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Função Renal
Marcadores bioquímicos da função
renal
37 p.
CDU: 612.3
Estrutura anatômica
Funções dos rins
A unidade funcional do rim é o
néfron,
As funções dos rins incluem:
A regulação, o balanço de água,
Eletrólitos e equilíbrio ácido-
base
Excreção dos produtos do
metabolismo de proteínas e do
ácido nucleico, tais como ureia,
creatinina e ácido úrico.
Metabolismo ósseo
Atividade eritropoética
Controle da pressão arterial.
Biomarcadores
• biomarcadores são definidos como indicadores quantitativos de
processos biológicos ou patológicos empregados para fins de
diagnóstico ou de monitoração da terapêutica.
Doença renal crônica
• A doença renal crônica (DRC) é muito mais frequente do que se pensava
anteriormente
• 18% da população adulta dos Estados Unidos da América (EUA), ou seja, cerca de 28
milhões de indivíduos apresentam DRC nos seus diferentes estágios. Estima-se que
no Brasil os números sejam semelhantes.
• É importante observar que a DRC frequentemente cursa silenciosamente até os seus
estágios mais avançados e, quando o paciente procura cuidados médicos, já apresenta
uma ou mais complicação e/ou comorbidade da doença.
• O diagnóstico da DRC, particularmente nos seus estágios iniciais, quando ela é
frequentemente assintomática, ficou enormemente facilitado pela proposta que se
baseia em alterações da taxa de filtração glomerular (TFG) e em marcadores de lesão
da estrutura renal
Taxa de Filtração glomerular
•- URÉIA
•- CREATININA
Os aminoácidos provenientes do catabolismo proteico são desaminados com a
produção de amônia. Como esse composto é potencialmente tóxico, é
convertido em ureia (NH2-CO-NH2) no fígado, associado ao CO2.
A ureia constitui a maior parte do nitrogênio não proteico no sangue. Após a
síntese exclusivamente hepática, a ureia é transportada pelo plasma até os rins,
onde é filtrada pelos glomérulos
Biomarcadores da Taxa de Filtração
Glomerular - URÉIA
O isolamento da uréia em 1773 marcou o início dos esforços para quantificar
funcionalmente o rim.
Apesar de ser muito utilizada por outras especialidades, a dosagem da uréia não é a
mais adequada como teste de função renal. Isso porquê...
• A uréia não é produzida constantemente durante o dia
• sua concentração sanguínea pode variar com a ingestão protéica, sangramento gastrintestinal e o uso
de alguns medicamentos.
• a produção de uréia pode diminuir na insuficiência hepática e a desnutrição.
• a uréia é parcialmente reabsorvida após o processo de filtração (40 a 50%)e, consequentemente, o
cálculo da sua depuração subestima a TFG...
valor normal de uréia varia de 20-40mg/dL.
Hiperurinemia
• primeira, a depuração da creatinina apresenta boa correlação com a determinação da TFG pela inulina.
• Segunda, a excreção da creatinina é relativamente constante durante o dia.
• Terceira, a determinação da creatinina sérica ou plasmática é relativamente simples, bem reproduzível e
realizada na grande maioria dos laboratórios de análises clínicas.
• Contudo, é importante reconhecer que a creatinina por si não é um bom marcador da TFG
Relação entre a depuração de creatinina
e a concentração plasmática de
creatinina. Como a depuração está
relacionada com a recíproca da
concentração plasmática, pode ocorrer
perda considerável da função renal sem
que a concentração plasmática de
creatinina se eleve acima da variação de
referência (sombreado).
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Progressão da doença renal crônica.
Curvas hipotéticas para mostrar (A) o
declínio da taxa de filtração
glomerular (TFG); (B) o aumento da
concentração plasmática de creatinina
e (C) a diminuição da concentração
plasmática recíproca de creatinina. As
linhas tracejadas mostram as
alterações que podem ser esperadas
se o declínio na função for acelerado
por qualquer razão
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Hipercreatinemia
Qualquer condição que reduza a taxa de filtração glomerular promove menor excreção
urinária de creatinina, com o consequente aumento em sua concentração plasmática
(JACOBS, 1996).
Valores aumentados indicam a deterioração da função renal, com o nível sérico geralmente
acompanhado, paralelamente, a gravidade da enfermidade. Por conseguinte, níveis dentro
de faixa não implicam necessariamente em função renal normal (MOTTA, 2009).
• Causas pré-renais. Aumentos significativos são comuns na necrose muscular esquelética ou atrofia, ou seja,
traumatismos, distrofias musculares progressivamente rápidas, poliomielite, esclerose, miastenia grave e fome. São
ainda encontrados como causas: insuficiência cardíaca congestiva, choque, depleção de sais e água associada ao
vômito, diarreia ou fístulas gastrointestinais, diabetes melito não controlado, uso excessivo de diuréticos, diabetes
insípido de sais, hipertiroidismo, acidose diabética e puerpério (MOTTA, 2009).
• Causas renais. Incluem lesão do glomérulo, dos túbulos, dos vasos sanguíneos, ou do tecido intersticial renal (MOTTA,
2009).
• Causas pós-renais. São frequentes na hipertrofia prostática, nas compressões extrínsecas dos ureteres, nos cálculos e
nas anormalidades congênitas que comprimem ou bloqueiam os ureteres.
Relação uréia : creatinina
• desidratação,
• insuficiência cardíaca congestiva,
• estados febris prolongados
• e uso inadequado de diureticoterapia venosa, condições relativamente frequentes na prática clínica
diária
Filtração glomerular estimada (TFGe)
Cerca de 20% a 40% dos indivíduos com diabetes tipo 1 e 2 irão desenvolver acometimento renal, com
albuminúria e também pela piora da depuração de creatinina o que pode levar a eventos
cardiovasculares prematuros e morte ou a insuficiência renal crônica terminal com necessidade de terapia
renal de substituição.
Referências
• MARSHALL, William J. Bioquímica Clínica - Aspectos Clínicos e
Metabólicos. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2016.
9788595151918. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595151918/.
Acesso em: 21 fev. 2022.
• MURPHY, Michael J. Bioquímica Clinica. [Digite o Local da Editora]:
Grupo GEN, 2019. 9788595150751. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595150751/.
Acesso em: 21 fev. 2022.
Obrigada!
rosangela.vasconcelos@uniceplac.e
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