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OzoScience

Evidências Científicas na Ozonioterapia.

As indicações Terapêuticas e Dose e volume são baseados no conhecimento de que baixas doses
fisiológicas de ozônio pode desempenhar um papel importante na célula a nível molecular, os vários
mecanismos de ação de ozono demonstraram evidência clínica desta terapia.

Nossas aulas estão embasadas nos artigos publicados até setembro de 2022. Na Pubmed encontramos
mais de 4000 artigos científicos, com centenas de ensaios clínicos randomizados, mais de 50 revisões
sistemáticas e estudos de metanalise.

Aviso: essa apostila de apoio cita Referencias seguras, intervalos terapêuticos eficazes, procurando
minimizar os eventos adversos que doses inadequadas poderiam causar, portanto os protocolos são
referência e não obrigatórios, cabe a cada profissional o julgamento clinico ao aplicar as
recomendações .

Ozônio terapia é uma terapia complementar e não terapia alternativa, ela complementa outros
tratamentos, porém não substitui.

Ozônio – ‘’ozoein’’ ὄζειν, "cheirar, Odor”.


É a forma triatômica do oxigênio, enquanto
Kimberly o oxigênio
Carolinne é normalmente encontrado em sua forma
Santos
diatômica (O2). kimberlycarol30@hotmail.com
O ozônio (O3) é formado quando as moléculas de O2 se rompem e os átomos separados combinam-se
com outras moléculas de O2.

Altamente instável rapidamente se decompõem em O2


Dissolvido no plasma e desaparece imediatamente, os Radicais Livres de oxigênio (ROS) são
neutralizadas entre 0,5 min a 1 min pelos sistemas antioxidantes, porém os LOP (lipooligopeptídeos),
duram mais tempo.

E um tratamento utilizando a mistura de oxigénio mais ozono (de 95% - 99,95% de oxigénio e de 0,05%
- 5% de ozono) como um agente terapêutico para o tratamento de uma ampla gama de doenças. Uma
vez que o ozono não possui receptores e o seu mecanismo de ação farmacológico é indireto porque atua
através dos seus mediadores, a resposta depende da transdução de sinais nucleares como mecanismo
de ativação (Nrf2: fator nuclear (2 derivada-eritróide) - como 2) e a síntese de proteínas, tais como SOD
(superóxido dismutase), CAT (catalase), HO 1 ( Heme - oxigenase 1)

Formação do O3
Naturalmente, pela ação dos raios UV e descargas elétricas nas tempestades
Geradores de ozônio, que convertem O2 em O3

1
O gerador tem de ser capaz de produzir a mistura de oxigenoterapia em ozono, isto é, uma mistura
homogénea com uma gama de concentrações) de 1 a 100 microgramas por mililitro (ug / ml)

Nenhuma outra substâncias podem estar presentes somente O2 e O3 na mistura de gás produzida.

Concentrações: a unidade de medição é a concentração ug / ml.

Geração do ozônio
• Luz ultravioleta
• Eletrólise Kimberly Carolinne Santos
• Descarga corona kimberlycarol30@hotmail.com
• Plasma Frio

Concentração de ozônio:

Se mede em μg/ml (microgramas por mililitro)


Indica a proporção de ozônio no volume de gás
• Exemplo: 10 μg de ozônio em 1 ml de volume= 10 μg/ml

Gamas de concentração de 1 a 100 microgramas por mililitro (ug / ml)

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Princípio da “hormesis” (isto é, “o efeito benéfico de uma exposição de baixo nível a
um agente que é prejudicial a altos níveis ”) Bocci, 2011; Sire, 2022.

Ozônio é um gás metaestável com uma meia-vida dependente desses fatores


ambientais e dificilmente armazenável.

Mais solúvel na água que o oxigênio (O2)


É um gás reativo e altamente instável e logo se recompõe como O2.
Deve ser produzido no momento do uso e não é possível seu armazenamento

Histórico
Kimberly Carolinne Santos
A primeira menção sobre ozônio que aparece na literatura científica pertence para o físico holandês
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Mak Van Marum, e data de 1785. Durante a experimentação em um poderoso instalação para
eletrificação, ele descobriu que, passando uma faísca elétrica através de do ar apareceu uma
substância gasosa com um odor característico, que possui propriedades intensas oxidantes Em
1801, Kriunchenk detectou um cheiro semelhante durante a eletrólise da água. Em 1840, Christian
Frederick Schonbein, professor da Universidade de Basileia, dados relacionados sobre mudanças
nas propriedades de oxigênio com a formação de um gás de concreto que ele chamou de ozônio
(da palavra grega "oloroso"). Schonbein detectado por primeira vez que a capacidade do ozônio
para se ligar com substratos biológicos nas posições correspondente a ligações duplas (Razumovski
e Zaikov, 1974; Viebahn-Hansler, 1999). Posteriormente, De la Riva e Moriniak demonstraram que o
ozônio é uma variedade de oxigênio (citado por Lunin, 1998). Em 1848, Xant colocou a hipótese de
que o ozônio Era oxigênio triatômico. Em 1857, com a ajuda do «tubo de indução magnética
moderno» criado por Verner Von Simens, foi construído o primeiro dispositivo técnico de
ozonização, que Ele foi empregado em uma instalação para a purificação da água potável.

1975 Heinz Konrad em São Paulo

1990 o Dr. Edison de Cezar Philippi em Santa Catarina.

Dr. Eduardo Gomes de Azevedo, clinica Anna Aslan, década 90.

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Prof. Dr. Alexander Gomes de Azevedo, e Dr Heitor Bennedetti, Clinca HLPA 2003,
Clinica de Cirurgia Plástica e Medicina Estética.

Reconhecido em diversos Paises

Temos uma -Federação Mundial de Ozonioterapia (World Federation of Ozone Therapy -


WFOT)

E o Comitê Cientifico Internacional de Ozonioterapia que elabora a Declaração de


Madrid sobre ozonioterapia que em

1º Edição 2010

2º Edição 2015

3º Edição 2020

Não representa empresas nem associações


Kimberly Carolinne Santos
Aspectos legais kimberlycarol30@hotmail.com

OMS reconheceu a relevância social das práticas integrativas.

Ministério da Saúde institucionalizou a Política Nacional de Práticas Integrativas e


Complementares (PNPIC), pela Portaria nº 971, de 3 de maio de 2006.

