Você está na página 1de 64

RESUMO DA UNIDADE

O presente conteúdo foi elaborado com o objetivo de propiciar conhecimento e


direcionamento para o que significa grande diferencial em um profissional: a
avaliação do paciente/cliente. Costuma-se falar que quem não sabe avaliar, não
sabe tratar. Por meio desse aprendizado, você, profissional, será capaz de saber
como e onde intervir, partindo do entendimento da individualidade de cada paciente
para conseguir mensurar seus resultados. Neste material, iremos abordar os
instrumentos utilizados na avaliação da fisioterapia dermatofuncional e a
metodologia empregada em uso, para que haja garantia de fidedignidade dessa
avaliação. É importante que tenhamos em mente que o profissional busque sempre
atualização por meio de estudo, participação em eventos científicos da área e
pesquisa frequente, nunca se limitando a apenas este material, pois há constantes
inovações na área. A partir do conhecimento dos métodos e das técnicas de
avaliação estética, você vai adquirir segurança não só para avaliar seu cliente, como
também para estabelecer protocolos de tratamentos individuais e eficazes.

Palavras- chave: Avaliação. Fisioterapia dermatofuncional. Estética. Anamnese

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
SUMÁRIO
RESUMO DA UNIDADE.........................................................................................................1
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO .........................................................................................3
CAPÍTULO 1 - ANAMNESE E EXAME FÍSICO.................................................................6
1.1 TOMADA DE DECISÃO...........................................................................................6
1.2 ANAMNESE ............................................................................................................ 10
1.3 EXAME FÍSICO ...................................................................................................... 18
CAPÍTULO 2: AVALIAÇÃO FACIAL ................................................................................ 23
2.1 ANAMNESE FACIAL ............................................................................................. 23
2.2 EXAME FÍSICO - INSPEÇÃO E PALPAÇÃO DA PELE ................................. 26
CAPÍTULO 3 – AVALIAÇÃO CORPORAL ..................................................................... 37
3.1 AVALIAÇÃO CORPORAL .................................................................................... 37
3.2 EXAME FÍSICO - INSPEÇÃO E PALPAÇÃO ................................................... 38
3.3 TESTES E EXAMES FÍSICOS NA AVALIAÇÃO DO FEG ............................. 53
REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 61

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
3

APRESENTAÇÃO DO MÓDULO

A definição de fisioterapia dada pelo Coffito – Conselho Federal de Fisioterapia


e Terapia Ocupacional, obtida no site oficial do órgão, diz: “Fisioterapia é uma
ciência que estuda, previne e trata os distúrbios cinéticos funcionais intercorrentes
em órgãos e sistemas do corpo humano, gerados por alterações genéticas, por
traumas e por doenças adquiridas.”
A fisioterapia dermatofuncional, especialidade reconhecida em 2009 e
regulamentada pela Resolução 394 de 2011, é a área da saúde responsável pela
manutenção da integridade do sistema tegumentar como um todo, incluindo todas as
suas estruturas relacionadas. Desta forma, a sua atuação é ampla, diversa e atinge
vários outros campos.

A comissão de Estudos em Fisioterapia Estética, f ace às características do s


pacientes queimados, mastectomizadas, portadores de dermatoses, de
obesidade e outras sequelas que apresentam intercorrências na estética do
organismo, f ace ao enf oque dado na prática de atuação f isioterapêutica na
estética da não exclusividade à beleza, mas também e principalmente à
f unção, e além de estar próximo aos moldes de especialidades já
reconhecidas of icialmente pelo COFFITO, a substituição do termo “Estética”
para “Dermatof uncional”, tornou-se adequada e f undamental, ampliando e
englobando áreas de intervenção que antes não possuíam um ref erencial
denominativo. (TACANI, 2004).

SAIBA MAIS
Tema: A fisioterapia, o profissional fisioterapeuta e seu papel em estética:
Perspectivas históricas e atuais.
Link:
http://seer.uscs.edu.br/index.php/revista_ciencias_saude/article/viewFile/471/320

O profissional de fisioterapia dermatofuncional, além dos seus conhecimentos


em anatomia, fisiologia, patologia e cosmetologia, dispõe de meios físicos e naturais,
modelos, métodos e técnicas terapêuticas que permitem reabilitar eficientemente
diversas patologias clínicas do foro estético, proporcionando uma abordagem
terapêutica de forma completa, potencializando e assegurando resultados efetivos,
sem causar riscos inerentes à saúde do paciente.

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
4

Assim, para o exercício da especialidade de fisioterapia dermatofuncional, cabe


ao profissional realizar a consulta fisioterapêutica, anamnese, avaliação física,
aplicar e analisar testes específicos e determinar diagnósticos e prognósticos
fisioterapêuticos.
A fisioterapia dermatofuncional está em alta evidência e crescimento no âmbito
estético, com atuação em diversas disfunções corporais e faciais. Uma avaliação
minuciosa e padronizada orienta o profissional e seu cliente quanto aos resultados
efetivamente conseguidos com o tratamento proposto.
Os tratamentos estéticos vêm ganhando um grande destaque na sociedade
contemporânea, em que a valorização da beleza, a melhora do contorno corporal, o
aumento da autoestima e qualidade vida vêm aumentando, o que leva à busca por
tratamentos estéticos e a utilização das melhores tecnologias. Portanto, há uma falta
de informação científica disponível a respeito dos mecanismos de ação e dos efeitos
fisiológicos de diversos recursos estéticos.
Geralmente, os tratamentos estéticos são compostos por uma média de 6 a 10
sessões, realizando-se, assim, avaliações no início e no final dos tratamentos para
analisar as necessidades e os resultados obtidos em cada paciente/cliente. Há,
entretanto, profissionais que preferem realizar uma “reavaliação” no meio do
tratamento, ou até mesmo semanalmente. No entanto, isso gera uma maior
expectativa no paciente/cliente, e deve-se ressaltar que para avaliar o resultado
final, é necessário realizar todo o tratamento.
Salienta-se também que o cliente está cada vez mais conhecedor e, portanto,
exigente em relação aos produtos e serviços, o que tem gerado um ciclo
permanente de eficiência dos profissionais. Além do que, a lucratividade almejada
pelo profissional da estética será atingida quando ele demonstrar amplo
conhecimento dos aparelhos, dos cosméticos e das disfunções teciduais (AGNE,
2016).
Segundo Guirro e Guirro (2002), para um emprego racional e eficiente dos
diversos recursos utilizados na estética, o profissional deve ter conhecimento
profundo dos principais recursos utilizados, bem como conhecimentos relevantes de
anatomia, fisiologia e patologia, o que leva o terapeuta a avaliar profundamente o
problema e eleger o tratamento adequado; deve-se, ainda, rever alguns conceitos

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
5

básicos como: indicações, contraindicações, dosagens mínimas e máximas


permitidas, prováveis efeitos adversos etc.

Muitos são os recursos utilizados para atenuar e tratar essa disf unção
estética, abrangendo técnicas manuais, cosméticas e de eletroterapia. Para
a ef icácia do tratamento, é importante o estudo aprof undado da anatomia e
da f isiologia do tecido adiposo, bem como a execução de uma avaliação
completa e minuciosa do cliente. Dessa f orma, o terapeuta torna-se seguro
não somente na aplicação das técnicas, mas, principalmente, na escolha d o
recurso mais adequado, personalizando o atendimento e f azendo um
dif erencial importante no mercado de trabalho que o espera (BORGES,
2016.)

Neste material, estudaremos os recursos e técnicas que propiciam uma


avaliação bem-feita e fidedigna.

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
6

CAPÍTULO 1 - ANAMNESE E EXAME FÍSICO

1.1 TOMADA DE DECISÃO

A Fisioterapia dermatofuncional prevê a recuperação físico-funcional dos


distúrbios endócrinos/metabólicos, dermatológicos e musculoesqueléticos,
independente se o distúrbio é de carácter estético ou funcional (Costa, 2009).
A ação fisioterapêutica contribui para que os pacientes alcan cem qualidade de
vida, não somente por beleza, mas por questões de saúde, onde os cuidados com o
corpo são vistos com naturalidade e como uma necessidade intrínseca, sendo
essencial para a autoestima.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, qualidade de vida é “a
percepção do indivíduo de sua inserção na vida, no contexto da cultura e sistemas
de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos”.
Segundo Seidi (2004), a qualidade de vida (QV) é um indicador nos
julgamentos clínicos de doenças específicas. Trata-se da avaliação do impacto físico
e psicossocial que as enfermidades, disfunções ou incapacidades podem acarretar
para as pessoas acometidas, permitindo um melhor conhecimento do paciente e de
sua adaptação à condição. Nesses casos, a compreensão sobre a QV do paciente
incorpora-se diariamente aos serviços prestados, influenciando nas decisões e
condutas terapêuticas das equipes de saúde.
O fisioterapeuta dermatofuncional exerce um importante papel na qualidade de
vida através da promoção da saúde, sendo indiscutivelmente um caminho a seguir
rumo a uma vida saudável, melhorando a condição de saúde e consequentemente a
beleza.
No primeiro contato com o paciente/cliente, esse profissional tem por objetivo
encontrar um tratamento para a queixa apresentada por aquele e, para isso, há que
se tomar uma decisão clínica.
A tomada de decisão envolve uma série de passos inter-relacionados que
possibilitam ao profissional planejar um tratamento eficiente compatível com as
necessidades e objetivos do paciente, para que, assim, possa intervir de maneira
adequada na promoção de saúde do mesmo. Esses passos incluem colher os

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
7

dados de identificação do cliente, identificar e definir os problemas relatados por ele,


avaliar os dados, determinar um diagnóstico, elaborar um plano de tratamento e
fazer um prognóstico. E para que isso seja realizado de forma eficaz, é importante
ter conhecimentos de anatomia e fisiologia; além do entendimento da fisiopatologia
de cada disfunção apresentada.
Há, entre os profissionais de saúde, uma preocupação crescente em buscar o
aperfeiçoamento através de conhecimentos técnicos e científicos, estimulando sua
evolução e a ascensão de suas responsabilidades, de tal forma que a assistência
prestada ao indivíduo, à família e à comunidade seja de qualidade (SANTOS et al.,
2011).
Segundo Benseñor (2013), a principal ferramenta de que o terapeuta dispõe
para fazer o diagnóstico das queixas apresentadas pelo paciente são a anamnese e
o exame físico.
Segundo Araújo, et.al. (2017), a anamnese e o exame físico são dois
instrumentos de coleta de informações intrínsecas ao cotidiano do profissional de
saúde, oferecendo maior qualidade na assistência daquele que sabe fazer uso de
tais ferramentas.
A anamnese, sendo a primeira etapa do processo de assistência, é uma fase
crucial para que se obtenham, através da entrevista, dados históricos para identificar
problemas e determinar diagnósticos.
Já o exame físico busca interpretar sinais e sintomas observando pontos
relevantes e anormalidades através das técnicas de inspeção, palpação, percussão
e ausculta (POTTER; PERRY, 2013).
Segundo Araújo, et.al. (2017), a anamnese e o exame físico são colhidos
através do histórico do paciente. É através deles que é possível criar laços de
confiança e vínculo para determinar alterações biopsicossociais e espirituais e definir
diagnósticos. Dessa forma, será possível traçar metas e realizar prescrições de
tratamentos. Por isso, são de extrema importância para a resolução de problemas
que são apresentados pelos pacientes, o que explica porque o profissional precisa
ter domínio pleno da propedêutica de sua profissão.

Antes de tudo, é mister recordar o signif icado dos termos sintoma, sinal,
síndrome e entidade clínica:

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
8

Sintoma é uma sensação subjetiva anormal sentida pelo paciente e não


visualizada pelo examinador (p. ex., dor, má digestão, tontura, náuseas).
Sinal é um dado objetivo que pode ser notado pelo examinador mediante
inspeção, palpação, percussão, ausculta ou evidenciado por meios
subsidiários (p. ex., tosse, vômito, edema, cianose, presença de sangue na
urina).Nem sempre é possível f azer distinção absoluta entre sintoma e sinal,
porque alguns, tais como dispneia, vertigens e outros tantos, são sensações
subjetivas para o paciente, mas ao mesmo tempo po dem ser constatados
objetivamente pelo examinador. Talvez, por isso, no linguajar médico, os
termos sinal e sintoma sejam usados praticamente como sinônimos, sem s e
atender à def inição já enunciada.
Síndrome é o conjunto de sintomas e/ou sinais que ocorrem
associadamente e que podem ser determinados por dif erentes causas.
Entidade clínica signif ica uma doença cuja história está reconhecida no todo
ou em parte e cujas características lhe dão individualidade nosológica.
(Porto, 2017).

Não existe nenhum conflito entre a anamnese, o exame clínico e os exames


complementares. Todos têm seu papel na investigação diagnóstica. Mas há, sim,
uma ordenação que deve ser mantida, a começar pela anamnese e terminar pelos
exames complementares.
A interpretação das informações coletadas na anamnese e no exame clínico
como testes diagnósticos refina o papel desses componentes da investigação clínica
em relação ao diagnóstico final (Benseñor, 2013).
Segundo Porto (2017), o exame clínico vem sofrendo modificações desde sua
sistematização por Hipócrates há mais de 2.000 anos, sem, no entanto, perder suas
características essenciais. Entretanto, nas últimas décadas surgiu um fato novo, a
internet, cujas possibilidades e consequências sobre o método clínico ainda estão
em plena evolução, em que o paciente já chega à consulta com um grande número
de informações.
É de extrema importância, após realizada a avaliação, pedir ao paciente/cliente
assinar um termo de consentimento atestando a veracidade dos dados coletados.
Também é importante que o mesmo assine um termo de responsabilidade do
tratamento adquirido e as normas do estabelecimento ao fechamento do tratamento,
conforme os modelos:

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
9

TERMO DE RESPONSABILIDADE

Eu_____________________________, declaro ter sido inf ormado (a) claramente e ciente sobre
todos os benef ícios, os riscos, as indicações, contraindicações, principais ef eitos colaterais e
advertências gerais, relacionados ao tratamento de __________________________________.
Comprometo-me a seguir todas as orientações e a f azer uso de todos os produtos contidos em minha
prescrição domiciliar. As declarações acima são verdadeiras, não cabendo ao prof issional a
responsabilidade por inf ormações omitidas.

