normais de mitose são por vezes encontradas em aspirados de
lesões benignas ativas, tal como hiperplasia epitelial e fibroadenoma que mostram
atipia. São também notadas em carcinomas. No entanto, a presença de mitoses
anormais restringe-se apenas às lesões malignas.
Existem outros critérios de menor importância, mais que valem ser listados:
Necrose:
A necrose celular é raramente característica de condição benigna. Restos
são vistos em aspirados de cistos, especialmente quando estão presentes muitas células
apócrinas.
A necrose autêntica é característica em certos carcinomas (CA ductal in
situ, tipo comedocarcinoma pleomórfico de grande célula, CA intracísticos e CA
pavimentoso das mamas.
Inclusões Intranucleares:
À microscopia fotônica, comparecem como áreas arredondadas, claras,
porém na verdade são invaginações citoplasmáticas. Ocasionalmente podem ser
identificadas em células ductais benignas, apesar de também poder serem visualizadas
em alguns aspirados de câncer de mama.
PROCESSOS INFLAMATÓRIOS:
Predominantemente em mulheres abaixo de 35 anos.
Geralmente secundários a mastites bacterianas.
Características citológicas:
- presença de numerosos neutrófilos, podendo haver também macrófagos
espumosos. O fundo é sujo com fibrina e debris celulares.
NECROSE ADIPOSA:
Ocorre em mulheres abaixo de 35 anos e acima de 50 anos.
Geralmente secundárias a traumatismos, sendo seguida de inflamação
(inflamação crônica: tuberculose).
Podem ser confundidos com câncer na Radiologia.
Características citológicas:
- fundo sujo, com debris, macrófagos e adipócitos com necrobiose.
TUBERCULOSE DA MAMA:
Células epitelióides (macrófagos com núcleos alongados - macrófagos
modificados).
Células gigantes tipo Langhan’s (núcleos na periferia).
TUMORES BENIGNOS
ALTERAÇÕES FIBROCÍSTICAS (DOENÇA FIBROCÍSTICA - DFC)
Não é neoplasia.
Grupo heterogêneo de padrões morfológicos na mama.
Diversas combinações de formações císticas, hiperplasias epiteliais e/ou
crescimento excessivo do estroma fibroso.
Produzem comumente caroços palpáveis, podendo em alguns casos não ser
clinicamente detectáveis.
A patologia permanece obscura. O excesso absoluto ou relativo de estrógenos e
a deficiência de progesterona parecem importantes. Hoje faz-se uso de ácido gama
aminolevulínico.
É rara antes da adolescência e após a menopausa. É mais comum entre os 20 e
40 anos.
A DFC é responsável por cerca de metade das cirurgias de mama - que é feita
para esclarecer a natureza do nódulo presente - sendo assim desnecessárias, visto que
em 50% das DFCs seria alcançado êxito apenas com a PAAF.
3 - Adenose Esclerosante:
- Fibrose muito intensa.
- Fibrose intralobular e uma proliferação (neoformação) de pequenos
ductos epiteliais e células mioepiteliais.
- Aumenta ligeiramente o risco de CA subseqüente.
FIBROADENOMA
PAPILOMA INTRADUCTAL
LESÕES MALIGNAS
***
FREQÜÊNCIA RELATIVA DOS DIVERSOS TUMORES INVASIVOS
TIPOS DE CARCINOMAS Freqüência
¾ Carcinomas Ductais Invasivos
• Puros 52,6 %
• Combinados com outros tipos 22,0 %
¾ Carcinoma Colóide 2,4 %
¾ Doença de Paget 2,3 %
¾ Carcinoma Medular 1,0 %
¾ Outros tipos puros 2,0 %
¾ Outros tipos combinados 1,6 %
¾ Carcinoma Lobular Invasivo 4,9 %
¾ Lobular e Ductal combinados 6,0 %
¾ Não classificados 5,2 %
***
CARCINOMA INTRADUCTAL
Caracteriza-se por células carcinomatosas relativamente grandes e/ou
pleomórficas, que crescem, enchem e obstruem os ductos, permanecendo porém,
confinadas pela membrana basal: células ductais atípicas malignas.
Estão presentes diversos padrões: variantes sólidas, cribiformes, papilares,
micropapilares e comedocarcinomatosas.
***
CARCINOMA DUCTAL INVASIVO
É o tipo mais comum de CA de mama, ocorrendo como um nódulo duro
irregular.
Histologicamente o tumor é constituído de células ductais malignas dispostas em
cordões, ninhos celulares sólidos, túbulos, folhetos anastomosados e diversas misturas
destes padrões.
As células malignas encontram-se dispersas em uma densa reação estromal,
responsável pela consistência do tumor.
Características citológicas:
- células atípicas isoladas e em agrupamentos grandes e pequenos,
freqüentemente tridimensionais e pouco coesos na sua periferia;
- células atípicas de tamanho variado e com características de
malignidade: alterações nucleares e nucleolares (macronucléolos, núcleos excêntricos,
citoplasma claro) / mitoses atípicas (servem de alerta, pois por si só não são
diagnóstico de malignidade).
