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FUNDAMENTOS DE LABORATÓRIO
ELABORADO POR:
Agnes Kiesling Casali
Carlos Alexandre Vieira
Karine Silvestre Ferreira
Maria Arlete Silva Pires
Paula Mendonça Leite
Belo Horizonte
Versão: 2018.2/2
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SUMÁRIO
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FUNDAMENTOS DE LABORATÓRIO
ORIENTAÇÕES PRELIMINARES
ATENÇÃO! NÃO SERÃO PERMITIDOS ALUNOS SEM JALECO DE MANGA COMPRIDA NEM COM TRAJES QUE
DESOBEDEÇAM AS REGRAS DE SEGURANÇA NO LABORATÓRIO!
Ao aluno:
Prepare-se antes de ir para o laboratório, lendo previa e cuidadosamente o texto relacionado à atividade a
ser executada. Confira o material recebido. Ao sair do laboratório, deixe cada coisa em seu lugar,
exatamente como foi encontrado.
Mantenha-se atento e concentrado durante a atividade para um melhor desempenho, e faça um registro
cuidadoso de todas as observações e resultados obtidos. Seja escrupuloso no registro das observações e
não altere os valores obtidos com o intuito de forçar sua coerência com os dados do problema. Não forje
observações que não tenham sido feitas realmente. Se o resultado final for insatisfatório, procure descobrir
a causa do erro e, somente se necessário, refaça a experiência. Siga as instruções fornecidas.
Em caso de qualquer problema, não aja sem antes consultar o professor ou o responsável pelo
laboratório.
Ao grupo:
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marcador de CDs ou semelhante, nas cores azul e/ou preta.
SEGURANÇA NO TRABALHO
A limpeza dos materiais utilizados em laboratório é feita pelos técnicos de laboratório. No entanto, será
solicitado aos alunos que, em algumas situações, procedam à limpeza do material utilizado. Neste caso,
proceda à limpeza de acordo com as instruções a seguir.
SIGA RIGOROSAMENTE AS INSTRUÇÕES DO PROFESSOR OU DOS TÉCNICOS DE LABORATÓRIO COM
RELAÇÃO AO DESCARTE DE QUAISQUER RESÍDUOS PRODUZIDOS NO LABORATÓRIO.
OBSERVAÇÃO: JAMAIS FAÇA MOVIMENTOS BRUSCOS PARA ELIMINAR A ÁGUA NO INTERIOR DOS
RECIPIENTES.
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Béqueres, elernmeyers, cálices, vidros relógio, provetas: após ter descartado líquidos ou sólidos contidos
nestes recipientes, sua limpeza deve ser feita como indicado a seguir:
1. Enxágüe o recipiente em água de torneira.
2. Com auxílio de uma esponja ou escova, lave o recipiente com detergente.
3. Enxágüe abundantemente em água de torneira.
4. Enxágüe por três vezes em água destilada.
Pipetas, buretas e balões volumétricos: após ter descartado líquidos contidos nestes recipientes, sua
limpeza deve ser feita como indicado a seguir:
1. Enxágüe abundantemente em água de torneira. Aguarde que toda água seja escoada.
2. Enxágüe por três vezes em água destilada.
3. Coloque em suporte próprio para secagem.
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PRIMEIRA UNIDADE DE ENSINO:
BIOSSEGURANÇA
1. Competências
Identificar a importância da ABNT na segurança laboratorial;
Reconhecer os riscos inerentes ao ambiente laboratorial;
Reconhecer os equipamentos de proteção individual: jaleco, óculos, protetor facial, cabelos presos, luvas,
sapato fechado, máscara;
Reconhecer os equipamentos de proteção coletiva;
Utilizar o conteúdo para saber se comportar no laboratório em situações normal e em casos de acidente.
2. Introdução:
Notícia publicada no G1 dia 05/12/2013 Estudante é internada após sofrer intoxicação em aula prática
(http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2013/12/estudante-e-internada-apos-intoxicacao-durante-
aula-pratica.html):
Fala da mãe da estudante de 15 anos “Ao descartar o material, ela não tinha os equipamentos apropriados
para que pudesse não haver o que aconteceu: ela inalou. Logo depois de inalar, ela sentiu-se mal, saiu da sala e
depois de alguns minutos ela foi levada para o [hospital] português, ficando só até o meio-dia. Fomos para casa e
às 19h o quadro agravou e tivemos que vir para o centro médico.” Nesse contexto, o que poderia ter sido feito
para evitar essa situação?
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Referencial teórico
A biossegurança pode também ser compreendida como um conjunto de normas e medidas que visa à
proteção da população e dos profissionais de saúde. Dessa forma, ao se iniciar um trabalho em laboratório,
é fundamental conhecer-se os procedimentos de segurança que irão permitir uma atuação com um mínimo
de risco.
Risco é a probabilidade de ocorrer um dano, ferimento ou doença. Eles são divididos em 5 categorias
(Portaria do Ministério do Trabalho, MT número 3214, de 08/06/1978) (Figura 1):
• Riscos biológicos Os materiais biológicos abrangem amostras provenientes de seres vivos como
plantas, animais, bactérias, leveduras, fungos, parasitas (protozoários e metazoários) e amostras
biológicas provenientes de animais e seres humanos (sangue, urina, escarro, secreções, derrames
cavitários, peças cirúrgicas, biópsias entre outras). Incluem-se também os organismos
geneticamente modificados em que os cuidados são mais relevantes por albergarem genes com
características diferenciadas;
• Riscos ergonômicos qualquer fator que possa interferir nas características psicofisiológicas do
trabalhador causando desconforto ou afetando a sua saúde;
• Riscos físicos São riscos provocados por algum tipo de energia. Dependem dos equipamentos de
manuseio do operador ou dos ambientes que se encontram nos laboratórios. Podemos citar alguns
casos como calor, frio, ruídos, vibrações, radiações não-ionizantes, ionizantes e pressões normais.
Equipamentos que geram calor ou chamas;
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• Riscos químicos A classificação das substâncias químicas, gases, líquidos ou sólidos, também
devem ser conhecidas pelos seus manipuladores. Nesse aspecto, têm-se solventes combustíveis,
explosivos, irritantes, voláteis, cáusticos, corrosivos e tóxicos. Devem ser manipulados de forma
adequada em locais que permitam a segurança de seu manipulador e do seu meio ambiente. Este
grupo de risco é muito importante, pois os acidentes de laboratórios com substâncias químicas são
os mais comuns e perigosos;
Para evitar esses riscos, algumas recomendações gerais devem ser seguidas:
Normas gerais
1º - A permanência dos alunos nos laboratórios de aulas práticas será apenas permitida mediante o uso de
jaleco branco devidamente abotoado, sapatos fechados e calça comprida. Caso não estejam devidamente
paramentados, os alunos não poderão assistir a essas aulas;
2º - Roupas e EPIs adequados, como calça comprida, jaleco, sapatos fechados, toucas, luvas, máscaras e
óculos de segurança. Conservar os cabelos compridos presos;
3º - A entrada dos alunos nos laboratórios será apenas permitida com a autorização dos professores
responsáveis;
6º - Não deixar materiais estranhos ao trabalho sobre as bancadas. (Cadernos, bolsas e agasalhos devem
ficar nos escaninhos ou assemelhados);
7º - As bancadas e os corredores, bem como as pias, têm de ser mantidas sempre limpas durante toda a
aula. Os resíduos (lixo comum ou químico), devem ser colocados em reservatórios específicos;
8º - Balanças precisam ser cuidadosamente utilizadas; portanto, ao final de cada pesagem, verificar se a
balança está limpa e tomar as devidas providências para deixá-la adequada ao próximo usuário;
11º - Nunca abrir um frasco de reagente antes de ler o rótulo, nem testar substâncias químicas pelo odor
ou sabor;
12º - Ao pipetar utilizar sempre uma pêra ou equipamento adequado (pipetador). Nunca pipetar com a
boca;
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13º - Nunca usar termômetros como bastão;
14º - Todo material (matérias-primas, vidrarias e utensílios) utilizado pelo aluno deverá ser devolvido ao
local de sua guarda;
16º - Devem ser seguidos os cuidados com o descarte de materiais e na lavagem das vidrarias, observados
pelos professores e técnicos de laboratório. Os descartes têm de ser feitos de maneira correta a fim de
preservar a saúde pública e os recursos naturais. Os resíduos comuns devem ser descartados em lixeiras e
os químicos devem ser descartados de acordo com sua natureza - os líquidos, que não oferecem risco à
saúde pública e ao meio ambiente, poderão ser descartados na pia; os sólidos nunca devem ser
descartados na pia e, se não oferecerem risco à saúde pública e ao meio ambiente, podem ser descartados
no lixo comum. Para os resíduos perigosos estão disponíveis frascos coletores para descarte;
17º - Ao acender o bico de Bunsen, observar a presença de materiais inflamáveis e solventes nas
proximidades e retirá-los. Fechar sempre os bicos de gás não utilizados;
18º - Em caso de incêndio usar a saída específica e chamar socorro para apagar o fogo em roupa de colegas,
abaixar as chamas com toalhas. Nunca usar extintores de incêndio em humanos;
19º - Jamais esquecer que os laboratórios são ambientes de trabalho, submetidos a riscos de acidentes na
maioria das vezes causados por atos inseguros. O trabalho em laboratórios exige concentração e bom
desempenho. Para tanto, o aluno precisa seguir as recomendações e instruções fornecidas pelos
professores. Também deve ser mantido o mínimo ruído possível (silêncio);
20º - Mesmo tomando os devidos cuidados, caso aconteça algum acidente, estarão disponíveis alguns
equipamentos de proteção coletiva como lava olhos e chuveiros de segurança, localizados no Laboratório
de Química e extintores de pó químico pressurizado em todos os laboratórios.
As Boas Práticas de Laboratório estão contempladas na Norma Regulamentadora NR-32 e alguns aspectos
importantes são:
Esse procedimento é necessário antes e depois da manipulação de materiais dentro do laboratório. Deve-
se usar água corrente e sabão, de acordo com a Figura 2. O uso de luvas de proteção para a manipulação de
materiais biológicos e químicos não substitui a lavagem correta das mãos.
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Figura 2 – Lavagem das mãos.
São elementos de contenção, de uso individual, utilizados para proteger o profissional do contato com
agentes biológicos, físicos, químicos, calor ou frio excessivos, entre outros (Tabela 1).
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São equipamentos de contenção que possibilitam a proteção dos profissionais no ambiente de trabalho:
• Chuveiro de emergência;
• Lava-olhos;
• Autoclave;
• Extintores de incêndio;
• Kit de derramamento.
Os processos de desinfecção também são importantes para a proteção individual e coletiva (Tabela 2).
Processos de
Definição Exemplos
descontaminação
Álcool 70%
Eliminação de todos os microrganismos, exceto
Desinfecção
esporos.
Hipoclorito 5%
Autoclave
Garante a eliminação de qualquer forma de
Esterilização
vida.
Estufa
Descarte
Os procedimentos de descarte também são essenciais para a minimização dos riscos discutidos e esse
descarte varia com o tipo de material em questão.
-Lixo contaminado deve ser embalado em sacos plásticos para o lixo tipo 1 (branco), de capacidade máxima
de 100 litros, indicados pela NBR 9190 da ABNT;
-Os sacos devem ser totalmente fechados de forma a não permitir o derramamento de seu conteúdo,
mesmo se virados para baixo. Uma vez fechados, precisam ser mantidos íntegros até o processamento ou
destinação final. Não se admite abertura ou rompimento de saco contendo resíduo infectante sem
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tratamento prévio. Deve-se verificar a qualidade do produto ou os métodos de transporte utilizados caso
ocorram rompimentos frequentes dos sacos;
-Havendo derramamento do conteúdo, cobrir o material derramado com uma solução desinfetante, por
exemplo, hipoclorito de sódio a 5% e recolher em seguida, fazendo depois a lavagem do local. Usar os
equipamentos de proteção necessários;
-Todos os utensílios que entrarem em contato direto com o material deverão passar por desinfecção
posterior;
-Os sacos plásticos deverão ser identificados com o nome do laboratório de origem, sala, técnica
responsável e data do descarte;
-Autoclavação a 121º C durante pelo menos 20 minutos para materiais limpos e 45 minutos para materiais
a serem descontaminados;
-As lixeiras para resíduos desse tipo devem ser providas de tampas e devem ser lavadas e desinfetadas,
pelo menos uma vez por semana ou sempre que houver vazamento do saco.
