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urgência
cardiovasculares –
Parada
cardiorrespiratória
Prof Enf. Gabriela Gonçalves
Prof Enf. Lucelia Cristina
Módulo III
Técnico em Enfermagem
Emergência e urgência
Fisiopatologia
● Existem várias situações clinicas/patológicas do sistema
cardiovascular, que mesmo sob tratamento podem gerar uma
urgência/emergência.
● O Coração tem seus próprios vasos sanguíneos para suprir o
musculo cardíaco de O² ,remover CO² e outros detritos.
● O sistema coronariano (artérias e veias coronárias) e denominamos
o músculo cardíaco de miocárdio.
● Para que o miocárdio desempenho de forma eficiente sua função
de bomba ,é fundamental que o sangue oxigenado alcance a
intimidade do tecido.
Fisiopatologia
● Quando as artérias coronarianas estão prejudicadas na sua função
de transportar sangue, o suprimento de O² para o miocárdio é
reduzido, deixando a função contrátil comprometida.
● Ao processo lento, gradual de oclusão dos vasos sanguíneos
devido formação de placas de gorduras na parede interna da
artéria chamamos de arterosclerose.
● Conforme o tempo passa um deposito de cálcio vai endurecendo
a parede das artérias chamada de arteriosclerose, diminuindo sua
elasticidade e aumentando a pressão arterial.
Fisiopatologia
● A irregularidade desta superfície provoca adesão de plaquetas
circulantes formando um trombo. Este pode alcançar tal tamanho
que pode ocluir o vaso ou ao se quebrar transforma em um
êmbolo ocluindo o vaso mais adiante.
● Quando isso ocorre nas artérias coronárias, os tecidos (miocárdio)
que dependem desse fluxo de sangue, ficam privados de oxigênio
e morrem.
Epidemiologia
● Cerca de 75% para 80% de todas ocorrências de parada súbita
cardíaca acontecem em casa, de modo que ser treinado para
realizar ressuscitação cardiopulmonar (RCP) pode significar a
diferença entre a vida e a morte de um ente querido.
● Cerca de 94% das vitimas de Parada cardíaca súbita morrem antes
de chegar ao hospital.
Epidemiologia
● A parada cardiorrespiratória (PCR) permanece como uma das
emergências cardiovasculares de grande prevalência e com
morbidade e mortalidade elevadas.
● A criação de protocolos e algoritmos internacionais permitiu a
padronização e a organização da assistência médica.
Epidemiologia
● O reconhecimento precoce das causas desencadeantes,
orientando a intervenção para cada cenário clínico, com ênfase
nos cuidados após o retorno à circulação espontânea, trouxe
melhorias nos resultados, contribuído ao prognóstico dos
pacientes.
● Os dados na literatura quanto à incidência de PCR no Brasil são
escassos.
Epidemiologia
● O principal ritmo de PCR em ambiente extra-hospitalar é a
Fibrilação Ventricular (FV) e a Taquicardia Ventricular (TV),
chegando a quase 80% dos eventos, com bom índice de sucesso
na reversão, se prontamente tratados.
● Quando a desfibrilação é realizada precocemente, em até 3 a 5
minutos do início da PCR, a taxa de sobrevida é em torno de 50% a
70%.
● Em contrapartida, em ambiente intra-hospitalar, o ritmo de PCR
mais frequente é Atividade Elétrica Sem Pulso (AESP) ou assistolia,
com pior prognóstico e baixas taxas de sobrevida, inferiores a 17%.
Emergência e Urgência cardiovascular
● Síndroma Coronariana Aguda (SCA)
● Infarto Agudo do Miocárdio
● Angina estável
● Angina instável
Definição
● A dor cardíaca ela pode ser classificada em isquêmica , pericárdica
ou atípica.
● É relatada pelo doente como um forte aperto no centro do tórax
ou de forma semelhante a um peso, compressiva , atingindo todo
o tórax.
● Uma forma clássica é a demonstração da dor do paciente com o
uso do punho fechado sobre o centro do esterno (sinal de Levine).
● Até 33% dos paciente com IAM não apresentam dor no peito,
apenas desconforto torácico, dor epigástrica, dispnéia, confusão,
vômitos, diaforese.