CARCINOMA PAPILAR:
Características citológicas:
- agrupamentos coesos de células (difícil diagnóstico ⇒ células isoladas).
Diagnóstico diferencial com o Papiloma que não tem células isoladas atípicas.
CARCINOMA MEDULAR:
Características citológicas:
- células grandes com citoplasma delicado e frágil; núcleo pálido com
nucléolo; presença de linfócitos no fundo da lâmina.
***
***
CARCINOMA TUBULAR
Tumor pequeno. Mamografia anormal. Poucas células isoladas.
Agrupamento:
- mais coesivo que nos CA usuais;
- rígido, túbulos abertos;
- glândulas angulares.
Celularidade:
- discreta.
Regra diagnóstica:
- membrana nuclear irregular, lúmens intracitoplasmático.
Fundo de lâmina:
- escassez de núcleo desnudo, bipolar.
OUTRAS EXPLICAÇÕES
CARCINOMA DUCTAL (INTRADUCTAL e INVASIVO):
Preenchimento da luz do ducto por células ductais malignas (relativamente
grandes e/ou pleomórficas) que crescem, enchem e obstruem o ducto, ficando porém
confinadas pela membrana basal.
Estão presentes diversos padrões: variantes sólidas, cribiformes, papilares,
micropapilares e comedocarcinomatosas.
Características de malignidade: alterações nucleares e nucleolares; mitoses
atípicas.
Características citológicas:
- células malignas descamam isoladas (com citoplasma íntegro) ou em
agrupamentos (perda de coesão);
- ocasionalmente, estes agrupamentos podem exibir sobreposição celular
e arranjos papilares (agrupamentos tridimensionais);
- células malignas isoladas variam de tamanho, podendo chegar até 2x ou
mais o tamanho de células ductais benignas;
- os núcleos das células malignas são hipercromáticos e irregulares;
- as células malignas podem vir acompanhadas de material necrótico e de
células inflamatórias.
Carcinoma Cirroso:
Características citológicas:
- escassa evidência de malignidade, restrita a pequenas células dispersas;
- pouca descamação de células;
- poucas células atípicas (fibrose intensa).
Carcinoma Papilar:
Características citológicas:
- agrupamentos coesos de células de difícil diagnóstico (células isoladas);
- diferente do papiloma, que não tem células isoladas atípicas;
Carcinoma Medular:
Características citológicas:
- células grandes com citoplasma delicado e frágil;
- núcleo pálido com nucléolo;
- presença acentuada de linfócitos.
Carcinoma Colóide:
Características citológicas:
- numerosos agrupamentos celulares compactos;
- coloração especial para muco (muita mucina).
CARCINOMA TUBULAR:
Tumor pequeno, mamografia anormal.
Maior índice de Falso-Negativo.
Grupos: mais coesivos que no carcinoma usual; rígido, túbulos abertos;
glândulas angulares.
Celularidade discreta.
Fundo da lâmina: escassez de núcleos desnudos bipolares.
Regra diagnóstica: membrana nuclear irregular; lumens intracitoplasmáticos.
CARCINOMA MEDULAR:
Tumor relativamente grande, mole, bem circunscrito.
Ausência de Desmoplasia.
Infiltrado linfoplasmocitário moderadamente denso.
Grandes células tumorais pleomórficas crescendo em massas anastomosadas
sinciciais.
CARCINOMA APÓCRINO:
Raríssimo.
Células malignas grandes: grânulos finos, glóbulos hialinos (lisossomos).
Ausência de núcleo desnudo, bipolar; sem elementos benignos.
DOENÇA DE PAGET:
Forma de carcinoma ductal que ocorre no interior dos grandes ductos excretores
e estende-se até envolver a pele do mamilo e da aréola (sugere lesão inflamatória
ulcerada).
Malignidade característica de carcinoma epidermóide escamoso (nos carcinomas
escamosos os núcleos são centralizados, nos adenocarcinomas eles são excêntricos).
Na ausência de secreção espontânea, o esfregaço direto ou o raspado do mamilo
pode levar ao diagnóstico.
Características citológicas:
- além de células ductais, temos as células de Paget, que são grandes
células malignas com núcleos hipercromáticos e citoplasma claro e abundante.
CARCINOMA MEDULAR:
Macroscopia: nódulo bem circunscrito.
Características citológicas:
- numerosas células em agrupamentos sinciciais, núcleos volumosos com
tamanho e forma variáveis, nucléolos proeminentes e numerosos linfócitos.
CARCINOMA MUCINOSO:
Comum em mulheres idosas.
Características citológicas:
- fundo mucoso com celularidade variável.
CARCINOMA TUBULAR:
Características citológicas:
- células uniformes, discretas atipias, por vezes esboçam formação
tubular, o que auxilia o diagnóstico.
Geralmente exige Biópsia para confirmar o diagnóstico.
CARCINOMA LOBULAR:
Características citológicas:
- ????? hipocelularidade ????, células pequenas monomórficas, com discretas
atipias, soltas ou em pequenos agregados, exibem pequenos vacúolos citoplasmáticos.