Ministério da Saúde incluiu novas práticas na PNPIC, pela Portaria N° 702, de 21 de


março de 2018. Ozonioterapia e não especifica os profissionais.

Fisioterapia
Resolução-COFFITO nº 380, de 3 de novembro de 2010, regulamentou o uso pelo
fisioterapeuta das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde.

ACÓRDÃO Nº 611, DE 1º DE ABRIL DE 2017 – normatização da utilização e/ou


indicação de substâncias de livre prescrição pelo fisioterapeuta nas PICS

Enfermagem
COFEN autorizou enfermeiros a atuar com ozonioterapia em feridas – parecer
n°23/2015/CTAS/Cofen

Odontologia
Conselho Federal de Odontologia (CFO) reconhece e regulamenta a prática da
ozonioterapia pelo cirurgião-dentista – Resolução CFO – 166/2015

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Biomedicina

CFBM (Biomedicina) criou GT para avaliar a prática (março de 2018)

Medicina
A resolução CFM 2.181/2018 de 20 de abril de 2018 classificou a prática como
experimental, só podendo ser realizada sob protocolos clínicos de acordo com o
sistema CEP/Conep, em instituições devidamente credenciadas

Farmácia

A resolução 685/2020 do Conselho Federal de Farmácia reconhece a atuação do


farmacêutico na ozonioterapia clínica e estética, como terapia complementar e
integrativa.

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O GERADOR DE OZONIO está abrangido pela RDC 185/2001 da ANVISA.
Equipamentos enquadrados como nível I ou II , todos os profissionais da área de saúde
podem utilizar, DESDE QUE REALIZEM O DEVIDO TREINAMENTO PARA O MANUSEIO
DESSES EQUIPAMENTOS.
A Lei 13.643/18 assegura no art. 5º, inciso I e no art. 6º caput que tanto o Técnico em
Estética quanto o Esteticista e Cosmetologo poderão “utilizar procedimentos estéticos
faciais, corporais e capilares, utilizando como recursos de trabalho produtos
cosméticos, TÉCNICAS E EQUIPAMENTOS COM REGISTRO NA AGÊNCIA NACIONAL DE
VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA)”

Relação do Efeito Dose

Não é uma hipótese é cientifico demonstrado clinicamente e experimentalmente (Sire,


2022; Monterrey, 2022; Zhang, 2021; Zeng, 2021; Scaccellati, 2020)

Efeitos biológicos
• •Um dos oxidantes naturais mais potentes
• •Tem um poderoso efeito germicida
• •Não existe alergia ao ozônio –Biomolécula

Segurança no uso terapêutico

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frequência de efeitos colaterais foi de 1: 1000-1: 2000 taxa de 0,000005% de efeitos
colaterais adversos , (Oepen, 1985).

Biomolécula

Produzida por neutrófilos ativados e catalisada por anticorpos específicos (Babior,


2003; Wentworth, 2003)
• A: Neutrófilo em repouso
• B: Neutrófilo ativado
• C: Reação catalisada por anticorpo

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• Neutrófilos tem o potencial de produzir oxigênio singleto e anticorpos, podem
catalisar trioxido de hidrogênio e ozônio a partir do oxigênio singleto e da água.
• Detectado a formação do ozônio por meio da oxidação do ácido Vinilbenzonico.
• 0 neutrófilo desencadeia uma explosão oxidativa composta por reações
químicas e enzimáticas, ocorre ação com substrato da SOD formando H2O2 e
oxida cloro em hipoclorito que e altamente bactericida.
• H2O2 e HOCL estão presentes em doses altas no Fagosomo e geram orifícios na
membrana bacteriana.

Principais efeitos devido ao poder oxidante

Bactericida -Fungicida -Antiviral (virustático) - Ativação do sistema imunológico do


organismo (baixas concentrações)
Oxidante, são sequestradores de elétrons, promovem desequilíbrio. (Schwartz, 2011).

O 3 é composto por três átomos de oxigênio com estrutura cíclica]. É gerado para uso
medicinal a partir de oxigênio puro que passa por um gradiente de alta voltagem (5–13
mV) após a reação:
3O 2 + 68.400 cal → 2O 3

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O resultado é uma mistura gasosa composta por não menos de 95% de oxigênio e
não mais de 5% de O 3 . O 3 é 1,6 vezes mais denso e 10 vezes mais solúvel em água do
que o oxigênio. Deve-se considerar que o O 3 é o oxidante mais poderoso depois do
flúor e do persulfato, embora não seja uma molécula radical. É um gás instável que não
pode ser armazenado e deve ser usado imediatamente, pois tem meia-vida de 40 min a
20 °C. Apesar das aplicações heterogêneas e atuais na área médica, os efeitos
bioquímicos do O 2 O 3 ainda são de difícil compreensão, mesmo que suas propriedades
e características químicas pareçam sugerir alguns de seus efeitos clínicos positivos

Como qualquer outro gás, o O 3 se dissolve fisicamente em água pura de acordo


com a lei de Henry em relação à temperatura, pressão e concentração de ozônio. Ao
contrário do O 2 , o O 3 reage imediatamente com a água presente nos tecidos. O 3 reage
com ácidos graxos poliinsaturados (PUFA), antioxidantes como ácido ascórbico e úrico,
e compostos tiol com grupos -SH (cisteína, glutationa reduzida-GSH e
albumina). Dependendo da dose de O 3 administrada, enzimas, carboidratos, DNA e
RNA também podem estar envolvidos no processo. Esses compostos sofrem oxidação,
atuando como doadores de elétrons. O 3,interagindo com água e PUFA, presentes nos
tecidos, leva à formação de peróxido de hidrogênio (H 2 O 2 ), uma espécie reativa de
oxigênio fundamental (ROS) que atua como mensageiro do ozônio, e outros produtos
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de ozonização lipídica (LOPs)].
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O H 2 O 2 é um oxidante não radical capaz de atuar como mensageiro de O 3 para
provocar inúmeros efeitos biológicos e terapêuticos. O fato de as EROs serem sempre
nocivas é um conceito amplamente revisado na literatura, pois, em quantidades
fisiológicas, são considerados mediadores da defesa do hospedeiro e das respostas
imunes. Além disso, eles têm uma duração extremamente curta (segundos), mas em
virtude de sua reatividade, podem danificar os componentes celulares se sua geração
não for bem calibrada. A composição de ROS no plasma é muito rápida e é
acompanhada por um transitório (15-20 min para a reciclagem de compostos
oxidados) e uma modesta diminuição na capacidade antioxidante. H 2 O 2difunde-se
muito facilmente do plasma para as células (gradiente intracelular 1/10 do plasma) e
representa um importante estímulo biológico. Nos tecidos, o estresse oxidativo
moderado de ROS é cancelado por sequestradores de radicais endógenos (superóxido
dismutase, glutationa peroxidase, catalase, NADPH quinona-oxidorredutase, etc.).