Assinatura do paciente / Data / CPF Assinatura do Prof issional - Data

TERMO DE CONSENTIMENTO

Declaro que todas as inf ormações acima são verdadeiras, não cabendo a prof issional e/ou clínica á
responsabilidade por inf ormações omitidas.

Assinatura:_____________________________________

Declaro ter me atentado a todas as inf ormações f ornecidas pelo paciente, me comprometendo desta
f orma elaborar o tratamento mais adequado de acordo com a queixa apresentada.

Assinatura:______________________________________

NORMAS:

1.Deve-se desmarcar o horário com, no mínimo, 1 hora de antecedência, ou perderá a


sessão.

2. É expressamente proibido acompanhantes na sala de atendimento, principalmente


crianças.

3. O contrato tem validade de 3 meses após o fechamento do mesmo.

4. No caso de encerramento das sessões do paciente, não devolvemos o dinheiro, é


autorizada apenas a troca de serviços.

Acervo pessoal

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
10

1.2 ANAMNESE

A anamnese é uma abordagem aplicável em diversas especialidades da


fisioterapia, já que é importante estabelecer uma afinidade e ter uma comunicação
afetiva para que o paciente sinta segurança e confiança.
A palavra anamnese tem origem no grego: ana (trazer de volta, recordar)
mnese (memória), aplicada à área da saúde, significa trazer à mente todos os fatos
relacionados como a doença e a pessoa doente (Porto, 2013), sendo um
instrumento para a avaliação de sintomas, problemas de saúde e preocupações, e
registra as maneiras como a pessoa responde a essas situações, abrindo espaço
para a promoção da saúde (Porto, 2017).
O interrogatório de pacientes (anamnese) é um método adotado desde a
Grécia Clássica; tal prática já visava, naquela ocasião, aliviar o sofrimento das
pessoas enfermas. Mas, foi apenas no último século que a anamnese e o exame
físico, nos moldes que conhecemos, foram recomendados com interesse diagnóstico
(Barros, 2004).
A anamnese tradicional organiza todas as informações clínicas que serão
consideradas no raciocínio de possíveis hipóteses diagnósticas e na elaboração de
uma abordagem diagnóstica e terapêutica. Este modelo decorre do pensamento
lógico que tem trazido enormes avanços técnicos no diagnóstico e no manejo de
situações cada vez mais complexas (Porto, 2017).
Segundo Porto (2013), a anamnese é a parte mais importante, pois é o núcleo
em torno do qual se desenvolve a relação terapeuta-paciente e porque é cada vez
mais evidente que o progresso tecnológico somente é bem utilizado se o lado
humano é preservado, cabendo, portanto, à anamnese uma posição ímpar e
insubstituível.
Em essência, a anamnese é uma entrevista e o instrumento de que nos
valemos é a palavra falada. Segundo Santos (2011), ela é realizada através da
técnica da entrevista, sendo definida como a primeira fase de um processo, no qual
a coleta de dados permite ao profissional de saúde identificar problemas, determinar
diagnósticos, planejar e implementar a sua assistência.

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
11

Existem diversas ferramentas que auxiliam fisioterapeutas na descoberta das


disfunções de seus pacientes, sendo a anamnese e o exame clínico as principais. A
avaliação adequada é a pré-condição para que se tenha um diagnóstico correto e
deve ser realizada em uma ordem específica para evitar erros. (Souza, et.al. 2016).
É importante ressaltar que, para se ter um tratamento eficiente e que atinja os
objetivos propostos, é necessária uma avaliação bem-feita.
Para que estes tratamentos sejam realizados com segurança e êxito, é
necessário o adequado uso da ficha de anamnese, que é um formulário composto
por questões que embasam a entrevista em que o profissional identifica e
compreende as necessidades e as expectativas quanto aos procedimentos a serem
aplicados em seu paciente (Forno, et.al., 2019).
É importante observar durante a entrevista o estado emocional do
paciente/cliente, sua postura corporal e suas expressões faciais. Entretanto, não se
deve fazer anotações extensas durante a entrevista. A atenção deve ser
centralizada no que a pessoa está dizendo, nas suas expressões faciais e em sua
linguagem corporal (Porto, 2017).
Segundo Barros (2016), a entrevista deve ser compreensiva, ou seja, mais que
um diálogo organizado entre duas pessoas. Exige certas habilidades, como saber
ouvir e entender, saber explorar os dados que o paciente traz, demonstrar interesse
e conhecimento, ser receptivo e estabelecer comunicação com o paciente para que
ele se sinta à vontade em responder às perguntas. A comunicação é uma habilidade
fundamental a ser adquirida que possibilitará um cuidar consciente, verdadeiro e
transformador.
Segundo Barros (2004), a maioria dos diagnósticos só é obtida quando
conseguimos uma descrição precisa das queixas referidas pelo paciente. Toda
informação obtida em uma anamnese tem dois componentes: um cognitivo e o ou tro
afetivo ou emocional. Os pacientes estão ansiosos durante o contato inicial. É
importante considerar ambos e ter a capacidade de corresponder a qualquer um
deles.
O acompanhamento (não verbal) do contexto, da qualidade e da ênfase da voz,
da expressão facial, da postura corporal, do cenário, das roupas, da idade e do

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
12

contexto cultural do paciente ajuda o entrevistador a preencher o que não foi


expressamente revelado.
As fichas de anamnese possuem o mesmo significado e objetivo, sendo o de
conhecer e compreender as necessidades do paciente. Assim, é amplamente
utilizada em toda a área da saúde, sendo que seu conteúdo muda de acordo com o
contexto em que a mesma está sendo aplicada.

Anamnese é uma entrevista que tem por objetivo coletar inf ormações sobre
o cliente que tenham relação com o serviço que está se propondo, seus
objetivos, expectativas e possíveis interf erências nos resultados que d es eja
obter,[...] A anamnese em qualquer área da saúde e beleza [...] dará início a
um relacionamento de conf iança entre o cliente e o prof issional, que neste
momento tem a oportunidade de demonstrar conhecimento, ética e
prof issionalismo. (Feuzer e Novotny, p. 3, 2008).

Segundo Sullivan (2004), a entrevista é uma ferramenta importante utilizada


para obter informações diretamente do paciente, tornando possível obter dados a
respeito da queixa principal do paciente, do conhecimento da condição médica, de
metas e expectativas pessoais e da motivação.
Para estabelecer um bom diálogo com o paciente não se deve usar termos
técnicos durante a entrevista e, quando for necessário empregá-los, deve-se estar
seguro de que o paciente tenha clara compreensão do que se trata (Porto, 2017).
Geralmente, antes de o paciente ser avaliado, ele preenche uma ficha para
coleta dos dados pessoais que são pertinentes como: nome completo, endereço,
telefone, profissão, data de nascimento, escolaridade, estado civil, e-mail e
indicação. Esses dados são essenciais para manter um arquivo de cadastro do
paciente e podem ter influência sobre o motivo principal.
Em alguns locais, os dados de identificação do paciente são coletados por uma
secretária ou preenchidos pelo próprio paciente/cliente na ficha de avaliação; porém,
é de grande valia o profissional preenchê-la ou sempre lê-la antes de iniciar a
entrevista.
É interessante saber como o paciente/cliente o conheceu, se foi por indicação,
pesquisa pela internet ou redes sociais, para assim saber em que setor você está
conseguindo atingir mais clientes.

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
13

Em seguida vem a queixa principal, isto é, o que o paciente realmente procura.


Nesse momento, o profissional tem que abrir espaço para que o paciente possa falar
de sua necessidade principal.
A queixa principal (QP) é o problema que precipitou a visita do paciente.
Segundo (Rocco, 2010), o relato deve ser anotado com a transcrição fidedigna das
próprias palavras do paciente. Pode ser uma afirmação breve e espontânea,
geralmente um sinal ou um sintoma, nas próprias palavras da pessoa, que configura
o motivo da consulta. Geralmente, faz-se uma anotação entre aspas para indicar
que se trata das palavras exatas do paciente (Porto, 2017).
É importante saber se o paciente já realizou algum tratamento anterior para
resolver o problema e qual foi a sua experiência. Ressaltando que é importante que
haja ética por parte do profissional, para que não fale mal do tratamento que o
paciente relata ter feito.
Perguntas que também complementam seu conhecimento sobre o paciente e
podem trazer outras informações, tais como a contraindicação de algum tratamento,
são: antecedentes cirúrgicos, se possui alergia a algum produto, se pratica atividade
física regularmente, se fuma, se bebe, se está gestante (se sim, o tempo
gestacional), se faz uso de anticoncepcional ou outro medicamento regular, se tem
história de câncer na família, se possui marcapasso, metais pelo corpo, hipertensão,
diabetes, constipação intestinal, se realiza algum tratamento médico, dentre outras
perguntas que podem ser acrescentadas.
Deve-se perguntar sobre alguns hábitos de vida (uso de tabaco, bebidas
alcoólicas, prática de atividades físicas), pois questões alimentares e uso de
medicamentos têm total influência sobre os resultados do tratamento, sendo de total
importância ressaltar isso para o paciente/cliente.
Segundo Porto (2013), torna-se cada vez mais clara a relação de algumas
enfermidades e o estilo de vida da pessoa no que se refere à execução de
exercícios físicos. Devemos questionar qual o tipo de exercício físico ela realiza
(caminhada, natação, corrida etc.), a frequência com que é feito (diariamente ou
algumas vezes na semana), a duração (por exemplo, 30 min) e o tempo que pratica
(por exemplo, há 1 ano).

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
14

Faz -se necessário coletar inf ormações, incluindo hábitos relacionados com
a manutenção da saúde, exercícios f ísicos e f requência e intensidade de
atividade regular. (...). o terapeuta deve estar atento à dif erenças culturais e
éticas que podem inf luenciar as respostas do paciente durante a entrevista
ou processo de avaliação (Sullivan, p. 2, 2004).

Os hábitos de vida, como a alimentação, devem ser estudados induzindo o


paciente a discriminar sua alimentação habitual, especificando, tanto quanto
possível, o tipo e a quantidade de alimentos ingeridos. É o que se chama de
anamnese alimentar. Devemos questionar, principalmente, sobre o consumo de
alimentos à base de carboidratos, proteínas, gorduras, fibras, bem como o de água e
outros líquidos (Porto, 2013).
Ao final da entrevista, quando já tiver obtido uma clara impressão do motivo
pelo qual o paciente procurou auxílio do profissional de saúde, centrando-se na
história da doença atual – além de conhecer suficientemente a história patológica
pregressa, principalmente doenças preexistentes, e ter uma compreensão das
condições socioeconômicas e culturais do paciente –, o profissional de saúde deve
expor ao paciente o que considerou relevante, terminando com as seguintes
perguntas: “Compreendi bem o problema do(a) senhor(a)?”, “Deseja acrescentar
outras informações?” (Porto, 2017).
Sem dúvida alguma, grande parte do sucesso do tratamento dependerá da
colaboração e participação efetiva do paciente, e sua devida conscientização, clara
e realista, em relação às metas a serem atingidas, é de fundamental importância
para não estimular falsas expectativas (Paschoal,2012).
Deve-se levar em consideração, a adaptação do esquema de elaboração de
“ficha clínica” a ser realizada na anamnese, de acordo com as condições em que se
dá o exercício profissional. É preciso adquirir uma base e ter um domínio do método
clínico, para que essas adaptações sejam realizadas de forma correta.
Qualquer que seja a técnica empregada, os dados coletados devem ser
elaborados. Isso significa que uma boa anamnese é o que fica de um relato feito
pelo paciente depois de ter passado por uma análise crítica com o intuito de
estabelecer o significado exato das expressões usadas e a coerência das
correlações estabelecidas. Entretanto, há que se ter cuidado com as interpretações
que os pacientes fazem de seus sintomas e tratamentos (Porto, 2017).

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
15

Figura1. Componentes da anamnese

Fonte: Porto (2017).

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
16

Modelo de ficha de anamnese

FICHA DE ANAMNESE GERAL

DADOS PESSOAIS:
Nome: _______________________________________________________
Idade:_____ CPF: ______________________________________________
Endereço:____________________________________CEP:____________
Bairro:________________________Cidade_______________Estado:____
Tel.Res(__)_____________ Tel.cel(__)_______________
Data de nasc:__/__/__ Profissão:_________________ Estado Civil:______
Email_________________________________________________________
Como nos conheceu:
[ ] Instagram [ ]Facebook [ ]Amigo [ ] Panfleto [ ]Outros__________
O que te incomoda?
______________________________________________________________
HÁBITOS DIÁRIOS:
Utilização de cosméticos: [ ]Sim, quais?__________________ [ ]Não
Exposição ao sol: [ ]Sim [ ]Não.
Usa protetor solar? Qual?___________________________________
Tabagismo: [ ]Sim, quantidade de cigarros/dia__________ [ ]Não
Ingere bebida alcoólica? [ ]Sim [ ]Não. Quantidade/frequência___________
Funcionamento intestinal: [ ] todos os dias [ ] mais de uma vez ao dia
[ ]1-2 vezes/semana [ ]3-4 vezes/semana
Qualidade sono: [ ]Boa [ ]Regular [ ]Péssima – quantas horas/noite______
Ingestão de líquidos (quantidade copos ou litros/dia)____________________
Líquidos que mais consome:_______________________________________
Tipo de alimentos que mais consome______________________________
Atividade física: [ ]Não pratico [ ]1-2 vezes/semana [ ] 3-4 vezes/semana
[ ]5-6 vezes/semana [ ]7 vezes na semana
Atividade praticada:______________________________________________
EXCLUSIVO PARA MULHERES:

