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Epidemiologia
Pensar em 5 órgãos:
1. Coração/pericárdio/válvulas
2. Aorta/grandes vasos
3. Pulmão/pleura/mediastino
4. Esôfago/estômago/abdome superior
5. Pele/nervos/músculos/esqueleto
Deixar causas psiquiátricas por último, mas as mais importantes, que devemos
descartar antes de iniciar qualquer tratamento são as seguintes:
Deve-se lembrar também que em 1/3 dos casos a dor é atípica (paciente muitas
vezes tem comunicação difícil. SEMPRE perguntar). Achados frequentes incluem
indicativos de baixo débito cardíaco, como dispneia (início recente é o mais comum
equivalente isquêmico), diaforese (sudorese intensa), hipotensão, síncope (história
anterior), confusão mental e vômitos. Além desses, devemos suspeitar sempre em
pacientes diabéticos, mulheres, >75 anos, dialíticos e pacientes com transtorno
psiquiátrico.
O exame físico na SCA geralmente é inespecífico e inalterado. Em casos mais
graves, o paciente pode chegar congesto (baixo débito cardíaco), com edema agudo de
pulmão, ou em choque cardiogênico. Para estratificar o risco dessas complicações, foi
criada a escala de Killip:
Dissecção de Aorta
Além de uma anamnese e exame físico bem feitos, devemos lançar mão de
alguns exames para nos auxiliar no descarte ou diagnóstico de SCA ou DAA.
Em primeiro lugar, é fundamental a realização de um ECG nos primeiros 10
minutos após a chegada do paciente na emergência. De forma geral, ele aparecerá
normal ou com alterações inespecíficas. Recomenda-se repetir o ECG a cada 10-15
minutos.
Tarefa de casa - férias: Aprender ECG
Outro teste que pode ser feito após o ECG (nunca antes!) é o nitrato sublingual.
Lembrando que a melhora da angina com o uso de nitrato é sugestiva de SCA, porém, a
não melhora também não descarta SCA. Pode-se repetir o ECG após o uso de nitrato
para verificar alguma alteração. Não prescrever caso paciente tenha feito uso de
sildenafil antes.
Podemos lançar mão do laboratório e fazer o pedido de troponina. Lembrando
que miocardite e ICC são DD da elevação de troponina. TEP e DAA também podem ter
aumento. Porém, apenas na SCA os valores continuam aumentando com o passar do
tempo. Preferir dosar troponina T.
● Incidência de 1/1000
● Achados frequentes e fatores de risco:
Pneumotórax hipertensivo
Geralmente se inicia com uma dor súbita, pleurítica e sem qualquer fator
desencadeante. Ao exame físico se observa uma diminuição ou ausência de murmúrio
vesicular na ausculta, além de hipertimpanismo à percussão. Entre os fatores de risco,
podemos citar: tabagismo, HIV, tuberculose, fibrose pulmonar, bronquiectasia, DPOC,
endometriose, mergulho e trauma.
➔ Pericardite
Na maior parte dos casos (⅔), ocorre em homens. Geralmente tem etiologia viral
ou idiopática e se apresenta com sinais de infecção sistêmica (febre). A dor torácica é do
tipo pleurítica e melhora quando o paciente se inclina para frente. Ao exame físico
notamos atrito pericárdico na ausculta, e há derrame pericárdico em ⅔ dos pacientes.
Ao ECG, a maior parte dos casos apresenta um supra de ST
difuso (V2-V6) e também um infra em avR e em V1. Metade
dos casos apresenta infra de PR.
➔ Tamponamento cardíaco
Cursa com dispnéia/ortopnéia e/ou síncope. Ao exame físico, observamos
taquicardia, pulmões limpos e turgência jugular. Para nos auxiliar no diagnóstico clínico,
temos a tríade de Beck, que consiste em dor torácica + distensão jugular + bulhas
abafadas. O problema dessa tríade é que ela é pouco sensível e somente ocorre em
casos avançados.
Em relação às causas, podemos listar as agudas e as subagudas. Em relação às
subagudas (paciente geralmente vem do PSF), temos infecção, uremia, ácido úrico,
neoplasia, hipotireoidismo, causas idiopáticas e doenças do tecido conectivo. Já entre as
causas agudas, mais comuns no paciente hospitalizado, temos dissecção de aorta,
ruptura de parede do VE, trauma, complicações de cateterismo, passagem de
marca-passo, e endocardite infecciosa.
Ao ECG:
Conclusões