Um excesso de ROS pode, de fato, levar à formação de compostos tóxicos como


peroxinitrito (O 5 NOO 2) e ânion hipoclorito (ClO 2 ). Além disso, a presença de traços
de Fe ++ deve ser evitada porque, na presença de peróxido de hidrogênio, eles catalisam
a formação do OH mais reativo, através da reação de Fenton (radical hidroxila)].

LOPs (lipoperóxidos-LOO, radicais alcoxi-LO, lipohidroperóxidos-LOOH, iso-


prostano e alcenos (4-hidroxi-2,3-transnonenal-HNE e malonildialdeído-MDA)) são

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moléculas sinalizadoras do estresse oxidativo agudo e causam uma regulação positiva
de enzimas antioxidantes, como superóxido dismutase (SOD), GSH-peroxidase (GSH-
Px), GSH-redutase (GSH-Rd) e catalase (CAT), que desempenham um papel
fundamental na defesa antioxidante. Eles também induzem proteínas de estresse
oxidativo, uma das quais é a heme-oxigenase I (HO-1 ou HSP-32), que degrada a
molécula do heme. Sendo tóxicas e muito mais estáveis in vitro que as ROS, elas devem
ser geradas em concentrações muito baixas e metabolizadas pela GSH-transferase
(GSH-Tr) e aldeído desidrogenase.

Portanto, após a administração de O 3 ocorre a formação de ROS e LOP e, devido à


sua diversidade química, atuam em duas fases distintas. Os ROS se comportam como
mensageiros precoces e de ação curta, enquanto os LOPs atuam como mensageiros
tardios e de longa duração. Assim, eles se espalham em diferentes tecidos e se ligam em
pequenas quantidades aos receptores celulares, minimizando assim sua toxicidade.

Estresses oxidativos pequenos e repetidos podem induzir a ativação do fator


transcricional mediando o fator nuclear 2 relacionado ao fator eritróide 2 (Nrf2), um
domínio envolvido na transcrição de elementos de resposta antioxidante (ARE) e
geralmente ligado à proteína 1 associada a ECH Kelchlike (Keap-1), criando assim um
complexo inativo no espaçoKimberly
intracelular. Um leve
Carolinne estresse oxidativo pode, portanto,
Santos
favorecer a liberação de kimberlycarol30@hotmail.com
Nrf2 deste complexo e sua migração para o núcleo, onde
favoreceria a transcrição de diferentes AREs no DNA, ligando-se à proteína Maf.

Portanto, por meio de repetidos estresses oxidativos leves, o O 3 poderia induzir a


upregulation de Nrf2, condicionando as células humanas a transcrever diferentes AREs,
estimulando uma melhor resposta ao estresse radical patológico, comum na maioria
das doenças inflamatórias crônicas].

Diversas enzimas antioxidantes atingem maior concentração em resposta à


produção de AREs, como superóxido dismutase, catalase (CAT), glutationa-transferase
(GST), heme oxigenase (HO)-1, proteínas de choque térmico, glutationa peroxidase e
quinona -oxidorredutase. Essas enzimas desempenham um “papel de eliminação” de
radicais livres. Com base no estado redox da célula e na quantidade de
O 2 O 3 administrada, podemos observar diferentes efeitos. Por exemplo,
O 2 O 3 superexpressa HO-1 ou proteínas de choque térmico de 32 kPa produtoras de
NO (Hsp34) e, além disso, os níveis de expressão de Hsp70 são por sua vez regulados
positivamente por O 2 O 3, que está relacionado com HO-1. O heme é enzimaticamente
degradado pela HO-1 e pode ser tóxico dependendo do ferro livre, da quantidade
produzida e da biliverdina. A biliverdina é um neutralizador de estresse nitrosativo e
oxidativo baseado na capacidade de interagir com espécies reativas de nitrogênio e
NO. A resposta ao choque térmico proporciona um estado citoprotetor durante um
processo inflamatório, envelhecimento e distúrbios neurodegenerativos. As isoformas

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de HO parecem ser reguladoras da homeostase redox celular, funcionando como
sensores dinâmicos de seu estresse oxidativo. O 2 O 3 pode desempenhar um papel na
regulação dos efeitos pró-inflamatórios e anti-inflamatórios da formação de
prostaglandinas, que é de natureza semelhante ao NO.

Além disso, o Nrf2 parece desempenhar um papel importante nas vias de


sinalização intracelular da inflamação. De fato, a ativação do sinal antioxidante Nrf2
poderia atenuar um regulador chave da resposta inflamatória e atrofia muscular (NF-
B) e, além disso, a literatura sugere que a resposta inflamatória pode ser diretamente
regulada pela supressão de mediadores inflamatórios cruciais e citocinas (IL-6, IL-8 e
TNF-a).

Baixas doses de O 3 poderiam, portanto, desempenhar um papel na regulação da


síntese de prostaglandinas, na liberação de bradicinina e no aumento das secreções de
macrófagos e leucócitos. É amplamente aceito que a dor é um sintoma comum
relacionado ao processo inflamatório e a terapia com O 2 O 3 poderia desempenhar um
papel fundamental não apenas no manejo da inflamação, mas também na percepção e
modulação nociceptiva. Quanto ao uso analgésico de O 2 O 3 , após a administração de
O 2 O 3 foi demonstrado um aumento de moléculas antioxidantes (serotonina e opióides
endógenos), que induziriam o alívio
Kimberly da dorSantos
Carolinne por meio da estimulação das vias
antinociceptivas kimberlycarol30@hotmail.com

Portanto, o efeito do O 3 mimetiza um estresse oxidativo agudo que, se


adequadamente balanceado, não é prejudicial, mas é capaz de eliciar respostas
biológicas positivas e reverter o estresse oxidativo crônico (processo degenerativo,
envelhecimento, etc). a modulação do estresse poderia ser melhor definida como um
“choque terapêutico real não tóxico capaz de restaurar a homeostase”

Resumo dos Mecanismos de ação

Poder germicida: bactericida, antifúngico, virustático (Schwartz, A., Martinez-Sanchez,


. et al, 2011.