Os materiais perfurocortantes constituem a principal fonte potencial de risco tanto para acidentes físicos
como para contaminação por agentes infecciosos. Exemplos: agulhas, ampolas abertas, lâminas de bisturi,
vidraria quebrada entre outros. Para o descarte seguro, recomenda-se os seguintes passos:
-Devem ser descartados em recipientes de paredes rígidas com tampa e resistente à autoclavação;
-Os recipientes devem estar localizados tão próximos possíveis da área de utilização dos materiais;
-Os recipientes devem ser identificados com etiquetas contendo informações sobre o laboratório de
origem, técnico responsável pelo descarte e data do descarte;
- Após tratamento para descontaminação, os recipientes devem ser embalados em sacos adequados para
descarte, identificados como material perfurocortantes e descartar como lixo comum, caso não sejam
incinerados;
-No caso de seringa de vidro, levá-la juntamente com a agulha para efetuar o processo de
descontaminação;
Para a realização dos procedimentos adequados de descarte é importante observar o grau de toxicidade e
não misturar os resíduos de diferentes naturezas e composições. Estes produtos devem ser tratados antes
de descartados e, no armazenamento, devem ser consideradas as compatibilidades entre os produtos
químicos.
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As informações de descarte específica para cada produto estão disponíveis nas FISPQs (Ficha de Informação
de Segurança do Produto Químico) e devem estar acessíveis a todos. A Comissão de Gerenciamento de
Resíduos da FMUSP disponibiliza o Guia dos POPs de Resíduos de Serviços de Saúde, que traz os
procedimentos necessários para descarte de resíduos e carcaças, desde a sua geração até a disposição final,
no seguinte endereço: http://www.bioterio.fm.usp.br/pdf.
3. Materiais e Métodos:
3.1 Materiais de Consumo (Reagentes)
Luvas
Máscaras
Jaleco
Óculos de proteção
Descarte de Materiais com Hipoclorito.
Álcool 70%
Papel toalha
3.3 Procedimentos
Durante o desenvolvimento da prática simularemos um processo de coleta de amostra biológica (sangue).
O professor irá demonstrar de forma prática a importância da utilização dos EPIs (equipamentos de
proteção individual). Será demonstrado:
A paramentação adequada em laboratório;
O uso correto dos EPIs;
A correta desinfecção de bancadas antes e após a utilização;
O procedimento seguro para a utilização de agulhas e perfurocortantes;
Os cuidados com reagentes líquidos e o processo de descarte de substâncias;
O correto descarte de placas com meio de cultura;
A separação do lixo comum e lixo biológico e seus devidos símbolos;
Os procedimentos a serem realizados após a quebra de vidrarias e derramamento de reagentes;
Os procedimentos a serem realizados após o derramamento de material biológico e a desinfecção
do local.
A estudante deveria estar usando os equipamentos de proteção individual pertinentes, além de manipular
o reagente em uma capela para evitar a inalação.
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5. Listas de Exercício
1) Identifique os erros na seguinte situação e justifique:
Julia entra em um laboratório químico de calça jeans, blusa e sandália; seus cabelos estão soltos; ela veste
seu jaleco de mangas curtas e se prepara para iniciar os experimentos. Sem luvas, Júlia pesa em uma
balança cloreto de sódio e mede certo volume de água em um béquer. Ela mistura e adiciona uma gota de
ácido sulfúrico. Ela paramenta-se com óculos de proteção, liga a manta térmica e coloca a mistura sob
aquecimento dentro do béquer. Enquanto aguarda a finalização do experimento, Júlia pega sua garrafinha
de água dentro da bolsa e bebe a água. Após isto, Júlia volta ao experimento, retira o béquer e deixa-o
resfriar. Finalizado o experimento, Júlia lava as mãos e deixa o laboratório. Ela vai ao seu escaninho, no
primeiro andar, retira seu jaleco e o guarda.
3) Aponte os EPIs e EPCs necessários em cada uma das seguintes situações em um laboratório:
• Coleta de sangue;
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANVISA. Microbiologia Clínica para o controle de infecção relacionada à assistência à saúde. Brasília, 2010.
48 p.
GERÊNCIA TÉCNICA. Guia de Boas Práticas Laboratoriais. HC-FMUSP: São Paulo, 2015. 25 p.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA CLÍNICA. Boas Práticas em Microbiologia Clínica. Brasil, 2015. 323 p.
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AULA 02: Riscos Químicos e Biológicos nos laboratórios
1. Competências
Reconhecer os riscos químicos e biológicos em laboratório;
Atuar na prevenção de acidentes químicos e biológicos em laboratório;
Reconhecer os níveis dos laboratórios de acordo com a Segurança Biológica;
Armazenar corretamente os produtos químicos e resíduos gerados.
2. Introdução
Um aluno, ao ser o primeiro a chegar em seu laboratório de iniciação científica, percebe que o ambiente
está com um cheiro estranho e vê que houve um derramamento do líquido que estava no descarte. Como o
aluno deve proceder de forma a minimizar os riscos para si, para os transeuntes e para o ambiente?
Referencial teórico
• Riscos biológicos Os materiais biológicos abrangem amostras provenientes de seres vivos como
plantas, animais, bactérias, leveduras, fungos, parasitas (protozoários e metazoários) e amostras
biológicas provenientes de animais e seres humanos (sangue, urina, escarro, secreções, derrames
cavitários, peças cirúrgicas, biópsias entre outras). Incluem-se também os organismos
geneticamente modificados em que os cuidados são mais relevantes por albergarem genes com
características diferenciadas;
• Riscos químicos A classificação das substâncias químicas, gases, líquidos ou sólidos, também
devem ser conhecidas pelos seus manipuladores. Nesse aspecto, têm-se solventes combustíveis,
explosivos, irritantes, voláteis, cáusticos, corrosivos e tóxicos. Devem ser manipulados de forma
adequada em locais que permitam a segurança de seu manipulador e do meio ambiente. Este
grupo de risco é muito importante, pois os acidentes de laboratórios com substâncias químicas são
os mais comuns e perigosos;
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Uma das ferramentas importantes em um laboratório é o mapa de risco (Figura 1). O mapa de risco é uma
representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos locais de trabalho capazes de acarretar
prejuízos à saúde dos servidores, causando acidentes e doenças do trabalho. É utilizado para facilitar a
visualização dos riscos existentes no local.
Além disso, existem algumas medidas específicas que podem ser adotadas para evitar esses riscos.
Risco químico é o perigo a que determinado indivíduo está exposto ao manipular produtos químicos que
podem causar-lhe danos físicos ou prejudicar-lhe a saúde. Os danos físicos relacionados à exposição
química incluem, desde irritação na pele e olhos, passando por queimaduras leves, indo até aqueles de
maior severidade, causado por incêndio ou explosão. Os danos à saúde podem advir de exposição de curta
e/ou longa duração, relacionadas ao contato de produtos químicos tóxicos com a pele e olhos, bem como a
inalação de seus vapores, resultando em doenças respiratórias crônicas, doenças do sistema nervoso,
doenças nos rins e fígado, e até mesmo alguns tipos de câncer.
Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no
organismo do trabalhador pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, gases, neblinas, nevoas ou
vapores, ou que seja, pela natureza da atividade, de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo
organismo através da pele ou por ingestão.
As barreiras de contenção para agentes químicos são os dispositivos ou sistemas que protegem o operador
do contato com substâncias químicas irritantes, nocivas, tóxicas, corrosivas, líquidos inflamáveis,
substâncias produtoras de fogo, agentes oxidantes e substâncias explosivas.
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apresentam propriedades potencialmente perigosas que implicam procedimentos laboratoriais e
precauções específicos. Dentro destas substâncias incluem-se:
• Solventes inflamáveis;
• Gases comprimidos;
• Compostos/misturas corrosiva;
Apresentam-se em seguida alguns procedimentos que devem ser adotados na manipulação de substâncias
químicas:
• Ler com atenção a ficha de segurança e instruções dos produtos químicos, identificá-los e
armazená-los conforme orientação do fabricante;
• A inalação, ingestão acidental e contato com a pele com esses produtos químicos deve ser evitada;
São considerados riscos biológicos: vírus, bactérias, fungos, parasitas e protozoários. Os riscos biológicos
ocorrem por meio de microrganismos que, em contato com o homem, podem provocar inúmeras doenças.
Muitas atividades profissionais favorecem o contato com tais riscos. É o caso das indústrias de alimentação,
hospitais, limpeza pública (coleta de lixo), laboratórios, etc.
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medidas preventivas para que as condições de higiene e segurança nos diversos setores de trabalho sejam
adequadas.
- Amostras biológicas;
- Animais.
Todos os itens citados acima podem tornar-se fonte de contaminação para os manipuladores. As principais
vias envolvidas num processo de contaminação biológica são a via cutânea ou percutânea (com ou sem
lesões - por acidente com agulhas e vidraria, na experimentação animal - arranhões e mordidas), a via
respiratória (aerossóis), a via conjuntiva e a via oral.
Há uma classificação dos agentes patogênicos selvagens que leva em consideração os riscos para o
manipulador, para a comunidade e para o meio ambiente. Esses riscos são avaliados em função do poder
patogênico do agente infeccioso, da sua resistência no meio ambiente, do modo de contaminação, da
importância da contaminação (dose), do estado de imunidade do manipulador e da possibilidade de
tratamento preventivo e curativo eficaz. Os materiais biológicos são classificados segundo seu risco (Tabela
1):
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• Em locais que ocorrem experimentos que envolvam materiais biológicos, o acesso é restrito
somente ao pessoal autorizado, de acordo com procedimentos implementados;
• Deve-se lavar e desinfetar as mãos antes e após a manipulação de materiais biológicos sempre que
retirar as luvas e antes de sair do laboratório;
• É estritamente proibido comer, beber, fumar, colocar/retirar lentes de contato, levar à boca
material de trabalho (lápis, caneta), maquilhar-se e armazenar comida ou bebida para consumo, no
laboratório. Não devem serem usados saltos altos, brincos compridos, colares e pulseiras nos
laboratórios. Os cabelos compridos/longos devem estar devidamente amarrados;
• Os materiais cortantes e perfurantes devem ser utilizados de acordo com os respectivos protocolos
e sempre com EPI (p.e. luvas resistentes a perfuração / corte);
• O material biológico que for descontaminado em locais fora do laboratório onde foi utilizado, deve
ser transportado num recipiente resistente estanque e fechado, e de acordo com as normas legais
e de boas práticas em vigor.
Além disso, a área física ocupada pelo laboratório deve ter sido planejada de acordo com os materiais
clínicos que serão manipulados e o risco dos agentes porventura isolados e por isso o fluxo de pessoas e
materiais deve ser respeitado para minimizar os riscos.
3. Material e Métodos
3.1 Materiais de Consumo (Reagentes)
Placas de cultivo de micro-organismo de classe I (Lactobacillus spp; Bacillus subtilis) e classe II
(Pseudomonas, Salmonella).
Agulhas.
Ácido clorídrico (exemplo)
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Capela de fluxo laminar
3.3 Procedimentos
A aula será expositiva. O professor irá levantar as principais causas de riscos químicos e biológicos e
demonstrar exemplos práticos:
Riscos biológicos por meio de micro-organismos de classe I e classe II (visualização de placas de
cultivo).
Determinar causas de risco potenciais e as precauções de segurança apropriadas antes de começar
a utilizar novos equipamentos ou implantar novas técnicas no laboratório e confirmar se existem
condições e equipamentos de segurança suficientes para implantação de novos procedimentos.
