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DO AUTOR
II ENCONTRO DE FARMÁCIA EM HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA

Controle de Qualidade em
Hematologia

Ana Kélvia Araújo Arcanjo

Farm. Bioquímica
Mestre em Ciências da Saúde - UFC

09 DE OUTUBRO DE 2019
QUALIDADE EM HEMATOLOGIA

• Objetivo: assegurar a
confiabilidade dos testes
hematológicos em todas
as fases:
• pré-analítica.

• Analítica.

• Pós-analítica.

Laboratório de hematologia: teorias, técnicas e atlas, 2015.


SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE
HEMOQUALI
QUALIDADE EM HEMATOLOGIA
Erros: Fases do Programa de Qualidade
FASE PRÉ-ANALÍTICA

• Compreende todos os
processos anteriores à
amostra ser processada pelo
equipamento e analisada
pelo citologista.

Laboratório de hematologia: teorias, técnicas e atlas, 2015.


FASE PRÉ-ANALÍTICA- Cadastro do
paciente
FASE PRÉ-ANALÍTICA- Coleta de
sangue
FASE PRÉ-ANALÍTICA: Transporte da amostra.

o 18°C a 25°C, na posição vertical.

o Recipiente isotérmico, higienizável,


impermeável.

o Chegar ao local para análise no


máximo em quatro horas após a
coleta.

o IDENTIFICAÇÃO: simbologia de
“Risco Biológico” com a frase
“Espécimes para diagnóstico”.

Laboratório de hematologia: teorias, técnicas e atlas, 2015.


FASE PRÉ-ANALÍTICA: Erros mais comuns

o Preenchimento inadequado do pedido.


o Troca na identificação tubo/lâmina.
o Tempo excessivo do torniquete.
o Coleta difícil e lenta (pediátrica).
o Volume do sangue inadequado.
o Lâmina mal confeccionada e EDTA.
o Homogeneização insuficiente do tubo.

Laboratório de hematologia: teorias, técnicas e atlas, 2015.


FASE PRÉ-ANALÍTICA: O que se pode evitar?

o Repetição do exame e da coleta.

o Diagnóstico incorreto que conduza


a um tratamento inadequado.

Laboratório de hematologia: teorias, técnicas e atlas, 2015.


FASE PRÉ-ANALÍTICA: Rejeição da amostra.

o Amostra sem identificação.

o Com identificação errada


ou duvidosa.

o Amostra com volume


insuficiente.

o Transportada de modo
(A) Sangue com hemólise (seta).
(B) Sangue lipêmico (B). inadequado.
(C) Sangue com aglutinação provocada por
anticorpo frio.

Laboratório de hematologia: teorias, técnicas e atlas, 2015.


FASE PRÉ-ANALÍTICA: Recebimento da
amostra.
FASE ANALÍTICA

Corresponde à fase da realização da


análise propriamente dita
(Processamento do hemograma).

Integram esta fase:


o Manutenção dos equipamentos.
o Calibração.
o Validação.
o Controle de qualidade.
o Preparação e análise da amostra.

Laboratório de hematologia: teorias, técnicas e atlas, 2015.


FASE ANALÍTICA: Programa de Qualidade

o Garantir a confiabilidade dos resultados do laboratório.


o Monitorar a estabilidade do processo ao longo do
tempo.
o Identificar erros e realizar as ações corretivas
necessárias.
o Definir o plano de contingência.
o Capacitar os profissionais por meio de educação
permanente.
o Monitorar e registrar diariamente todo o processo.
FASE ANALÍTICA: Medidas p/ implantação da
melhoria da qualidade.
o POP e Its.
o Manuais de operação dos
equipamentos.
o Orientações dos fornecedores (bulas)
para elaboração dos procedimentos e os
respectivos registros.
o Monitoração do plano de manutenções
preventivas.
o Verificação e o registro de eventuais
manutenções corretivas.
o Controle da validação.
o Calibração dos equipamentos.

Laboratório de hematologia: teorias, técnicas e atlas, 2015.


FASE ANALÍTICA: Definições de alguns termos

• Erros sistemáticos: ocorrem de maneira


regular e constante, resultando na perda de
exatidão.

• Erros aleatórios: são chamados de erros


randômicos, ao acaso - resultados se afastam
do valor esperado, relacionados com a
imprecisão.

• Erro total: é o somatório do erro sistemático


com o erro aleatório.

International Federation of Clinical Chemistry (IFCC), 2015.


FASE ANALÍTICA: Definições de alguns termos

• Exatidão: capacidade do método em apresentar resultados próximos do


valor verdadeiro. A exatidão é a concordância entre o valor medido de um
analito e seu valor real.

Precisão: A precisão revela a capacidade de o método, em determinações repetidas


em uma mesma amostra, fornecer resultados próximos entre si.
Reprodutibilidade: corresponde à concordância entre resultados do mesmo
analito, realizado sob condições de medidas alteradas.

International Federation of Clinical Chemistry (IFCC), 2015.


FASE ANALÍTICA: Validação dos equipamentos

o A validação consiste em avaliar seu nível de erros frente a uma


determinada especificação de qualidade.

o Em hematologia, a validação dos analisadores hematológicos deve ocorrer


na sua implantação.

o É importante a validação dos reagentes a cada lote novo.

Laboratório de hematologia: teorias, técnicas e atlas, 2015.


FASE ANALÍTICA: Validação dos reagentes

Laboratório de hematologia: teorias, técnicas e atlas, 2015.