Melhora o metabolismo das hemácias e aumenta a flexibilidade de suas membranas,


aumento de 2-3DPG (difosfoglicerato), estimula liberação de O² para tecidos com baixa
oxigenação. (Boiarinov e Smirnov, 1987, Sunnen, 1989, Peretiagin,1991;
Kontorschikova, 1995; Bikov et al. 1998, 2000; Masan, 2021; Baranova, 2020)

fator de crescimento de fibroblastos 2 (FGF2) mitogênica e angiogênica potente


(Bakhshayesh et al. 2012; Eming et al. 2007; Tonnesen et al. 2000; Strutz et al. 2000;
Svystonyuk, et al. 2015; Cisterna, 2021)).

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Zhang et al. (2014) ativa fatores de crescimento VEGF, fator de crescimento-b (TGF-b)
e o fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGF).

Induz a modulação de Interferon, Citocinas e Eicosanóides: modulação do sistema


imune (Larini e Bocci, 2005).

Liberação de Oxido Nítrico (NO): estimula a neovascularização e neoangiogenese


(Liamina et al., 2001, Dupliakov e Emelianenko, 2001).

Regulação do sistema antioxidante/pró oxidantes: modula o estresse oxidativo


(Lebkova, 1998; Schneider,2013; Zhang, 2015)

Aumento do ciclo respiratório mitocondrial: incrementa a produção de energia (ATP) e


ativação do metabolismo celular, aumento do oxigênio e à restauração do potencial
eletroquímico do íon de hidrogênio, o ozônio ativa ATPase-H, que liga os processos de
respiração e fosforilação oxidativa nas mitocôndrias e participa da síntese de ATP.
(Yakovleva, 1992; Kontorschikova, 1995; Belianin , 1997).

Inibição da liberação de Bradicinina e da síntese de Prostaglandinas inflamatórias:


reabsorção de edema e alívio da dor.
Kimberly Carolinne Santos
A imunorreatividade ao FGF2, a densidade dos microvasos e a quantidade de
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miofibroblastos foram significativamente maiores nas feridas tratadas em comparação
aos controles. Galiè, 2019, Kim, 2018.

Reparo do DNA, proliferação, autofagia, biogênese e função mitocondrial, inflamação e


metabolismo de lipídios, carboidratos e aminoácidos [Hybertson, 2011; Hayes; 2011].

Ação hipolipidêmica Hernández et al. (1995) diminuição do colesterol no sangue.


(Bikov , 2000; Maslennikov et al., 2007).

Gustov et al. (1999) diminuição de 24,5% dos valores lipídicos totais e de 10,5%
triglicerídeos. (Kamisheva, 1998; Lankin e Tijaze, 2000).
Masik et al. (1998) diminuição dos episódios de angina, o aumento de tolerância a
esforços físicos e redução do coeficiente de aterogenicidade. (Minenkov, Maksimov et
al., 2000)

Pacientes com arritmias, Zubeeva et al. (2000) Artemenko (2006)

Observações pré-clínicas e clínicas

Modulação de indicadores, inicialmente patológicos, para normais.


Glicose, creatinina, hemoglobina, hematócrito, proteínas totais, colesterol,
triglicerídeos, lipoproteínas, enzimas hepáticas, bilirrubina, ácido úrico, entre
outros (HERNÁNDEZ et al., 1995; LÉON et al., 1998; BARBER et al., 1999; PERALTA et

10
al., 2000;AL-DALAIN et al., 2001;BORREGO et al., 2004; GONZÁLEZ et al., 2004;
MARTINEZ et al., 2005; Scasselatti, 2020)

Eucosonoides
São moléculas derivadas de ácidos graxos com 20 carbonos das famílias ômega-3 e
ômega 6. A maioria dos eicosanoides mais relevantes deriva do ácido araquidônico
através da via metabólica.

Controle inflamação, imunidade e Sistema Nervoso Central.


Os eicosanoides ômega-6 são geralmente pró-inflamatórios, enquanto os ômega-3
exercem bem menos essa função.
Fármacos anti-inflamatórios como o ácido acetilsalicílico e outros anti-inflamatórios
não-esteroides agem diminuindo a síntese de eicosanoides.
três famílias: os prostanoides, leucotrienos e lipoxinas.
Os prostanoides incluem as prostaglandinas, as prostaciclinas e os tromboxanos.
Dr.Barry Sears, de “superhormonas”, são as hormonas mais poderosas que possuímos.
Foram as primeiras hormonas fabricadas pelos organismos vivos há cerca de 500
milhões de anos atrás. Porém só foram conhecidos em 1936, com o descobrimento da
primeira hormona eicosanoide, a prostaglandina.
Em 1982 foi concedido o premio Nobel de Medicina ao cientista Vane e seus
colaboradores Bengt Samuelsson e Sune Bergelson por descobrirem a influência dos
eicosanoides nas doenças humanas.
Kimberly Carolinne Santos
Altas dosagens estimulamkimberlycarol30@hotmail.com
estresse oxidativo grave (via ativação do fator transcricional
nuclear kappa B, resultando em resposta inflamatória e lesão tecidual; Costanzo, 2015.,

Baixas concentrações de ozônio induzem um estresse oxidativo moderado que ativa o


fator nuclear relacionado ao Nrf2 (fator 2 do eritróide 2).

além de várias enzimas antioxidantes (por exemplo, superóxido dismutases, glutationa


peroxidase, glutationa transferase, catalase, proteínas de choque térmico), protegendo
assim células da oxidação e suprimindo respostas inflamatórias ( Sagai ,2011; Re, 2008;
Elvis, 2011; Bocci, 2012.)

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Kimberly Carolinne Santos
kimberlycarol30@hotmail.com

Mecanismo de ativação de ATP

Mitocôndrias são organelas com funções essenciais nas células humanas, como:

a produção de energia (ATP) para as atividades do organismo,


atuação na morte celular por apoptose,
produção de calor e contribuição genética a partir do DNA mitocondrial.