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
17

Utiliza anticoncepcional: [ ]Sim, Qual________________________ [ ]Não


Uso de DIU (Dispositivo Intrauterino): [ ]Sim. Qual_______________ [ ]Não
Gestante:[ ]Sim [ ]Não
Pretende engravidar no próximo ano? [ ] Sim [ ] Não
Gestações:[ ] Sim, quantas?____________Ha quanto tempo?_____ [ ]Não
Tipo de parto: Natural [ ]Sim [ ]Não
Cesárea: [ ]Sim [ ]Não
HISTÓRICO CIRÚRGICO:
Cirurgia Plástica: [ ]Sim, quais?______________________________[ ]Não
Implante dentário: [ ]Sim,qual?_______________________________[ ]Não
Implante metálico: [ ]Sim, local?______________________________[ ]Não
HISTÓRICO ESTÉTICO:
Tratamento para gordura localizada:
[ ]Sim, quais?____________________________________________ [ ]Não
Tratamento para celulite:
[ ]Sim, quais?_____________________________________________[ ]Não
Tratamento para estrias:
[ ]Sim, quais?_____________________________________________[ ]Não
Tratamentos para flacidez na pele:
[ ]Sim, quais?_____________________________________________[ ]Não
Tratamentos para manchas:
[ ]Sim, quais?___________________________________________[ ]Não
HISTÓRICO CLÍNICO:
Tratamento médico atual: [ ]Sim [ ]Não
Medicamento em uso:_________________________________________
[ ]Uso de anticoagulantes
[ ]Uso de diurético
[ ]Alergia a crustáceos
Histórico de alergias: [ ]Sim, quais?__________________________ [ ]Não
Portados de marcapasso cardíaco: [ ]Sim [ ]Não
Alterações cardíacas: [ ] Sim, quais___________________________ [ ]Não

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
18

Hipotensão arterial (Pressão baixa): [ ]Sim [ ]Não


Hipertensão arterial (Pressão alta): [ ]Sim [ ]Não
Desmaia com facilidade/frequência? [ ]Sim [ ]Não
Diabetes: [ ] Sim [ ]Não
Queloides ou Cicatriz Hipertróficas: [ ]Sim [ ]Não
Distúrbio circulatórios: [ ]Sim, qual?__________________________ [ ]Não
Distúrbio Renal (Rins: [ ]Sim, qual?__________________________ [ ]Não
Distúrbio Hepático: [ ]Sim, qual?__________________________ [ ]Não

Acervo Pessoal

1.3 EXAME FÍSICO

Depois de reunir os dados obtidos na anamnese, estes devem ser organizados


e analisados, para melhor condução do exame físico, que compõe métodos e
técnicas de avaliação utilizados na maioria dos pacientes e é composto de inspeção
e palpação.
Para realizar o exame físico, é necessário que o examinador possua
conhecimentos prévios de anatomia, fisiologia, fisiopatologia e outras ciências afins
(Barros, 2016). Muitas vezes, alguns dados da anamnese ficam mais claros se
voltarmos a eles durante o exame físico do paciente (Porto, 2013).
Segundo Santos (2011), o exame físico, é etapa relevante para o
planejamento, que busca avaliar o cliente através de sinais e sintomas, procurando
por anormalidades que podem sugerir problemas no processo de saúde e doença. O
exame físico representa um instrumento de grande valia para a assistência, uma vez
que permite validar os achados da anamnese, identificar problemas, definir
diagnóstico, planejar e implementar ações e acompanhar a evolução do paciente.
Como etapa relevante, procura-se por anormalidades, sinais objetivos e verificáveis
que possam conter informações sobre os problemas de saúde significativos para a
identificação dos diagnósticos, subsídios essenciais para o planejamento da
assistência.
Assim, a realização do exame físico é uma fase essencial da assistência
sistematizada que deve ser executada de forma criteriosa pelos profissionais da

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
19

saúde, visando uma atuação profissional científica. A identificação correta dos


problemas apresentados pelos pacientes, através de uma avaliação clínica
cuidadosa, torna-se fundamental para o desenvolvimento das ações do profissional.
É importante checar alguns dados do paciente, como: pressão arterial (PA),
frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (FR), peso, altura, perimetria
(quando necessário), estado nutricional e emocional.

Ao realizar o exame f ísico, explique o porquê dessa avaliação e, se


encontrar alguma alteração, mencioná-la ao paciente. Ao solicitar exames,
explique ao paciente sua importância para identif icar e entender o problema
de saúde apresentado. Procure explicar ao paciente as etapas do
diagnóstico, bem como as próximas etapas, inclusive a importância do
retorno. É muito importante verif icar se o paciente realmente compreendeu
tudo. Tenha tempo adequado para a realização de um exame f ísico
cuidadoso. Demonstre atenção ao paciente durante todo o processo.
Esclareça suas dúvidas e procure usar linguagem que o paciente
compreenda (Porto, p. 89., 2017).

A verificação dos sinais vitais é um procedimento essencial para a realização


do exame físico, pois eles são os principais indicadores da condição física do
paciente (Viana, Petenusso, 2011).
Segundo Barros (2016):
Pressão arterial: deve ser medida em ambos os braços. Caso na anamnese ou
exame dos membros, sejam verificadas alterações nos pulsos ou sinais de
comportamento vascular, deve-se realizar a medida também nos membros
inferiores.
Frequência cardíaca: pode ser verificada por meio de ausculta do pulso apical.
Frequência respiratória: anota a frequência, medida em 1 minuto.
Peso: medir com o mínimo de roupa possível, sem calçados, após
esvaziamento da bexiga. As medidas posteriores devem ser realizadas sempre no
mesmo horário do dia e nas mesmas condições, para efeito de comparação.
Altura: observar a postura do paciente e medir sem calçados.
Estado nutricional: normal, obeso ou desnutrido. Para essa avaliação, utilizar o
índice de massa corporal (IMC), que corresponde ao peso (kg) dividido pela altura
(metros) ao quadrado. O IMC fica normal entre 20 e 30. Valores maiores ou menores
indicam obesidade ou subnutrição, respectivamente.

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
20

Estado emocional: detectar presença de ansiedade, depressão, negação,


euforia, medo.
Ao realizar uma boa anamnese e um completo exame f ísico torna-se
possível aumentar o elo de conf iança entre prof issional de saúde e cliente,
coletar dados indispensáveis para o seu tratamento, identif icar sinais e
sintomas (....) Aqui é realizada a coleta dos dados e a investigação f eita
nesta etapa é considerada de suma importância, pois se insuf iciente ou
incorreta pode levar ao diagnóstico errado e, consequentemente, resultará
em um planejamento, implementação e avaliação inapropriados. (Santos, p.
357, 2011).

Segundo Viana e Petenusso (2011), o exame físico deve ser realizado no


sentido cefalocaudal, ou seja, da cabeça em direção aos pés, sendo o profissional o
referencial anatômico para a eficácia do exame. Antes de iniciar o exame, o paciente
deve ser informado e orientado quanto à finalidade e à forma como será realizado,
visto que o contato físico pode causar constrangimento ao paciente.
É importante que o exame físico seja realizado em um local bem iluminado,
climatizado, tranquilo e sem pessoas circulando por perto; assim, o paciente fica
mais à vontade e, caso seja necessário examinar alguma área que precise ser
exposta, respeitamos sua privacidade.

PRINCÍPIOS BÁSICOS DO PROCESSO CLÍNICO:


Desenvolvimento do seu banco de dados: História – Exame físico – Exames
complementares
1. Elabore uma lista de problemas
2. Selecione os dados significativos
3. Formule suas hipóteses diagnósticas
4. Teste a validade de suas hipóteses
5. Evolua o paciente pelo método SOAP, pelo qual destacamos os seguintes
dados: subjetivos – objetivos – análise dos principais problemas e traçamos planos:
diagnóstico, terapêutico e educacional. (Barros. p. 04, 2004).
Inspeção
Inspeção significa observar. É a exploração feita a partir do sentido da visão.
Investigam-se a superfície corporal e as partes mais acessíveis das cavidades em
contato com o exterior. A inspeção começa no momento em que se entra em contato
com o paciente, realizando-se uma “inspeção geral” (Porto, 2017).

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
21

É importante observar o cliente desde o momento em que ele entra na sua


sala, sua marcha, seu modo de vestir, sua expressão facial, postura, integridade
tegumentar e se possui alguma deformidade. Ao final do tratamento, em alguns
pacientes, ocorrem mudanças em alguns padrões ou posturas antes adotadas.
Segundo Barros (2016), na inspeção estática podemos observar a coloração
da pele e mucosas, presença de cicatrizes, hematomas ou lesões, presença de
manchas na face (podem caracterizar algumas doenças), observar a postura,
condições da musculatura (eutrófica, hipotrófica, hipertrófica ou assimétrica) e
presença de edemas.
Segundo Porto (2017), a iluminação mais adequada é a luz natural incidindo
obliquamente. Todavia, cada vez mais dependemos de iluminação artificial. Para
uma boa inspeção, a luz deve ser branca e de intensidade suficiente. Ambientes de
penumbra não são adequados para que se vejam alterações leves da coloração da
pele e das mucosas. A inspeção deve ser realizada por partes, desnudando-se
somente a região a ser examinada, sempre respeitando o pudor do paciente.

Há duas maneiras f undamentais de se f azer a inspeção: Olhando f rente a


f rente a região a ser examinada: a isso se designa inspeção f rontal, que é o
modo padrão desse procedimento. Observando a região tangencialmente:
essa é a maneira correta para pesquisar movimentos mínimos na superf ície
corporal, tais como pulsações ou ondulações e pequenos abaulamentos ou
depressões A posição do examinador e do paciente depende das condições
clínicas do paciente e do segmento corporal a ser inspecionado. (Porto, p.
131, 2017).

Palpação
A palpação se dá pelo toque da pele do paciente/cliente, e os dados são
recolhidos por meio do tato e da pressão. Nesse momento, algumas das
observações conseguidas na inspeção podem ser confirmadas ou acrescentadas
por meio da palpação.
Segundo Viana e Petenusso (2011), a palpação é a etapa do exame físico na
qual utiliza-se o tato e cujo principal objetivo é identificar a temperatura, as formas e
os locais sensíveis à dor. É realizada de maneira superficial ou profunda, sendo uma
complementação da inspeção.
A técnica de palpação deve ser sistematizada com uma abordagem tranquila e
gentil. O paciente fica tenso ao ser tocado bruscamente, o que dificulta o exame.

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
22

Explique cada etapa exata para o paciente e a maneira como ele pode cooperar.
Recomenda-se que o examinador aqueça as mãos, friccionando uma contra a outra
antes de iniciar a palpação.
Veremos mais detalhadamente a inspeção e palpação corporal e facial nos
próximos capítulos.

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
23

CAPÍTULO 2: AVALIAÇÃO FACIAL

2.1 ANAMNESE FACIAL

O profissional que executa atendimentos faciais deve estar familiarizado com a


avaliação facial e as particularidades de cada tipo de pele. É por meio desse
primeiro contato que se torna possível traçar a melhor conduta e definir os recursos
adequados ao quadro apresentado, potencializando os resultados finais.
Já no primeiro contato, em que já foi realizada uma anamnese com a coleta de
dados, a queixa principal, os hábitos de vida e as condições da saúde do indivíduo,
já podem ser observadas algumas disfunções do tecido tegumentar (envelhecimento
cutâneo, acne, discromias, cicatrizes e outras) e, para concluir a avaliação facial, é
orientado deitar o paciente/cliente na maca para, assim, realizar a inspeção e
palpação com mais facilidade.
A anamnese clínica facial foi projetada para melhor compreender o dia a dia do
paciente, que é questionado sobre produtos que usa em sua pele, antecedentes
alérgicos, uso de medicamentos, histórico de doenças, cirurgias, os hábitos
alimentares, lentes de contato, qualidade do sono, entre outros. Tudo para garantir o
melhor tratamento e reduzir danos posteriores (Forno, et.al., 2019).

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
24

MODELO DE FICHA DE ANAMNESE FACIAL

Nome:______________________________________________
Idade:_____________________

Endereço: _________________________________________ CEP: _________________


Bairro: ________________________ Cidade:_________________________
Estado:_________________ Tel. Res. ( )_______________ Tel.Com. ( )
____________________

Cel. ( )_________________ Data de nasc. _______________


Profissão:______________________ Estado Civil: _______________

E- mail:_______________________________________________

HÁBITOS DIÁRIOS

Tratamento estético anterior: ( ) Sim ( ) Não Qual:


___________________________________

Usa lentes de contato: ( ) Sim ( ) Não

Utilização de cosméticos: ( ) Sim ( ) Não Qual: ___________________

Exposição ao sol: ( ) Sim ( ) Não Filtro solar: ( ) Sim ( ) Não Frequência: __________

Tabagismo: ( ) Sim ( ) Não Quantidade de cigarros/dia: ___________

Ingere bebida alcoólica: ( ) Sim ( ) Não Frequência: _________________________


Funcionamento intestinal: ( ) 1-2 vezes / semana ( ) 3-4 vezes / semana ( ) 1-2 vezes / dia ( )
mais de 3 vezes / dia

Qualidade do sono: ( ) Boa ( ) Regular ( ) Péssima - Quantas horas / noite: _________

Ingestão de água (copos / dia): ____________

Alimentação: ( ) Boa ( ) Regular ( ) Péssima Alimentos de preferência:


_________________________

Pratica Atividade física? ( ) Sim ( ) Não Que Tipo: ___________________________ Qual


frequência: ______________________________

Uso de anticoncepcional: ( ) Sim ( ) Não Qual:


_____________________________________

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
25

Data do primeiro dia da última menstruação: ____/____/_____ Gestante: ( ) Sim ( ) Não


Gestações: ( ) Sim ( ) Não Quantas:___________ Há quanto tempo: __________

Anotações:
___________________________________________________________________

HISTÓRICO CLÍNICO

Tratamento médico atual: ( ) Sim ( ) Não Medicamentos em uso:


_______________________ Antecedentes alérgicos: ( ) Sim ( ) Não Quais:
______________________________________ Portador de marcapasso: ( ) Sim ( ) Não
Alterações cardíacas: ( ) Sim ( ) Não Quais: _____

Hipo/hipertensão arterial: ( ) Sim ( ) Não Distúrbio circulatório: ( ) Sim ( ) Não Qual:


________

Distúrbio renal: ( ) Sim ( ) Não Qual:


_____________________________________________ Distúrbio hormonal: ( ) Sim ( ) Não
Qual: _________________________________________

Distúrbio gastrointestinal: ( ) Sim ( ) Não Qual: ____________________________________


Epilepsia / convulsões: ( ) Sim ( ) Não Frequência:
__________________________________ Alterações psicológicas/ psiquiátricas: ( ) Sim ( )
Não Quais: __________________________ Estresse: ( ) Sim ( ) Não Obs.
___________________________________________________ Antecedentes oncológicos: (
) Sim ( ) Não Qual: ____________________________ Diabetes: ( ) Sim ( ) Não Tipo:
________________________________________________

Algum tipo de doença: ( ) Sim ( ) Não Qual:


________________________________________

TRATAMENTO DA MEDICINA ESTÉTICA E CIRÚRGICA

Implante dentário: ( ) Sim ( ) Não Qual:


____________________________________________

Tratamentos Dermatológico/ Estético: ( ) Sim ( ) Não Qual:


_____________________________ Cirurgia Plástica Estética: ( ) Sim ( ) Não
Qual:______________________________________ Cirurgia Reparadora: ( ) Sim ( ) Não
Qual:___________________________________________

Acervo pessoal

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
26

2.2 EXAME FÍSICO - INSPEÇÃO E PALPAÇÃO DA PELE

O exame físico, na avaliação facial, deve descrever aspectos específicos como:


biotipo cutâneo, fototipo de Fitzpatrick, produção sebácea, escala de Glogau e
cicatrizes, tudo precisa ser bem analisado e estudado para proceder a uma melhor
conduta terapêutica.

