Você está na página 1de 25

Padronização

de Líquidos
Cavitários
Padronização da execução do exame
de Líquidos Cavitários

Autor: Adriana de Oliveira Dias


Padronização de Líquidos Cavitários
Análise do Aspecto Físico e Bioquímico
Cor:
 Acastanhado
 Amarelo palha
 Avermelhado
 Esverdeado
 Incolor
Aspecto:
 Hemorrágico
 Límpido
 Ligeiramente turvo
 Turvo
Dosagem bioquímica:
 Glicose
 Proteína total
 DHL
Padronização de Líquidos Cavitários
Perfil Citológico Global

Total de células nucleadas


Hemácias

Como realizar a contagem global:

 Realizada no tubo contendo EDTA;


 Homogeneizar o material e preencher a câmara de Neubauer;
 Contar as células nucleadas e as hemácias nos 4 quadrados
laterais divididos em 16;
 Tirar a média das contagens obtidas;
 A média deverá ser multiplica por 10.
Padronização de Líquidos Cavitários
Perfil Citológico Global – Líquidos hemorrágicos

 Fazer uma diluição 1/11 - Pipetar 200 uL de diluente de hematologia (Advia 560/2120) ou solução fisiológica
+ 20 uL da amostra (líquido);
 Preencher a câmara de Neubauer conforme descrito acima;
 Contar os leucócitos nos 4 quadrantes laterais (média);
 Multiplicar o resultado da média obtida por 110 (10 altura da câmara e 11 da diluição).
Padronização de Líquidos Cavitários
Perfil Citológico Diferencial – Preparo da lâmina

Metodologia para unidades que não possuem citocentrífuga e coradora:

 Centrifugar o material por 10 minutos a 1000 rpm;


 A partir da suspensão do sedimento confeccionar 2 lâminas devidamente identificadas com a etiqueta do
paciente;
 Junto ao botão utilizado para confeccionar a lâmina, colocar 25 ul de plasma recém coletado, não há a
necessidades de ser o plasma do paciente, para ajudar a fixar as células na lâmina;
 Secar na estufa;
 Corar.
Padronização de Líquidos Cavitários
Perfil Citológico Diferencial – Preparo da lâmina

Metodologia para unidades que possuem citocentrífuga e coradora:

 Consultar o DOP.LBC.OPC.389.R0: Citocentrifuga.docx em Qualiex → DOCS → Medicina Diagnóstica →


Laboratório Clínico → Operacional → Operação de Equipamentos → Diretriz Operacional Padrão
 Consultar o DOP.LBC.OPC.393.R0: SlidInk – Corador de Laminas.docx → DOCS → Medicina Diagnóstica →
Laboratório Clínico → Operacional → Operação de Equipamentos → Diretriz Operacional Padrão

Hospital Espaço Mariazinha:

 Consultar o DOP.HMA.LAB.003.R0: Citocentrifuga.docx em Qualiex → DOCS → Sancta Maggiore → Hospital


Espaço Mariazinha → Laboratório Clínico → Operacional → Operação de Equipamentos → Diretriz Operacional
Padrão
 Consultar o DOP.HMA.LAB.008.R0: SlidInk – Corador de Laminas.docx em Qualiex → DOCS → Sancta Maggiore
→ Hospital Espaço Mariazinha → Laboratório Clínico → Operacional → Operação de Equipamentos → Diretriz
Operacional Padrão
Padronização de Líquidos Cavitários
Perfil Citológico Diferencial – Laudo Parcial

Diferenciação Celular: Observação para quando houver presença de células atípicas,


acrescentar no campo OBS2:
Neutrófilos
Eosinófilos  Presença de raras células com características atípicas (para
Basófilos quando houver de 2 a 5 células por campo).
Linfócitos  Presença de algumas células com características atípicas (para
Monócitos e Macrófagos quando houver de 5 a 10 células por campo).
Mesoteliais  Presença de numerosas células com características atípicas (para
Plasmócitos quando houver > 10 células por campo).

A soma deverá dar 100% OBS3: Sugere-se correlacionar com laudo de citologia oncótica.

Observação: TODAS as lâminas deverão ser encaminhadas para o NTO para revisão e liberação do
laudo final
MATERIAL DE ENVIO AO NTO

 EDTA

 TUBO BRANCO

 LÂMINA REALIZADA NA UNIDADE


Padronização de Líquidos Cavitários
Perfil Citológico Diferencial – Laudo Parcial

Perfil bioquímico:

As unidades que não processam Proteína e DHL devem acrescentar a observação abaixo no campo do Connect
OBS1: Proteína e DHL em execução

Informação de Laudo Parcial: TODAS AS UNIDADES DEVEM COLOCAR ESTA INFORMAÇÃO NO LAUDO, INCLUSIVE
AS QUE PROCESSAM TODO O PERFIL BIOQUÍMICO.