A grande síntese de energia e o metabolismo.


As células possuem um número variado de mitocôndrias, algumas contêm até 10.000
mitocôndrias, como as células do músculo estriado, e cérebro e outras não contêm
nenhuma, como os eritrócitos (hemácias).
No organismo humano há uma média de 500 a 2.000 mitocôndrias por célula (SOUZA,
2005).

A enorme formação de ROS endógeno em MITOCÔNDIAS, explica o dano ao DNA


mitocondrial (Wiseman e Halliwell, 1996) o qual e oxidado 10 x mais que o DNA
nuclear (Richter, 1988) e continha a ser persistentemente danificado durante a vida
(Yakes, 1997).

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Obesidade causa aumento da peroxidação Lipidica plasmática e diminuição das
enzimas citoprotetoras ERITROCITARIA (França, 2013).

peroxidação lipídica e a ação de radicais sobre lipídios, forma Malonaldeido, gerando


morte Celular.

Estudo feito pelo alemão Otto Vaberg (1966) descobriu que a falta de oxigênio a nível
celular é o inicio chave do desenvolvimento tumoral (característica de doença
mitocondrial).
Bappo (1974) demonstrou a intolerância das células tumorais aos peróxidos.
Sweet (1980) deu provas da ação inibidora do ozônio sobre as células tumorais.
O ozônio, através da ação dos peróxido de hidrogênio, é indutor de citocinas em ligação
com leucócitos, linfócitos e monócitos, ativando o sistema imunológico normalmente
suprimido pelo crescimento do tumor (Larini e Bocci, 2005).
Corrige o estresse oxidativo crônico por hiper-regulação do sistema antioxidante,
alcança uma homeostase redox (Ajamieh et al, 2004, 2005;. Leo' n et al, 1998; Bocci,
2002, Bressa,2019).

Disfunção mitocondrial gera diminuição da produção de ATP


Formação de Radicais livres de oxigênio
Ozônio aumenta as características funcionais das mitocôndrias em doses baixa (10 e 1
µg O3 / mL). São sensíveis ao estresse oxidativo leve (Mailloux,2014), que induz a
fissão mitocondrial, e sabe-se que o ozônio
Kimberly causaSantos
Carolinne alterações das enzimas da cadeia
respiratória mitocondrial (Madej, 2007; Lintas, 2013).
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Hipóxia

Células normais respiração aeróbica, tumores fermentação anaeróbica

Hipóxia crônica libera (HIF-1) fator Indutivel por hipóxia, citocina Imunosupressora
VEGF e angiopoetinas e neoangiogêneses de vasos anormais, induzindo a metástases.
Na hipóxia as células tumorais reforçam a conversão de glicose em lactato, e da
expressão da enzima TKTL-1 (Transketolase-1) que ativa a via anaeróbica,
promovendo acidose intracelular persistente.

O ozônio ativa metabolismo das hemácias e aumenta a flexibilidade de suas


membranas celulares (eicosanoides), promove aumento da síntese de 2-3 DPG, que
desloca a curva de dissociação da oxihemoglobina para a direita e libera oxigenação
inibindo HIF-1, estimulando a apoptose e diminuindo o crescimento tumoral.

Stress Oxidativo
Com a quimioterapia e a radioterapia, ocorre uma elevação acentuada do stress
oxidativo, devido ao aumento dos radicais livres, associado à inibição do metabolismo
da respiração aeróbica, gerando diminuição de ATP.

O ozônio em concentrações apropriadas : induz um STRESS OXIDATIVO LEVE,


TRANSITÓRIO E CONTROLADO . Estimulando via ROS, a ativação dos linfócitos, que
por sua vez ativam o sistema imunológico e os produtos da peroxidação Lipidica

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(LOPs) sendo esses os responsáveis pelo aumento de todas as enzinas antioxidantes
intracelulares, fazendo uma varredura de radicais livres

Ativação do metabolismo das Hemácias


Reação de Peroxidação sobre os fosfolipídios de membranas gerando aumento de carga
elétrica negativa na membrana eritrocitária, evitando empilhamento ou Roleaux e
promovendo relaxamento da mesma tornando o eritrócito mais deformável .

Melhora liberação de oxigênio


Flexibilidade de Membrana
Fenômeno Antisludging
(sedimentação)

Devolve o formato bi-côncavo do eritrócito

2-3 DPG – difosfoglicerato, função reduzir afinidade da hemoglobina pelo O2,


descoberto Brewer, 1974.
Dois são os fatores que explicam efeito do ozônio :

1) ação direta do 2,3-DPG nas propriedades na hemoglobina.e

2)queda no pH intra-eritrocitário, causada pela elevação da concentração do 2,3-DPG,


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que desvia a curva para a direita devido ao efeito Bohr. Na ação direta, o 2,3-DPG liga-
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se preferencialmente à hemoglobina desoxigenada à oxigenada. A ligação do 2,3-DPG
com a hemoglobina provoca uma mudança conformacional na hemoglobina.

O Eritrócito suprime em três dias de vida, retículo endoplasmático, aparelho de Golgi,


mitocôndrias, ribossomos.
Pelo fato de não possuírem núcleo e outras organelas são impossibilitados de realizar
a síntese de ácidos nucléicos ou proteínas.
Sem mitocôndria não faz respiração celular, ciclo de Krebs e a fosforilação oxidativa
fazendo com que as hemácias não mais consumam oxigênio, passando a desempenhar
eficientemente sua função principal de transporte de hemoglobina, esta,
intrinsecamente ligada ao transporte dos gases oxigênio (O2) e carbônico (CO2) e
tamponamento de íons de hidrogênio (H+).