Classificação dos tipos de pele


No início do século XX, a cosmetóloga Helena Rubinstein classificou a pele em
quatro categorias: normal, seca, mista e sensível. Essa denominação tem sido
utilizada desde então, mas não abrange todas as características da pele, o que
justifica porque um cosmético não serve para todos os tipos de pele. O que na
época foi revolucionário, hoje pode ser decepcionante quando as indicações de
cosméticos e suas aplicações não surtem o efeito desejado (BORGES; SCORZA,
2016, p. 310).
Baseado na pesquisa pioneira da Doutora Helena Rubinstein, que desenvolveu
um sistema que classifica a pele em 4 tipos diferentes (seca, oleosa, mista e
sensível), a Dra. Leslie Baumann desenvolveu um questionário (Sistema Baumann
de Classificação de Tipos de Pele) com 64 perguntas que permitem avaliar a pele ,
que a classifica em até 16 tipos por meio do somatório de quatro itens avaliados:
hidratação, sensibilidade, pigmentação e envelhecimento cutâneo. Esta classificação
permite avaliar melhor certos quadros clínicos de pacientes.

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
27

Nº, Tipos de pele, Sigla

1 Seca, sensível, pigmentada e enrugada, DSPW

2 Seca, sensível, pigmentada e firme, DSPT

3 Seca, sensível, não pigmentada e enrugada, DSNW

4 Seca, sensível, não pigmentada e firme, DSNT

5 Seca, resistente, pigmentada e enrugada, DRPW

6 Seca, resistente, pigmentada e firme, DRPT

7 Seca, resistente, não pigmentada e enrugada, DRNW

8 Seca, resistente, não pigmentada e firme, DRNT

9 Oleosa, sensível, pigmentada e enrugada, OSPW

10 Oleosa, sensível, pigmentada e firme, OSPT

11 Oleosa, sensível, não pigmentada e enrugada, OSNW

12 Oleosa, sensível, não pigmentada e firme, OSNT

13 Oleosa, resistente, pigmentada e enrugada, ORPW

14 Oleosa, resistente, pigmentada e firme, ORPT

15 Oleosa, resistente, não pigmentada e enrugada, ORNW

16 Oleosa, resistente, não pigmentada e firme, ORNT

Fonte: Borges; Scorza, 2016, p. 312.

IMPORTANTE
Acesse o Questionário de Baumann no Link:
https://vcmakeupbeauty.blogspot.com/p/questionario-de-baumann.html

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
28

Classificação dos fototipos de pele


A cor da pele está relacionada a uma série de fatores. A pigmentação
constitutiva da pele é herdada geneticamente, sem interferência da radiação solar,
portanto, constante. A cor facultativa da pele é reversível e pode ser induzida,
resultando da exposição solar.

SAIBA MAIS
No site da Associação Brasileira de Dermatologia, você encontra várias matérias
sobre a pele, função, tipos, classificação e outros temas relevantes.
Acesse o link: https://www.sbd.org.br
Indicação de livro: Dermatologia de Fitzpatrick: Atlas e Texto. A obra apresenta
680 fotografias, coloridas e ampliadas, o melhor da coleção internacional dos
autores, e uma descrição das principais características dos distúrbios
dermatológicos comuns e dos sinais cutâneos das doenças sistêmicas graves.

Com base na coloração da pele, na capacidade de desenvolver bronzeamento


e na sensibilidade à radiação solar, as pessoas podem ser classificadas em
diferentes fototipos (Harris, 2016).
A mais famosa classificação dos fototipos cutâneos é a escala Fitzpatri ck,
criada em 1976 pelo médico norte-americano Thomas B. Fitzpatrick. Ele classificou a
pele em fototipos de um a seis, a partir da capacidade de cada pessoa em se
bronzear, assim como, sensibilidade e vermelhidão quando exposta ao sol, sendo:
1. Pele branca – sempre queima – nunca bronzeia – muito sensível ao sol;
2. Pele branca – sempre queima – bronzeia muito pouco – sensível ao sol;
3. Pele morena clara – queima (moderadamente)– bronzeia (moderadamente)
– sensibilidade normal ao sol;
4. Pele morena moderada – queima (pouco) – sempre bronzeia – sensibilidade
normal ao Sol;
5. Pele morena escura – queima (raramente) – sempre bronzeia – pouco
sensível ao sol;
6. Pele negra – nunca queima – totalmente pigmentada – insensível ao sol.

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
29

CURIOSIDADE
Existem analisadores de pele digital, que analisam a oleosidade, umidade e
elasticidade por meio do sistema de impedância bioelétrica (que consiste na
passagem de uma corrente elétrica de baixa intensidade (500 a 800 µÄ) e de alta
frequência (50 kHz) pelo corpo (que se apresenta como o condutor); com a
resistência desse condutor à passagem, temos o resultado da análise).
E também há analisadores de fototipo de pele digital que através do disparo de um
flash de luz de Wood, o sensor captura a luz que retorna da pele analisando a
quantidade de pigmentação (melanina) presente e realiza a classificação da pele
dentro da classificação de Fitzpatrick.

Envelhecimento cutâneo
O envelhecimento ocorre de forma sistêmica e todo indivíduo está sujeito a ele,
sendo um processo dinâmico e progressivo. Visto como um fenômeno multifatorial, o
envelhecimento cutâneo sobre influências genéticas e do meio externo, podendo ser
denominado de envelhecimento intrínseco e extrínseco, respectivamente. Atribui -se
ao envelhecimento as perdas das referências identificatórias, a perda da juventude,
da beleza física e da saúde plena (MOZER, 2019, p. 53).
O envelhecimento facial tem mecanismo fisiológico específico e acomete
visivelmente a pele do rosto e as estruturas subjacentes, trazen do alterações
inestéticas e funcionais para a imagem e para a expressão facial (BORGES,
SCORZA, 2016, p. 51).
Para um tratamento estético de qualidade e que apresente resultados
satisfatórios, é necessário compreender as alterações funcionais e estruturais que o
envelhecimento acarreta para a pele.
Segundo Guirro e Guirro (2002), com o envelhecimento, a pele tende a ficar
delgada, em alguns locais enrugada, seca, e ocasionalmente escamosa. As fibras
de colágeno da derme tornam-se mais grossas e as fibras elásticas perdem parte da
sua elasticidade, além de ocorrer um decréscimo gradual da gordura depositada no
tecido subcutâneo.
As características senis da pele variam de acordo com os tipos:

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
30

• Hipertrófica – a pele se apresenta mais grossa, infiltrada, flácida e


distendida com coloração amarelo-parda, além de tendências a rugas
profundas.
• Atrófica – a pele se caracteriza por ser fina, seca e rica em manchas
pigmentares. (GUIRRO E GUIRRO, 2020, P. 289).

Os sinais clínicos associados ao fotoen velhecimento são caracterizados por


múltiplas modificações morfofuncionais da epiderme e da derme. Esses sinais
apresentam vários graus de gravidade de pessoa para pessoa, dependendo do grau
de fotoenvelhecimento, e são eles:

Elastose. A camada de colágeno encontra-se destruída e há uma


acumulação excessiva de elastina. Este acontecimento pode levar ao
desenvolvimento anormal das f ibras elásticas, f azendo com que a pele
perca a sua f irmeza.
Ptose. Deve-se principalmente à gravidade e é um problema altamente
progressivo. Primeiramente causa modif icação da f orma oval do rosto, que
se torna menos regular e f irme e ainda pálpebras pesadas. Num grau mais
avançado há f ormação de bolsas sobre os olhos e o rosto perde tot alment e
a sua f orma oval.
Alteração da textura da pele. A desidratação e a perda do f ilme lipídico
conduzem a uma perda de brilho da pele, apresentando -se acinzentada ou
amarelada, rugosa, com poros dilatados e mais f ina.
Rugas. Estas apresentam-se f inas inicialmente contudo vão -se
aprof undando progressivamente. São consequência de dois processos, os
movimentos musculares e a diminuição do tecido adiposo da pele.
Discromia marcada. São visíveis lentigos (áreas de hiperpigmentação), e
por vezes queratose seborreica (lesões que surgem a partir da epiderme) e
hipocromia (pouca pigmentação).
Telangiectasia. Pequenos vasos sanguíneos dilatados próximos da
superf ície da pele ou da membrana das mucosas.
Hiperqueratoses. Lesões pré-cancerígenas que podem evoluir para
carcinomas basocelulares e, mais raramente, para carcinomas epidermais
(PINTO, 2014).

Rugas
As rugas são sulcos ou pregas na superfície da pele e correspondem a um dos
parâmetros mais visíveis do envelhecimento cutâneo.
De acordo com a profundidade, as rugas podem ser classificadas em
superficiais e profundas; são superficiais quando há diminuição ou perda das fibras
elásticas na derme papilar e desaparecem ao estiramento da pele; e são profundas
quando decorrentes principalmente da ação solar e não desaparecem ao
estiramento da pele (BORGES; SCORZA, 2016. p. 58).

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
31

Segundo Guirro e Guirro (2002), algumas rugas, particularmente no rosto, são


adquiridas pelo uso exacerbado ou prolongado de atividade muscular associada a
certas linhas de expressão.
As rugas ou linhas de expressão também podem ser divididas em três
categorias:
Rugas dinâmicas: decorrentes do movimento muscular da expressão facial.
Rugas estáticas: aparecem mesmo na ausência do movimento, e podem ser
entendidas como fadiga pelo excesso de tensão.
Rugas gravitacionais: decorrentes do excesso de movimentação, associado a
ptose tissular e muscular. A irregularidade do panículo adiposo também promove
rugas gravitacionais, pela diminuição da sustentação do tecido.
Além desta classificação, existe ainda a classificação segundo Glogau. O
médico Richard Glogau desenvolveu uma classificação com base na medição de
forma objetiva da gravidade do envelhecimento, especialmente a profundidade das
rugas, e classifica a pele em quatro tipos. (PINTO, 2014, p.19).

Classificação de Glogau de fotoenvelhecimento cutâneo


Lesão Descrição Características
I (Leve) Sem rugas Mínimas rugas, fotoenvelhecimento inicial, alteração suave na
pigmentação, ausência de queratoses ou lentigos senis; acomete pessoas dos 20 aos 30
anos, que, geralmente, não necessitam de maquiagem.

II Rugas (Moderadas) dinâmicas A pele permanece lisa na ausência de movimentos, mas


durante a movimentação (sorriso, franzir a testa, entre outros) as rugas aparecem ; há
presença de lentigos senis e telangiectasias iniciais, mas não possui queratoses visíveis;
acomete pessoas dos 30 aos 40 anos, que necessitam de uma maquiagem leve.
III Rugas (avançadas) Rugas dinâmicas e estáticas Rugas visíveis mesmo na ausência de
movimentação, presença de lentigos senis, telangiectasias e queratoses solares; acomete
pessoas dos 40 aos 50 anos, que necessitam de e estáticas maquiagem constantemente.

IV (Grave) Rugas dinâmicas e estáticas Rugas generalizadas, diminuição da espessura da


epiderme, pele com coloração amarelo- acinzentado (pelo aumento da espessura da
camada córnea), maior tendência ao câncer de pele; acomete pessoas dos 50 aos 60
anos, nas quais a maquiagem não deve ser utilizada, porque resseca e fragmenta.
Fonte: (Borges; Scorza, 2016, p.59)

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
32

Discromias
A pele é o órgão que de forma mais aparente exterioriza o fenótipo humano, e
sua cor é um dos fatores mais modificáveis. Pouco se sabe sobre as bases
genéticas, evolutivas e as expectativas culturais relacionadas à afirmação dos
padrões de cor da pele humana (Mozer, 2019, p. 105).
As discromias, patogenias caracterizadas por alteração da cor natural das
peles, diretamente relacionadas a distúrbios do sistema melanócito, apresentam-se
de forma localizada, difusa, regional ou circunscrita no corpo. Essas desordens
pigmentárias locais ou generalizadas, são classificadas de acordo com a distribuição
anômala de melanina em acromias, hipocromias e hipercromias (MOZER, 2018, p.
97).
Segundo Harris (2016), o termo discromias refere-se a alterações de
pigmentação cutânea, que podem ser uma redução da pigmentação (hipocromia) ou
um aumento (hipercromia); sendo que a hipopigmentação ocorre devido à redução
do número dos melanócitos ou redução na produção ou distribuição da melanina. As
hipercromias pode ter diferentes etiologias que são usualmente determinadas com
base histórica e nos achados clínicos do paciente.
A pigmentação ocorre por meio de uma série de eventos que envolve os
melanócitos, cuja função é a produção de melanina, substância responsável pela
coloração da pele e dos cabelos (Harris, 2016).
Segundo Mozer (2019), existem fatores desencadeantes de produção intensa e
descontrolada de melanina, além do fator solar e do fator hormonal, que chamamos
de espossomas, estando entre eles: alteração da microbiota, a alimentação,
poluição e as radiações ultravioletas naturais ou artificiais. Estes fatores
desencadeiam o estresse oxidativo e, por conseguinte, são capazes de gerar o
processo inflamatório, o qual é capaz de estimular a síntese de melanina.