Demonstrar a correta pipetagem de solventes ou reagentes voláteis, tóxicos ou que apresentem
qualquer risco para a segurança. Usar sempre um pipetador.
Demonstrar a utilização da capela de fluxo laminar.
Em grupo, os alunos devem reconhecer os efeitos das substâncias químicas observando a FISPQs –
Fichas de segurança de produtos químicos.
Descrever a rotulagem dos frascos contendo soluções com o nome do produto, a data de aquisição
ou preparação, validade e responsável pela solução. Quando necessário adicionar informações
sobre o risco, perigo e condições de segurança em seu manuseio.
Lavagem das mãos ao final dos procedimentos de laboratório e remoção de todo o equipamento
de proteção incluindo luvas e jalecos.
Demonstrar o risco de consumir alimentos e bebidas no laboratório. A separação de alimentos e
bebidas dos locais contendo materiais tóxicos, de risco ou potencialmente contaminados pode
minimizar os riscos de ingestão acidental desses materiais.
• Utilizar EPIs,
• Recolher todo o resíduo e material utilizado para limpar a área em saco plástico perto para
posterior descarte;
No caso de ser um aluno, ele deveria chamar o responsável pelo laboratório e interditar o local para que
não haja circulação de pessoas. O responsável, então, tomaria as atitudes acima referidas.
5. Listas de Exercício
1) Procure uma ficha FISPQ de um produto químico, analise-a quanto aos riscos e traga uma resenha para
ser apresentada a turma;
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3) Descreva o que deveria ser feito para minimizar os riscos da seguinte situação:
• Um técnico deixa cair uma prateleira contendo diversas amostras de sangue. O sangue se espalha
pelo chão, juntamente com pedaços dos tubos e não se sabe se haviam amostras contaminadas;
4) Pesquise qual os procedimentos de saúde devem ser realizados quando uma pessoa entra em contato
com material suspeito de contaminação com o vírus HIV. Analise criticamente a necessidade de realização
desses procedimentos;
5) Procure alguma incompatibilidade química, analise seu risco e traga para discutir em sala.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANVISA. Microbiologia Clínica para o controle de infecção relacionada à assistência à saúde. Brasília, 2010.
48 p.
GERÊNCIA TÉCNICA. Guia de Boas Práticas Laboratoriais. HC-FMUSP: São Paulo, 2015. 25 p.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA CLÍNICA. Boas Práticas em Microbiologia Clínica. Brasil, 2015. 323 p.
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AULA 03: Titulo: Noções básicas de primeiros socorros no laboratório
1. Competências
Reconhecer os principais procedimentos, materiais e técnicas relacionadas aos primeiros socorros devido a
intercorrências existentes no ambiente laboratorial;
Conhecer os principais procedimentos relacionados à exposição a material químico e biológico no
laboratório.
2. Introdução
Durante uma aula prática o professor estava manipulando reagentes para distribuir nos grupos de alunos
quando o vidro do reagente explode. Alguns estilhaços causam cortes no professor e o líquido espirra em
seu rosto. O que os alunos podem fazer até que chegue um atendimento especializado?
Referencial teórico
Primeiros socorros são os atendimentos imediatos e rápidos ao acidentado até seu encaminhamento ao
médico, em casos mais graves. Neste sentido, primeiros socorros são procedimentos de emergência. É
necessário que sejam os mais corretos possíveis para evitar problemas futuros. É também necessário que o
laboratório disponha de uma farmácia de emergência. No laboratório podem ocorrer, principalmente,
vertigens, corpos estranhos e substâncias químicas nos olhos, queimaduras, cortes e envenenamentos.
ACIDENTES GRAVES
• Não deverá mover o acidentado exceto quando estritamente necessário, ou seja, quando este
possa correr ainda mais perigo por inalação ou exposição prolongada ao agente causador do
acidente;
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• Se o indivíduo estiver em contato com corrente elétrica, NÃO O TOQUE. Desligue primeiro a
eletricidade, desligando os disjuntores no quadro elétrico, ou afastando o fio condutor com um
objeto não-condutor por exemplo uma vareta de vidro;
Em caso de ocorrerem acidentes que resultem em lesões corporais pouco extensas/danosas, poderão ser
realizados atos de primeiros socorros básicos de acordo com os procedimentos a seguir apresentados.
Quaisquer outros procedimentos mais invasivos exigem formação adequada.
Feridas
Lavar a ferida com uma gaze embebida em água limpa ou soro fisiológico (lavar primeiro em volta e depois
do centro para a periferia);
Desinfetar com antisséptico disponibilizado na mala de primeiros socorros existente nas estações de
emergência;
Deixar secar;
Deixar cair água corrente na área afetada, até que a dor passe;
Em caso de queimaduras extensas deverá ter atenção ao estado de choque da vítima e tentar mantê-la
aquecida, tendo o cuidado de não contaminar as zonas queimadas;
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Encaminhar a vítima imediatamente para o hospital em caso de queimaduras de 2.ºgrau e/ou extensas.
VIA CUTANEA
Encaminhar a vítima para o chuveiro, lavar durante pelo menos 10 a 15min, remover o vestuário e calçado
usando luvas e encaminhar a vítima imediatamente para o hospital.
VIA OCULAR
Encaminhar a vítima para o lava-olhos, lavar durante pelo menos 10 a 15 min sob uma corrente de água
fraca, manter as pálpebras abertas (retirar as lentes de contato, se aplicável), cobrir o olho, sem pressionar,
com uma compressa esterilizada e encaminhar a vítima imediatamente para o hospital.
Lave muito bem as mãos com sabão desinfetante para as mãos e água;
Para feridas com agulhas de seringas e outros objetos perfurantes: lave a área ferida com desinfetante ou
antisséptico durante 15min;
Para salpicos no rosto (membranas mucosas do nariz, olhos e boca): utilize o lava-olhos durante 15min na
área exposta, mantendo as pálpebras abertas.
Intoxicação
Identificar o produto que causou a intoxicação. Contatar a emergência para obter informação específica
sobre como proceder.
VIA RESPIRATÓRIA
VIA DIGESTIVA
Não provocar o vômito a não ser que este procedimento tenha sido indicado pelo Centro de Atendimento
Toxicológico; se os lábios ou boca da vítima mostrarem sinais de queimaduras, lave-os com água; mesmo
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que a vítima esteja consciente, deve colocá-la em Posição Lateral de Segurança (PLS) e cobri-la para evitar o
choque; encaminhar de imediato para o hospital.
3. Material e Métodos
3.3 Procedimentos
• Demonstração dos principais equipamentos de segurança, onde ficam situados e como são
utilizados:
• Demonstração de como são os primeiros socorros que podem ser executados pelos alunos:
Deve-se lavar bem com água corrente e sabão os cortes e proteger com uma compressa estéril e lavar bem
os respingos de resíduos químicos. Após isso, o correto é levar a vítima ao hospital para uma avaliação mais
profunda e se possível informar no hospital qual era a substância química envolvida no acidente.
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5. Listas de Exercício
• Atender à vítima mais grave do acidente antes de verificar se está tudo bem com você;
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANVISA. Microbiologia Clínica para o controle de infecção relacionada à assistência à saúde. Brasília, 2010.
48 p.
GERÊNCIA TÉCNICA. Guia de Boas Práticas Laboratoriais. HC-FMUSP: São Paulo, 2015. 25 p.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA CLÍNICA. Boas Práticas em Microbiologia Clínica. Brasil, 2015. 323 p.
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SEGUNDA UNIDADE DE ENSINO
MANIPULAÇÃO DE EQUIPAMENTOS E VIDRARIAS
1. Competências
Reconhecer os principais equipamentos e vidrarias utilizadas no laboratório.
Conhecer os principais procedimentos relacionados à utilização dos equipamentos e vidrarias.
Realizar medidas de temperatura, massa e volume; fazer o tratamento de dados experimentais através de
cálculo da média e do desvio padrão; diferenciar vidrarias volumétricas e graduadas; utilizar algarismos
significativos; distinguir os significados de precisão e exatidão; discutir os tipos de erros; comparar a
precisão de vidraria graduada com volumétrica.
2. Introdução
A execução de qualquer tarefa em um laboratório envolve geralmente uma variedade de equipamentos
que devem ser empregados de modo adequado, para evitar danos pessoais e materiais. A escolha de um
determinado aparelho ou material de laboratório depende dos objetivos e das condições em que o
experimento será executado. Após formado você retorna a sua cidade natal, no interior de Minas Gerais,
para trabalhar no único laboratório de análises clínicas da região. Você verifica que, apesar do número
pequeno de amostras, há a necessidade de realização de antibiogramas e resolve implantar a metodologia
do teste de disco-difusão em ágar, descrito por Bauer e Kirby, como rotina no laboratório. Relacione os
materiais necessários para a realização dessa metodologia.
Referencial teórico
As experiências de laboratórios de ciências quantitativas, envolvem frequentemente medidas de massa,
volume e temperatura. Estes dados são posteriormente tratados estatisticamente para uma avaliação do
resultado obtido. Para toda medida que realizamos, temos uma incerteza (ou erro), e todo trabalho
experimental deve ter seus resultados expressos corretamente. Será feita uma apresentação da utilização
correta de alguns instrumentos em laboratórios de química e dos tópicos principais para expressar
corretamente as medidas por meio destes instrumentos.
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Manipulação dos instrumentos de medidas de volume, massa e temperatura
Medidas de Volume
Para medidas aproximadas de volume, usam-se provetas ou pipetas graduadas, enquanto que, para
medidas precisas, usam-se buretas, pipetas volumétricas, balões volumétricos (chamadas vidrarias
volumétricas) e, também, provetas.
A medida do volume é feita comparando-se o nível do mesmo com a graduação marcada na parede do
recipiente. A leitura do nível para líquidos transparentes deve ser feita na parte inferior do menisco.
Devemos posicionar o nível dos nossos olhos perpendicularmente à escala onde se encontra o menisco
correspondente ao líquido a ser medido. Este procedimento evita o chamado erro de paralaxe (Figura 1).
Figura 1 - Procedimentos corretos para leitura do menisco em uma proveta (para líquidos incolores).
Uso da pipeta
O uso de pêra de sucção ou de pipetador deve ser sempre necessário, mesmo quando forem pipetadas
substâncias inofensivas à saúde. Evite aspirar o líquido com a boca. A pipeta a ser utilizada deve estar limpa
e seca. Certifique-se sempre de que o material a ser usado não possui nenhum contaminante.
28
ii. Mergulhar completamente a ponta no líquido;
iii. Encher a pipeta girando a peça circular;
iv. Ajustar o nível desejado com a mesma peça;
v. Esvaziar apertando a alavanca inferior;
vi. Se necessário, empurrar o êmbolo conforme o tipo de pipeta (TC ou TD).
Uso da Bureta
As buretas são recipientes volumétricos, usados para escoar volumes variáveis de líquido e empregadas
geralmente em titulações. Ao utilizar uma bureta, seguir as etapas abaixo descritas:
i. Verificar se a torneira, caso seja de vidro esmerilhado, está lubrificada;
ii. Fazer ambiente1 na bureta se não estiver seca;
iii. Encher a bureta e verificar se nenhuma bolha de ar ficou retida no seu interior;
iv. Fixar a bureta ao suporte, com o auxílio de uma garra, de forma a mantê-la na posição vertical;
v. Zerar a bureta (evitar erro de paralaxe);
vi. A leitura do volume escoado de uma bureta é uma medida relativa. Assim, do mesmo modo que ela
foi zerada deve-se ler o volume escoado (atenção para evitar erro de paralaxe).
1
Fazer ambiente: lavar internamente com pequena quantidade do líquido a ser medido, descartando o resíduo e, só então, encher a
vidraria com o líquido; após a ambientação da vidraria, a sobra pode ser devolvida ao frasco original, desde que não tenha sido
contaminada.
29
Figura 4 - Método correto de segurar a torneira de uma bureta.
Medidas de Massa
As substâncias químicas não devem jamais ser pesadas diretamente nos pratos da balança, e sim sobre
papel apropriado ou num recipiente qualquer tal como béquer, pesa-filtro, vidro relógio ou cápsula de
porcelana previamente pesados. A utilização da balança será explicada pelo professor.