Regulação do sistema antioxidante e radicais livres

Ozonioterapia reduz o stress oxidativo por aumentar a síntese das 3 principais enzimas
antioxidantes intracelulares

• GLUTATIONA PEROXIDASE
• SUPEROXIDO DISMUTASE
• CATALASE

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Relação dose efeito (estudos cientificos)

Estudo abordagem citoquímica e imunocitoquímica forneceu informações originais


sobre múltiplos efeitos nas vias citoplasmáticas e nucleares,

A concentração de gases, e a organização citoesquelética, a atividade mitocondrial e a


transcrição nuclear podem ser afetadas de maneira diferente. Isso sugere que, para
garantir a ativação celular metabólica eficaz e permanente, os tratamentos com ozônio
devem levar em consideração as características citológicas e citocinéticas dos
diferentes tecidos

altas dosagens estimulam estresse oxidativo severo (via ativação do fator


transcricional nuclear kappa B, resultando em resposta inflamatória e lesão tecidual);
pelo contrário, baixas concentrações de ozônio induzem um estresse oxidativo
moderado que ativa o fator nuclear 2 relacionado ao eritróide 2, bem como várias
enzimas antioxidantes (por exemplo, superóxido dismutases, glutationa peroxidase,
glutationa transferase, catalase, proteínas de choque térmico(Costanso 2015).

A exposição ao oxigênio não induziu efeito significativo em comparação ao tratamento


com ar, demonstrando que as respostas celulares observado após o tratamento com as
misturas gasosas O2-O3 foi devido ao ozônio (Costanso 2015).
Os efeitos de baixas concentrações de O3 envolvem a ativação do Nrf2, que é, portanto,
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considerado um fator-chave para a eficácia dos tratamentos com O2-O3 [Sagai, 2011;
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Bocci, 2011; 2015].

Foi relatado que as EROs podem afetar de maneira dependente da dose, a dinâmica das
proteínas citoesqueléticas (actina e miosina), altos níveis induzindo despolimerização
de proteínas, enquanto baixos níveis promovendo polimerização e remodelação. Sakai,
2012; Muliyil , 2014)

10 µg O3 / mL reorganização dos elementos citoesqueléticos, células aderissem e


achatassem rapidamente
Doses de 1 µg de tratamento O3 / mL respondem a longo prazo

E doses de 20 µg de O3 / mL levaram ao impedimento da reorganização


citoesquelética após a semeadura celular.

A estrutura e as características funcionais das mitocôndrias foram significativamente


afetadas pela ozonização leve (10 e 1 µg O3 / mL) versus tratadas com ar ou O2.
As mitocôndrias são muito sensíveis ao estresse oxidativo leve (Mailloux,2014) alvo
para o ozônio. O estresse oxidativo pode induzir a fissão mitocondrial, e sabe-se que o
ozônio causa alterações das enzimas da cadeia respiratória mitocondrial (Madej, 2007;
Lintas, 2013).

baixas concentrações de ERO podem ativar respostas protetoras, como a expressão de


mtHsp70 (Rizzatti, 2012), um membro da proteína HSP 70 família cuja expressão é
afetada pela exposição ao ozônio (Rizzatti, 2013) e envolvida em múltiplas funções
mitocondriais e extra-mitocondriais (Wadhwa ,2002; Flachbartová ,2013).

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Altas dosagens estimulam estresse oxidativo grave (via ativação do fator transcricional
nuclear kappa B, resultando em resposta inflamatória e lesão tecidual;
Baixas concentrações de ozônio induzem um estresse oxidativo moderado que ativa o
fator nuclear relacionado ao Nrf2 (fator 2 do eritróide 2),

além de várias enzimas antioxidantes (por exemplo, superóxido dismutases, glutationa


peroxidase, glutationa transferase, catalase, proteínas de choque térmico), protegendo
assim células da oxidação e suprimindo respostas inflamatórias ( Sagai ,2011; Re, 2008;
Elvis, 2011; Bocci, 2012.)

Ozônio induz fator nuclear 2 relacionado ao eritróide 2 (Nrf2)


A exposição a níveis tóxicos de O3 atmosférico induz lesão e inflamação através da
ativação de NF-B, sensível à redox kappa e ativa citocinas pró-inflamatórias e, aumento
da expressão de várias proteínas envolvidas na resposta antioxidante [Wells, 1991;
Kim, 2004; Kim,2018].

Demonstrou-se que o Nrf2 desempenha um papel crucial na ativação de genes


antioxidantes citoprotetores contra toxicidade atmosférica induzida por poluentes
[Rubio, 2010].

Da mesma forma, a exposição a baixas concentrações de O3 para fins terapêuticos


atuou no Nrf2. Galiè, 2019.
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ozonização leve aumenta akimberlycarol30@hotmail.com
translocação nuclear de Nrf2 em locais de cromatina ativos
transcricionalmente, induzindo a transcrição dependente de Keap1 (Kelch-like ECH
associated protein- 1 AhR aryl) mediada por Nrf2 de genes controlados por ARE
(Antioxidant Responsive Element) [Galiè, 2018].
Vinte e cinco anos de estudos contribuíram para identificar mais de duzentos genes
ARE, regulada pela atividade transcricional Nrf2.

Esses genes codificam proteínas denvolvido em uma infinidade de funções biológicas


vitais que incluem homeostase proteica, estresse oxidativo resposta, desintoxicação,
reparo do DNA, proliferação, autofagia, biogênese e função mitocondrial,inflamação e
metabolismo de lipídios, carboidratos e aminoácidos [Hybertson, 2011; Hayes; 2011].

Nrf2 no TECIDO ADIPOSO

O estresse oxidativo é um fator crucial na diferenciação de adipócitos, Os ROS


promovem adipogênese via transdução de sinal mediada por insulina [Schneider,2013;
Zhang, 2015].
Como fator regulador antioxidante, O Nrf2 está envolvido na diferenciação adipogênica
das células-tronco mesenquimais [Vanella, 2012; Vomhof, 2012], juntamente com
HMOX-1 .
o Nrf2 afeta a diferenciação de adipócitos por modular a expressão do fator de
crescimento de fibroblastos 21 (FGF21) através do PPAR , fator de transcrição que
regula a inflamação, bem como adipogênese e sensibilização à insulina [Kim,, 2018].

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Consistentemente, o tratamento do tecido adiposo com baixas concentrações de O3
demonstrou exercer um efeito adipogênico.(Cisterna, 2019).

