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Comportamental e O DSM-5
Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
PERSPECTIVAS DA TEORIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL................................................................... 11
CAPÍTULO 1
MODELO COGNITIVO............................................................................................................. 11
CAPÍTULO 2
MODELO COMPORTAMENTAL................................................................................................. 18
CAPÍTULO 3
MODELO COGNITIVO-COMPORTAMENTAL.............................................................................. 24
UNIDADE II
TCC E O DSM-5 E OS TRANSTORNOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES................................................. 30
CAPÍTULO 1
TCC E OS TRANSTORNOS DE HUMOR...................................................................................... 30
CAPÍTULO 2
TCC E OS TRANSTORNOS ALIMENTARES................................................................................... 42
CAPÍTULO 3
TRANSTORNOS DE COMPORTAMENTO DISRUPTIVO: MODELO DE
TREINAMENTO PARENTAL ...................................................................................................... 51
UNIDADE III
TCC E OS TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES..................................... 59
CAPÍTULO 1
APRENDIZADO E COGNIÇÃO.................................................................................................. 61
CAPÍTULO 2
INABILIDADES ESPECÍFICAS DE APRENDIZADO.......................................................................... 68
CAPÍTULO 3
A PRÁTICA DA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL NOS TRANSTORNOS
DA APRENDIZAGEM................................................................................................................ 75
UNIDADE IV
CONSTRUÇÃO DE POSSIBILIDADES........................................................................................................ 83
CAPÍTULO 1
CONCEITO DE NORMALIDADE E APOIOS................................................................................. 83
CAPÍTULO 2
EQUIPE E DIAGNÓSTICO......................................................................................................... 89
CAPÍTULO 3
A MELHORA GRADATIVA.......................................................................................................... 96
REFERÊNCIAS................................................................................................................................. 104
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
6
Saiba mais
Sintetizando
7
Introdução
O primeiro país a pensar a necessidade de um censo das dificuldades psíquicas do ser
humano foram os Estados Unidos, que em 1840 iniciou esse estudo com a divisão em
duas categorias, ‘idiotia e loucura’, que ainda eram as ideias que se tinham sobre as
doenças e alterações do comportamento humano.
Os dois censos, de 1840 e de 1880, eram baseados, apenas, com objetivo estatístico.
Mas foi em 1980, em sua terceira edição que as principais alterações em metodologia
e estrutura ocorreram, proporcionando avanços importantes tanto no diagnóstico
quanto nas pesquisas dos transtornos mentais.
Hoje, já estamos na 5ª edição do manual, cada vez mais fundamental como ferramenta
para o diagnóstico clínico na área da saúde mental.
O DSM-5 traz uma descrição mais completa das principais características e sintomas
dos transtornos mentais, de maneira mais simples e mais clara.
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O objetivo do DSM-5 é auxiliar no diagnóstico, para que ele seja o mais preciso
possível, o que favorece um tratamento melhor e mais eficaz, prevenindo os erros e
procedimentos indevidos e desnecessários, bem como a prescrição mais efetiva de
medicamentos e processos terapêuticos.
Objetivos
» Conhecer o DSM-5 e sua aplicação em transtornos em crianças e
adolescentes.
9
Figura 1. Reconhecimento pessoal.
Fonte: https://pixabay.com/pt/illustrations/homem-pessoas-menina-mulher-2196323/.
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PERSPECTIVAS DA
TEORIA COGNITIVO- UNIDADE I
COMPORTAMENTAL
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), em sua prática, tem como base uma série
de teorias que estabelecem, juntas, os princípios fundamentais para incluir planos
terapêuticos que têm como objetivo orientar as ações determinadas pelo terapeuta.
É nosso objetivo, nesta unidade, permitir o acesso aos conceitos centrais que são
postulados na TCC e que influenciaram diversas outras técnicas terapêuticas existentes
e ampliar o conhecimento para outras técnicas existentes e a diferença entre elas.
CAPÍTULO 1
Modelo cognitivo
11
UNIDADE I │ PERSPECTIVAS DA TEORIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
A partir dos anos 1970, e na medida em que a terapia comportamental crescia, alguns
pesquisadores incorporaram técnicas e estratégias da terapia cognitiva em suas
abordagens terapêuticas e perceberam que essa perspectiva cognitiva acrescia de
contexto, profundidade e compreensão as suas abordagens comportamentais.