Medida de Temperatura
Em laboratórios de química, os termômetros mais utilizados são os de mercúrio, que contém em seu
interior mercúrio líquido de cor prata. Ao medir a temperatura de um líquido, o bulbo do termômetro deve
ser introduzido no líquido. Quando a altura de mercúrio líquido no interior do termômetro estabilizar (2 a 3
minutos) pode-se fazer a leitura da temperatura, evitar erro de paralaxe.
Tomada de medidas
Algarismos significativos: as leituras de medidas devem considerar todos os algarismos significativos, que
compreendem os algarismos exatos (os que são fornecidos pela escala) e mais um (e somente um)
algarismo duvidoso, que é sempre o último.
Em instrumentos digitais como balanças, considera-se o último algarismo como duvidoso e os demais como
exatos. Em instrumentos analógicos como provetas, termômetros, réguas etc., proceder conforme
parágrafo a seguir.
Tomada de leituras: usar o valor zero para o algarismo duvidoso quando a leitura coincidir com a escala; se
estiver entre duas marcações, considerar o valor anterior mais o erro instrumental (a metade da menor
divisão), ou seja, considerar a média das duas marcações. Ver exemplo a seguir na Figura 5.
Exatidão e Precisão
30
Exatidão: A exatidão de uma grandeza que foi medida é a correspondência entre o valor medido (x) e o
valor da grandeza (µ). Denota a proximidade de uma medida do seu valor verdadeiro.
Precisão: A precisão de uma grandeza é a concordância entre as várias medidas feitas sobre a grandeza, e
indica o grau de dispersão do resultado. Está associada à reprodutibilidade da medida.
É muito difícil obter exatidão sem precisão; porém, uma boa precisão não garante uma boa exatidão. Não
obstante, o analista sempre procura resultados reprodutíveis, pois quanto maior a precisão, maior é a
chance de se obter boa exatidão. Na Figura 4, ilustram-se os conceitos de exatidão e precisão em uma
medida cujo valor verdadeiro deveria ser igual a 3.
Figura 6 - Conjuntos de medidas que ilustram os conceitos de precisão e exatidão: (a) medidas precisas e
exatas, (b) medidas precisas, mas inexatas e (c) medidas imprecisas e inexatas.
Erros
Os dados obtidos por meio de medidas são sempre acompanhados de erros devidos ao sistema que está
sendo medido, ao instrumento de medida e ao operador. O conhecimento destes erros permite a correta
avaliação da confiabilidade dos dados e do seu real significado.
Dois classes de erros afetam a precisão e a exatidão de uma medida: os erros determinados e os erros
indeterminados.
Erros determinados: São aqueles que possuem causas definidas e são localizáveis. Podem ser minimizados,
eliminados ou utilizados para corrigir a medida. Os erros determinados são:
Erros instrumentais;
Erros devidos aos reagentes (impurezas, ataque dos recipientes por soluções etc.);
Erros de operação: erros físicos e associados à manipulação; geralmente independentes dos
instrumentos e utensílios utilizados e não tem qualquer relação com o sistema químico. Suas
grandezas, geralmente desconhecidas, dependem mais do analista do que de outro fator. Por
exemplo: uso de recipientes descobertos, a perda de material por efervescência, a lavagem mal
feita da vidraria ou dos precipitados, o tempo insuficiente de aquecimento, erros de cálculo. Os
iniciantes, por falta de habilidade e de compreensão do processo, podem cometer erros
operacionais sérios sem deles se aperceberem, mas, ganhando experiência e conhecimentos, tais
erros são reduzidos a proporções mínimas.
Erros pessoais: Estes erros são devidos a deficiências do analista. Alguns derivados da inabilidade
do operador em fazer certas observações com exatidão, como o julgamento correto da mudança
de cor nas titulações que usam indicadores visuais. Outros são erros de predisposição. Estes
surgem quando a questão é decidir qual fração de uma escala deve ser registrada: o operador
tende a escolher aquela que tornar o resultado mais próximo da medida anterior.
Erros do método: Estes erros têm suas origens nas propriedades físico-químicas do sistema
analítico. São inerentes ao método e independem de quão bem o analista trabalhe.
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Erros indeterminados: A segunda classe de erros são os indeterminados, que representam a INCERTEZA
que ocorre em cada medida. Eles são resultantes de flutuações em sucessivas medidas feitas pelo mesmo
operador nas melhores condições possíveis; são derivados de pequenas variações nos instrumentos, no
sistema ou no operador. Como estes erros são devidos ao acaso, não podem ser previstos, mas podem ser
avaliados por meio de tratamento estatístico dos dados.
A influência dos erros indeterminados é indicada pela exatidão da medida, que é descrita pelo desvio
padrão da média de uma série de medidas feitas sob condições idênticas. A precisão da medida não dá
informação de quão exata foi à medida, a menos que se disponha de um número muito grande delas.
Porém é possível, com certa confiança, avaliar o intervalo em que se encontra o melhor valor da grandeza;
esse intervalo é denominado intervalo de confiança da medida. Obviamente, é impossível eliminar todos os
erros devidos ao acaso, mas o analista deve minimizá-los até atingir um nível de insignificância tolerável.
Para uma única medida realizada, o erro / desvio avaliado é igual ao erro do aparelho (fornecido pelo
fabricante ou, na ausência, por convenção, é a metade da sensibilidade do aparelho - menor divisão).
Desvio / mL
Volume / mL
Balão Volumétrico Bureta Pipeta
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100 ± 0,08 ± 0,10 ± 0,05
500 ± 0,20 - -
1000 ± 0,30 - -
Inferência estatística é o processo pelo qual estatísticos tiram conclusões acerca da população usando
informação de uma amostra (Figura 6).
A população se refere a todos os casos ou situações as quais o pesquisador quer fazer inferências ou
estimativas. Diferentes pesquisadores podem querer fazer inferências acerca da concentração de poluentes
num determinado lençol freático; predizer a quantidade de petróleo num poço a ser perfurado e assim por
diante.
Uma amostra é um subconjunto da população usado para obter informação acerca do todo.
Uma amostragem é muito útil porque muitas vezes conhecer informações sobre toda a população requer
custo elevado, tempo muito longo e algumas vezes é um procedimento impossível como, por exemplo, o
estudo da poluição atmosférica. Características de uma população que diferem de um indivíduo para outro
e as quais temos interesse em estudar são chamadas variáveis. Exemplos são comprimento, massa, volume,
idade, temperatura, número de ocorrências, etc.
A teoria da amostragem é um estudo das relações existentes entre uma população e as amostras dela
extraídas. Podemos, por exemplo, avaliar grandezas desconhecidas da população (como sua média, sua
variância, etc.), frequentemente denominadas de parâmetros, através das correspondentes grandezas
amostrais, denominadas de estatísticas amostrais. A Tabela 2 mostra a associação de grandezas
populacionais e amostrais para diferentes medidas.
33
Utilizamos estimativas de uma amostra como nosso “melhor chute”' para os verdadeiros valores
populacionais. Exemplos são a média amostral, o desvio padrão amostral, a mediana amostral, os quais
estimam a verdadeira média, desvio padrão e mediana da população (que são desconhecidos). À medida
que a amostra aumenta mais informação nós teremos acerca da população de interesse, e, portanto mais
precisas serão as estimativas dos parâmetros de interesse.
Note que estatísticas são usualmente representadas por letras Romanas, (por exemplo, χ para a média
amostral, s para o desvio padrão amostral), enquanto que parâmetros são usualmente representados por
letras Gregas (por exemplo, µ para a média populacional, σ para o desvio padrão populacional).
O parâmetro mais usado para avaliar a dispersão é o desvio padrão (s), que é definido pela relação
matemática abaixo e pode ser calculado com o auxílio de uma calculadora científica.
Existem várias outras grandezas amostrais que podem ser usadas para o estudo de um conjunto de dados,
mas nesta prática serão utilizados apenas a média e o desvio padrão amostral.
3. Material e Métodos
3.1 Materiais de Consumo (Reagentes):
Água destilada
Papel toalha (três a quatro folhas por grupo).
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Três pipetas volumétricas de 25,00 mL;
Três provetas de 25,0 mL;
Três pissetas;
Três termômetros;
Três cronômetros;
Três suportes universais;
Três garras para fixação do termômetro;
Três chapas de agitação magnética;
Três barras magnéticas (“peixinhos”)
Balança analítica
3.3 Procedimentos:
A)Medidas de volume e de massa:
A1) Verifique se a balança está nivelada e, em seguida, ligue-a. Aguarde cerca de 30 segundos e então
zere a balança, tendo o cuidado de antes verificar se há algum resíduo no prato 2.
A2) Coloque um béquer de 50 mL na balança e anote sua massa. Em seguida, tare a mesma.
A3) Coloque cerca de 40 mL de água destilada em outro béquer de 50 mL. Encaixe uma pêra ou um
pipetador em uma pipeta volumétrica de 25,00 mL (ver instruções).
A4) Meça 25,00 mL de água destilada na pipeta (atenção com o menisco, consulte as instruções) e
transfira-a para o béquer previamente tarado. Atenção! Para evitar molhar a balança, retire o béquer
desta antes de colocar a água. Em hipótese alguma zere a balança, para não perder a tara previamente
feita.
A5) Anote o valor da massa de água.
A6) Descarte a água do béquer e seque-o cuidadosamente com uma folha de papel toalha.
A7) Repita as etapas de A2 até A6 por mais duas vezes.
A8) Repita as etapas de A2 até A7, usando agora uma proveta de 25,0 mL no lugar da pipeta.
Anotações:
Massas do béquer: __________ / __________ / __________ / __________ / __________ / __________
Massas de água: __________ / __________ / __________ / __________ / __________ / __________
B)Medidas de temperatura:
ATENÇÃO: nos termômetros de uso comum em laboratórios, as marcações da escala estão na casa das
dezenas, mas o algarismo das dezenas aparece à esquerda da coluna de mercúrio, enquanto os
algarismos das unidades encontram-se à direita. Logo, a medida da escala seria, por exemplo, de 20 °C,
e não de 2,0 °C. Além disso, a disposição da escala nos termômetros permite que as leituras sejam
feitas com uma casa decimal de precisão, com variação mínima de 0,5 °C de uma medida para outra.
B1) Adicione cerca de 50 mL de água destilada em um béquer de 100 mL.
B2) Fixe cuidadosamente o termômetro no suporte universal com a garra.
B3) Coloque a chapa de agitação magnética sobre a base do suporte universal. Coloque o béquer com
água sobre a chapa de agitação.
B4) Ajuste cuidadosamente o termômetro de maneira que o bulbo fique totalmente em contato com a
água no béquer.
B5) Adicione cuidadosamente a barra magnética no béquer e acione somente a agitação magnética,
deixando o aquecimento desligado.
2
Zerar ou tarar a balança: ajustar a escala, deixando a mesma indicando zero gramas.
35
B6) Com auxílio do cronômetro, faça 5 (cinco) leituras da temperatura da água com intervalos de 30
segundos. Anote as temperaturas com todos os algarismos significativos adequados.
B7) Com auxílio da Tabela 3, determine a densidade da água nas temperaturas medidas.
10 0,999700 20 0,998203
11 0,999605 21 0,997992
12 0,999498 22 0,997770
13 0,999377 23 0,997538
14 0,999244 24 0,997296
15 0,999099 25 0,997044
16 0,998943 26 0,996783
17 0,998774 27 0,996512
18 0,998595 28 0,996232
19 0,998405 29 0,995944
Anotações:
Temperaturas da água: ___________ / ___________ / ____________ / ____________ / ____________
Densidades da água: ____________ / ____________ / ____________ / ____________ / ____________
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Swabs estéreis para espalhamento da suspensão;
Pinças;
Tabelas com os valores esperados de halos inibitórios;
Bico de Bunsen;
Discos de antimicrobianos
5. Listas de Exercício
MATERIAIS DE VIDRO:
37
volumétricos é geralmente calibrado a 20 °C,
não se deve, em hipótese alguma, colocar
soluções aquecidas no seu interior, nem
submetê-los a temperaturas elevadas ou muito
reduzidas, sob risco de descalibrá-lo e torná-lo
inútil.
