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Procedimento Operacional Padrão (POP)

POP 016 – TEMPO DE PROTROMBINA


Versão: 001 POP nº: 016 Página: 01 de 04
Revisão: 000 Validade: 2 anos

1. ALCANCE:
Farmacêutico, Biomédico e Técnicos do Laboratório de Bioquímica

2. RESPONSABILIDADE:
2.1. Farmacêutico, Biomédico e Técnicos do Laboratório de Bioquímica: Execução das
atividades conforme estabelecido neste procedimento.
2.2. Responsáveis pelo laboratório: Supervisão, orientação e treinamento dos envolvidos quanto à
rotina estabelecida neste procedimento. Revisão final, aprovação, emissão e controle deste procedimento.
3. PRINCÍPIO:

O teste de tempo de protrombina é utilizado principalmente como um teste de rotina pré-operatória,


para detectar potenciais alterações da coagulação. Um teste de PT anormal ou prolongado é geral-
mente indicativo de um decréscimo do nível de um ou mais dos fatores da coagulação na via extrín-
seca ou comum da coagulação sanguínea. Esta condição pode ser provocada por alterações here-
ditárias da coagulação, deficiência de Vitamina K, doença hepática ou administração de fármacos.
É um teste útil, quando associado ao RNI, no monitoramento de pacientes em uso de
terapêutica com anticoagulante oral, uma vez que é sensível aos Fatores II, VII, e X. O PT
pode ser utilizado para efetuar ensaios de fatores específicos da via extrínseca, ou seja,
Fatores II, V, VII X.
O RNI permite avaliação do tempo de coagulação do plasma após adição de extrato de
cérebro com atividade tromboplástica padronizada. O RNI (Relação Normatizada interna-
cional) é baseado na relação do valor do tempo de protrombina (PT) do paciente e a média
dos valores normais de plasmas normais frescos, e representa a relação do PT se o teste
tivesse sido realizado com tromboplastina IRP (International Reference Preparation). Esta
padronização evita variações interlaboratoriais.
4. REAGENTES:

ü Padrão: Conservar em temperatura ambiente (15 – 30º C). Contém cálcio 10 mg/dL;
ü Tampão: Conservar em temperatura ambiente (15 – 30º C). Contém cianeto de potássio 7.7 mmol/L e
etanolamina 1.5 mol/L Tóxico;
ü Metiltimol: Conservar em temperatura ambiente (15 – 30º C). Contém azul de metiltimol 0.1 mmol/L, ácido
clorídrico 10 mmol/L e 8 – hidroxiquinoleína 17 mmol/L.
Os reagentes são estáveis até o vencimento da data de validade impressa no rótulo do produto e na caixa quando
conservados em temperatura entre 15 -30º C, bem vedados e se evite a contaminação durante o uso.
O Padrão depois de aberto deve ser armazenado, bem vedado, entre 2 – 8º C, para evitar a evaporação.
Sinais de deteriorização dos reagentes: Presença de partículas e turbidez indicam deteriorização dos reagentes;
Absorbância do Reagente de trabalho medida contra a água em 610 nm deve ser inferior a 0.800.
5. AMOSTRA:
Usar plasma citratados (com citrato de sódio).
O teste deve ser realizado no máximo até quatro horas após a coleta. Não refrigerar o plasma.
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INTERFERÊNCIAS:

O sangue deve ser coletado por punção venosa evitando o garroteamento prolongado. Não realizar o TP em
amostra cuja punção for traumática.

Desde que o teste seja realizado em duas a quatro horas após a coleta, o tubo de sangue pode ser de vidro. Cabe
lembrar que o vidro ativa os fatores de coagulação através do contato.
A hemólise interfere nos resultados.
O uso de anticoagulantes, também, interferem nos resultados.
Mas, a maior causadora de erros nos resultados é a coleta incorreta do material.

7. MATERIAIS NECESSÁRIOS:

 Pipetas e micropipetas;
 Cronômetro;
 Ponteiras descartáveis;
 Tubos de ensaio;
 Banho-maria;
 Estantes para tubos.

8. PROCEDIMENTO:

8.1. Preparo de Reagentes:

ü O Reagente deve ser incubado à 37ºC.

8.2. Teste:

 Preparar um pool, como referência, por misturas de plasmas citratados de, no mínimo três indivíduos sadios;
 Incubar 0.1 mL de Tromboplastina em tubos de hemólise no banho-maria a 37ºC, por no mínimo dois minutos
e por no máximo quinze minutos;
 Adicionar 0.1 mL do plasma a ser medido e incubar por um minuto no mínimo e dez minutos no máximo;
 Adicionar 0.1 mL de CaCL2 25mM (previamente aquecido) e disparar simultaneamente o cronômetro. Misturar
suavemente e manter no banho-maria por nove segundos;
 Após, retirar o tubo e observar por inclinações sucessivas até a observação do coágulo, quando o cronômetro
deve ser desligado.