12
PERSPECTIVAS DA TEORIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL │ UNIDADE I
Mesmos com todos os estudos existentes, muitos terapeutas ainda utilizam abordagens
únicas, comportamentais ou cognitivas, em seu trabalho. Contudo, cada vez mais
especialistas vêm buscando a associação de ambas as abordagens e fortificando o uso
da TCC nos tratamentos dos transtornos mentais em todas as idades.
Esse modelo desenvolvido por Aaron Beck tem como objetivo a resolução dos problemas
do paciente por meio da modificação dos pensamentos e dos comportamentos
considerados disfuncionais. Beck postulava que determinados comportamentos eram
resultado das relações estabelecidas entre o paciente e seu meio, que poderiam fortalecer
ou enfraquecer o indivíduo, desencadeando comportamentos como resultado de um
reforço ou uma punição.
Assim, é possível afirmar que a maneira como o indivíduo sente e percebe está
diretamente relacionada ao modo como ele pensa e interpreta determinadas situações,
suas respostas emocionais são resultado de sua percepção. Esse fato é conhecido como
a crença que cada pessoa tem.
Processos Razão
somáticos PENSAMENTO superior e
relacinados EMOCIONAL pensamento
com o corpo racional
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UNIDADE I │ PERSPECTIVAS DA TEORIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
Dessa forma, é correto dizer que as crenças centrais são globais, generalizadas
e absolutistas e levam o paciente a perceber informações distorcidas que não se
enquadram em suas crenças, podendo ser positivas ou negativas, e quando negativas
são ativadas em estado aflitivo e estão divididas em duas categorias: o pensamento
de desamparo e a sensação permanente de não ser amado.
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PERSPECTIVAS DA TEORIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL │ UNIDADE I
Fonte: https://pixabay.com/pt/illustrations/d%C3%BAvida-sentimento-incerteza-1160744/.
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UNIDADE I │ PERSPECTIVAS DA TEORIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
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PERSPECTIVAS DA TEORIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL │ UNIDADE I
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CAPÍTULO 2
Modelo comportamental
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PERSPECTIVAS DA TEORIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL │ UNIDADE I
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UNIDADE I │ PERSPECTIVAS DA TEORIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
› O paciente tem que ser informado que recebeu o Time-Out por ter
apresentado o comportamento específico.
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PERSPECTIVAS DA TEORIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL │ UNIDADE I
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UNIDADE I │ PERSPECTIVAS DA TEORIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
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PERSPECTIVAS DA TEORIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL │ UNIDADE I
Fonte: https://pixabay.com/pt/illustrations/homem-muscular-rob%C3%B4-ciborgue-320276/.
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CAPÍTULO 3
Modelo Cognitivo-Comportamental
AVALIAÇÃO
COGNITIVA
EMOÇÃO
EVENTO
COMPORTAMENTO
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PERSPECTIVAS DA TEORIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL │ UNIDADE I
Na figura acima é possível observar um modelo básico dos elementos que compõem
o modelo cognitivo-comportamental onde a avaliação cognitiva é um ponto
central considerando que o indivíduo está em constante avaliação da relevância
de acontecimentos internos e meio que o circunda. Essa avaliação cognitiva está
relacionada às respostas emocionais. O meio favorece a ação de mudança de
comportamento, mas também pode se tornar um gatilho para ele, ou seja, há uma
grande relação entre comportamento indesejável a ambientes.
Para compreender melhor o modelo acima e como ele pode ser utilizado na prática
da TCC, é preciso observar como ele está relacionado com conceitos mais amplos
da etiologia e do tratamento de transtornos mentais. O modelo básico de TCC é um
roteiro para ser usado auxiliando os terapeutas a conceituarem as questões clínicas
e a escolha de métodos da TCC específicos. Apesar da simplicidade, ele fornece uma
maior atenção para as relações entre pensamentos, emoções e comportamentos e
orienta sobre as intervenções de tratamento.
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UNIDADE I │ PERSPECTIVAS DA TEORIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
Fonte: https://pixabay.com/pt/illustrations/indiv%C3%ADduo-pessoal-lupa-investiga%C3%A7%C3%A3o-5131427/.