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Condensador: equipamento destinado a
condensação de vapores, utilizado em
destilações ou aquecimentos sob refluxo; os
mais comuns são: a) condensador reto
(apresenta uma superfície de condensação
pequena e por isso não é apropriado para o
resfriamento de líquidos de baixo ponto de
ebulição); b) condensador de bolas
(empregado em refluxos; contribui para que os
vapores condensados retornem ao balão de
origem); c) condensador de serpentina
(proporciona maior superfície de condensação
a b c
e é usado principalmente no resfriamento de
vapores de líquidos de baixo ponto de
ebulição).
39
Kitassato ou kitasato: frasco cônico de
paredes reforçadas, munido de saída lateral; é
usado em filtrações sob sucção (ou pressão
reduzida).
40
Termômetro: instrumento apropriado para
medida de temperatura; são encontrados no
comércio termômetros de mercúrio e de
álcool; os primeiros são mais confiáveis mas,
por conterem mercúrio (metal pesado), devem
ser tratados com ainda mais cuidado, pois em
caso de danos deve-se cuidar para que não
reste nenhuma gotícula de mercúrio no
ambiente.
MATERIAL DE PORCELANA:
41
finas e é, portanto, frágil.
MATERIAL DE METAL:
42
balões de fundo redondo etc.
43
também usadas para medidas nas quais a
necessidade de resultados confiáveis não é
crítica.
EQUIPAMENTO DE SECAGEM:
EQUIPAMENTO DE IGNIÇÃO:
EQUIPAMENTOS DE AQUECIMENTO:
44
Tela de amianto: tela metálica, contendo
amianto, utilizada para distribuir
uniformemente o calor durante o aquecimento
de recipientes de vidro ou metal expostos à
chama do bico de gás.
MATERIAIS DIVERSOS:
45
Centrífuga: instrumento que serve para
acelerar a sedimentação de sólidos suspensos
em líquidos; é empregado, também, na
separação de emulsões, e de sangue.
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Espectrofotometro): O espectrofotômetro
permite análises quantitativas e qualitativas de
amostras, no espectro visível. Ele pode ser
amplamente utilizado em ensaios clínicos, na
indústria farmacêutica, bioquímica,
petroquímica e nas áreas de proteção
ambiental e controle de qualidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ATKINS, Peter W.; JONES, Loretta. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio. 5. ed.
Porto Alegre: Bookman, 2012.
DIAS, S. L. P. Química Analítica: Teoria e Prática Essenciais. 1. Ed. Brasil: Bookman,2016. 392p.
KOTZ, John C. Química geral e reações químicas: volume 1. 3.ed. São Paulo: Cengage Learning, 2016.
47
SKOOG, D. A.; CROUCH, S. R.; HOLLER, F. J.; WEST, D. M. Fundamentos de Química Analítica. 1. ed. Brasil:
Cengage CTP, 2014. 1088p.
48
AULA 05: Manipulação de Balanças – Cuidados e Técnicas de Pesagem
1. Competências
Manipular adequadamente a balança, conhecendo sua estrutura, precisão, cuidados, tara e fatores que
interferem na sua fidelidade;
Converter medidas de massa.
2. Introdução
Um aluno de iniciação científica chegou ao seu primeiro dia de trabalho, o laboratório foi apresentado e o
projeto em que ele trabalharia também. O projeto envolvia o estudo do efeito de um suplemento X no
ganho de peso de camundongos e a primeira tarefa do aluno seria pesar a dose de suplemento que seria
dada a cada camundongo. Sabendo que a dose do suplemento é de 25mg/kg e que o peso dos
camundongos é, respectivamente 20g, 22g, 19g, 21g e 18g; como o aluno deveria proceder na pesagem do
suplemento?
Referencial teórico
A balança:
A balança é um dos instrumentos mais importantes do laboratório, é também um instrumento delicado e
de preço elevado. A balança mede a massa (a quantidade de matéria do qual um objeto é composto) de um
objeto e quase toda a análise química envolve previamente um processo de pesagem. O peso, por sua vez,
é a força com que a massa é atraída para o centro de gravidade, e por isso é variável. Para seu
funcionamento adequado, a balança deve ser calibrada com frequência e o processo de calibração é feito
com pesos padrão.
A diferença entre as balanças está na precisão e na capacidade. A precisão indica o quanto as medidas
repetidas estão próximas umas das outras (Figura 1). A capacidade máxima também deve ser observada,
pois por ser um aparelho de precisão delicado, o uso de cargas excessivas pode gerar estragos na balança.
Normalmente a capacidade máxima da balança está impressa nela.
49
Figura 1 – Ilustração do significado de precisão e exatidão
50
3. Colocar o recipiente no qual o material será pesado, tarar a balança ou anotar o peso do recipiente;
4. Colocar o objeto a ser pesado;
5. Fazer a leitura e anotar.
Transformação de unidades:
Cada unidade de massa é 10 vezes maior que a unidade imediatamente anterior (Figura 2).
Cloreto de sódio:
O cloreto de sódio é um composto iônico resultante de interações entre cátions Na + e ânions Cl-. É
popularmente conhecido como sal comum ou sal de cozinha e sua fórmula química é NaCl.
3. Material e Métodos
3.1 Materiais de Consumo (Reagentes)
Cloreto de sódio (NaCl).
3.2 Materiais Permanentes (Vidrarias/equipamentos)
2 balanças semi-analíticas com precisão diferente;
Vidro de relógio (1 por grupo);
Espátula (1 por grupo).
3.3 Procedimentos
Pesar o vidro de relógio nas duas balança e anotar a leitura;
Pesar exatamente 2g de NaCl na balança de menor precisão e anotar a leitura;
Pesar o vidro de relógio + 2g de NaCl na balança de maior precisão e anotar leitura;
Calcular a massa de NaCl de acordo com a leitura da balança de maior precisão e comparar com os
2g obtidos na balança de menor precisão.
5. Listas de Exercícios
51
Composto µg mg g kg
A 15
B 0,30
C 0,72
D 5,7
Composto µL ml L
E 3,1
F 52
G 0,05
Solução
(Composto de mol/L mg/mL g/mL %m/v
MM= 16g/mol)
1 50
2 2,5
3 0,02
4 10
2) Uma professora está organizando um novo laboratório de aulas práticas e pediu seu aluno de iniciação
científica que fizesse uma lista dos equipamentos necessários. Sabendo-se que nesse laboratório são
testados medicamentos com doses variando de 1 a 100 mg/kg em coelhos (peso entre 1 e 3 kg) e que
esses coelhos têm ingestão de cenoura controlada (50 g por dia), balanças com que precisão são
essências para o laboratório?
4) Sabe-se que para o teste de tolerância à glicose em crianças administra-se 1,75 g/Kg de peso de glicose
(MM=180,16 g/mol). Calcule a dose de glicose em (mol, mg e g) a ser administradas em 4 crianças, com
os pesos de respectivamente: 5 kg, 13 kg, 25 kg e 40 kg.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ATKINS, Peter W.; JONES, Loretta. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio. 5. ed.
Porto Alegre: Bookman, 2012.
DIAS, S. L. P. Química Analítica: Teoria e Prática Essenciais. 1. Ed. Brasil: Bookman,2016. 392p.
52
KOTZ, John C. Química geral e reações químicas: volume 1. 3.ed. São Paulo: Cengage Learning, 2016.
SKOOG, D. A.; CROUCH, S. R.; HOLLER, F. J.; WEST, D. M. Fundamentos de Química Analítica. 1. ed. Brasil:
Cengage CTP, 2014. 1088p.
53
AULA 06: Aquecimento em laboratório.
1. Competências
Identificar e manusear fontes de aquecimento presentes nos laboratórios.
2. Introdução
Você foi contratado como técnico no Laboratório de Microbiologia de um Centro Universitário. Você teve
15 dias para treinamento e na primeira semana de aula já deve preparar os meios de cultura para serem
utilizados nos experimentos. Você preparou meios líquidos e sólidos, porém alguns tubos contendo meio
sólido ainda permaneceram líquidos. O que ocorreu? Como solucionar esse problema?
Referencial teórico
Antes de aquecer qualquer substância, é necessário conhecer a sua natureza. Água e éter, por exemplo, são
líquidos com propriedades totalmente diferentes e, por isso mesmo, devem ser aquecidos de modo
diferente.
Chapa Aquecedora:
A Chapa Aquecedora é um equipamento que possui uma plataforma aquecida confeccionada em aço,
tendo como função aquecer amostras de forma uniforme com temperatura constante, podendo ser
controlada de forma analógica ou digital.
Autoclave:
O Autoclave é um aparelho utilizado para esterilizar artigos através do calor úmido sob pressão. Existem
vários modelos de autoclaves. Normalmente nos laboratórios de pesquisa são empregados os modelos
verticais em um ciclo de 121°C por 15 a 20 minutos.
Bico de Bunsen:
O bico de Bunsen é um dispositivo usado para efetuar aquecimento de soluções em laboratório. Em
biologia, especialmente em microbiologia e biologia molecular, é usado para manutenção de condições
estéreis aquando da manipulação de microrganismos, DNA, etc.
54
Reações químicas:
As reações químicas são transformações que envolvem quebra e formação de ligações resultando na
formações de nova(s) substância(s). Nessas transformações pode haver consumo ou liberação de calor,
evidenciado por variação na temperatura. De acordo com a variação da energia do sistema, as reações
podem ser classificadas em:
3. Material e Métodos
3.1 Materiais de Consumo (Reagentes)
Ágar Nutriente
Água destilada
Etanol
Cloreto de sódio (NaCl)
Nitrato de amônio (NH4NO3)
3.3 Procedimentos
Pesar os componentes do meio e hidratá-lo com água destilada (usualmente coloca-se apenas uma
parte do volume de água, mede-se e acerta-se o pH, se necessário, e então se completa o volume
final).
Dissolver por completo utilizando chapa aquecedora.
Distribuir 3 mL do meio de cultura dissolvido em 2 tubos de ensaio.
55
Distribuir, na presença do Bico de Bunsen, o meio de cultura pronto em placas, previamente
esterilizadas.
5. Listas de Exercício
Em relação a procedimentos de aquecimento nos laboratórios responda as questões a seguir.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ATKINS, Peter W.; JONES, Loretta. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio. 5. ed.
Porto Alegre: Bookman, 2012.
DIAS, S. L. P. Química Analítica: Teoria e Prática Essenciais. 1. Ed. Brasil: Bookman,2016. 392p.
56
KOTZ, John C. Química geral e reações químicas: volume 1. 3.ed. São Paulo: Cengage Learning, 2016.
SKOOG, D. A.; CROUCH, S. R.; HOLLER, F. J.; WEST, D. M. Fundamentos de Química Analítica. 1. ed. Brasil:
Cengage CTP, 2014. 1088p.
TORTORA, G.I.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. Microbiologia. 10 ed. Porto Alegre: ArtMed, 2012. 894p.
57
AULA 07: Técnicas de pipetagem.
1. Competências
Reconhecer e manusear pipetas presentes nos laboratórios.
2. Introdução
Você passou na seleção para uma bolsa de iniciação científica em um Centro de Pesquisa e no seu primeiro
dia já participou da extração de DNA bacteriano de várias amostras e da quantificação dos DNAs em gel de
agarose. No 2º dia você está acompanhando a digestão por enzimas de restrição desses DNAs e na hora da
corrida do gel, para visualizar os produtos da digestão, seu tutor encarrega você de aplicar os produtos no
gel. Como você deve proceder para evitar problemas na pipetagem?