Se liga a dupla ligação de carbono dos ácidos graxos, promovendo quebra e eliminação
( GALOFORO, A.C, 2002)

O fator de crescimento de fibroblastos 2 (FGF2) regula o processo de reparo da ferida e


é secretado pelas células inflamatórias e endoteliais e pelos miofibroblastos.
Com injeção subcutânea de ozônio, as feridas tratadas apresentaram tecido de
granulação com número reduzido de células inflamatórias e maior celularidade
dérmica e intensa deposição de colágeno. A imunorreatividade ao FGF2, a densidade
dos microvasos e a quantidade de miofibroblastos foram significativamente maiores
nas feridas tratadas em comparação aos controles. Galiè, 2019, Kim, 2018.

Fator de crescimento de fibroblastos 2 (FGF2) é uma molécula mitogênica e


angiogênica potente (Bakhshayesh et al. 2012; Eming et al. 2007; Tonnesen et al.
2000). Recentemente, o FGF2 foi descrito como uma molécula importante durante a
diferenciação e ativação miofibroblástica (Strutz et al. 2000; Svystonyuk, et al. 2015).

O ozônio aumentou a oxigenação e o metabolismo dos tecidos, interferindo no


equilíbrio oxidante / antioxidante (Travagli et al. 2010; Viebahn-Hässler et al. 2012).

Reduzindo os níveis de H2O2 e regulando


Kimberly os níveis
Carolinne de moléculas antioxidantes
Santos
(Viebahn-Hässler et al. 2012).
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Os peróxidos produzidos com ozônio causam uma melhoria na liberação e


disponibilidade de oxigênio, regulando moléculas antioxidantes como SOD e G6PH nos
glóbulos vermelhos, favorecendo o metabolismo e a liberação de citocinas,
eicosanoides, autacóides e fatores de crescimento que, juntamente com a atividade
antimicrobiana, são elementos fundamentais no tratamento de doenças metabólicas,
inflamatórias e infecciosas (Travagli et al. 2010).

Zhang et al. (2014) descreveram que a terapia com ozônio aumenta a expressão de
vários fatores de crescimento, incluindo o VEGF, transformando o fator de
crescimento-b (TGF-b) e o fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGF).

Toxicidade do ozônio

O gás Ozônio nunca deve ser cheirado. A inalação pode ser


muito nociva para o sistema pulmonar

IMPORTANTE
Cuidados com o ambiente de trabalho

•Bem ventilado

•Fresco e seco

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•Isento de poeira

Prevenção
Filtro catalizador destrutor de ozônio para garantir que o gás não seja disseminado
no ambiente.

MEDIDA PARA REVERSÃO (importante)


Inalação de O2 umidificado

Endovenoso: Acido Ascórbico (3 gramas)

Via Oral: Vitamina C + Vitamina E +Acetilcisteina

EFEITOS ADVERSOS
• Dor e sensação de queimação durante alguns segundos
• •Hiperemia durante alguns minutos
• •Hematomas Kimberly Carolinne Santos
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• •Percepção do gás na pele durante alguns minutos (enfisema subcutâneo)

contra indicações
ABSOLUTAS

Deficiência grave de glicose 6-fosfato desidrogenase (G6PD) – deficiência de


desidrogenase, não ocorre metabolização -Favismo e anemia Hemolitica

RELATIVAS

Hipertireodismo Toxico

Hipertensão arterial descompensadas

Anemia grave e hemorragia recente de órgãos

Caquexia

Distúrbios de coagulação – anticoagulantes inibe ECA

Patologias com alto estresse oxidativo

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PRECAUÇÃO

Gravidez (questões deontológicas)

Cuidado
Trombose ,tromboflebite, embolia
Hipertensão arterial descompensada
Insuficiência cardio-respiratória
Insuficiência hepática e renal
Insuficiência arterial grave

Solução Salinas

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Sintomas:

Efeitos adversos – algumas observações


-Grau Leve- Conduta: expectante

Sintomas:

•Sensação de calor local e dor leve durante a aplicação do O3

•Hematoma no local da aplicação

•Náuseas e sensação de gosto estranho na boca

•Hipotensão ortostática em pacientes com distúrbios do SNA

•Hipoglicemia – evitar jejum maior que 3 h antes

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•Euforia após aplicações sistêmicas – alteração do sono ou relaxamento

-Grau moderado

Conduta: Intervenção local, mínima e não invasiva

•Redução da sensibilidade dos MMII (sintoma cedeu em 2h)

•Dor lombar e em MMII após injeção de O3 (resolução espontânea)

•Sensação de estufamento e constipação após IR

•Infecção articular em joelho após injeção intra-articular

Grau Grave- Sem risco de morte imediato

Conduta: hospitalização ou prolongamento da internação

Sintomas:

•AVC vertebrobasilar
Kimberly
•Hemorragia vítrea retinal aguda Carolinne Santos
bilateral
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•Irritação meníngea

•Hepatite viral

•Convulsão

Grau Muito Grave- Risco de morte imediato

Conduta: Internação urgente

Sintomas:

Foi relatado um caso de embolismo gasoso no plexo venoso periganglionar envolvendo


a artéria vertebrobasilar, com manifestação de dor local por minutos que se resolveu
em dias

Foi relatado um caso de infarto do miocárdio ocorrido no final do dia, sem nexo causal
pois a aplicação foi realizada no período da manhã

Interações medicamentosas do ozônio


Suplementos antioxidantes (glutationa e as vitaminas C e E) em altas concentrações
interferem na ação do O3 medicinal

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Recomendado o uso somente após o tratamento com O3

O3 pode aumentar o efeito dos inibidores do ECA (Sistema Resina Angiotensina)


drogas usadas para diminuir PA não melhora stress oxidativa (Captopril, Enalapril,
Fosinopril, Lisinopril, e Quinapril). (Baykal, 2003).

Corticoides bloqueia fosforolipase A2.

ASS bloqueia a ciclogenase

Atenção com os betabloqueadores

Vias de aplicação
Local/Tópica

1.Tratamento tópico de feridas

2.Bagterapia

3.Hidroterapia

4.Água e óleo ozonizado

5.Periarticular e intra-articular
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6.Subcutânea kimberlycarol30@hotmail.com
7.Otológica

8.Insuflação de gás retal e vaginal.

Sistêmico

1. Auto hemoterapia maior (GAHT)

2. Auto hemoterapia menor (PAHT)

Sempre lembrar do princípio da Hormese


“O que não mata fortalece” compostos tóxicos em baixa concentração cura,
aumentando a dose aumenta se o efeito toxico.

O conceito da dose e baseado em sua resposta hormetica.