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PERSPECTIVAS DA TEORIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL │ UNIDADE I
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UNIDADE I │ PERSPECTIVAS DA TEORIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
Fonte: https://pixabay.com/pt/illustrations/seguran%C3%A7a-inseguran%C3%A7a-856168/.
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PERSPECTIVAS DA TEORIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL │ UNIDADE I
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TCC E O DSM-5 E
OS TRANSTORNOS UNIDADE II
EM CRIANÇAS E
ADOLESCENTES
O Manual dos Transtornos, mais conhecido como DSM-V, traz em seu texto assuntos
diversos da mente. Nele, encontramos todos os transtornos mentais possíveis e
conseguimos alinhá-los à Classificação Internacional de Doenças (CID). Em sua
versão de 2013, alinha a visão clínica a outros profissionais que atuam com o sujeito e,
principalmente, em sua atualização, entra o olhar clínico, apurado e validado diante de
diversas fontes, inclusive vídeos do dia a dia. Com essa inclusão, não cabe somente ao
médico o fechamento de um determinado diagnóstico, mas a todos que estão em volta
do sujeito em questão. Isso amplia a possibilidade de intervenção precoce e melhora de
qualidade de vida para crianças e adolescentes e traz à tona o olhar multidisciplinar.
CAPÍTULO 1
TCC e os transtornos de humor
A Terapia Cognitiva (TC) foi desenvolvida a partir de estudos com pacientes deprimidos
e ansiosos. Porém, o campo de atuação do psicólogo cognitivo comportamental
ampliou-se enormemente e hoje já atua em diversas psicopatologias com embasamento
acadêmico-científico de amplo espectro terapêutico a partir de técnicas específicas. A
realização de psicoterapia de abordagem cognitivo-comportamental para pacientes
com transtorno do humor (TH) objetiva mudanças significativas. O terapeuta atua
como contestador de crenças, pensamentos e ações vivenciadas por esses indivíduos.
Assim, o propósito da TCC é educar os pacientes a partir do modelo cognitivo, de modo
que o paciente possa compreender a relação existente entre pensamentos, sentimentos
e ações.
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CC E O DSM-5 E OS TRANSTORNOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES │ UNIDADE II
A escolha terapêutica mais adequada depende de uma avaliação profunda que permita
o diagnóstico detalhado com o intuito de proporcionar à criança e ao adolescente com
TH condições de desenvolvimento pessoal e sua integração na família e na escola.
Classificação e diagnóstico
Atualmente, o modelo adotado para classificação e diagnóstico dos transtornos de
humor é complexo e alvo de muitas críticas. Segundo Farias e Cordeiro (2011, p. 3):
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UNIDADE II │ TCC E O DSM-5 E OS TRANSTORNOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Episódio maníaco
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CC E O DSM-5 E OS TRANSTORNOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES │ UNIDADE II
Figura 8. Autocontrole.
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/guy-homem-pessoas-escuro-sombra-2617866/.
Episódio hipomaníaco
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UNIDADE II │ TCC E O DSM-5 E OS TRANSTORNOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estão presentes durante o mesmo período de
duas semanas e representam uma mudança em relação ao funcionamento anterior.
pelo menos um dos sintomas é:
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CC E O DSM-5 E OS TRANSTORNOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES │ UNIDADE II
» Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta (p. ex.:
mudança de mais de 5% do peso corporal em um mês) ou redução ou
aumento no apetite quase todos os dias. Nota: Em crianças, considerar o
insucesso em obter o ganho de peso esperado.
O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra condição
médica.
Nota: Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias e a perda ou ganho
significativo de peso sem estar fazendo dieta representam um episódio depressivo
maior. Esse tipo de episódio é comum no transtorno bipolar tipo I, embora não seja
necessário para o diagnóstico desse transtorno.
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UNIDADE II │ TCC E O DSM-5 E OS TRANSTORNOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Para se obter um diagnóstico adequado, é necessário obter uma história clínica detalhada,
incluindo o desenvolvimento desde a gestação, dados familiares e antecedentes de
doenças pessoais e familiares, os relacionamentos familiares e sociais e os hábitos
de vida. Também é fundamental detalhar se há ocorrências de sintomas afetivos que
interfiram no desempenho acadêmico e social da criança/adolescente em avaliação.