8.3. Resultados:
 O tempo deve ser registrado em segundos.
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8.4 Calibração para tempo de protrombina:

A cada mudança de lote ou marca do reagente é necessário realizar a curva de


calibração, para que se calcule a atividade enzimática a partir da diluição seriada de um
plasma calibrador conhecido. Deve-se fazer diluições do calibrador em tampão
utilizando tubos plásticos e testar para obtenção do tempo em segundos, conforme Modelo para construção de curva
de calibração do tempo de protrombina

Atividade enzimática (%) Diluição do calibrador


100 Puro
50 1:2
25 1:4
12,5 1:8
6,25 1:16

Os tempos de coagulação de cada diluição são relacionados graficamente com as


respectivas atividades percentuais, em escala mono-log. Para validar a curva, deve-se
testar um plasma controle normal e anormal (controles internos) conhecidos.

8.5 Relação Normatizada Internacional:

A RNI foi instituída pela Organização Mundial de Saúde para padronizar as diferenças
de resultados de TP entre os vários laboratórios. Essas diferenças ocorrem devido à
diferença de métodos, aparelhos e tromboplastinas. Todos os fabricantes de
tromboplastina devem determinar o ISI mediante a padronização de sua tromboplastina
frente a uma tromboplastina de referência internacional (International Reference
Preparation) proveniente de cérebro humano, que define a sensibilidade do reagente.
Quanto mais próximo de 1,0 for o ISI, mais sensível é a tromboplastina.

O cálculo do RNI é feito de acordo com a seguinte fórmula:

RNI = [TP do paciente/ TP normal (média do valor de referência)] ISI

Os resultados do TP podem ser reportados em tempo de protrombina, atividade


enzimática (%) e RNI. O valor de referência para o TP varia de acordo com o reagente
utilizado.

9. OBSERVAÇÕES:

Um tempo de protrombina alargado está relacionado com uso de medicamentos,


hepatopatias ou deficiência de fator VII, principalmente. Como já mencionado, o TP é
pouco sensível à deficiência de fibrinogênio. Entretanto, na hipofibrinogenemia grave
(abaixo de 100 mg/dl de fibrinogênio) e na afibrinogenemia (ausência de fibrinogênio),
o TP encontra-se alargado e incoagulável, respectivamente. O teste da mistura (com
pool de plasma normal na proporção 1:2) deve ser realizado para identificar se o
prolongamento ocorre por deficiência de fator ou presença de inibidor. Se houver
correção do TP, deve-se determinar o fator VII inicialmente. Caso sua dosagem esteja
normal, deve-se avaliar o resultado do TTPA e então testar, os fatores V, II ou X de acordo com a clínica do
paciente.
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Não havendo correção do TP na mistura, deve-se fazer a pesquisa de inibidores dirigidos contra fatores
da via extrínseca e comum. Os inibidores de fator VII são raros.
10. HISTÓRICO DE REVISÃO:

Histórico de Alterações realizadas no POP


Versão do POP
Data da Revisão Descrição da alteração Responsável
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POP 017 – TEMPO DE TROMBOPLASTINA PARCIAL ATIVADA
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1. ALCANCE:
Farmacêutico, Biomédico e Técnicos do Laboratório de Bioquímica

2. RESPONSABILIDADE:
2.1. Farmacêutico, Biomédico e Técnicos do Laboratório de Bioquímica: Execução das
atividades conforme estabelecido neste procedimento.
2.2. Responsáveis pelo laboratório: Supervisão, orientação e treinamento dos envolvidos quanto à
rotina estabelecida neste procedimento. Revisão final, aprovação, emissão e controle deste procedimento.
2.3.
3. PRINCÍPIO:

O ensaio se baseia na medida do tempo que um plasma descalcificado demora a coagular, quando
colocado em banho-maria a 37°C e na presença de um excesso de cefalina, ativador e cálcio. Baseia- se na
formação do coágulo de fibrina detectada visualmente através da formação do coágulo. O Tempo de
Tromboplastina Parcial ativado (TTPa) normalmente mede a via intrínseca da coagulação. É indicado nos
casos onde há tendência à hemorragia, antes de intervenções cirúrgicas e no controle de terapêutica
anticoagulante pela heparina.