Referencial teórico:
A manipulação de equipamentos de medida deve ser extremamente cuidadosa, de forma a minimizar os
erros de aferição, obtendo dados os mais confiáveis possíveis, e a preservar a integridade dos instrumentos
utilizados. É necessário distinguir e usar convenientemente cada equipamento volumétrico de modo a
reduzir ao mínimo o erro nas análises. A técnica de pipetagem, como a própria expressão sugere, é
realizada com o auxílio de pipetas, que são instrumentos específicos para medição e transferência de
líquidos. Existem diferentes modelos de pipeta, como a pipeta graduada, volumétrica, automática,
micropipetas (ideal para níveis baixos de líquidos) e pipetas eletrônicas.
Pipetas manuais:
São o tipo mais comum de pipeta, e estão disponíveis em maior quantidade de modelos.
Pipeta de Pasteur: a mais comum, possui apenas abertura inferior e conta com um balão que
expulsa o ar quando pressionado. São mais baratas, fabricadas em plástico e descartáveis.
Pipeta volumétrica: são perfeitas para medição e transferência de líquidos. Não podem ser
aquecidas em hipótese alguma, pois isto alteraria a precisão.
Pipeta graduada: apresenta diversas graduações em sua extensão, o que permite a sucção de
distintos níveis de líquidos. A pipeta graduada pode ser graduada de escoamento parcial (com duas
58
marcas de calibração e duas linhas coloridas no topo) ou pipeta graduada de escoamento total
(graduada até a ponta inferior e com uma linha colorida no topo).
Pipetas Eletrônicas:
Possibilitam uma medição muito mais precisa do que os modelos manuais, estão mais presentes em
laboratórios que realizam exames médicos ou pesquisas. As pontas são normalmente descartáveis, o que
evita contaminação.
Micropipeta digital tipo monocanal: eficaz para dispensa tanto de volume fixo, como também de
volume variável.
Micropipeta digital tipo multicanal: permite somente dispensa de volume variável.
Micropipeta eletrônica padrão e multicanal: no primeiro caso (padrão) é uma micropipeta
eletrônica do tipo dispensa de volume fixo ou variável. Já o modelo multicanal é somente para
volume variável.
59
• Nunca introduzir pipetas ou ponteiras sujas nos frascos que contenham soluções ou reativos químicos
puros;
• Deve-se sempre usar pipetas ou ponteiras secas para não diluir o líquido.
3. Material e Métodos
3.1 Materiais de Consumo (Reagentes)
Solução de corante
Água destilada
3.3 Procedimentos
Transferir o corante para um béquer e preparar as diluições com base na figura abaixo:
60
- Deixando entrar um pouco de ar vagarosamente pela extremidade superior (controlar com o dedo
indicador), permitir que se escorra a coluna de líquido até a coluna atingir a marca de aferição, mantendo a
pipeta em posição vertical e a marca ao nível dos olhos (evitar erro de paralaxe: erro que ocorre pela
observação errada na escala de graduação causada por um desvio óptico causado pelo ângulo de visão
do observador);
- Remover então o líquido aderente a parede externe da pipeta com um papel absorvente (papel
higiênico);
- Em seguida, colocar a ponta da pipeta junto à parede interna do recipiente receptor, deixando escoar
lentamente o conteúdo da pipeta até o nível desejado (observar o menisco formado junto às paredes da
pipeta, a medida correta é efetuada pela parte de baixo do menisco);
- No escoamento completo é importante remover a última gota encostando a pipeta na parede do tubo (a
pipeta em posição vertical, o béquer em posição inclinada);
- Finalizadas todas essas etapas lavar as vidrarias e depois ambientá-las com água destilada.
Para aplicar as amostras no gel de corrida deve-se aspirar, lentamente, o volume determinado utilizando-se
o 1º estágio da micropipeta automática. Deve ser observado o posicionamento na vertical da micropipeta.
61
Com a ponteira dentro da canaleta do gel deve-se desprezar o conteúdo, lentamente, sem apertar o 2º
estágio da micropipeta. A seguir descarta-se a ponteira, em local adequado, e utiliza-se outra ponteira para
aplicar nova amostra.
5. Listas de Exercício
1) As pipetas são instrumentos ou equipamentos utilizados para medir ou transferir líquidos. Existem
diferentes tipos de pipetas utilizadas em laboratório. Em relação a esses instrumentos, é correto
afirmar que
a. as pipetas volumétricas são utilizadas com uma ponteira plástica na extremidade;
b. as pipetas graduadas de vidro ou plástico apresentam maior precisão se comparadas com
as manuais de volume fixo ou ajustável;
c. as pipetas de Pasteur somente são utilizadas quando se quer aferir um volume preciso;
d. as pipetas graduadas somente devem ser utilizadas com equipamentos auxiliares de
pipetagem, como por exemplo, o pipetador ou a pera.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ATKINS, Peter W.; JONES, Loretta. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio. 5. ed.
Porto Alegre: Bookman, 2012.
DIAS, S. L. P. Química Analítica: Teoria e Prática Essenciais. 1. Ed. Brasil: Bookman,2016. 392p.
KOTZ, John C. Química geral e reações químicas: volume 1. 3.ed. São Paulo: Cengage Learning, 2016.
SKOOG, D. A.; CROUCH, S. R.; HOLLER, F. J.; WEST, D. M. Fundamentos de Química Analítica. 1. ed. Brasil:
Cengage CTP, 2014. 1088p.
62
TERCEIRA UNIDADE DE ENSINO
PREPARO DE SOLUÇÕES
1. Competências
Preparar adequadamente soluções diversas, utilizando os procedimentos analíticos necessários;
Realizar cálculos de concentração.
2. Introdução
Anos após o desenvolvimento do sildenafila para a disfunção erétil, descobriu um uso off-label do
sildenafila para neonatos com hipertensão pulmonar. O sildenafila, no entanto, está disponível na forma de
comprimidos de 50 e 100mg, forma farmacêutica que o neonato não é capaz de utilizar. Nesse contexto, o
que poderia ser feito para viabilizar o uso do sildenafila nessa população?
Referencial teórico
Soluções:
As soluções são definidas como misturas homogêneas de uma ou mais substâncias e são encontradas no
estado sólido, líquido e gasoso (Tabela 1).
Tabela 1 – Tipos de soluções segundo o estado físico do soluto e solvente
63
Líquido Sólido Líquida Água-sal
Molaridade (M)
Molaridade é a concentração em quantidade de matéria, dada em número de moles por volume (mol/L):
indica a relação entre o número de mol do soluto e o volume da solução.
Título (%)
Título é a concentração em percentual (%) ou partes por 100 e pode relacionar a massa ou volume do
soluto com a massa ou volume da solução, podendo ser representada por %(m/m), %(m/v) ou %(v/v).
Exemplos:
10%(m/m) 10g de soluto em 100g de solução
10%(m/v) 10g de soluto em 100mL de solução
10% (v/v) 10mL de soluto em 100mL de solução
Fração molar (X)
64
Normalidade é a relação estabelecida entre o número de mol de uma determinada matéria e o número de
mol de toda a mistura em que a matéria está inserida.
Normalidade (N)
É a relação entre o equivalente-grama do soluto pelo volume da solução. A unidade é representada pela
letra N (normal).
Preparo da solução:
No preparo da solução, algumas operações podem ser resumidas nos seguintes itens:
Fazer os cálculos da quantidade de soluto e solvente;
Pesar ou medir o soluto;
Dissolver o soluto em um béquer, utilizando apenas pequena quantidade do solvente;
Transferir o soluto quantitativamente para um balão volumétrico;
Completar o volume com solvente até a marca de aferição;
Homogeneizar a solução;
Padronizar a solução preparada;
Guardar a solução em recipiente adequado e identificado.
Permanganato de potássio:
O permanganato de potássio é um composto de função química sal inorgânico, formado pelos íons potássio
(K)+ e permanganato (MnO4)−. É um forte agente oxidante que apresenta tanto em estado sólido quanto em
solução aquosa uma coloração violeta bastante intensa. É muito utilizado para secar as feriadas na
catapora.
3. Material e Métodos
3.1 Materiais de Consumo (Reagentes)
Água destilada
Permanganato de potássio
3.3 Procedimentos
Preparo de solução sólido-líquido: solução de permanganato de potássio (KMnO 4)
o Calcular quantos g de KMnO 4 são necessários para fazer 250mL de solução de permanganato
de potássio 0,02 M;
o Pesar a massa calculada acima em um vidro de relógio;
o Transferir a massa para um béquer de 100mL;
65
o Dissolver o soluto no béquer com 40mL de água destilada;
o Lavar o vidro de relógio com água destilada para o béquer;
o Transferir a mistura para um balão volumétrico de 250mL;
o Lavar o béquer e o funil, com água destilada, e transferir essa água da lavagem para o balão;
o Completar o volume do balão com água destilada até o menisco;
o Arrolhar o balão e agitá-lo para homogeneização.
5. Listas de Exercício
Solução
(Composto de mol/L mg/mL g/mL %m/v
MM= 16g/mol)
1 50
2 2,5
3 0,02
4 10
2) Sabe-se que para o teste de tolerância à glicose em crianças administra-se 1,75 g/Kg de peso de
glicose (MM=180,16 g/mol). Calcule a dose de glicose a concentração da solução administrada,
sabendo que a glicose será dissolvida em 20 mL de água. Peso das crianças: 10 kg, 17 kg, 23 kg e 38
kg.
3) Considerando uma prescrição de Tramal gotas (100 mg/mL); frasco de 10 mL; dose de 30 mg 3x ao
dia; tratamento de 40 dias; 1 mL=20 gotas. Quantas gotas deverão ser administradas a cada dose?
Quantos frascos serão necessários para o tratamento completo?
5) Qual a massa de NaNO3 deve ser adicionada a 500 g de água para preparar uma solução 0,0512 M?
6) SEJUS ES 2009: Muitas substâncias consideradas tóxicas têm aplicações terapêuticas quando
utilizadas em mínimas doses. Exemplo dessa propriedade é o flúor. Embora considerado muito
venenoso, é um bom fármaco contra as cáries. Para Paracelsus (1493-1541) “a dose certa
diferencia o veneno do remédio”. De acordo com o Ministério da Saúde, o limite máximo de flúor
66
na água para consumo humano é de 1,5 mg/L (colher se sopa = 15mL; colher de chá = 5 mL). Com
base no texto e nas informações acima, julgue os itens seguintes:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ATKINS, Peter W.; JONES, Loretta. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio. 5. ed.
Porto Alegre: Bookman, 2012.
DIAS, S. L. P. Química Analítica: Teoria e Prática Essenciais. 1. Ed. Brasil: Bookman,2016. 392p.
KOTZ, John C. Química geral e reações químicas: volume 1. 3.ed. São Paulo: Cengage Learning, 2016.
SKOOG, D. A.; CROUCH, S. R.; HOLLER, F. J.; WEST, D. M. Fundamentos de Química Analítica. 1. ed. Brasil:
Cengage CTP, 2014. 1088p.
67
AULA 09: Diluição de soluções
1. Competências
Fazer cálculos para a diluição de soluções;
Preparar corretamente diluições simples e seriadas;
Entender os efeitos da diluição na concentração dos componentes.
2. Introdução
A contagem em placas é um dos métodos mais utilizados para determinar qual o número de
microrganismos viáveis em um meio líquido. Esse método foi utilizado na análise de um lote de sucos com
suspeita de contaminação. No entanto, o resultado foi uma altíssima proliferação de microrganismos. O
que poderia ser feito para possibilitar a contagem desses na placa contendo meio de cultura?
Referencial teórico
Diluição de soluções:
Com frequência é necessário preparar soluções diluídas a partir de outras soluções. Essa prática é muito
comum nos laboratórios, pois geralmente as soluções que são comercializadas vêm numa concentração
bem alta e, de acordo com a finalidade, os cientistas preparam soluções mais diluídas a partir da solução
inicial. Também observamos exemplos assim no supermercado, em alguns tipos de sucos e produtos de
limpeza.
Diluir uma solução, então, é adicionar a ela mais solvente, não alterando a massa do soluto (Figura 1). O
produto básico da diluição é que o número de mol do soluto é o mesmo na solução de partida
(concentrada) e na solução final (diluída), sendo que o volume varia (aumenta da solução concentrada para
a diluída).