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CC E O DSM-5 E OS TRANSTORNOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES │ UNIDADE II
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UNIDADE II │ TCC E O DSM-5 E OS TRANSTORNOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Estigmatizado.
É uma ação direta, sem etapas e entram nesses atos: cortar a pele com gilete,
arrancar um membro, furos grandes na orelha e rosto, automutilação, autodano,
autolesão e comportamento que conduz ao suicídio.
Fonte: https://pixabay.com/pt/illustrations/bin%C3%A1ria-c%C3%B3digo-5137356/.
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CC E O DSM-5 E OS TRANSTORNOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES │ UNIDADE II
Diagnóstico diferencial
Quando se avalia uma criança com suspeita de TH, é importante não dar significado
a apenas uma ocorrência isolada e/ou episódica de um sintoma ou até estabelecer
uma associação a uma determinada doença. Episódios de agitação psicomotora,
impulsividade, irritabilidade, agressividade, desmotivação e reatividade emocional
apesar de característicos do TH, ocorrem igualmente em outros transtornos mentais,
como TDAH, esquizofrenia, transtornos disruptivos (transtorno de conduta, transtorno
desafiador de oposição), transtorno de abuso de substâncias, transtorno global do
desenvolvimento, transtorno da personalidade, e também consequentes a doenças
sistêmicas.
» TDAH;
» transtorno da personalidade;
Tratamento
O tratamento deve ser o mais precoce possível, desde o aparecimento dos primeiros
sintomas e indícios a fim de prevenir comportamentos e situação mais graves como
o isolamento social, evasão escolar e ameaças de suicídio. De acordo com a Academia
Americana de Psiquiatria da Infância e Adolescência, é indicado o tratamento
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UNIDADE II │ TCC E O DSM-5 E OS TRANSTORNOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
A TCC parece prevenir novos episódios, com uma redução de seis vezes no risco de
recorrência nos primeiros seis meses de tratamento. A psicoterapia psicodinâmica
também tem sido empregada, apesar da ausência de pesquisas empíricas avaliando
esse tipo de intervenção.
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CC E O DSM-5 E OS TRANSTORNOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES │ UNIDADE II
Não existe uma receita única de tratamento, mas há uma diversidade de apoios
que precisam ser agregados a esse sujeito para ampliar sua melhora.
Indicamos: esportes, artes, dança, entre outras atividades que possam auxiliar na
demanda comportamental e de controle inibitório.
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CAPÍTULO 2
TCC e os transtornos alimentares
Comer é uma função que está diretamente relacionada aos fatores socioeconômicos
e culturais que determinam o desenvolvimento e as situações cruciais na saúde
de crianças e adolescentes. Em países em crescimento e desenvolvimento, como o
Brasil, os números relativos aos problemas nutricionais em crianças e adolescentes
são assustadores. Principalmente em crianças na faixa dos 2 aos 5 anos, o consumo
alimentar é um fator determinante. Nessa faixa etária, a dieta básica é constituída por
leite, farinha e açúcar, o que contribui para as carências nutricionais.
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CC E O DSM-5 E OS TRANSTORNOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES │ UNIDADE II
A bulimia nervosa tem como seu principal sintoma a compulsão alimentar e está
diretamente relacionada a dietas de emagrecimento. No decorrer do processo da
dieta um ciclo de compulsão alimentar versus purgação encontra-se instalado e
gera sentimentos como: frustração, tristeza, ansiedade, tédio e solidão. Em geral, o
adolescente costuma esconder seus sintomas quer seja por sentimentos de vergonha,
de culpa ou mesmo por desejos de autopunição.
A maioria dos casos leva à indução de vômito como forma de compensar o sentimento
de excesso alimentar, e isso acontece imediatamente após a ingestão excessiva
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UNIDADE II │ TCC E O DSM-5 E OS TRANSTORNOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Fonte: http://www.giromt.com.br/2018/11/07/exemplo-dos-pais-e-fundamental-para-prevenir-transtornos-alimentares-como-
anorexia-e-bulimia/.