Avaliação da dor
● Local da dor
● Radiação da dor
● Natureza da dor
● Duração
● Outros sintomas
● Fatores desencadeantes
● Fatores de alívio
IAM
● É a principal causa de morte nos países industrializados, levando a
arritmias severas e potencial PCR.
● Morte tecidual(necrose) do músculo cardíaco caracterizado por
obstrução parcial ou total de uma artéria coronariana.
● Principais fatores de risco: Hipertensão, diabete mellitus,
obesidade, estresse, tabagismo, etilismo, dispidelimias,
sedentarismo, idade, historia familiar de coronariopatias.
Sintomas clássicos do IAM
● Dor retroesternal (Sinal de Levine)
● Epigastralgia
● Agitação
● Sudorese
● Palidez
○ Ansiedade
○ Dores na região abdominal
PCR
1. Indicação
2. Massagem cardíaca adulto
3. Massagem cardíaca criança
4. Ritmo massagem cardíaca
5. Funcionamento DEA
6. Atendimento PCR pré hospitalar
7. Atendimento PCR intra hospitalar
Cadeia de sobrevivência
● 1- Segurança da Cena, identificação e reconhecimento precoce da
situação de emergência, chame sempre por ajuda , solicitando o
DEA ou solicitação de serviço médico de emergência 192 _SAMU
e 193_Corpo de Bombeiros.
● 2- RCP precoce com ênfase nas compressões torácicas.
● 3- Rápida desfibrilação.
● 4-Suporte de vida avançado. (SAV)
● 5- Cuidados pós PCR integrados.
Cadeia de elos de sobrevivência diferenciadas no contexto de
uma parada cardiorrespiratória (PCR) intra-hospitalar
● Vigilância e prevenção
● Reconhecimento e acionamento do serviço médico de
emergência
● RCP imediata de alta qualidade
● Rápida desfibrilação,
● Suporte Avançado de Vida e cuidados pós-PCR, ou uma PCR
extra-hospitalar
Cadeia de elos de sobrevivência diferenciadas no contexto de
uma parada cardiorrespiratória (PCR) intra-hospitalar
● Reconhecimento e acionamento do serviço médico de
emergência
● RCP imediata de alta qualidade e rápida desfibrilação
● Serviços médicos básicos e avançados de emergência
● Suporte Avançado de Vida e cuidados pós-PCR
Diretriz de ressuscitação
● Atualização da Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e
Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira
de Cardiologia
● 22 de novembro de 2019
Suporte Básico de Vida (SBV)
● Os aspectos fundamentais do Suporte Básico de Vida (SBV) no
adulto incluem:
● reconhecimento imediato da PCR,
● contato com o sistema de emergência,
● início da RCP de alta qualidade
● e uso do DEA, assim que disponível
Abordagem e atendimento Basic Life Suport (BLS)
● CENA SEGURA:
● Antes de abordar a vitima tenha certeza que a cena é segura.
● Observe riscos potenciais na cena, mecanismo de lesão ou
doença.
Abordagem e atendimento Basic Life Suport (BLS)
● Checar Responsividade: Estimular a vítima, chamando e tocando
em seus ombros com firmeza, avaliar se está inconsciente:
● _OI, o senhor pode me ouvir?
● Se a vitima não responde avaliar se está respirando ou com
respiração anormal “Gasping”.
Abordagem e atendimento Basic Life Suport (BLS)
● Na vitima não responsiva com respiração ausente, lenta ou
agônica:
● Suspeitar de PCR e solicitar um DEA (Desfibrilador externo
automático) e acionar serviço de emergência.
CAB
Atendimento
● Identificação da PCR
● Trazer o carrinho de parada para próximo ao paciente
● Colocar tabua tábua rígida sob o paciente
● Ventilar paciente
● Massagem cardíaca efetiva
● Monitorizar o paciente
● Acesso venoso periférico calibroso
● Verificar horário de início
● Administrar drogas
Equipe de atendimento à PCR
● Atribuição de cada profissional
no atendimento à PCR de
acordo com a orientação da
American Heart Association
(AHA), equipe de atendimento
deve dispor de seis elementos
assim distribuídos:
Equipe de atendimento à PCR
● Um líder da equipe
● Um na ventilação
● Uma na compressão torácica
● Um anotador de medicamentos e de
tempo
● Uma na manipulação os medicamentos
● Um no comando próximo ao monitor/ECG
Equipe de atendimento à PCR
● Dentro da realidade de cada instituição, procura-se padronizar as
funções dessas pessoas com atribuições mais específicas,
tornando o atendimento mais eficiente e rápido.