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
33

Tipos de manchas encontradas na pele


Melanose ou mancha senil: manchas escuras, arredondadas e surgem com o
passar dos anos no corpo em virtude da exposição prolongada ao sol, sendo mais
comum em pessoas mais velhas.
Efélides ou sardas: as efélides, popularmente chamada de sardas, são
pequenas manchas arredondadas ou geométricas de cor castanha ou marrom,
causadas pelo aumento da melanina na pele, devido à exposição continuada da pele
ao sol e tendem a escurecer mais durante o verão.
Melasma: hipermelanose crônica comum, caracterizada por máculas
acastanhadas em áreas fotoexpostas, cuja fisiopatogenia não é totalmente
esclarecida. Normalmente surgem após a gestação, uso de anticoncepcionais ou a
exposição ao sol.
Manchas pós-inflamatórias: tipos de manchas frequentemente encontradas e
representam uma sequela de diversos processos que afetam a pele, como doenças,
feridas ou procedimentos terapêuticos, entre eles: alergias, traumas físicos,
queimaduras, doenças inflamatórias, infecções etc.
Vitiligo: condição crônica caracterizada por áreas de despigmentação da pele.
As áreas afetadas tornam-se brancas e geralmente apresentam margens bem
delimitadas. Os melanócitos, células que produzem a melanina são inibidos de
produzir o pigmento que dá cor à pele ou estão ausentes.

Como analisar as manchas


Já na inspeção, conseguimos analisar e reconhecer alguns tipos de manchas;
porém, há no mercado vários aparelhos de equipamentos para analisar o tipo de
mancha que o paciente possa ter.
Segundo Jahara (2018), algumas manchas podem ser analisadas e
observadas a olho nu. Entretanto, manchas profundas requerem o auxílio da
lâmpada de Wood, que emite uma lumin osidade de cor violeta na pele, fornecendo
um parâmetro para análise. Além de conseguir analisar manchas profundas, essa
lâmpada também verifica a desidratação, o acúmulo de bactérias, a oleosidade
excessiva, entre outras imperfeições da pele.

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
34

Existem vários modelos de equipamentos com essa lâmpada acoplada no


mercado. A análise funciona da seguinte forma:

A pele manchada é exposta à luminosidade; notam-se manchas mais


escurecidas, não vistas a olho nu, sendo essas classif icadas como mais
prof undas; e as claras, que na maioria dos casos, chegam a ser
imperceptíveis, são classif icadas como mais superf iciais. Existem casos em
que observarmos manchas claras e escuras, sendo classif icadas como
manchas mistas; são manchas epidérmicas superf iciais e prof undas. V ale
ressaltar que a análise de pele tem que ser f eita com a pele livre de
maquiagens e protetor solar. O ideal é que a pele esteja suja; não se deve
lavá-la minutos antes da avaliação (JAHARA, 2018, p.21).

Acne
A acne é uma doença inflamatória crônica da unidade pilossebácea. O
conhecimento dos mecanismos implicados à etiopatogenia da acne visa à melhor
compreensão da dermatose e, consequentemente, uma abordagem terapêutica
racional e adequada.
São quatro os principais fatores implicados na patogênese da acne, todos
profundamente interligados: produção de sebo pelas glândulas sebáceas,
hiperqueratinização folicular, colonização bacteriana do folículo e liberação de
mediadores da inflamação no folículo e derme adjacente (Hassun, 2000).
Segundo Mozer (2019), a acne vulgar é uma dermatose crônica, multifatorial e
inflamatória da unidade polissebácea, a qual é formada por uma glândula sebácea
bem desenvolvida, um grande ducto e um pelo rudimentar.
A acne é classificada de acordo com o número de lesões e a inten sidade do
quadro. Quando se fala de acne suave (presença apenas de comedões e algumas
pápulas e pústulas), é possível realizar interferências com o uso de cosméticos ou
ainda diversas técnicas estéticas de limpeza de pele e calmantes. Mas as acnes
moderadas (muitas pápulas e pústulas, podendo conter nódulos) e severa (muitos
cistos e nódulos) exigem acompanhamento médico por se tratarem de quadros
infecciosos (HARRIS, 2016, p.167).

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
35

Como avaliar e classificar a acne quanto a tipos e graus.

TIPOS DE ACNE, SEGUNDO KLIGMAN E PLEWING


• Acne mecânica: decorrente de fricções repetidas, pressão, coceira ou
atrito local, pode ocorrer após o uso de substâncias queratolíticas
• Acne clórica: decorrente da utilização tópica de produtos clorados.
• Acne elaioconiose: decorrente de produtos hidrocarbonetos derivados
do petróleo.
• Acne por detergente: decorrente do uso excessivo de tensoativos.
• Acne gram-negativa: decorrente do uso inadequado de antibióticos.
• Acne cosmética: decorrente do uso inadequado e/ou excessivo de
produtos cosméticos em relação ao tipo de pele, incluímos aqui o uso
excessivo de peelings químicos abrasivos e mecânicos, bem como a
alteração excessiva do pH de controle da pele.
• Acne hormonal: decorrente da ação e/ou excessiva do estrógeno e/ou
testosterona.

GRAUS DE ACNE

FASE NÃO INFLAMATÓRIA


GRAU 1 - Acne comedogênica: presença de comedões sem sinais de
inflamação.

FASE INFLAMATÓRIA COM PRESENÇA DA BACTÉRIA DA ACNE


GRAU 2 – Acne Pápula Pustulosa: presença de pápulas inflamatórias e
pústulas com importantes sinais inflamatórios.
GRAU 3 – Acne nódulo-cística: além de comedões, pápula e pústulas,
também há formação de lesões nódulo-císticas com predominantes sinais
inflamatórios.
GRAU 4: Acne Conglobata: caracterizada por pápulas pustulosas doloridas e
profundas. Há o predomínio de lesões nódulo-císticas em grande extensão.

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
36

Agrupamento de comedões, bem como de lesões extensas além do ducto


pilossebáceo original.
GRAU 5 – Acne Fulminans Incapacitante: é uma manifestação rara, que
pode ocorrer durante a evolução da acne vulgar, principalmente em adolescentes
masculinos. Uso de isotretinoína, testosterona e reações imunológicas exacerbadas
no organismo são desencadeantes relacionados. Sinais, sintomas e alterações
laboratoriais como febre, hepatomegalia, poliartralgia, leucocitose, plaquetose,
aumento de provas inflamatórias e transaminases, são característicos.

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
37

CAPÍTULO 3 – AVALIAÇÃO CORPORAL

3.1 AVALIAÇÃO CORPORAL

Assim como na avaliação facial, é necessário realizar uma anamnese, coleta


dos dados pessoais, queixa principal, hábitos alimentares, função intestinal, hábitos
sociais (tabagismo e etilismo), prática de atividades físicas, estresse emocional e
outros dados para a obtenção de uma visão geral do estado de saúde do indivíduo.

DICA
Para o acompanhamento dos resultados e reavaliação, é interessante realizar um
prontuário de atendimento, conforme o modelo:
Prontuário de atendimento

Nome:_________________________________________________

Pacote:________________________________________________

Áreas tratadas:__________________________________________

Umidade:_________Óleo_________ Elasticidade ______________

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
38

3.2 EXAME FÍSICO - INSPEÇÃO E PALPAÇÃO

Mesmo tendo o foco na queixa principal, é importante observar o corpo como


um todo, da cabeça aos pés. Observa-se a postura corporal, a forma do corpo
(conforme os biotipos corporais), a presença de disfunções estéticas associadas,
como estrias, flacidez, aspecto celulítico, lipodistrofias, fibroses e outras.
Para realizar a inspeção é importante que a paciente/cliente esteja em pé, com
vestimenta adequada (por exemplo, biquíni), postura neutra e, no fundo, uma parede
lisa. Também deve ser fotografado tudo o que se inspecionou para que se obtenha o
registro exato dessas observações.
Segue um modelo de avaliação corporal:

FICHA DE AVALIAÇÃO CORPORAL:

Lipodistrofia Localizada:

Distribuição de gordura: [ ]Localizada [ ] Generalizada

Tipo de Gordura: [ ]Dura [ ] Flácida

Localização:___________________________________________________

Fibro Edema Geloide:

Tipo: [ ]Flácida [ ]Edematosa [ ]Dura

Grau: [ ] 1 [ ]2 [ ]3 [ ]4

Localização:__________________________________________________

Edema:

Teste de cacif o: [ ]Positivo [ ]Negativo

Sensação de peso / Cansaço em MMII:____________________________

Flacidez:

Quantif icar os itens abaixo com a seguinte classif icação:

[+ leve , ++ moderado , +++ intenso , ++++ grave]

[____] tissular [_____]muscular

Localização:_________________________________________________

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
39

Estrias:

Cor: [ ]Rubra/violácea [ ]Alba

Largura: [ ]Fina [ ]Larga

[+ leve , ++ moderado , +++ intenso , ++++ grave]

Região:____________________________________________________

Acervo pessoal

AVALIAÇÃO DA GORDURA LOCALIZADA (LIPODISTROFIA LOCALIZADA)


A lipodistrofia localizada é um acúmulo de gordura em determinadas regiões do
tecido subcutâneo, provocando desarmonia no contorno corporal, sendo
caracterizada pelo excesso de adipócitos localizados de forma desordenada em
regiões do corpo.
Segundo Agnes (2019), o tecido adiposo (também conhecido como tecido
subcutâneo) está presente em todo o revestimento do corpo, e na sua maior
extensão apresenta uma camada de espessura mais ou menos padrão (gordura
regionalizada), diferenciando-se em algumas regiões específicas por representar
maior número de adipócitos e, talvez, maiores e mais cheios (hipertrofia
adipocitária). Essas regiões são conhecidas como bolsas adiposas, diferenciando,
assim, gordura regionalizada da gordura localizada.
Na anamnese do paciente, caberá ao profissional fazer a distinção entre
hipertrofia adiposa e lipedema. Esses dois casos são conhecidos popularmente na
estética como “gordura compacta” e “gordura flácida”, respectivamente. Notamos
que gordura flácida não consiste em um tecido volumoso com gordura, e sim em
uma estase intersticial.
Na prática, a consistência do tecido adiposo verificada pela mão irá determinar
a diferença desses dois casos, sendo que na hipertrofia adipocitária há maior
dificuldade em segurar e pinçar o tecido adiposo e, sob pressão mais forte,
estimulará dor intensa na região. Ao contrário, no lipedema, as mãos pinçam mais
profundo com maior facilidade, não havendo manifestação de dor pelo paciente
(AGNES, 2019, p. 30).

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
40

Testes e exames específicos para avaliação do tecido adiposo


A realização de medidas e testes específicos é de extrema importância para o
conhecimento dos biotipos corporais e sua classificação, assim como para uma
futura comparação dos resultados, visando avaliar a eficácia do tratamento.

OBESIDADE
A obesidade, definida como um aumento do depósito de triglicérides nas
células adiposas, determinado por um desequilíbrio entre consumo e gasto de
energia, é considerada uma doença complexa e multifatorial.

A prevalência da obesidade vem aumentando entre adultos, tanto nos


países desenvolvidos quanto naqueles em desenvolvimento¹. A
Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que pelo menos 1 bilhão de
pessoas apresente excesso de peso, das quais, 300 milhões são obesos . A
Pesquisa de Orçamentos Familiares realizada pelo IBGE em 2008/09
aponta aumento da prevalência de sobrepeso e obesidade no Brasil,
atingindo os valores de aproximadamente 49% e 15% da população. Houve,
ao longo de 34 anos, um aumento de sobrepeso de três vezes para homens
2e duas para mulheres.(http://www.saude.gov.br).

Tipos de obesidade
A distribuição da gordura localizada representa 15% do peso corporal nos
homens e 25% nas mulheres, e quando se está na faixa de peso dita como normal,
ela é influenciada pelo sexo, idade, hábitos de vida, fatores genéticos, hormônios e
também pelo biotipo corporal que define o tipo de obesidade de acordo com a
localização regional da gordura (BORGES; SCORZA, 2016. p. 339).
Figura 2. Classificação quanto ao tipo de obesidade

Imagens de classif icações de biotipo corporal: a) Biotipos clássicos: biotipo androide (ou tipo maçã) e
biotipo ginoide (oi tipo pera); b) Biotipo misto, observado da esquerda para a direita na 2ª, 3ª e 5ª
imagem; a 1ª imagem equivale ao biotipo androide, e a 4ª, ao biotipo ginoide.

Fonte: BORGES; SCORZA, 2016, p. 340.

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
41

O acúmulo de gordura visceral com distribuição central ou abdominal


predominante, que caracteriza o perfil androide é metabolicamente diferente da
periférica ou gluteofemural que define o padrão ginoide (RASKIN; et.al, 2000).
A obesidade abdominal ou androide está diretamente associada a doenças
cardiovasculares, e estas são as principais causas de morte nos países ocidentais
(MUNIZ; BASTOS, 2010).
Os biotipos descritos podem não ser adequados a determinados indivíduos, ou
até mesmo podem estar associados, assumindo um biotipo misto.

Composição corporal
A composição corporal de um indivíduo é dividida em massa gorda (tecido
adiposo) e massa magra (músculos e ossos), sem esquecer a água, principal
componente do corpo humano. Sendo assim, a avaliação da composição corporal é
fundamental para o diagnóstico da obesidade e para orientar o tratamento.
Os métodos para avaliação da composição corporal podem ser divididos em
diretos, indiretos e duplamente indiretos. Os métodos diretos compreendem a
dissecação macroscópica e a extração lipídica. Eles são usados para determinação
histológica das células adiposas por biópsia através do estudo em cadáver e, por
motivos óbvios, são usados exclusivamente para investigação científica.
Dentre os recursos para mensuração da gordura abdominal, há métodos como:
tomografia computadorizada, ressonância nuclear magnética e ultrassonografia.
Porém, alguns desses métodos são pouco acessíveis para uma grande parte da
população. Entretanto, através de estudos epidemiológicos, evidenciou -se que
medidas antropométricas, como a circunferência da cintura, podem ser
correlacionadas com a gordura visceral que, por sua vez, está associada a doenças
cardiovasculares e metabólicas, sendo essa medida atualmente adotada por várias
sociedades científicas (MUNIZ; BASTOS, 2010).
Os métodos duplamente indiretos (bioimpedância elétrica, antropometria e
circunferência abdominal) são os mais frequentemente utilizados na rotina clínica,
por serem de fácil aplicação e de baixo custo.