DISTÚRBIOS ENDÓCRINOS:
- Secreções leitosas, collostrum ou serosas (galactorréia).
- Desordens endócrinas relacionadas com a secreção de Prolactina ou Inibidores
da Prolactina.
- As desordens mais significativas estão relacionadas com tumores Pituitários
(Hipófise) e doenças do eixo Hipotálamo-Pituitário.
- Estas patologias devem ser sempre consideradas no diagnóstico diferencial.
PAPILOMA INTRADUCTAL:
Tumor benigno comumente encontrado nas secreções mamilares.
Doença comum do sistema de ductos da mama, pode produzir secreções da
mama, especialmente as lesões localizadas nos ductos excretores principais.
Características citológicas:
- agrupamentos de células ductais podem ser observadas na secreção,
freqüentemente com alguma variação no tamanho das células;
- agrupamentos de células apócrinas grandes, com núcleos homogêneos,
podendo apresentar marcada hipercromasia;
- as células em agrupamentos exibem boa aderência entre si e os núcleos
apesar de hipercromáticos, apresentam estrutura homogênea.
OBSERVAÇÃO: Mesmo nos casos com evidente anormalidade nuclear, deve-se ter
cautela para emitir diagnóstico de câncer na presença de agrupamentos papilares e
ausência de células malignas isoladas.
IMPORTANTE:
O diagnóstico de câncer de mama em secreções deve ser baseado em evidências
irrefutáveis.
Infelizmente a citologia das secreções mamilares não são muito eficientes na
detecção de câncer oculto da mama.
Em caso de dúvida, outros métodos de investigação devem ser empregados.
FIBROADENOMA
versus
MODIFICAÇÕES PROLIFERATIVAS BENIGNAS DA MAMA(*)
MODIFICAÇÕES
CARACTERÍSTICAS FIBROADENOMA PROLIFERATIVAS
BENIGNAS
Redondo,
Nodular, mal definido
claramente definido
Clínicas Massa móvel Imóvel
“Borrachoso” à ponta Não “Borrachoso” à
da agulha ponta da agulha
Celularidade Muito celular Celular
Grandes folhetos Menores folhetos e
celulares planos grupos
Pode ser vista “colméia” Inusitado
Padrão Ocasionalmente
Não observado
cribiforme
Em “chifre de veado”
Não particularmente
ou “taco de golfe”
Células mioepiteliais em Típicas em grandes
Podem ser observadas
“sementes de gergelim” folhetos
Presentes em grande
Núcleos isolados Podem ser observados
número
Fragmentos de estroma Usualmente presentes Incomuns
Ocasionalmente
Células apócrinas Comuns
observadas
Macrófagos esponjosos Ocasionais Comuns
Pobre a moderada
Celularidade (fibroadenomas são Celular
celulares)
Folhetos ou grupos São comuns células
Dissociação celular
coesivos isoladas
Limites lisos ou em
Grupos celulares Limite denteado
paliçada
Tamanho da célula Pequeno Usualmente grande
Tamanho de uma
Tamanho do núcleo Maiores
hemácia (7,2µm)
Pleomorfismo Nenhum Comum
Núcleo Limite liso Limite irregular
Vesicular ou finamente
Cromatina Em grumos
granular
Necrose Ausente Pode estar presente
Células mioepiteliais Muitas Raras
Células isoladas do
Comuns Raras
estroma
Fragmentos de estroma Comuns Raros
Vacúolos citoplasmáticos Incomuns Podem ser observados
Inclusões intranucleares Incomuns Podem ser observados
Raro; por vezes no Comum em carcinoma
Mucina
fibroadenoma mucóide
Células inflamatórias Podem estar presentes Podem estar presentes
Macrófagos esponjosos No geral, presentes Às vezes, presentes
Células tumorais
Ausentes Podem estar presentes
gigantes
Cálcio Pode estar presente Pode estar presente
Células apócrinas Comuns Raras
Mitoses Incomuns Comuns
Ocasional em Visto em carcinoma
Padrão cribiforme
fibroadenoma ductal in situ cribiforme
QUESTÕES
01 - Qual o tumor benigno mais prevalente da mama feminina e quais suas
características citológicas?
Resposta: FIBROADENOMA.
⇒ Alta celularidade de células epiteliais com projeções digitiformes;
agrupamentos grandes e coesos (tipo lençol) com arranjos ordenados; numerosos
núcleos desnudos; células mioepiteliais (característica de benignidade) dispersas;
ausência ou poucas células espumosas e/ou apócrinas; fragmentos de estroma (menor
quantidade no Fibroadenoma do que no Tumor Filodes).
⇒ Numerosos agrupamentos de células ductais coesas, tipo “lençol”, em
arranjos ordenados, com projeções digitiformes, com células mioepiteliais (numerosos
núcleos desnudos, ovais) de permeio - “sementes de gergelim em pão”, sendo
necessário micrometrar para observar. Presença de fragmentos estromais (células
fusiformes estromais) e ocasionalmente células espumosas e/ou apócrinas.