Aristotes (384), a quantidade mínima de uma droga apresenta efeitos potentes.

21
Segurança terapêutica entre 5 ug/ml e 50 ug/ml (ISCO3, 2020)
Dose total 5,0 a 6,0mg por tratamento (ISCO3, 2020)
Lembrando que: dose e igual volume de gás (ml) X Concentração (ug)

’START LOW, GO” Comece baixo, vá devagar . Prof. Velio Bocci

Exemplo:
IR 150 ml X 20 μg/ml = 3.000 μg = 3mg

SUBCUTÂNEA 50 ml X 10 μg/ml = 500 μg = 0,5 mg

Total = 3,5 mg

Via de aplicação tópica (BAG, Água e óleo ozonizado)

O efeito do ozônio sobre a pele se deve à sua reação lipídeos sebáceos. ácido graxos
poliinsaturados e traços de água presentes na camada superior da derme, gerando ROS
e lipooligopeptídeos (LOPS),Kimberly
entre os Carolinne
quais está o peróxido de hidrogênio (H2O2).
Santos
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Os ROS e LOPs reduzidos pelos antioxidantes enzimáticos da pele (glutation oxidase,
superóxido desmutase, catalase) e não enzimáticos de baixo peso molecular (isoformas
de vitamina E, vitamina C, glutation, ácido úrico e ubiquinol) não são absorvidos via
endovenosa e por capilares linfáticos.

Exames de PO2, PCO2, e PH pré, Pós , 1hora, e 24 horas não relataram alterações.
Ozônio não entra nos capilares quando exposto na pele, somente o oxigeni e CO2 pode
se mover através de membranas celulares, provavelmente ozônio nem atinge os
fosforolipideos dos corneocitos exteriores (Bocci, 2011; Pryor, 1992; Podda, 1998 ).

As ROS são os mais efetivos e naturais agentes contra os patógenos resistentes a


antibióticos. Além disso, melhora o metabolismo e as funções imunológicas,
contribuindo para uma recuperação satisfatória (WALACCH et al,1993

TRATAMENTO COM BAG - Bagterapia


Assepsia e umidificação (Água ozonizada ) – colocação na bag

Vedar com micropore ou fita (hermeticamente fechado)

Esvaziar o ar da bag com o vácuo (utilizar filtro)

Preencher com a mistura O2/O3

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Ligar gerador e ajustar concentração

60 ug/ ml Feridas infectadas e purulentas

40 ug/ ml Feridas infectadas controlada, em processo de granulação

20 ug/ ml Feridas em estado de evolução, em granulação se infecção

Ozonização da água
A diluição do ozônio é aumentada pelo difusor que cria uma maior quantidade de
bolhas dentro do reservatório de água.

INGERIR 100 ML POR DIA DE ÁGUA OZONIZADA COM 30mcg

Preencher o recipiente com água até o volume de 500 ml

•Conecte o tubo de entrada do O3 na saída do gerador

•Verificar se o tubo de saída do excesso de gás está conectado no catalisador –


segurança do ambiente

•Ligar o gerador e selecionar a concentração de O3 (para maior concentração de O3


dissolvido utilizar água bidestilada)
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•Deixar ozonizar a água em modo contínuo por 5 minutos

Tempo de atividade

• Água bidestilada 10 horas


• Água desmineralizada 80 minutos
• Água destilada 120 minutos
Cubos de Gelo: Uma alternativa e congelar a agua e pedir para paciente fazer
forminhas de gelo e ir tomando diariamente 03 pedras de gelo por dia

Óleo ozonizado
Ação germicida

Efeito cicatrizante e de regeneração de tecidos

•Ativação da microcirculação

•Melhora do metabolismo celular do O2

•Estimulação do crescimento do tecido de granulação, epitelização e revitalização do


tecido epitelial

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Todos os Óleos e Cremes devem ser ozonizados por 24 Horas em Aparelhos de ozônio
+ oxigênio nas potências mínimas de 500mg/h até 1.500 mg/H.

OTOLOGICO – AURICULAR
Umedecer orelha com gaze ou algodão

Acoplar o estetoscópio

Selecionar a concentração desejada no gerador 20-30 μg/ml

Volume máximo pela declaração de madrid 50 ml

Ruiz ate 120 ml

Indicação:

Otites e infecções de ouvido

Protocolos específicos

O3 NA SERINGA Kimberly Carolinne Santos


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TEMPO DE VIDA MÉDIA DO O3 NA SERINGA

Após ter sido gerado, é importante o uso do gás dentro de 10 minutos (perda de 10%)
e em 30 minutos (perda de 50%).

Não foi verificada diferença estatística na posição da seringa em relação à degradação


do gás. (Sánchez- Martínez, 2013).

Subcutânea

Injeção no tecido subcutâneo de mistura O2/O3

•Realizar a assepsia do local

•Injetar o gás da seringa látex free com agulha amarela (30 G ½)

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Retal
Payr e Aubourg (1936) foram pioneiros

A Mucosa intestinal, com cobertura abundante pelo glicocálix e espessa camada de


água contendo mucoproteinas , possui agua e lipoproteínas com capacidades de gerar
produtos antioxidantes na presença do ozônio.

O conteúdo fecal interfere na ação ?

Ação se deve a interação local com as LOPs (atividade local e ou sistêmica) que entra
na circulação via capilares linfáticos e venosos.

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Efeito local e sistêmico

•Realizar a limpeza intestinal antes da ozonioterapia – Hidro colón terapia

•Posicionar o paciente em DLE e introduzir a sonda de silicone lubrificada, suficiente


para passar pelos anus e chegar no Reto, aproximadamente 3 cm , e acoplar a seringa
com o gás O3

•Insuflar o gás lentamente

•Tempo: 2 – 3 minutos

•Concentração: 20 -40 μg/ml em 100 a 300 ml

Concentrações acima de 40 ug/ml podem prejudicar o ENTEROCITO

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Exceção: hemorragias podemos utilizar 50 ug

•Repouso em DD por 5 minutos

Jovem doses e concentrações mais baixa por possuir mais agua, idosos mais altas León
et al., 1998; Barber et al., 1999; Peralta et al., 1999, 2000; Borrego et al., 2004; Gonzalez
et al., 2004

PROTOCOLO DE CUBA INSUFLAÇÃO RETAL

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