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CC E O DSM-5 E OS TRANSTORNOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES │ UNIDADE II
» amenorreia;
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UNIDADE II │ TCC E O DSM-5 E OS TRANSTORNOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Muitas vezes, a rejeição de um alimento pela criança pode estar relacionada com o
conhecimento e experimentação que ela possui, assim, explorar os sentimentos e
sensações corporais, emocionais e cognitivas que os alimentos causam ao paciente não
só poderá prevenir uma rejeição, como permitir sua exposição e exploração.
Essas atividades devem ser realizadas nos ambientes em que a criança ou o adolescente
vivenciam suas experiências alimentares no dia a dia, enfatizando a importância da
inserção de todos de seu convívio nessas atividades.
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CC E O DSM-5 E OS TRANSTORNOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES │ UNIDADE II
relações com o alimento precisam se tornar positivas para que o paciente não crie o
movimento de evitamento, mas um controle sobre o desejo de ingerir e não se “encher”.
Esses transtornos já acontecem há anos, porém, com o acesso fácil e sem controle às
redes sociais e à TV, esses números vêm crescendo assustadoramente, principalmente
entre os jovens e adolescentes, e nos dias atuais, atingindo homens e mulheres e cada
vez mais jovens (atinge cerca de 1% da população com idade entre os 13 e 20 anos de
idade).
Ainda existe uma parcela de pessoas que, apesar de não preencherem todos os
critérios de diagnóstico, têm traços de TA, anoréxicos, bulímicos ou outros distúrbios
não específicos. Esses indivíduos estão inseridos nas chamadas síndromes parciais, e
atingem de 5% a 10% da população, segundo Abreu e Cangelli Filho (2005).
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UNIDADE II │ TCC E O DSM-5 E OS TRANSTORNOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Fonte: http://gatda.com.br/index.php/2016/03/15/disturbios-alimentares-em-criancas/.
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CC E O DSM-5 E OS TRANSTORNOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES │ UNIDADE II
Pode ser aplicado em três etapas, onde cada uma terá oito entrevistas por semana que
estabeleçam como compromisso do paciente com a terapia levando aos objetivos e
reflexões sobre suas expectativas, suas intenções e sua esperança. É importante que
sejam construídas expectativas positivas sobre a terapia e sobre o papel de cada um no
processo, tanto do terapeuta quanto do paciente e resultados esperados.
A primeira fase deve ter como objetivo o controle da ingestão que leve o paciente a
evitar um movimento oscilatório, entremeados de períodos de dieta restrita e episódios
bulímicos, assim, é indicado o acompanhamento nutricional com um programa
alimentar fixo, e técnicas de TCC que evitem situações de estresse, e reforço de hábitos
que levem à tentação e ao excesso na ingestão alimentar.
Segundo Fairburn (1991), para essas pessoas, os valores e crenças não são apenas
sintomáticos, mas essenciais para a manutenção desse transtorno. Dessa forma,
modificá-los é pré-requisito para a evolução e recuperação do paciente.
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UNIDADE II │ TCC E O DSM-5 E OS TRANSTORNOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Por isso, é importante o envolvimento de todo o ciclo social e familiar que possa
compreender o momento da criança/adolescente para que não haja desprezo pelos
sentimentos reais que os afligem, mas, principalmente, reafirmando a hierarquia
familiar adequada, com os pais no papel de fornecer cuidados básicos e afeto, apresentar
regras para o convívio social e como agentes facilitadores ao diálogo genuinamente
empático.
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CAPÍTULO 3
Transtornos de comportamento
disruptivo: modelo de treinamento
parental
Para Bordin e Offord (2000), comportamentos como mentir e fugir das aulas fazem
parte do desenvolvimento da criança e do adolescente, especialmente quando ocorrem
de forma isolada ou esporádica. Contudo, quando esses tipos de comportamento
apresentam padrões e constância, eles são enquadrados dentro do perfil dos transtornos
disruptivos.
Para a academia científica, os transtornos disruptivos são aqueles que estão relacionados
com comportamentos transgressores das regras, desafiadores e personalidade antissocial
que levam desconforto e incomodo às pessoas que convivem com o indivíduo e por
representar uma explosão de problemas e causar conflitos nos ambientes sociais com
resultados extremos, gerando repulsa e segregação, além de desencadear sentimentos
de raiva, medo e ansiedade.