68
Figura 1 – Diluição de solução
Para fazer uma diluição, é necessário combinar uma amostra líquida com uma quantidade de solvente para
chegar na concentração desejada. O fator de diluição é o número total de unidade de volume em que seu
material será dissolvido e a amostra diluída deve ser muito bem homogeneizada. Uma diluição 1/5, por
exemplo, ou 1:5 (lê-se 1 para 5) é a combinação de 1 unidade de volume da amostra e 4 unidades de
volume do solvente.
Para calcular as diluições, utiliza-se uma fórmula simples:
Ci = ms/Vi Cf = ms/Vf
m s = C i x Vi m s = C f x Vf
69
A diluição de soluções deve seguir a seguinte ordem:
1. Medir o volume da solução concentrada a ser diluída;
2. Transferir qualitativamente para o balão volumétrico;
3. Completar o volume com o solvente;
4. Homogeneizar a solução;
5. Guardar as soluções em recipientes adequados e identificados.
.
Figura 2 – Exemplo de diluição seriada
Um exemplo é uma diluição 1/10, na qual o fator de diluição é 10 e todas as diluições seguintes são
multiplicada por 10:
Uma aplicação da diluição seriada é na microbiologia, a diluição seriada é a técnica que permite a contagem
do número de microorganismos de amostras com concentrações muito elevadas. A amostra deve então ser
diluída seriadamente para que a concentração de microrganismos diminua, dando origem a colônias
suficientemente separadas, possibilitando assim a contagem.
3. Material e Métodos
3.1. Materiais de Consumo (Reagentes)
Solução de NaOH 0,1mol/L
Água destilada
Fita para medir pH
70
3.2 Materiais Permanentes (Vidrarias/equipamentos)
Pipeta volumétrica (3 por grupo)
Balão volumétrico de 100mL (1 por grupo)
Béquer de 50mL (1 por grupo)
3.3 Procedimentos
Diluição simples: diluição de solução de NaOH
1) Medir com uma pipeta volumétrica, 1,00mL de solução de NaOH 0,1mol/L;
2) Transferir para balão volumétrico de 100mL;
3) Completar com água destilada até o menisco;
4) Homogeneizar a solução;
5) Medir o pH;
6) Comparar com o pH da solução concentrada.
5. Listas de Exercícios
1) O ácido clorídrico, HCl, possui largo emprego em laboratórios. Assim, no preparo de uma aula prática,
pipetaram-se 10 mL de uma solução aquosa de HCl 1,0 mol/L. Em seguida, foi adicionada água
suficiente para atingir o volume de 500 mL. Qual a molaridade da solução final?
2) Uma solução 0,05 mol/L de glicose, contida em um béquer, perde água por evaporação até restar 100
mL, passando a concentração de 0,5 mol/L. Qual o volume de água evaporada?
3) O cloreto de potássio (KCl) é o sal de escolha para repor estoques de potássio exauridos por diuréticos
tiazídicos ou de alça, por diarréia intensa e pelo uso de corticosteróides em conseqüência de doenças
das supra-renais ou nas doenças tubulares renais. Entretanto, a supeerdosagem pode levar ao óbito.
Esse medicamento está disponível em ampolas plásticas de 10 mL nas concentrações de 10, 15 e 20%.
Se uso é via intravenosa e sua diluição é feita em soro fisiológico ou soro glicosado (frasco de 500 ou
1000 mL). Calcule a concentração de: KCl 10% (ampola 10 mL) diluída em soro fisiológico de 500 mL; KCl
15% (ampola 10 mL) diluída em soro fisiológico de 1000 mL; e KCl 20% (ampola 10 mL) diluída em soro
fisiológico de 500 mL.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
71
ATKINS, Peter W.; JONES, Loretta. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio. 5. ed.
Porto Alegre: Bookman, 2012.
DIAS, S. L. P. Química Analítica: Teoria e Prática Essenciais. 1. Ed. Brasil: Bookman,2016. 392p.
KOTZ, John C. Química geral e reações químicas: volume 1. 3.ed. São Paulo: Cengage Learning, 2016.
SKOOG, D. A.; CROUCH, S. R.; HOLLER, F. J.; WEST, D. M. Fundamentos de Química Analítica. 1. ed. Brasil:
Cengage CTP, 2014. 1088p.
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AULA 10: pH e solução tampão
1. Competências
2. Introdução
O crescimento microbiano é dependente de diversos fatores como fatores físicos (temperatura, pH,
pressão osmótica) e fatores químicos (nutrientes, água, oxigênio). Nos meios de cultura, essas condições
devem ser controladas visando favorecer o crescimento microbiano. Entretanto, sabe-se que o pH pode
variar em uma faixa ampla de acordo com os compostos presentes no meio (água, nutrientes, metabólitos
produzidos pelos microrganismos, etc). Nesse contexto, o que pode ser feito, em um meio de cultura,
visando estabilizar o pH na faixa ótima para o microrganismo em questão?
Referencial teórico
pH
pH é o potencial hidrogeniônico, uma escala logarítmica (pH = - log [H +]) que mede o grau de acidez,
neutralidade ou alcalinidade de uma solução. O pH varia de acordo com a composição da solução e a escala
de pH compreende valores de 0 a 14 (Figura 1).
73
Figuras 1 – Escala de pH
Solução tampão:
As soluções tampão são soluções que resistem às modificações de pH quando a elas é adicionada certa
quantidade de ácido ou base, ou ainda quando sofrem diluição. Por isso, essas soluções são utilizadas para
manter constante o pH de uma mistura e para preparar soluções de pH definido. As soluções tampão
podem funcionar em diferentes faixas de pH e sua capacidade tamponante é limitada pelo total consumo
de um dos seus componentes.
Os laboratórios usam tampões rotineiramente para controlar o pH de uma reação, manter estável os
compostos de uma solução, como peptídeos e proteínas, etc. Na indústria de alimentos, soluções tampão
como conservantes e agentes antimicrobianos.
O tampão é constituído de uma mistura de um ácido fraco e sua base-fraca ou uma base-fraca e seu ácido
conjugado. Alguns exemplos comuns de tampão são:
74
Ácido fosfórico e fosfato de sódio;
Outro exemplo de tampão é uma solução concentrada de ácido forte (pH 0-2) ou base forte (pH 12-14).
Numa solução tampão constituída do par ácido/base conjugada, temos o equilíbrio abaixo:
Se um ácido forte for adicionado a esse tampão, os íons hidrônio liberados serão consumidos pela base
conjugada do tampão. Por outro lado, se uma base forte for adicionada, os íons hidróxido liberados serão
consumidos pelo ácido fraco do tampão. Seguindo o princípio de Le Chatelier, a perturbação no equilíbrio
ácido-base será neutralizada para reestabelecimento do equilíbrio.
Os sistemas tampões são escolhidos de acordo com a faixa de pH desejada utilizando a equação de
Henderson-Hasselbalch:
Essa equação é calculada a partir da constante de dissociação do ácido (pKa) ou da base (pKb) e considera a
teoria de ácidos e bases de Bronsted-Lowry, na qual um ácido (HA) é uma espécie doadora de prótons (H +)
e uma base (B) é uma espécie aceptora de prótons.
3. Materiais e métodos
Soluções tampão
75
NaOH (0,5mol/L)
Água destilada
pHmetro
Fitas de pH
Espátula
Liquidificador
Peneira
Béquer de 500 mL
3.3 Procedimentos
2) Coe esse suco, pois o filtrado será o nosso indicador ácido-base natural (se não for usar o
extrato de repolho roxo na hora, guarde-o na geladeira, pois ele decompõe-se muito
rápido;
Para manter constante o pH dos meios de cultura de microrganismos são utilizadas soluções tampão, de
acordo com a faixa de pH requerida.
5. Listas de Exercícios
77
1) (UFMG) Considere duas soluções aquosas diluídas, I e II, ambas de pH = 5,0. A solução I é um
tampão e a solução II não.
Um béquer contém 100 mL da solução I e um segundo béquer contém 100 mL da solução II. A cada uma
dessas soluções, adicionam-se 10 mL de NaOH aquoso concentrado.
Assinale a alternativa que apresenta corretamente as variações de pH das soluções I e II após a adição de
NaOH (aq):
3) (UFMG – 2009) Considere certa quantidade de água e suco de limão, misturados, contida em um
copo. Julgue as três afirmativas concernentes a esse sistema:
a. O sistema é ácido;
b. O pH do sistema é maior que 7;
c. No sistema, a concentração de íons H+ é maior que a de íons OH-.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DIAS, S. L. P. Química Analítica: Teoria e Prática Essenciais. 1. Ed. Brasil: ATKINS, Peter W.; JONES, Loretta.
Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012.
DIAS, S. L. P. Química Analítica: Teoria e Prática Essenciais. 1. Ed. Brasil: Bookman,2016. 392p.
KOTZ, John C. Química geral e reações químicas: volume 1. 3.ed. São Paulo: Cengage Learning, 2016.
SKOOG, D. A.; CROUCH, S. R.; HOLLER, F. J.; WEST, D. M. Fundamentos de Química Analítica. 1. ed. Brasil:
Cengage CTP, 2014. 1088p.
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QUARTA UNIDADE DE ENSINO
Manipulação de equipamentos e técnicas de laboratório
1. Competências
Reconhecer as regras e cuidados para a correta utilização do microscópio óptico.
2. Introdução
Um aluno é admitido para uma iniciação científica. O projeto a ser realizado envolve a visualização de
infiltrados de células inflamatórias em tumores de mama. Os tumores foram recolhidos de pacientes
tratadas com procedimento cirúrgico para a sua remoção. No primeiro dia de trabalho o aluno foi instruído
a focalizar as lâminas já preparadas, e na objetiva de maior aumento verificar o infiltrado celular presente
em 10 campos distintos. Como o aluno deve proceder para realizar a correta contagem dos campos e
visualização das células?
Referencial teórico
O microscópio é um instrumento ótico de ampliação utilizado para observação de objetos próximos, tão
pequenos ( 0,1 a 10um) que não podem ser vistos nitidamente pelo olho humano desarmado (diâmetro
inferior a 0,1 mm, a uma distância de 25 cm).
Em 1674, o holandês Antonie van LEEUWENHOEK descreveu pela primeira vez os microrganismos,
observado através de lentes polidas por ele. Os microscópios são classificados em ópticos e eletrônicos,
dependendo do princípio no qual a ampliação é baseada. O microscópio eletrônico emprega um feixe de
elétrons para produzir uma imagem ampliada. O microscópio óptico ou luminoso (emprega ondas
luminosas) comumente usado é composto, porque apresenta dois sistemas de lentes - ocular, que fica
próximo ao olho do observador e aquele que fica próximo à preparação a ser observada, objetiva. A
microscopia óptica inclui a M. luminosa (uso do microscópio ótico comum), M. de campo escuro, M. de
fase, M. de fluorescência e Microscopia ultravioleta. Na microscopia luminosa, o campo microscópico ou
área observada aparece brilhantemente iluminado e os objetos estudados se apresentam mais escuros.
80
O microscópio óptico ou luminoso compõe-se de: base, coluna, cuja extremidade superior articula-se com
um tubo metálico, conhecido por canhão, que sustenta os sistemas de lentes - oculares (embutida num
único tubo - monocular ou em dois tubos - binocular) e objetivas (a seco de 5, 10, 40, 45 X ou de imersão 90
ou 100X), montadas num dispositivo chamado revólver). Um sistema de cremalheira permite o
deslocamento do canhão (em outros microscópios, desloca-se a mesa ou platina contendo a preparação)
para baixo e para cima pelo giro dos parafusos macrométrico (fazem deslocamentos rápidos e de grande
amplitude) e micrométrico (movimentos mínimos e lentos), permitindo a aproximação das objetivas à
preparação a ser visualizada; - condensadores e diafragma que regulam a intensidade da iluminação; mesa
ou platina, onde é colocada a lâmina com a preparação; Charriot, parafusos que permitem movimentação
da lâmina nos sentidos laterais, anterior e posterior. O sistema de iluminação é constituído de espelho ou
lâmpada e filtro.