4. METODOLOGIA:

4.1. Preparo, Estabilidade e Armazenamento de reagentes


 Reagente e Cloreto de Cálcio prontos para uso. Homogeneizar antes de usar.
 Os Reagentes fornecidos são estáveis sob refrigeração (ref.) até a data de vencimento indicada
na embalagem.
 Não congelar.
 Plasma controle nível patológico: liofilizado e estável sob refrigeração até a data de vencimento.
 Retirar os reagentes da geladeira deixando–os em temperatura ambiente por 15
 Colocar o reagente (cloreto de cálcio) no equipamento para incubar por 5 minutos

5. PRECAUÇÕES E CUIDADOS ESPECIAIS:

O padrão é fornecido em concentração usual fixa. O desempenho do ensaio pode ser afetado se este
reagente for modificado ou não for armazenado nas condições recomendadas.

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Não misturar ou trocar diferentes lotes de reagentes. Não utilizar reagentes que tenham sinais de
contaminação microbiana ou precipitação.
Caso haja contato com quaisquer reagentes, lava a área afetada com água em profusão. Em caso de ingestão
acidental, procurar auxílio médico imediato.
Como o volume da amostra é pequeno, deve-se pipetar diretamente no fundo do tubo de ensaio realizando
uma medição cuidadosa para minimizar problemas de imprecisão.

6. AMOSTRA:
Sangue total com citrato de sódio; Jejum mínimo de 4 horas.

7. INTERFERÊNCIAS:
O mecanismo de coagulação envolve uma série de reações enzimáticas que podem ser influenciadas por
toda condição que afete os sistemas enzimáticos em geral, razão pela qual devem-se observar as mesmas
preocupações metodológicas. Deve-se ter em conta que variações na relação anticoagulante/amostra ou na
concentração de citrato utilizada afetam os tempos de tromboplastina parcial ativada, pelo que se recomenda
controlar a dose de anticoagulante empregada ao tomar a amostra. A amostra deve ser conservada em tubos
plásticos até o momento de sua análise, para minimizar os efeitos de ativação por contato que podem ocorrer
com tubos de vidro. Concentrações de heparina acima de 0,6 U/mL prolongam o Tempo de Tromboplastina
Parcial.

8. MATERIAIS NECESSÁRIOS:
 Sangue total com citrato de sódio;
 Banho Maria;
 Tubos de Vidro;
 Pipetas automáticas;
 Cronômetro;
 Centrígufa;
 Estante para tubos;
 Reagentes para TTPA (cefalina e cloreto de cálcio).

9. PROCEDIMENTO:
Após a punção o sangue deve ser centrifugado por 10 minutos (ref.) de 3.000 RPM até 1 hora (ref.) após
a coleta.
A amostra é estável em temperatura ambiente até a realização do teste. Realizar o teste nas 4 horas (ref.)
seguintes a coleta.
9.1. Padrões, Controles, Reagentes e Outros Insumos:
 Padrão de referência: Plasma controle nível normal adquirido comercialmente;
 Controle: Plasma controle nível patológico adquirido comercialmente;
 Reagentes e outros insumos: frasco contendo cefalina com ácido ellágico como ativador
particulado. Cloreto de Cálcio: solução de cloreto de cálcio estável 0.025 mol/L;
 Água destilada.

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10. VALORES DE REFERÊNCIA:
O intervalo de valores de referência observados em indivíduos normais, conforme a técnica utilizada na
bula do kit em coagulômetro automatizado. Consideram-se fora do normal os valores que diferem da bula do
kit.

11. SIGNIFICADO CLÍNICO:


Serve para detectar anomalias na via intrínseca da coagulação, como os fatores necessários para a
formação do ativador intrínseco da protrombina, ou seja, os fatores VIII, IX, XI e
Também detecta deficiências severas dos fatores II, V, X e fibrinigênio, não sendo assim com os
distúrbios plaquetários, deficiências dos fatores VII e XII, nem problemas vasculares.
A rapidez, simplicidade e reprodutibilidade da prova a tornam muito adequada para o controle da
terapêutica anticoagulante por heparina. Também permite a identificação rápida de hemofílicos em potencial, a
fim de submetê-los a tratamentos preventivos pré-cirúrgicos e evitar problemas hemorrágicos.

12. OBSERVAÇÕES:
Evitar uso de amostras com os seguintes interferentes: lipemia, hemólise, alimentação parenteral. Além
disso, amostras com microcoágulos, sangue coagulado, hemólise acentuada, amostras com excesso de
anticoagulante e amostras coletadas há mais de 4 horas devem ser rejeitadas para realização do teste.

11. REFERÊNCIAS:
Terra, Paulo. Coagulação – Interpretação Clínica dos testes Laboratoriais de Rotina. São Paulo. Editora
Atheneu, 2000;
12. HISTÓRICO DE REVISÃO:
Histórico de Alterações realizadas no POP
Versão do POP
Data da Revisão Descrição da alteração Responsável

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