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UNIDADE II │ TCC E O DSM-5 E OS TRANSTORNOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Caso haja pessoas com mais de 18 anos enquadradas nessa classificação, são consideradas
com transtorno da personalidade antissocial.
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CC E O DSM-5 E OS TRANSTORNOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES │ UNIDADE II
Como é de difícil avaliação, não é raro que uma criança com TD seja diagnosticada
com ansiedade, depressão ou TDA/H, dificultando a identificação eficaz do transtorno
disruptivo e o tratamento adequado, levando às intervenções psicoterápicas tardias.
Características dos TD
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CC E O DSM-5 E OS TRANSTORNOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES │ UNIDADE II
A participação dos pais é descrita como o melhor e mais eficaz método nos transtornos
disruptivos em crianças, principalmente nos transtornos de conduta e no transtorno
desafiador opositivo.
Nessa participação, os pais são orientados sobre técnicas de aprendizagem social, com
o objetivo de modificar o relacionamento entre eles e a criança/adolescente, bem como
diminuir comportamentos inadequados e incentivar os comportamentos positivos da
criança.
Essa técnica deve abranger sujeitos na faixa etária de 3 a 12 anos e na frequência entre
10 e 17 sessões, podendo ser ampliado no treinamento de outros familiares e contextos
sociais. O programa, ao controlar o comportamento típico do transtorno de conduta e
do transtorno desafiador opositor apresenta resultados significativos e permanentes.
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UNIDADE II │ TCC E O DSM-5 E OS TRANSTORNOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Numa primeira fase de treinamento dos pais deve-se definir os problemas da criança
e determinar quais comportamentos são reforçadores ou punitivos que desencadeiam
os comportamentos e avaliar com que frequência, intensidade e duração o problema se
manifesta.
Treinamento Parental.
A generalização dos manejos de comportamento dos pais aos outros filhos ocorre
igualmente e atua como forma de prevenção da ocorrência de problemas futuros na
própria criança e nos irmãos (HAUTMANN et al., 2010). Ainda, o treinamento de pais
apresenta boa relação custo-benefício, principalmente quando empregado em crianças
pequenas, à medida que previne o investimento em outros tratamentos futuros, porém,
não há estudos brasileiros que analisem esses custos.
» renda familiar;
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CC E O DSM-5 E OS TRANSTORNOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES │ UNIDADE II
» depressão materna.
Outros fatores que vem a dificultar os resultados obtidos nesse modelo e que acabam
por influenciar na desistência são:
É importante que a troca social entre pais e sujeito em tratamento seja qualitativa e
que eles estejam saudáveis emocional e fisicamente, pois a base precisa estar bem para
cuidar bem.
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UNIDADE II │ TCC E O DSM-5 E OS TRANSTORNOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Fonte: https://pixabay.com/pt/illustrations/homem-face-express%C3%A3o-facial-corpo-845847/.
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TCC E OS
TRANSTORNOS DE
APRENDIZAGEM UNIDADE III
EM CRIANÇAS E
ADOLESCENTES
A TCC com crianças e adolescentes em nada se difere das práticas com adultos,
partindo-se do pressuposto que o comportamento é adaptativo e que há relação
e interação entre os pensamentos, sentimentos e comportamentos de qualquer
indivíduo.
Após alguns anos a TCC procurou focar nos processos internalizados do adolescente
que levam a comportamentos inadequados, como depressão e ansiedade,
compreendendo-se que quando as respostas comportamentais e emocionais de
uma criança ou adolescente não são funcionais, levam ao sofrimento e ao prejuízo
na sua adequação social e acadêmica, entendo que as habilidades comportamentais
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UNIDADE III │ TCC E OS TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
» Dificuldade para compreender o sentido do que é lido (p. ex.: pode ler
o texto com precisão, mas não compreende a sequência, as relações, as
inferências ou os sentidos mais profundos do que é lido).