FASE ANALÍTICA: Calibração dos equipamentos

o Qualquer ajustamento feito em um instrumento para corrigir os resultados


obtidos de modo a torná-los "verdadeiros".

o A verificação da calibração pode ser realizada a qualquer momento para


confirmar as condições de exatidão do sistema analítico.

o Realização periódica (semestralmente) e, quando houver alteração no


sistema analítico (manutenção do equipamento).

Laboratório de hematologia: teorias, técnicas e atlas, 2015.


FASE ANALÍTICA: CONTROLE DE QUALIDADE

RDC no 302/2005
FASE ANALÍTICA: CONTROLE INTERNO

o Tem a finalidade de verificar a calibração dos sistemas analíticos e


garantir a reprodutibilidade (precisão) dos resultados, além de indicar
a necessidade de ações corretivas.

o Melhor opção é a utilização de controles comerciais.

o Devem ser estabelecidos controles internos e externos da qualidade.

o Na indisponibilidade de controles comerciais adequados, sejam


adotadas formas alternativas de controle que possibilitem avaliar a
precisão da análise.

RDC no 302/2005
FASE ANALÍTICA: CONTROLE INTERNO

o Utilizar o CI comercial nos três


níveis (alto, normal e baixo),
antes do início da rotina.

• Amostra retida – Repetição de


amostras da rotina.

Laboratório de hematologia: teorias, técnicas e atlas, 2015.


FASE ANALÍTICA: CONTROLE INTERNO

Controle comercial. Gráfico de Levey-Jennings. Monitora o


coeficiente de variação, a média e o DP.

Laboratório de hematologia: teorias, técnicas e atlas, 2015.


FASE ANALÍTICA: Ensaio de proficiência

Laboratório de hematologia: teorias, técnicas e atlas, 2015.


FASE ANALÍTICA: CONTROLE EXTERNO

• Os controles externo e interno têm funções complementares na qualidade


do laboratório.

• No Brasil, o ensaio de proficiência vem sendo utilizado há mais de 30 anos.

Laboratório de hematologia: teorias, técnicas e atlas, 2015.


FASE ANALÍTICA: Ensaio de proficiência -EP

o Avalia o desempenho do laboratório por meio de comparações interlaboratoriais.

o É conduzido por uma terceira parte (o provedor).

o Maior capacidade de monitoração do erro aleatório ao CI e do erro sistemático ao EP.

Laboratório de hematologia: teorias, técnicas e atlas, 2015.


FASE ANALÍTICA: Ensaio de proficiência

• O laboratório deve ter o ensaio de proficiência implantado para todos os ensaios


da sua rotina.

• Para o laboratório participar e obter o resultado com o ensaio de proficiência,


convém:
o Definir um responsável pelo programa.

o Conduzir toda a equipe na rotina relacionada com o programa,

o identificar e treinar a equipe envolvida no processo,

o determinar os responsáveis pelo recebimento, pela inspeção, distribuição,


pelo armazenamento e pelo relato dos resultados obtidos.

RDC no 302/2005 da Anvisa


FASE ANALÍTICA: Microscopia

o O microscópio: instrumento fundamental para a qualidade na hematologia.


o Problemas no microscópio: podem induzir o citologista ao erro durante a
análise.
Manutenções: próprio citologista e
técnico especializado.
o Diária: limpeza (álcool
isopropílico ou éter).
o Mensal: verificar a iluminação
e a centralização do foco.
o Semestral: manutenção
preventiva.

Laboratório de hematologia: teorias, técnicas e atlas, 2015.


FASE ANALÍTICA: Padronização em microscopia

• Ação importante na garantia da


qualidade.

• Dessa maneira, os citologistas:


o Treinamentos teóricos e práticos.

o Discussão de casos hematológicos.

o Realização dos controles interno e


externo (ensaio de proficiência).

Laboratório de hematologia: teorias, técnicas e atlas, 2015.


FASE ANALÍTICA: Homogeneizadores

o Analisadores hematológicos
não têm uma homogeneização
satisfatória, logo interfere,
principalmente, nos parâmetros
da série vermelha.

Homogeneizador automático: utilizado antes das


amostras serem processadas no equipamento.

Laboratório de hematologia: teorias, técnicas e atlas, 2015.


FASE PÓS-ANALÍTICA

o Inicia após a obtenção de resultados


válidos das análises e termina com a
emissão do laudo.

o A entrega do laudo deve ser eficiente,


evitando trocas, extravios e dentro do
turnaround, ou tempo de resposta
(TAT).

o Os valores críticos devem ser avisados


imediatamente.

RDC nº 302/2005 (Anvisa)


FASE PÓS-ANALÍTICA: Erros potenciais

o Representa uma variação do estado fisiopatológico normal.

o Que pode levar a risco de morte.


Laboratório de hematologia: teorias, técnicas e atlas, 2015.
FASE PÓS-ANALÍTICA: Armazenamento de amostras

o Não pode ser longo (sangue total -


baixa estabilidade).

o Sangue total: 2°C a 8°C/24h.

o Esfregaço sanguíneo: na
laminoteca à temperatura
ambiente/30 dias.

Laboratório de hematologia: teorias, técnicas e atlas, 2015.


QUALIDADE EM HEMATOLOGIA
“A mente que se abre a uma nova ideia jamais
voltará ao seu tamanho original”
Albert Einstein

OBRIGADA!!
kelvia2003@gmail.com
(88)9-9962-46-73

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