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
42

Antropometria
A antropometria é definida como o estudo das medidas de tamanho e
proporções do corpo humano (ARAÚJO, 2015).
Os parâmetros mais utilizados para a avaliação antropométrica são as medidas
primárias (utilizadas isoladamente), como peso, estatura, dobras cutâneas e
circunferências e as medidas secundárias (combinadas) como Índice de Massa
Corporal (IMC), peso ideal, somatória de dobras cutâneas, entre outros.
• IMC (Índice de massa corpórea): é calculado pela divisão do peso pela
altura ao quadrado (peso/altura²). O resultado do cálculo do IMC deve ser
analisado de acordo com a classificação definida pela Organização
Mundial de Saúde (OMS), válida somente para pessoas adultas.
Na década de 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu que um
IMC entre 25 e 29 é considerado sobrepeso e, acima desse valor Obesidade
(Bombardi, 2016).

Figura 3. Tabela e resultados - IMC

Fonte: Bombardi, 2016.

Segundo Agnes (2019), devemos diferenciar sujeitos obesos daqueles com


maior massa muscular, pois podem ter a mesma estatura e mesmo peso, porém
diferentes IMC. Resumindo, não se aplica IMC para pacientes com boa massa
muscular.

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
43

O que também afirma Guedes (2012), que se deve admitir que o maior
acúmulo de gordura corporal induz a um aumento nas medidas do peso corporal e,
por sua vez, nos valores do IMC, o que justifica o fato de muitos sujeitos com peso
corporal acima dos indicadores referenciais apresentarem também excesso de
gordura corporal. Contudo, pode ser que o peso corporal excessivo não reflita a
condição de maior acúmulo de gordura corporal, con siderando que essa maior
medida de peso corporal possa ser ocasionada em consequência de elevada massa
livre de gordura e não pelo componente de gordura.
Portanto, parece ser possível que o excesso de gordura corporal possa induzir
ao sobrepeso; porém, o inverso pode não ser verdadeiro, admitindo-se que o
aumento da medida do peso corporal pode não traduzir necessariamente uma
elevação na quantidade de gordura corporal. Nestes casos, para estabelecer se o
indivíduo apresenta sobrepeso acompanhado de excesso de gordura, ou se
apresenta sobrepeso apenas por conta de um maior desenvolvimento da massa livre
de gordura, é preciso recorrer a outros procedimentos antropométricos que
permitam estabelecer estimativas das frações de gordura e de massa livre de
gordura.
• RCQ (Relação cintura-quadril): a relação entre as medidas da
circunferência da cintura (ou abdominal) e a circunferência do quadril
pode fornecer uma correlação mais prática da distribuição da gordura
corporal. Segundo a OMS, a relação cintura-quadril é calculada dividindo-
se a medida da circunferência da cintura em centímetros pela medida da
circunferência do quadril em centímetros. O índice de corte para risco
cardiovascular é igual ou maior que 0,85, para mulheres; e 0,90 para
homens. Um número mais alto demonstra maior risco. Quanto menor o
valor da relação, melhor. Mulheres com RCQ de 0,8 ou menos, ou
homens com RCQ de 0,9 ou menos são considerados "seguros". Uma
relação de 1,0 ou maior, para qualquer gênero, é considerada "em risco”.
• Circunferência da cintura: segundo a Organização Mundial da Saúde
(OMS), é a medida da região do abdômen, no ponto médio entre a borda
inferior da última costela e a borda superior da crista ilíaca, onde pode se
concentrar a gordura visceral, diretamente relacionada a diversos riscos,

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
44

como aumento da pressão arterial, diabetes e colesterol alto, fatores que


elevam o risco de doenças cardiovasculares. Daí a importância dessa
medida, que você mesmo pode tirar com o auxílio de uma fita métrica.

FIQUE ATENTO
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece que a medida igual ou superior
a 94 cm em homens, e 80 cm em mulheres indica risco de doenças ligadas ao
coração.
Para saber mais, acesse: http://www.saude.gov.br

• Dobras Cutâneas: as dobras cutâneas são medidas com o auxílio de um


aparelho denominado adipômetro, paquímetro ou plicômetro. Seus
valores podem nos dar ideia da composição corporal do indivíduo, porém,
essa técnica vem sendo cada vez menos utilizada, pelo advento de
técnicas mais modernas e acuradas como, por exemplo, a bioimpedância.

As medidas das dobras cutâneas são úteis para determinar os depósitos de


gordura subcutâneos que, de forma indireta, determinam o compartimento de
gordura do corpo. A estimação da gordura corporal total se baseia na suposição de
que 50% da gordura corporal total é subcutânea (MUNIZ; BASTOS, 2010).
As dobras cutâneas nos dão a estimativa da composição corporal a partir da
avaliação da espessura em milímetros das pregas, e para tal procedimento, utiliza-
se o adipômetro, também chamado de compasso de dobras cutâneas.
Este é um método de fácil obtenção de dados e baixo custo. Para realizar as
medidas, deve-se atentar aos seguintes pontos:
1. Todas as medidas devem ser realizadas no lado direito do corpo;
2. O avaliador deverá identificar e marcar com uma caneta ou lápis apropriado
o local da medida;
3. O pinçamento da dobra cutânea deverá ser feito com a mão esquerda e com
os dedos polegar e indicador a ± 1 cm acima do local marcado da medida;
4. Colocar as hastes do compasso perpendiculares à dobra, ± 1 cm abaixo do
local pinçado, e soltar lentamente as hastes do compasso; manter a dobra

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
45

pressionada enquanto a medida é realizada; fazer a leitura no compasso ± 3


segundos após a pressão ter sido aplicada na dobra;
5. Afastar as hastes do compasso para removê-lo e fechá-las lentamente;
6. Ler o mostrador em sua escala mais próxima e realizar, no mínimo, duas
medidas para cada local.

As cinco áreas das pregas cutâneas medidas mais f requentemente serão


especif icadas a seguir.
• Tríceps: prega vertical medida a “meio caminho” entre o processo
coracoide (ponta do ombro) e o olécrano (ponta do cotovelo),
• Suprailíaca: prega ligeiramente oblíqua, realizada na linha média axilar
entre a última costela e a crista ilíaca (medida imediatamente acima do osso
do quadril).
• Abdominal: prega vertical medida 2,5 cm do umbigo (5 cm também é
utilizado na prática clínica)
• Subescapular: prega oblíqua medida entre a coluna vertebral e a borda
interna da escápula, na altura do ângulo inf erior da escápula.
• Coxa: prega vertical medida na linha média da coxa, entre a espinha ilíaca
anterior e o epicôndilo interno do f êmur (a dois terços da distância entre a
parte média da patela e o quadril). BORGES, SCORZA, 2016, p. 342.

Podemos estimar a porcentagem de gordura corporal com as medidas das


dobras cutâneas, porém este método pode subestimar a porcentagem de gordura
em 1,5 a 12%. A porcentagem de gordura corporal é calculada somando-se os
valores (em mm) das dobras bicipital, tricipital, subescapular e suprailíaca (ARAÚJO,
2015).
Podemos também, através do uso do adipômetro ou paquímetro, realizar as
medidas da dobra a ser tratada e f azer a comparação do antes e depois.
Esse método de avaliação, quando utilizado em pontos específ icos, torna-
se um coadjuvante para obtenção de dados comparativos de antes e depois
do tratamento e deve ser realizado bilateralmente ou no ponto específ ico a
ser tratado. Atualmente, esse método é bem empregado na elaboração de
artigos científ icos na área da estética, mas não há documentação que
comprove sua ef icácia quando realizado desse modo (BORGES, SCORZA,
2016, p. 342).

Perimetria
As medidas das circunferências também são muito importantes para o
acompanhamento do tratamento da gordura localizada. Pontos previamente
delimitados devem ser demarcados com um lápis dermográfico e o cliente deve ser
posicionado de forma padronizada durante toda a avaliação.
A medida é realizada com uma fita milimétrica que deve estar apoiada e
ajustada na pele do indivíduo, com o cuidado de não apertar demasiadamente a

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
46

região mensurada. Essa padronização é importante para que a reavaliação seguinte.


seja realizada da mesma forma, obtendo-se uma comparação fidedigna das
medidas.
O ideal é que a avaliação e as reavaliações sejam realizadas pelo mesmo
terapeuta. Sugere-se também que as medidas sejam realizadas duas vezes
consecutivas e que o resultado da medida seja a média dessas mensurações
(BORGES; SCORZA, 2016, p.343).
É extremamente importante sempre manter o padrão da aferição para que, ao
final do tratamento, não haja erros de medidas. Isso quer dizer, usar algumas
marcas anatômicas para nortear a região exata em que a fita métrica será
posicionada, por exemplo, região umbilical, ou cinco centímetros acima dos joelhos,
na coxa, 10 cm abaixo da crista ilíaca etc. Os pontos podem ser adaptados de
acordo com a necessidade de cada cliente.

Figura 4. Marcação da perimetria.

FONTE: (BORGES; SCORZA, 2016, p. 346).

ATENÇÃO!
Tenha uma fita métrica flexível, com marcação numérica e de 1,5 a 2 metros de
cumprimento.
Nunca coloque o dedo entre a fita e a pele, não exerça uma pressão excessiva e
também não deixe a fita solta, além disso, é preciso manter o alinhamento da fita
durante a medição.

Bioimpedância
Com o avanço da tecnologia, observa-se uma tendência para o
desenvolvimento de técnicas de estimativa da composição corporal mais
sofisticadas para o uso fora do ambiente laboratorial. Uma delas, objeto de

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
47

crescente número de estudos, é a técnica da bioimpedância (RODRIGUES et. al,


2001).
Dentre os métodos utilizados para a avaliação da composição corporal, a
Bioimpedância Elétrica (BIA) tem sido amplamente utilizada, sobretudo pela alta
velocidade no processamento das informações, por ser um método não invasivo,
prático, reprodutível e relativamente barato, que estima, além dos componentes
corporais, a distribuição dos fluidos nos espaços intra e extracelulares, bem como a
qualidade, tamanho e integridade celular (EICKEMBERG, et. al. 2011).
O princípio básico da técnica de bioimpedância elétrica (BIA) voltada à análise
da composição corporal baseia-se nos diferentes níveis de condução elétrica dos
tecidos biológicos expostos a várias frequências de corrente. Nesse caso, pode-se
comparar o corpo humano a um circuito elétrico composto por uma resistência (águ a
e massa livre de gordura) em série com um condensador (membranas celulares e
gordura). Os fluidos intra e extracelulares comportam-se como condutores, enquanto
as membranas celulares (formadas por duplo estrato lipídico não condutor
intercalado entre duas capas moleculares de material proteico condutor) atuam
como elementos capacitantes ou condensadores. Dessa forma, com informações a
respeito da BIA ou de algum de seus parâmetros pode-se estimar a quantidade de
água corporal, e, admitindo valores constates, a proporção de massa livre de
gordura e gordura corporal (GUEDES, 2012).
A explicação está no fato de que a corrente passa facilmente pela água e, por
esse motivo, passa rapidamente pelos tecidos hidratados (como os músculos), mas
não pela gordura e pelos ossos, que possuem pouca água. É a diferença entre a
resistência da gordura e a velocidade com que a corrente passa nos músculos que
permite fazer o cálculo e obter o valor que indica as quantidades de massa magra,
gordura e água no corporal.
Existem diversos modelos e marcas da balança de bioimpedância; mas,
basicamente, usa-se uma placa de metal, que emite uma corrente elétrica através
do organismo, que consegue diferenciar informações musculares, ósseas e de
gordura. Outros modelos mais avançados de bioimpedância possuem muitas
funções. Além de medir as gorduras do corpo, o exame serve para verificar também:
peso corpóreo; índice de massa corpórea (IMC); massa muscular esquelética;

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
48

gordura corporal; gordura visceral; água corporal total; taxa de metabolismo basal;
relação entre medidas cintura-quadril.

SAIBA MAIS
No artigo Comparação entre diferentes aparelhos de bioimpedância para avaliação
do percentual de gordura, o autor compara um modelo Tetra Polar e outro de baixo
custo. Disponível no link:
https://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/article/view/2183/1893

Somotótipo e biotipos corporais


Esta classificação foi desenvolvida, inicialmente, em 1940 pelo fisiologista norte
americano William Herbert Sheldon. Segundo Gorla (2017), o estudo das
características antropométricas ganhou força a partir dos trabalhos relacionados ao
fracionamento do peso corporal e ao surgimento da técnica somatotipológica
proposta por William Sheldon, em que o somotótipo é um indicador da forma,
estrutura e composição do corpo humano, sendo um recurso útil para análise das
modificações na forma e estrutura corporal em função do treinamento ou pela
própria exigência da atividade física em questão.
O somatótipo é definido como a descrição da conformação morfológica
presente e é expresso em uma série de três numerais dispostos sempre na mesma
ordem, na qual o primeiro componente refere-se à endomorfia (indicativo de
adiposidade corporal), o segundo à mesomorfia ou desenvolvimento muscular e o
terceiro à ectomorfia ou linearidade específica (Gorla, 2017, p. 80, apud, Carter e
Heath, 1990).
Segundo Gonçalves (2016, p. 3417, apud Sheldon et al., 1940), indivíduos
que apresentam o endomorfismo predominante possuem as seguintes
características corpóreas: corpo arredondado e flácido; concentração de massa no
centro do corpo; domínio do abdômen sobre o tórax e deste sobre os membros;
pescoço curto e volumoso; ausência de relevos musculares e projeções ósseas
pouco perceptíveis à palpação.
Algumas das caraterísticas apresentadas por indivíduos predominantemente
mesomórficos são: musculatura saliente, com músculos definidos, maciços e com

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
49

fortes relevos musculares; ossos longos, salientes e fortes, com maiores diâmetros
transversos; tronco grande e fortemente musculoso; membros musculosos em toda
sua extensão; volume torácico dominando o abdominal, com tórax mais largo no
ápice do que na base; pélvis forte, quadris largos; musculatura abdominal bem
definida na vizinhança com as cristas ilíacas.
Por sua vez, o ectomorfismo predominante caracteriza indivíduos com: ossos
pequenos e delicados; domínio da linearidade e aspecto de fragilidade; músculos
fracos, delicados e finos; costelas proeminentes; membros superiores e inferiores
longos e finos, o oposto do endomorfo; lábios delicados e finos.
Segundo Figueiredo (2010), mesmo nascendo com predominância genética
tendendo a certo somotipo, as proporções podem mudar ao longo da vida, em que
fatores como alimentação, treino físico, qualidade de exercício, histórico do indivíduo
em diversas atividades, podem influenciar no fenótipo, afetando, assim, as medidas
antropométricas e, consequentemente, a somatopia verificada.