Acrescentar no campo OBS4: Laudo parcial, sujeito a alteração após revisão.


Padronização de Líquidos Cavitários
Laudo Parcial – Como realizar a liberação no Connect

Após a realização do exame de Glicose no Dimension o pedido ficará com o status I


Padronização de Líquidos Cavitários
Laudo Parcial – Como realizar a liberação no Connect

Para inserir o resultado da Celularidade: clicar no LIQ → clicar em Ins. Res. → Selecionar perfil Padrão
Padronização de Líquidos Cavitários
Laudo Parcial – Como realizar a liberação no Connect

Após digitar o resultado da celularidade:


clicar em Selec. → clicar em Parcial
Padronização de Líquidos Cavitários
Laudo Parcial – Como realizar a liberação no Diagnosis

Entrar no pedido no Diagnosis e clicar em Lib. Parc.

****Encaminhar em Parcial para o NTO aos cuidados da hematologia****


Padronização de Líquidos Cavitários
Morfologia
Padronização de Líquidos Cavitários
Morfologia

Célula Mesotelial:

 Célula com basofilia intensa;


 Relação núcleo/citoplasma médio e núcleo com contornos
regulares bem definidos;
 Pode conter grandes vacúolos ou vacuolizações e observar-
se mitose (ambas características Não devem ser
confundidas com Anel de sinete nem mitose de célula
neoplásica);
 Nucléolos evidentes;
 Podem apresentar tendência em agregar-se, mas Não se
fundem, mantendo sua individualidade (observa-se como
entre as células existe um “espaço” que marca claramente
a individualidade das mesmas)
Padronização de Líquidos Cavitários
Morfologia

Células neoplásicas:

 Células de grande tamanho;


 Núcleos irregulares, excêntricos e
presença de nucléolos;
 Presença de Anel de sinete.
Padronização de Líquidos Cavitários
Morfologia

Canibalismo
Padronização de Líquidos Cavitários
Morfologia

Macrófago fagocitando uma célula mesotelial


Padronização de Líquidos Cavitários
Interpretação: Transudato X Exsudato

Transudato: distúrbio sistêmico que compromete o equilíbrio entre a


formação e reabsorção (processo mecânico)
Exemplos: insuficiência cardíaca, cirrose hepática, síndrome
nefrótica, diálise peritoneal, hipoalbuminemia, urinotórax,
atelectasia

Exsudato: distúrbio sistêmica com comprometimento da membrana,


causado na maioria das vezes por processos inflamatórios
decorrentes de infecção ou por neoplasias.
Exemplos: pneumonia, neoplasia, tuberculose, infecções fúngicas e
virais, embolia pulmonar, pancreatite, pericardite constritiva, pós
revascularização miocárdica, sarcoidose, induzido por drogas
Padronização de Líquidos Cavitários
Interpretação: Transudato X Exsudato

Transudato Exsudato
Volume até 20 mL Volume até 20 mL
Cor amarelo Cor amarelo
Aspecto límpido Aspecto turvo
Coágulo de fibrina ausente Coágulo de possível
fibrina apresentar
Contagem de inferior a 1000/uL Contagem de superior a
leucócitos leucócitos 1000/uL
Glicose > 60 mg/dL Glicose < 60 mg/dL
Proteína < 3 g/dL Proteína > 3 g/dL
LDH < 200 UI/L LDH > 200 UI/L
Recebimento do material no NTO
Receber a amostra juntamente com a lâmina e entregar no setor de hematologia

Setor de Hematologia:

1. Revisa a contagem diferencial da lâmina enviada pela unidade;


2. No Connect retira as observações de laudo parcial, bioquímica em execução e se necessário
substitui a contagem celular (no Dimension da unidade) e libera;
3. Verifica os analitos de bioquímica faltantes e encaminha para dosagem no Atellica;
4. Ainda no connect libera o resultado da bioquímica;
5. No Diagnosis revisa todos os resultado e faz a liberação clínica;
6. Armazenar na soroteca correspondente (BIOQ – congelado e HEMATO- refrigerado)
1 – Revisar a lâmina 2 – Libera no Connect
3 – Verifica bioquímica pendente 4 – Libera Bioquímica
5 – Conferência e liberação clínica 6 – Soroteca

Você também pode gostar