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OZONIOTERAPIA NO TRATAMENTO DO

CÂNCER
Ozonioterapia no tratamento do câncer

A ozonioterapia é um tratamento médico onde se utiliza o gás ozônio para mais de 265 patologias. Foi
descoberto em 1840 por Schönbein, ao expor oxigênio a descargas elétricas. E o estudo da ozonioterapia
como tratamento medicinal foi iniciado por Dr. Erwin Payr, médico e professor de cirurgia na Universidade
de Leipzig, na Alemanha.

No ambito oncológico, para tratamento dos mais diversos tipos de câncer, funciona como método
complementar ao tratamento habitual. 

Estudo feito na Inglaterra, em 2008, foi implantado um tumor sólido de sarcoma E37 em ratos e, depois,
os animais foram tratados com ozônio (retal). Foi observado uma redução significativa no número de
metástases. Em outro estudo, o ozônio foi aplicado por via intraperitoneal, antes da inoculação do
carcinoma de pulmão de Lewis. Foi observado um efeito retardado no desenvolvimento do tumor e na
taxa de aumento do volume tumoral nos grupos que utilizaram ozônio. No que diz respeito ao ensaio
clínico, os pacientes com câncer da próstata foram tratados com cobalto-60 e terapia com ozônio (por via
retal), diminuindo a ocorrência de efeitos colaterais (devido ao tratamento com radiação) e o antigéno
prostático específico.  

O câncer é a segunda principal causa de morte atrás das doença cardíaca. No entanto, as mortes por
doenças cardíacas têm diminuiu em 45% nos Estados Unidos desde 1950 e continuam a diminuir,
enquanto as mortes por câncer estão aumentando. 
Neste século, o câncer é projetado para ser a principal causa de morte. Um relatório da OMS
(Organização Mundial de Saúde) prevê que em todo o mundo as taxas de câncer podem dobrar até 2020,
se não tomarmos rigorosas medidas para a promoção de uma alimentação saudável, o fim do tabagismo,
reduzir substancialmente os contaminantes (alimentos e produtos com metais pesados, agrotóxicos e
pesticidas) e melhorar o acesso à imunização viral (Bailar e Gornih, 1997; Levi et al., 1999; Eaton, 2003). 

O desenvolvimento de uma terapia eficaz para o câncer é o foco principal da investigação biomédica
(Giovanni et al., 2000). Há um consenso total que, sempre que possível, o tumor primário deve ser
removido cirurgicamente (ou irradiados) porque há grande chance de metástases extensas o que pode
induzir a caquexia e um estado anérgico (Tisdale, 2002; Argiles et al., 2003). No entanto, uma ablação
completa e cura é rara porque a disseminação hematogênica de células tumorais da medula óssea pode
ocorrer numa fase precoce a fase da malignidade (Pantel et al., 1999). Assim, pode-se presumir que,
mesmo depois de uma operação bem sucedida, o paciente, na pior das hipóteses, pode ter uma grande
difusão de células neoplásica que, depois de superar o imunodepressão, podem permanecer inativas
através da vigilância do sistema imunológico. 

Por essa razão, não é de estranhar que os pacientes estão sempre à procura de outras possibilidades no
vasto campo da medicina complementar, práticas como a alimentação, nutrição e estilo de vida, entre
outros (Cassileth e Chapman, 1996; Burstein et al., 1999). 

O tumor hipoxia (é uma característica das células tumorais na privação de oxigênio) é um mecanismo
bem reconhecido para resistência das células neoplásicas a drogas anticâncer e radioterapia. A
Neoplasia é um processo multifatorial, que pode ser classificados em cinco etiologias: genéticos, virais,
química, física e inflamatória. Química, física e etiologias inflamatórias estão intimamente ligados a
oxigênio reativo  (ROS), que podem facilmente induzir danos genômicos (Brauchle et al, 1996; Bauer et
al, 1998). O oxigênio é necessário para a respiração e os processos energéticos que permitem a vida
aeróbica. Os custos associados com o uso de oxigênio no organismo são formações de oxigênio reativo
que cria o estress oxidativo, tendo um efeito complexo sobre o desenvolvimento do câncer (Knight,
1995). 

Sob condições fisiológicas normais, a produção de oxidação celular (estresse oxidativo) é


contrabalançado pela ação de enzimas antioxidante e outras moléculas redox. O saldo entre estresse
oxidativo,  geração de oxigênio e eliminação é importante para a manutenção de estados redox-celular
adequado. Por causa de seus possíveis efeitos nocivos, o estresse oxidativo excessivo deve ser
prontamente eliminado das células através de uma variedade de mecanismos de defesa anti-oxidantes,
incluindo enzimas importante, tais como a superóxido dismutase, catalase e várias peroxidases
(Winklhofer-Roob, 1994). Embora o exato mecanismo responsável pelo aumento do estresse oxidativo
nas células cancerosas não é definido, o aumento da geração de estresse oxidativo é atribuída a
atividade metabólica celular ativa sob a influência dos sinais oncogénicos e  mitocondrial de mau
funcionamento nas células cancerosas (Szatrowski e Nathan, 1991;Salah-Eldin et al., 2000; Maxwell et
al., 2001; Maulik e Das, 2002).

Estresse Oxidativo (EROs) na formação do câncer:

A ozonioterapia entra como tratamento adicional na terapia oncológica. É um tratamento multidisciplinar


tendo como objetivo evitar, diminuir e controlar os efeitos negativos e as complicações geradas pelo
tumor e pelo tratamento de base.
O Ozônio quando em contato com o meio biológico se dissolve na água do plasma ou nos fluídos
intersticiais (líquido que entra no espaço entre as células corpóreas) e desaparece imediatamente por
reação com compostos orgânicos (antioxidantes hidrossolúveis e lipofílicos, ácidos gordos insaturado,
etc), gerando uma série de mensageiros agindo em vários componentes do sangue com ação antecipada
e tardia nos efeitos biológicos (Bocci,2002). 