Equipe de atendimento à PCR
Ritmos da parada cardíaca
ASSISTOLIA
Ritmos da parada cardíaca
Desfibrilador
Diferença entre a desfibrilação e a cardioversão elétrica
sincronizada
● Cardioversão sincronizada: procedimento no qual se aplica o
choque elétrico de maneira “sincronizada”, ou seja, a descarga
elétrica é liberada na onda R, no período refratário da
despolarização cardíaca
● Está indicada no tratamento de taquiarritmias com o Fibrilação
atrial (FA) flutter atrial, taquicardia paroxística supraventricular e
taquicardias com complexo largo e com pulso
Diferença entre a desfibrilação e a cardioversão elétrica
sincronizada
● Desfibrilação: procedimento terapêutico que consiste na aplicação
de uma corrente elétrica contínua “não sincronizada” no músculo
cardíaco. Esse choque despolariza em conjunto todas as fibras
musculares do miocárdio, tornando possível a reversão de
arritmias graves como a TV e FV, permitindo ao nó sinusal retomar
a geração o controle do ritmo cardíaco
Suporte avançado de vida
● São avaliações e procedimentos mais complexos realizados após
a execução do suporte básico de vida
● Obedece a sequência do ABCD para avaliações e procedimentos
conforme o suporte avança de vida
○ A – vias aéreas
○ B – boa ventilação
○ C – circulação
○ D – diagnóstico diferencial
A – vias aéreas
● Mantenha a via aérea patente: manobra de inclinação da cabeça –
elevação do mento e cânula orofaríngea
● Preparação e auxílio no procedimento de intubação orotraqueal
● Confirme o posicionamento do dispositivo de via aérea
● Confirme integração adequada entre RCP e ventilações
● Fixe o dispositivo da via aérea (tubo orotraqueal) de forma
adequada
Tubo orotraqueal
● Indicações
● Nível de consciência rebaixado, impedindo o controle adequado
do paciente sobre a patência de suas vias aéreas superiores
● Falência cardio-circulatória concomitante: choque circulatório,
sinais de isquemia miocárdica, arritmias graves
● Paciente com grave trabalho respiratório, com taquipneia
persistente e utilização da musculatura acessória da respiração,
para manter valores limítrofes na gasometria arterial
Material para intubação orotraqueal
● Carrinho de emergência: drogas ● Tubo orotraqueal (vários
e utensílios tamanhos)
● Luvas de procedimento ● Fio guia
● Cânula orofaríngea ● Seringa
● Ambu com extensão para ● Sonda aspira
oxigênio, fluxômetro e fonte de ● Fixador de TOT ou
O2 cadarço ou atadura de
crepom
Drogas utilizada da intubação
Drogas para intubação orotraqueal
● Sequência
○ Fentanil
○ Capnografia
○ Oxímetro de pulso
● Evitar ventilação excessiva
Ventilação assistida com dispositivo bolsa válvula máscara
(ambu)
Oxigenoterapia
C - circulação
● Monitores qualidade da RCP
● Conecte o monitor/desfibrilador
● Obter acessos venosos
● Administre medicamentos conforme orientação médica
● Administre fluídos conforme orientação médica
● Avalie glicemia capilar
Drogas utilizadas durante a PCR
● Epinefrina (adrenalina)
● Amiodarona
● Bicarbonato
● Atropina
● Lidocaina
Drogas utilizadas durante a PCR
● Epinefrina (adrenalina)
● Ação:
● Vasoconstrição sistêmica
● Melhora o fluxo cerebral e coronariana
● Maior chance de restauração da circulação espontânea
○ Acidose metabólica
○ Manter PAS>=90mmHg;
○ Eletrocardiograma de 12 derivações;
○ Evitar hipertermia;
○ Tratar crises convulsivas.
Tratamento
● Suporte de órgãos específicos:
○ Evitar hipoglicemia;
○ Indicação:
■ Pós PCR em FV/TV em ambiente extra-hospitalar;
○ <18 anos
○ Arritmias;
○ Infecções;
○ Coagulopatias;
○ Status epilepticus.
Tratamento – Hipotermia induzida
● Reaquecimento:
○ Evitar hipertermia.
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