3. Material e Métodos
3.1 Materiais de Consumo (Reagentes)
2 lâminas de corte histológico (corte de pele espessa e epidídimo).
3.3 Procedimentos
MICROSCÓPIO DE LUZ
Não arraste o microscópio na bancada.
Quando necessário movimentar o aparelho, carregue-o com as duas mãos.
Evite deixar a luz do microscópio acesa quando não estiver utilizando.
Antes de desligar o aparelho, apague a luz, e volte para menor objetiva de uso.
O microscópio é um aparelho sensível, formado por um conjunto de lentes e espelho, por isso
tenha o maior cuidado ao manuseá-lo!
Objetivas: pequena: 4X, média: 10X, grande: 40X, imersão: 100X
Aumento total: 40X, 100X, 400X, 1000X
NA DÚVIDA, PERGUNTE!!!!!!!!!!
81
x. Utilize gaze para limpar as lentes do microscópio e a lâmina a ser utilizada.
5. Listas de Exercício
De acordo com as observações feitas durante a aula descreva a função de cada componente do
microscópio e enumere no desenho a seguir.
1 = ocular
2 = objetivas e revólver
3 = platina
4 = charriot
5 = macrométrico
6 = micrométrico
7 = diafragma no condensador
8 = condensador
9 = botão do condensador
10 = dois parafusos centralizadores do condensador
11 = fonte de luz
12 = controle de iluminação
13 = diafragma de campo (alavanca no lado esquerdo do microscópio)
14 = dois parafusos de ajuste da lâmpada (esquerdo e direito)
15 = focalizadora da lâmpada (alavanca no lado direito do microscópio).
82
LÂMINA - 1- Desenhar o corte de pele espessa
83
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ATTIAS, Márcia; BENCHIMOL, Marlene; CARVALHO, Técia Maria Ulisses de; SILVA, Narcisa Leal Cunha e.
Métodos de estudo da célula. Edição (4. ed.). Rio de Janeiro: editora, 1996. 17-19,23 p.
MURPHY, Douglas B. Fundamentals of Light Microscopy and Electronic Imaging. Nova York: Wiley-Liss,
2001. 2, 57 p.
84
AULA 12: Técnicas de coleta de sangue total venoso.
1. Competências
2. Introdução
Um aluno de iniciação científica está participando de um projeto de pesquisa em Lúpus Eritematoso
Sistêmico. Para os experimentos serem realizados é necessário colher sangue dos pacientes provenientes
de um ambulatório médico/hospital Escola. O aluno necessita de sangue total para a realização de
hemograma e contagem de reticulócitos (hemácias jovens), plasma sanguíneo pobre em plaquetas para a
realização de ensaios da coagulação e soro sanguíneo para a detecção de proteínas inflamatórias. Como o
aluno deve proceder para realizar a coleta e obtenção das 3 amostras requeridas?
Referencial teórico
A coleta de sangue é um procedimento rotineiramente utilizado em laboratórios de análises clinicas e
pesquisas. Alguns cuidados são essenciais tanto para com o paciente como para com a amostra a ser
coletada. A coleta é realizada com agulhas e seringas estéreis e descartáveis ou por meio de tubos com
vácuo, adaptados a agulhas estéreis, com ou sem anticoagulantes. O garrote deve permanecer o menor
tempo possível no braço do paciente e a amostra deve ser acondicionada no tubo de ensaio de maneira
que não ocorra hemólise da amostra.
3. Material e Métodos
3.1 Materiais de Consumo (Reagentes)
Material necessário:
1 caixa de tubos para coleta de sangue a vácuo (anticoagulante –EDTA)
10 canhões para coleta de sangue a vácuo
1 caixa de agulhas para coleta de sangue a vácuo ( tampa verde)
Álcool 70%
Algodão
Curativo pós-coleta
85
3.2 Materiais Permanentes (Vidrarias/equipamentos)
Estante para tubos de ensaio
Suporte para coleta de sangue
Caixa de pérfuro-cortantes.
3.3 Procedimentos
Durante a realização da pratica de PUNÇÃO VENOSA - Veias da Dobra do Cotovelo (cefálica e basílica)
observa-se os seguintes procedimentos:
Para a obtenção das amostras requeridas devemos colher os seguintes tubos de sangue na seguinte ordem:
1- Tubo sem anticoagulante para obtenção de soro (dosagem de proteínas inflamatórias)
2- Tubo com tampa azul- citrato de sódio para obtenção de plasma pobre em plaquetas
3- Tubo com tampa roxa-EDTA para a realização de hemograma.
5. Listas de Exercício
1) Os anticoagulantes são fundamentais para a correta obtenção de amostras sanguíneas. A cor do
tubo de sangue corresponde ao tipo de anticoagulante presente no tubo a vácuo. Determine uma
dosagem laboratorial realizada em cada um dos anticoagulantes descritos abaixo. Informe também
a função de cada anticoagulante.
Tubo de tampa roxa- EDTA
Tubo de tampa azul-CITRATO DE SÓDIO
Tubo de tampa cinza-FLUORETO
Tubo de tampa verde-HEPARINA
Tubo de tampa amarela com gel de separação-SEM ANTICOAGULANTE
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2) Algumas vezes necessitamos de colher mais de um tubo de sangue de cada paciente. Nessa ocasião
realizamos a coleta em uma sequência correta de tubos de acordo com o anticoagulante
especificado. Especifique a ordem de coleta sanguínea de acordo com o anticoagulante ( supondo
que tenhamos que colher uma amostra de cada dos 4 tipos de anticoagulante e uma sem
anticoagulante).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ZAGO, Marco Antônio; FALCÃO, Roberto Passetto; PASQUINI, Ricardo. Tratado de hematologia. São Paulo:
Atheneu, 2013.
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AULA 13: Centrífuga: técnica de funcionamento.
1. Competências
2. Introdução
Um aluno de iniciação científica está participando de um projeto de pesquisa em Lúpus Eritematoso
Sistêmico. Para os experimentos serem realizados é necessário colher sangue dos pacientes provenientes
de um ambulatório médico/hospital Escola. O aluno necessita de sangue total para a realização de
hemograma e contagem de reticulócitos (hemácias jovens), plasma sanguíneo pobre em plaquetas para a
realização de ensaios da coagulação e soro sanguíneo para a detecção de proteínas inflamatórias. Como o
aluno deve proceder para a obtenção do plasma pobre em plaquetas?
Referencial teórico
A centrifugação é uma técnica fundamental usada em diversos ramos da Química, Biologia e Bioquímica
para a separação de amostras. Em geral, estas são introduzidas em tubos de diferentes tamanhos, que são
dispostos num motor de centrífuga. As centrífugas estão normalmente adaptadas para a utilização de
diferentes tipos e tamanhos de rotores, conforme a velocidade e aplicação desejadas. Enquanto que as
microcentrífugas de bancada podem centrifugar tubos entre os 0,2 e os 2 mL de volume, centrífugas de
grande porte podem usar tubos de volume muito variável, tipicamente até 1 L.
3. Material e Métodos
3.1 Materiais de Consumo (Reagentes)
Material necessário por grupo (6 grupos):
1 tubo para coleta de sangue a vácuo (anticoagulante EDTA)- 1 tubo com sangue total.
1 tubo para coleta de sangue a vácuo (sem anticoagulante)- 1 tubo com sangue total.
1 canhão para coleta de sangue a vácuo
1 caixa de agulhas para coleta de sangue a vácuo ( tampa verde)
Álcool 70%
2 Tubos de ensaio (hemólise)
Ponteiras para 10 e 1000 microlitros
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Salina fisiológica ( 20 ml)
Algodão
Curativo pós-coleta
3.3 Procedimentos
Nesta prática o professor realizará a coleta de amostras- serão dois tubos de sangue -1 com EDTA e outro
SEM ANTICOAGULANTE para centrifugação e obtenção do soro sanguíneo.
Centrifugar os dois tubos de sangue a 3000 rpm por 10 minutos.
5 Listas de Exercício
Os processos de centrifugação auxiliam no fracionamento de amostras para a realização de análises
laboratoriais. Utilizamos a centrifugação para verificar os elementos da urina, líquor, sangue, dentre outros:
Descreva de forma completa como se obter através da centrifugação os elementos sanguíneos descritos
abaixo;
Elementos figurados (células)
Plasma
Soro
Botão de hemácias
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ZAGO, Marco Antônio; FALCÃO, Roberto Passetto; PASQUINI, Ricardo. Tratado de hematologia. São
Paulo: Atheneu, 2013.
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Motta,Valter T. Bioquímica Clínica para o Laboratório - Princípios e Interpretações - 5ª Ed. 2011.
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AULA 14: Espectrofotômetro: funcionamento e técnicas de utilização.
1. Competências
2. Introdução
Um aluno está fazendo estágio em um posto de saúde. Durante o seu terceiro dia de estágio o mesmo é
transferido para o setor de Bioquímica Clínica do laboratório regional. No transcorrer da tarde o
profissional responsável pelo laboratório recebe uma amostra de plasma sanguíneo para avaliação da
função renal em caráter de urgência. O médico informou que o paciente é hipertenso, encontra-se
extremamente edemaciado e com urina espumosa. Diante de tal situação o preceptor de estágio questiona
o aluno sobre como proceder. Como se deve fazer a análise de função renal através da amostra enviada ao
laboratório?
Referencial teórico
A luz pode ser entendida como uma forma de energia, de natureza ondulatória, caracterizada pelos
diversos comprimentos de onda (, expressos em m ou nm) (Figura 1) e que apresenta a propriedade de
interagir com a matéria, sendo que parte de sua energia é absorvida por elétrons da eletrosfera dos átomos
constituintes das moléculas.
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Figura 1. Espectro de absorção de luz em diversos comprimentos de onda ().
Uma solução quando iluminada por luz branca, apresenta uma cor que é resultante da absorção relativa
dos vários comprimentos de onda que a compõem, que pode ser analisados por um espectrofotômetro
(Figura 2). Esta absorção, em cada comprimento de onda, depende da natureza da substância, de sua
concentração e da espessura da mesma que é atravessada pela luz.
3. Material e Métodos
3.1 Materiais de Consumo (Reagentes)
KIT-DOSAGEM DE GLICOSE
Reagente 1: Armazenar entre 2 – 8 ºC.
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Padrão - 100 mg/dL: Armazenar entre 2 – 30 ºC. Após o manuseio, sugere-se armazenar bem vedado
para evitar evaporação. Contém glicose 100 mg/dL e biocida não tóxico.
O estabilizador do padrão pode precipitar-se em baixas temperaturas, fato que não interfere na sua
qualidade.
3.3 Procedimentos
A dosagem da GLICOSE é empregada preferencialmente para avaliar condições diabéticas ou pré-
diabéticas.
Utilizar plasma sanguíneo colhido em FLUORETO –inibidor da glicólise ( 100 microlitros por grupo).
Procedimento manual
Método Direto
1. Tomar 3 tubos de ensaio e proceder como a seguir:
Condições de Reação
Leitura: Comprimento de onda 505 nm
Temperatura:
Método: Cinético em tempo fixo
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Cálculos:
Absorbância do teste
Absorbância do padrão
Devido a grande reprodutibilidade que pode ser obtida com a metodologia, o método do fator pode ser
empregado.
100
Fator de calibração =
Absorbância do padrão
Valores de referência
Plasma: (jejum de 8 horas):
70 a 99 mg/dL – Glicemia de jejum normal
100 a 125 mg/dL – Glicemia de jejum alterada
maior ou igual a 126 mg/dL – Provável Diabetes Mellitus
Valores críticos
Plasma:
>400 mg/dL
<40 mg/dL
5. Listas de Exercício
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3) Realize os cálculos para dosagem de creatinina de acordo com os seguintes dados.
Como a metodologia obedece a lei de Lambert- Beer, pode-se efetuar os cálculos através do Fator de
Calibração (FC).
FC = CP ÷ ∆P Ct = FC × ∆T
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Motta,Valter T. Bioquímica Clínica para o Laboratório - Princípios e Interpretações - 5ª Ed. 2011.
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