Ação Imediata e Tardia da Ozonioterapia no Organismo:

O ozônio tem, através da ação dos peróxido de hidrogênio, sua atuação como um indutor de citocinas em
ligação com leucócitos, linfócitos e monócitos, ativando o sistema imunológico normalmente suprimido
pelo crescimento do tumor (Larini e Bocci, 2005). Além disso, o ozônio corrige o estresse oxidativo
crônico por hiperregulação do sistema antioxidante, alcança uma homeostase redox (Ajamieh et al, 2004,
2005;. Leo' n et ai,1998), e adquire um estado de bem-estar em pacientes por ativar o sistema neuro-
endócrino (Bocci, 2002).

Estudo feito pelo alemão Otto Vaberg (1966) descobriu que a falta de oxigênio a nível celular é o ínicio
chave do desenvolvimento tumoral (característica de doença mitocondrial). Bappo (1974) demonstrou a
intolerância das células tumorais aos peróxidos. E F. Sweet (1980) deu provas da ação inibidora do
ozônio sobre as células tumorais. 

Além desses efeitos biológicos do ozônio estudos indicaram que a oxigenação aumenta em particular nos
tumores hipóxicos (Prego et al.,2004). Além disso, na base da melhoria clínica em diferentes doenças
(Romero et ai, 1993;. Giunta et al., 2001; Tylicki et al., 2001) ocorre em média depois de dois meses de
terapia de ozônio, é provável que a terapia de três a quatro meses traga uma oxigenação normal dos
tecidos neoplásicos.

Veja no vídeo abaixo como funciona a Ozonioterapia:

Quando o ozônio entra no sistema biológico este se transforma em ozonides e peróxidos, agindo
diretamente no metabolismo  celular. Os ozonides penetram através da barreira hemato-encefálica
atuando no nível segmentado, representando um papel disparador que desencadeia as reações
neurofisiológicas e se revela como intermediário de integração intracelular, sistêmica e intersistêmica,
causando uma influência multifatorial na patologia, evolução e resultado do câncer.
Benefícios da ozonioterapia no tratamento do câncer:

Regulação da homeostase pró-oxidante:


● - Ativação dos mecanismos de desintoxicação peroxídica do sistema de glutation.
● - Marcação dos processos de peroxidação dos lípideos no marco preferencial da estimulação do
sistema de defesa antioxidante. Aumento da atividade antioxidante do plasma, motivado pelo aumento
das concentrações de plasma sérico, albumina e insulina.

Eliminação do déficit energético dos tecidos:


● - Estabilização das membranas ultraestruturales, ativação das ensimas ligadas com as
membranas.
● - Crescimento da atividade enzimática da cadeia respiratória e da fosforização oxidativa e
restruturação da formação de energia nas células.

Efeito desintoxicante:
● - Eliminação dos produtos tóxicos do metabolismo por a via das reações de oxiredução.
● - Aumento da atividade da função desintoxicante do fígado.

Influência imunomoduladora:
● - Diminuição da agressão dos trombócitos, aumento da fibrinólise, diminuição do nível de
fibrinogênio no sangue. Está mudança melhora a circulação e restaura a capacidade de acesso e ação
das células imunocompetentes aos tumores. As mudanças nas sínteses do ácido araquidônico e a
diminuição da formação de uma série de metabólitos que provocam espasmos vasculares e formação de
trombose evitam o mecanismo de alteração da corrente sangüínea.
● - Melhora das funções de transporte de oxigênio do sangue, aumento da provisão de oxigênio nos
tecidos como consequência da ativação do metabolismo intracelular e o aumento da elasticidade das
membranas dos eritrocitos, diminuição das manifestações de hipoxia tecidual.
● - Ativação da atividade fagocitária dos neutrófilos, aumento da produção das interleucinas 1 e 2 ,
do fator de necrose tumoral, e da produção de interferones, melhoria do metabolismo das células
imunocompetentes e das propriedades físico-químicas de suas membranas.
● - Aumento da proliferação dos linfócitos.
● - Aumento das concentracões de imunoglobulina no plasma.
● - Prevenção do desenvolvimento da mudança irreversível no organismo do sistema imunológico.

Ação antitumoral:
● - Inibição seletiva do crescimento das células neoplasicas.
● - Efeito antimetastásico e efeito antiproliferativo dependentes das doses.
● - Aumento da sensibilidade das linhas de células resistentes aos citostáticos e  a radioterapia.
● - Ativação do metabolismo aeróbico das células dos tecidos normais.
● - Estimulação da regeneração dos tecidos normais, que produzem a inibição do crescimento
tumoral.

Formas de aplicação da ozonioterapia:


● - Água ozonizada local
● - Insuflação retal
● -     Intravenosa 
● -     Intramuscular 

A ozonioterapia pode otimizar as condições de realização da poliquimioterapia, aumentou a qualidade de


vida do paciente com câncer e permitiu suportar melhor o tratamento.

O ozônio é uma boa terapia coadigilvante a quimio e radioterapia, já que se conhece que a hipóxia do
tumor pode produzir uma resistência a quimio e raditerapia e aumentar a angiogenesis.

Nos pacientes que não se pode operar e com formas terminais da doença, a quem é negado todo tipo de
tratamento especial. Sua utilização produz um notório efeito positivo, possibilitando a melhora do estado
de ânimo e prolongando a qualidade de vida.

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