Figura 5. Biotipos corporais.

Fonte: Rodrigo, 2019.

AVALIAÇÃO DO FIBRO EDEMA GELOIDE (FEG)


A celulite, também denominada de fibro edema geloide (FEG), é uma disfunção
estética que atinge de 85% a 98% das mulheres após a pu berdade, em todas as
etnias, e que altera o aspecto da pele, dando-lhe uma aparência de casca de laranja
ou queijo cottage. Além disso, o FEG pode gerar modificações fisiológicas e

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
50

estruturais no sistema tegumentar, não impactando apenas esteticamente, mas


também na qualidade de vida das clientes, uma vez que pode ocorrer diminuição da
circulação local, flacidez da pele e dor, bem como diminuição da frequência a
ambientes destinados à exposição do corpo (como praia, piscina, academia etc.).
O termo celulite, apesar de consagrado, é erroneamente utilizado para
denominar uma hipodermodistrofia regional exclusiva da mulher, agregada ou n ão à
obesidade tipo ginoide, que acomete a região dos quadris, nádegas, membros
inferiores e, menos frequentemente, o abdômen e a face látero-posterior dos braços.
Apresenta fator predisponente genético-constitucional, ao qual se agregam múltiplos
fatores etiológicos complexos e interligados (Cunha, 2015).
A nomenclatura fibro edema geloide está relacionada a uma infiltração
edematosa do tecido conjuntivo subcutâneo, de característica não inflamatória,
seguida de polimerização da substância fundamental amorfa presente no espaço
intersticial da derme. Esse edema se infiltra no tecido conjuntivo e produz uma
reação fibrótica consecutiva. Sendo assim, podem ser encontrados a fibrose e o
edema que acometem o tecido conjuntivo da derme e o tecido subcutâneo
(BORGES; SCORZA, 2016, p. 384).
A LDG é afecção exclusiva do sexo feminino pelas características anatômicas
da hipoderme; pois, na mulher, os lóbulos são maiores e com septos paralelos,
enquanto nos homens, os septos fibrosos são menores e arranjados em planos
oblíquos com pequenos lóbulos de gordura. (Cunha, 2015).
No exame físico, a inspeção deve ser efetuada com posição ortostáti ca. A
posição de decúbito não é adequada, uma vez que a acomodação dos tecidos,
decorrente da ação da gravidade, pode mascarar o grau de acometimento dos
tecidos. Além das alterações de relevo, inspecionam-se alterações associadas
como: coloração tecidual, telangectasias, varizes, estrias, hiperqueratose folicular,
tonicidade muscular e dor à palpação. (GUIRRO; GUIRRO, 2002, p. 360).
Há quatro fatores clínicos encontrados na palpação da FEG, que são
conhecidos como “tétrade de Ricoux”, são: aumento da espessura do tecido
subcutâneo maior consistência tecidual, maior sensibilidade à dor, diminuição da
mobilidade e aderência aos planos mais profundos.

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
51

Entre os testes clínicos, há o teste da casca de laranja (ou pele de laranja), e o


teste de preensão (ou do beliscão). No teste da casca de laranja, o profissional deve
pressionar o tecido adiposo entre os dedos polegar e indicador ou entre as palmas
das mãos, evidenciando na pele um aspecto de casca de laranja. Além disso, esse
aspecto também pode ser evidenciado quando é solicitado que a cliente realize a
contração muscular de forma voluntária. A aparência auxilia na classificação dos
graus do FEG. Quanto mais evidenciado o aspecto, maior o grau do FEG. Já no
teste de preensão, deve-se pressionar entre os dedos a pele juntamente com o
tecido adiposo, e promover uma tração vertical. A presença de dor mais incômoda
que o normal é sinal de FEG associado à alteração da sensibilidade dolorosa
(BORGES; SCORZA, p. 386).

Figura 6. Teste casca de laranja.

FONTE: (BORGES; SCORZA, p. 387).

Figura 7. Teste de preensão.

FONTE: (BORGES; SCORZA, p. 387).

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
52

CLASSIFICAÇÃO DO FEG QUANTO AO ASPECTO CLÍNICO


O FEG é classificado em graus ou estágios evolutivos que variam de 1 a 4 na
maior parte dos autores. Após a realização dos testes clínicos de pele de laranja e
teste de preensão, identificam-se alterações cutâneas macroscópicas, sensibilidade
à dor e prognóstico. A partir daí, inicia-se a classificação das lesões teciduais em
estágios que, segundo a gravidade, subdividem-se em celulite branda ou grau 1;
moderada ou grau 2; e grave ou grau 3. Alguns autores acrescentam uma quarta
classificação, denominada de grau 4 (BORGES; SCORZA, 2016, p. 388).

Celulite branda ou grau 1: o aspecto de casca de laranja é percebido


somente pela compressão entre os dedos ou pela contração muscular
voluntária. Não há alteração da sensibilidade à dor e não é percebida
alteração clínica. Tem bom prognóstico.
Celulite moderada ou grau 2: as depressões são visíveis mesmo sem a
compressão dos tecidos. O aspecto celulítico se agrava após a compress ão
entre os dedos ou após a contração muscular voluntária. Pode ocorrer
redução da temperatura da pele e edema local.
Celulite grave ou grau 3: a pele apresenta-se com o aspecto de casca de
laranja, observado mediante a simples inspeção, e em qualquer posição do
corpo (sentada ou em decúbito). Existe ainda a presença de nódulos
palpáveis e dolorosos, e a pele adquire um aspecto de saco de nozes, mais
aparente sob compressão.
Celulite grau 4: o aspecto de casca de laranja também é observado em
qualquer posição do corpo, a pele apresenta-se f lácida e com pouco tônus
muscular. Representa a evolução do grau 3, mas com nódulos mais
palpáveis, visíveis e aderentes aos planos prof undos. Apresenta sensação
de dor aumentada e presença de f ibrose. (BORGES; SCORZA, 2016, p.
388).

Quanto aos aspectos histológicos, a LDG se distingue por três fases evoluti vas:

- a inicial se caracteriza por alterações da hipoderme, que se dif erencia do


tecido adiposo normal pela existência de adipócitos deformados, associados
à estase linf ática, com pontos de micro -hemorragias e prolif eração de
f ibroblastos;
- na segunda f ase a f ibroplasia se intensif ica, com neocolagênese e
neof ormação capilar além de f ocos de edema discreto na derme. Essa f as e
corresponde ao aspecto de “cascade laranja”. É denominada paniculopatia
edematof ibroesclerodérmica inicial.
- a terceira f ase é representada pela acentuação dos f enômenos
precedentes correspondendo a uma dermopaniculopatia
edematof ibroesclerose com hiperplasia do colágeno e esclerose das traves
conjuntivas da hipoderme e parte prof unda da derme que clinicamente
corresponderiam aos nódulos palpáveis. CUNHA (2015. P. 101)

Agnes (2019) prefere usar o termo “aspecto celulítico”, pois o grau I e grau II
são considerados como fase edematosa, não há fibrose, então não pode ser celulite
sem fibrose e também porque existem algumas alterações que visualmente mostram

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
53

a pele com as mesmas deformidades, com causas diferentes. Uma avaliação correta
é aquela que consegue diferenciar os aspectos celulíticos nas seguintes situações:
Hipertrofia adipocitária: quanto mais denso e volumoso estiver o tecido
subcutâneo, mais hipertrófico estará o tecido adiposo, popularmente conhecido
como “celulite compacta”. Normalmente, ao pressionar o tecido adiposo, a paciente
relata dor com diferentes intensidades.
Lipedema: o tecido adiposo não estará totalmente hipertrófico, ao contrário,
haverá volume significativo de líquido no espaço intersticial. O profissional deve
realizar uma prega com o dedo indicador e polegar. Ao constatar que há facilidade
desse pinçamento, sem a sensação da dor, podemos dizer que é um caso de
lipedema.
Flacidez de pele: o pinçamento com as pontas dos dedos de forma suave com
o estiramento milimétrico da pele poderá revelar um colágeno comprometido.
Flacidez muscular: a falta de tecido muscular compromete a harmonia
corporal e a sustentação de todos os tecidos sobrepostos. Um exemplo são as
famosas “bananinhas” abaixo da prega glútea que ocorre nas mulheres com flacidez
de glúteo.
Fibrose: caracteriza a celulite a partir de uma avaliação em que o profissional
sente a fibrose durante a palpação.

3.3 TESTES E EXAMES FÍSICOS NA AVALIAÇÃO DO FEG

Avaliação manual
A mão do terapeuta estará espalmada com os dedos unidos, exceto o polegar,
e assim deslizará de baixo para cima. Com o paciente em posição ortostática, com
os músculos relaxados e vestimenta adequada, inicia-se o movimento da mão a
partir da metade posterior da coxa subindo até o final da região glútea. Assim,
poderá ser observada a presença de dor, fibroses, flacidez de pele e muscular e
lipedema.

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
54

Termografia
Avalia a temperatura da superfície de pele utilizando placas flexíveis
compostas de cristais termossensíveis de colesterol. Submete-se a área a ser
avaliada ao termógrafo após 15 minutos de repouso numa temperatura ambiente
entre 20 °C e 24 °C. A cor da placa muda de acordo com a temperatura da pele
(BORGES; SCORZA, 2016).
Segundo Guirro e Guirro (2002), a imagem que surge pode ser homogênea ou
não, quanto mais uniforme for a imagem, com a coloração verde ou rosada, menor é
o envolvimento circulatório da área, o que clinicamente corresponde ao grau I ou
ausência de FEG. Já as zonas que indicam hipotermia, que no exame aparece como
zonas escuras (“pele de leopardo”), indicam um grau mais avançado.
Encontramos também alguns exames pouco utilizados na prática clínica, mas
descritos na literatura, tais como: monofilamentos de Semmes-Weinstein,
ultrassonografia de alta resolução, ecografia bidimensional, xerografia, ressonância
nuclear magnética e exames anatomopatológico.
Meyer et. al. (2005) desenvolveram e aplicaram um instrumento de coleta de
dados que permite avaliar o grau de FEG e os níveis de alterações sensitivas
decorrentes desta afecção, denominado Protocolo de Avaliação do Fibro Edema
Geloide (PAFEG). Este é de fácil aplicação e permite classificar de forma adequada
e objetiva, dando condições de programar um plano de tratamento de maneira mais
segura e eficaz, respeitando a particularidade de cada paciente.

ESTRIAS
As estrias são consideradas como umas das alterações cutâneas que geram
um grau relevante de insatisfação estética, tanto para homens quanto para mulheres
(BORGES; SCORZA, 2016, p. 429).
Caracterizada como uma condição comum da pele, as estrias são causadas
pela ruptura das fibras elásticas presentes na derme, identificadas por pequenas
rugas transversais que desaparecem com a tração do segmento. O rompimento das
fibras elásticas também contribui para uma atrofia dérmica, sendo definida como
uma atrofia tegumentar adquirida. As estrias surgem perpendicularmente ao eixo de
maior tensão da pele e acompanham as linhas de clivagem (linhas de Langer),

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
55

tendendo à bilateralidade. As estrias são chamadas de atróficas em virtude de


algumas peculiaridades encontradas na região estriada, como diminuição da
espessura da pele, pregueamento, adelgaçamento, secura, redução da elasticidade
e ausência de pelos.
Inicialmente, as estrias apresentam-se com uma tonalidade avermelhada
estrias rubras), e após algum tempo, começam a apresentar uma aparência branco-
nacarada. Não ocasionam nenhum problema médico significativo, no entanto,
podem gerar sofrimento e redução da autoestima para os indivíduos atingidos
(BORGES; SCORZA, 2016, p. 430).
A aparência das estrias pode variar. Em muitos casos, é uma lesão em
depressão; em outros poucos se apresenta mais elevada em relação ao nível da
pele. Histologicamente, as estrias novas apresentam escassez de fibras elásticas,
posteriormente, algumas mostram um aumento marcante da espessura das fibras
elásticas, em resposta a alguma lesão ou alteração tecidual (GUIRRO; GUIRRO,
2002, p. 401).

CICATRIZES INESTÉTICAS
As cicatrizes são o resultado inevitável da lesão, inten cional ou acidental, da
pele (GUIRRO; GUIRRO, 2002, p. 413). Segundo Yamamoto e Jalil (2008),
independente do mecanismo de agressão, por resposta celular, molecular e
coordenada, ocorre um processo regenerativo celular que resulta desde cicatrizes
estéticas até aberrantes. Inúmeros tipos de agressão à pele podem gerar cicatrizes,
sendo a gravidade relacionada ao grau e à duração da resposta inflamatória e
profundidade de dano tecidual.
Cicatrização é o mecanismo eficiente de reparação tecidual que promove
revitalização da epiderme e a substituição da derme por uma nova matriz
extracelular (GUIRRO; GUIRRO, 2006). Existem três fases na cicatrização, a
inflamatória, a fibroblástica ou proliferativa e a de remodelamento ou reparadora.
Independentemente do tipo de cirurgia a ser realizada, um dos aspectos a
serem avaliados é a cicatriz, uma vez que a aparência é sempre uma preocupação
do paciente. As cicatrizes inestéticas fazem parte do dia a dia dos cirurgiões e, em
função disto, busca-se métodos preventivos e técnicas cirúrgicas modernas visando

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
56

minimizar os riscos do aspecto inestético e as repercussões sintomáticas e


funcionais. Muitos métodos vêm sendo utilizados para o tratamento como cirurgias,
laser, crioterapia, tratamentos invasivos e não invasivos como os géis de uso tópico
para a manipulação (Yamamoto e Jalil, 2008).
Uma evolução normal das fases de cicatrização em um indivíduo saudável
geralmente determina uma cicatriz final de bom aspecto estético e funcional.
Qualquer interferência nesse processo, como excesso de tensão cicatricial,
infecções, rejeições, deiscência de suturas, más condições fisiológicas da pele ou do
corpo, patologias associadas, debilidades nutricionais etc. pode interferir na cascata
cicatricial, contribuindo para o aparecimento de cicatrizes de má qualidade,
alargadas, pigmentadas, aumentadas ou inestéticas (BORGES; SCORZA, 2016,
p.45).
Segundo Ferreira e Assumpção (2008), qualquer interferência nesse processo
pode levar à formação de cicatrizes de má qualidade, alargadas e pigmentadas.
Dentre as afecções cicatriciais, destacam-se a cicatriz hipertrófica e o queloide, que
ocorrem a partir de hiperproliferação de fibroblastos, com consequente acúmulo de
matriz extracelular, especialmente pela excessiva formação de colágeno.
Uma cicatriz hipertrófica apresenta característica de regredir espontaneamente
dentro de um período de um ano e a hipertrofia ocorre dentro dos limites da lesão.
Já os queloides são geralmente uma situação definitiva, não apresentam melhora
espontânea e a formação fibrosa estende-se além dos limites originais da lesão
(GUIRRO; GUIRRO, 2002, p. 416).

HISTOPATOLOGIA
A localização básica das alterações do quelóide é a derme prof unda
(reticular). Neste local, as f ibras colágenas se arranjam sob a f orma de
nódulos que aumentam de tamanho e se distribuem de maneira irregular.
Nas cicatrizes hipertróf icas, o colágeno não é nodular, sendo mais regular e
mais delgado com as f ibras dispostas paralelamente em relação à
superf ície. Além do colágeno, estão presentes substância amorf a e
capilares, que tendem a diminuir em f avor do aumento do colágeno. A
mucina excede na substância amorf a de quelóides e está praticamente
ausente nas cicatrizes hipertróf icas. Ao redor dos capilares, encontram-se
mastócitos e alguns linf ócitos. O número de mastócitos está aument ad o em
relação à pele normal. As f ibras elásticas estão praticamente ausentes no
quelóide, entretanto, podem ser encontradas na cicatriz hipertróf ica. A pele
da lesão queloideana tem a epiderme achatada, além de ser desprovida de
pêlos, glândulas sebáceas e sudoríparas. A ausência de anexos associada
à tensão na superf ície da lesão lhe conf ere o aspecto brilhante. (Ferreira e
Assumpção, 2008, p.41).

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
57

Há também a cicatriz atrófica, a qual é caracterizada por depressões dérmicas.


Segundo Ferreira e Assumpção (2008), as cicatrizes atróficas são mais comumente
provocadas por destruição do colágeno durante doenças cutâneas de caráter
inflamatório, como acne nódulo-cística ou varicela, ou após traumas, queimaduras e
cirurgias. São cicatrizes de difícil tratamento, geralmente abordadas cirurgicamente.

Figura 8. Tipos de cicatrizes inestéticas

FONTE: (BORGES; SCORZA, 2016, p.45 E 46).

DIÁSTASE ABDOMINAL
Uma outra afecção importante a ser avaliada é a diástase abdominal, pois
muitas mulheres chegam ao consultório de fisioterapia dermatofuncional, queixando-
se do aspecto do abdômen e, na maioria das vezes, ela está associada a outras
comorbidades como as lipodistrofias, flacidez e estrias.
A diástase abdominal trata-se de um afastamento que ocorre ao nível dos
músculos abdominais e tecido conjuntivo e, geralmente, ocorre durante o período da
gravidez, sendo a principal causa da tradicional flacidez abdominal.
Diástase do reto abdominal é uma separação da linha média (linha alba) dos
músculos retos da parede abdominal. É uma abertura da linha média do
abdômen, palpável de mais de 2,5 cm, ou qualquer abaulamento visível durante
esforço é considerado como uma diástase.
A diástase reto abdominal comumente ocorre ao redor do umbigo, mas pode
ocorrer em qualquer lugar entre o processo xifóide e o osso púbico. Isso ocorre
devido a uma fraqueza da musculatura abdominal junto com alterações hormonais
maternas e o aumento da tensão na parede abdominal pelo útero crescente. A

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
58

diástase reto abdominal pode ocorrer em diferentes graus durante a gravidez e pode
não se resolver espontaneamente no período pós-parto (Alaor, 2014).
Este afastamento não acontece em todas as gestantes de igual forma, até
porque em muito dos casos, este fator não é notório. No entanto, este afastamento
pode atingir os 10 cm de distância com implicações reto abdominais, dado que
causa uma fraqueza abdominal. Alguns estudiosos aceitam qualquer afastamento
entre os retos abdominais, outros consideram um afastamento superior a 1 cm, 2
dedos ou 3 cm. A maneira mais simples de avaliar é mensurar a quantidade de
polpas digitais que cabem entre as bordas mediais dos músculos. Porém, o uso do
paquímetro é a melhor ferramenta.

Atualmente, para verif icação da redução da diástase do músculo reto


abdominal em puérperas, após a intervenção f isioterápica no período
imediato, utiliza-se um instrumento de medição precisa de diâmetro e
espessura conhecido como paquímetro, do tipo usado em engenharia. Ele
conf ere maior f idedignidade na medida da separação dos retos se
comparando ao dedo do examinador (BORGES, VALENTIN, 2002).

Figura 9. Tipos de Diástase

Fonte: https://www.tuasaude.com/diastase-
abdominal/#:~:text=A%20di %C3%A1stase%20abdominal%20%C3%A9%20o,dor%20lombar%20
no%20p%C3%B3s%2Dparto. Pinheiro, 2020.

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
59

A avaliação é feita com a pessoa deitada em decúbito dorsal, com os joelhos


flexionados e os pés apoiados na cama, com os braços ao lado do corpo. Nessa
posição, é solicitada a flexão anterior do tronco até que a borda inferior da escápula
esteja fora do leito. O examinador palpa a borda medial dos feixes do reto abdominal
e posiciona o paquímetro nas posições acima da cicatriz umbilical, na cicatriz e
abaixo dela.

Figura 10. Mensuração da diástase supraumbilical dos músculos reto abdominais com o
auxílio do paquímetro.

Fonte: Mesquita, et.al., 1999.

Uma forma mais prática e barata de se avaliar é usando os dedos, realizando


uma avaliação manual. Basta localizar a diástase, posicionar e calcular a distância
de acordo com o número de dedos. Uma dica seria de o avaliador medir o
comprimento de seu dedo.
Figura 11. Avaliação manual da diástase

Fonte: Alaor, 2014.

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
60

Segundo Alaor (2014), a separação do músculo reto abdominal pode causar


uma série de problemas. Sem a estabilização dinâmica que os músculos abdominais
fornecem, a fraqueza na parede abdominal pode comprometer a estabilidade
corporal e a mobilidade; contribui para aparecimento de dor nas costas, compromete
a postura, hérnias, além de problemas estéticos e as últimas pesquisas relatam
incontinência urinária.

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
61

REFERÊNCIAS

BORGES, Fábio dos Santos; SCORZA, Flávia Acedo. Terapêutica em estética:


Conceitos e técnicas. 1. ed. São Paulo: Phorte, 2016

GUIRRO, Elaine Caldeira de Oliveira; GUIRRO, Rinaldo Roberto de J. Fisioterapia


dermato-funcional: fundamentos, recursos, patologias. 3. ed. Barueri: Manole, 2002

AGNE, Jones Eduardo. Eletroterapia na gordura localizada. Santa Maria: [s. n.],
2019

MEYER, Patrícia Froes, et. al. Desenvolvimento e aplicação de um protocolo de


avaliação fisioterapêutica em pacientes com Fibro Edema Gilóide. Fisioterapia
em movimento, Curitiba, v. 18, nº1, p. 75-83, jan-mar., 2005.

TACANI, Rogério Eduardo; CAMPOS, Maria Silvia Mariani Pires dos. A fisioterapia,
o profissional fisioterapeuta e seu papel em estética: Perspectivas históricas e
atuais. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, ano II, nº4, jul./dez., 2004.

GUEDES, Dartagnan Pinto; Procedimentos clínicos utilizados para análise da


composição corporal. Revista Brasileira de Cineantropometria e desempenho
humano, v. 15, nº1, p. 113, 2012.

ARAÚJO, Guilherme T.; Antropometria. Apostila do Curso Nacional de Nutrologia,


2015.

MUNIZ, Gilmar Ribeiro; BASTOS Francisco Inácio; Prevalência de obesidade em


militares da força aérea brasileira e suas implicações na medicina
aeroespacial. R. Educ. Tecn. Apl. Aeron. Vol.2, nº1, p. 25-36, out. 2010.

RODRIGUES, Maurício Nunes, et. al. Estimativa da gordura corporal através de


equipamentos de bioimpedância, dobras cutâneas e pesagem hidrostática.
Revista Brasileira M ed. Esporte, v 7, nº 4, jul/ago, 2001.

EICKEMBERG, Michaela, et. al. Bioimpedância elétrica e sua aplicação em


avaliação nutricional. Revista de Nutrição, Campinas, 24(6), p. 883-893, nov./dez.,
2011.
JAHARA, Rodrigo Soliva. Sistema 4D no tratamento do melasma: peeling
químico, peeling de cristal e diamante e LED. 1 Ed., Rio de janeiro, Thieme
Revinter Publicações, 2018.

MOZER, Ivone, Como eu faço Peeling. 1ª Edição, Curitiba, Midiograf II, 2018.

MOZER, Ivone, Como eu faço Cosmetologia. Volume II, 1ª Edição, Curitiba,


Midiograf II, 2019.

BORGES, Fábio dos Santos; VALENTIN, Ericka Christine. Tratamento da flacidez


e diástase do reto-abdominal no puerpério de parto normal com o uso de

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
62

eletroestimulação muscular com média frequência – Estudo de caso. Revista


Brasileira de Fisioterapia Dermatofuncional, v. 1, nº1, 2002.

FORNO, Luísa Giovana Villani, et.al. Padronização da ficha de anamnese facial.


Revista saúde integrada, v. 12, n. 23 (2019) – ISSN 2447-7079
http://local.cnecsan.edu.br/revista/index.php/saude/index.

SOUZA, Ana Mariana Kamilla, et.al., Importância da anamnese para fisioterapia:


revisão bibliográfica. RESU – Revista Educação em Saúde: V4, N1, 2016 – ISSN:
2358-9868

SANTOS, N.; VEIGA, P.; ANDRADE,R., Importância da anamnese e do e


Importância da anamnese e do exame físico para o cuidado do enfermeiro.
Rev. Bras. Enferm., Brasília 2011 mar-abr; 64(2): -abr; 64(2): 355-8.
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&nrm=iso&lng=pt
&tlng=pt&pid=S0034-71672011000200021#end. Acesso em: 07 abr. 2017.

BARROS, Ivan da Costa. Examinando pacientes - A ANAMNESE. 2004.

ARAÚJO, Desiane Rodrigues, et. al. A importância da anamnese e do exame


físico para o diagnóstico de enfermagem. INTERNATIONAL NURSING
CONGRESS Theme: Good practices of nursing representations In the construction
of society May 9-12, 2017.

VIANA, Dirce Laplaca; PETENUSSO, Márcio. Manual para realização do exame


físico. 2ª ed.São Caetano do Sul, SP. Yendis editora, 2011.

BARROS, Alba Lucia Bottura Leite de. Anamnese e exame físico: avaliação
diagnóstica de enfermagem no adulto. 3ª ed. Porto Alegre, RS, Artmed, 2016.

PORTO, Celmo Celeno. Semiologia médica. 7ª ed. São Paulo, SP. Editora
Guanabara Koogan, 2013.

PORTO, Celmo Celeno. Exame clínico. 8ª ed. São Paulo, SP. Editora Guanabara
Koogan, 2017.

BENSEÑOR, Isabela M. Anamnese, exame clínico e exames complementares


como testes diagnósticos / Clinical examination and laboratory investigation
as diagnostic tests. Rev. Med., São Paulo, SP. 2013.

SEIDI, Eliane Maria Fleury; ZANNON, Célia Maria Lana da Costa. Qualidade de
vida e saúde: aspectos conceituais e metodológicos. Cad. Saúde Pública, Rio de
Janeiro, 20 (2): 580-588, mar- abr, 2004.

FIGUEIREDO, Carlos. Definição dos perfis somatotipológicos de atletas


masculinos praticantes de musculação, categoria avançada, em academias de
Porto Alegre. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre – RS. Dez,
2010.

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
63

GONÇALVES, Thales de Oliveira; et al. Uma análise da viabilidade de estimar


somatotipos de fisiculturistas através de medições em imagens. XXI Congresso
Brasileiro de Automática - CBA2016 UFES, Vitória - ES, 3 a 7 de outubro. ISSN
2525-8311.

GORLA, José Irineu; et al. Composição corporal e perfil somatotípico de atletas


da seleção brasileira de futebol de 5. http://dx.doi.org/10.1016/j.rbce.2015.12.016
0101-3289/© 2015 Colegio ´ Brasileiro de Ciencias ˆ do Esporte. Publicado por
Elsevier Editora Ltda. Este é um artigo Open Access sob uma licença CC BY-NC-ND
(http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

FERREIRA, Carluz Miranda; ASSUMPÇÃO, Evaldo Alves. Cicatrizes hipertróficas


e quelóides. Rev. Soc. Bras. Cir. Plást. 2006; 21(1): 40-8.

YAMANOTO, Aline Kaorl; JALIL, Samia Morouf Abdel. Cicatrizes inestéticas. Rev.
Conexão Eletrônica – Três Lagoas, MS - Volume 15 – Número 1 – Ano 2018

PINHEIRO, Marcelle. Diástase abdominal: o que é, como identificar e o que


fazer. Disponível em: https://www.tuasaude.com/diastase-
abdominal/#:~:text=A%20di%C3%A1stase%20abdominal%20%C3%A9%20o,dor%2
0lombar%20no%20p%C3%B3s%2Dparto. Março, 2020.

ALAOR, Alvaro. Diástase do reto abdominal. Disponível em:


http://www.alvaroalaorpilates.com/2014/09/diastase-do-reto-abdominal/

RODRIGO. Biotipo corporal, você sabe qual é o seu? Disponível:


https://blog.beard.com.br/biotipo-corporal-voce-sabe-qual-e-o-seu/. Publicado em
setembro, 2019.

BOMBARDI, Patrícia. IMC: saiba porque o método é um tremendo erro para


avaliação da composição corporal. Disponível em:
https://oniquenutrition.com/blog/imc/. Publicado em julho, 2016.

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.

Você também pode gostar