60
CAPÍTULO 1
Aprendizado e cognição
Cognição
Refere-se a um conjunto de habilidades cerebrais/mentais necessárias para a obtenção
de conhecimento sobre o mundo. Tais habilidades envolvem pensamento, raciocínio,
abstração, linguagem, memória, atenção, criatividade e capacidade de resolução.
É a mudança de comportamento e atuação do sujeito sobre o mundo. Ampliação de
conhecimento e desenvolvimento de sua postura.
DESENVOLVIMENTO
ADAPTAÇÃO
APRENDIZAGEM
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UNIDADE III │ TCC E OS TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Percepção Aspectos como diferenciação figura x fundo, complementação de figuras e outros princípios guestálticos.
Andar, correr, nadar, reflexo de orientação e movimentos específicos (sorrir, chorar, rir) são basicamente
Padrões motores
similares em todas as culturas.
Responsividade a estímulos No bebê, sons altos, contato físico, perda de suporte, ser deixado sozinho; responsividade materna aos sinais
padrões do bebê.
Motivação Para comer, beber e comportar-se sexual e parentalmente. Motivações agressiva, assertiva, aquisitiva e social.
Processos cognitivos Forte influência sociocultural, com similaridade básica em todos os humanos.
Predisposição para aprender Disposições culturais, alguns indivíduos são mais aptos que outros.
Desenvolvimento da Alguns aspectos como o balbucio, a ordem de aparição dos subelementos dos fonemas e a ordem de
linguagem desenvolvimento das expressões vocais complexas.
Certos aspectos do
Formas como mãe/bebê e homem/mulher, entre outros.
relacionamento
Fonte: adaptado de Vygotsky, 2007.
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CC E OS TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES │ UNIDADE III
Linguagem e pensamento
Dupla influencia são processos cognitivos
Desenvolvimento e que se completam em
funcionamento da mente. da linguagem e da
socialização. uma ação recíproca.
TRANSFORMAÇÕES
INTERNALIZAÇÃO
FUNÇÃO
AÇÃO intermomentos
Intra-estágio
OPERAÇÃO
interestágios
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UNIDADE III │ TCC E OS TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
A zona de desenvolvimento proximal vai ser aquele espaço entre uma aprendizagem
adquirida e a nova, que estar por vir. Estamos em constantes aprendizagens e a zona
de desenvolvimento proximal é algo vivo em nossa trajetória. Ela se dá em espiral, pois
não tem fim, com isso, uma continuidade infinita. Para ilustrar, colocamos em círculo.
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CC E OS TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES │ UNIDADE III
Fonte: https://pixabay.com/pt/vectors/cr%C3%A2nio-cabe%C3%A7a-humano-pessoas-2028555/.
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UNIDADE III │ TCC E OS TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
» dislexia;
» discalculia;
» disgrafia;
» disortografia.
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CC E OS TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES │ UNIDADE III
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CAPÍTULO 2
Inabilidades específicas de
aprendizado
Foi o psicólogo Samuel Kirk que já atuava sobre os défices intelectuais na escrita e
leitura, que designou que tais défices tinham relação com as questões ambientais,
familiares e educativas, onde tais indivíduos exigiam um modelo de atendimento
diferenciado (BARBOSA, 2015).
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CC E OS TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES │ UNIDADE III
» Silábico: quando para cada som ouvido há uma letra ou mais. OIA –
sugere a palavra FORMIGA ou TTTTTTTTTEEEEEEEE – para TREM, pois
é um objeto grande e seu nome condiz com seu tamanho.
Fonte: https://pixabay.com/pt/illustrations/crian%C3%A7a-eu-sou-um-estudante-livro-3326960/.
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UNIDADE III │ TCC E OS TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
A dislexia foi descrita pela primeira vez pelo oftalmologista alemão Rudolf Berlin, no
século XIX, e foi difundida em 1896 pelo físico britânico Pringle Morgan como cegueira
verbal congênita (ROTTA et al., 2016).
O DSM- V (2013) descreve a dislexia “como um termo alternativo para referência aos
padrões de dificuldade de aprendizagem, caracterizado por problema no reconhecimento
preciso ou fluente de palavras, problemas de decodificação e dificuldades de ortografia
(precisão na leitura de palavras, velocidade ou fluência da leitura compreensão da
leitura), também é importante ressaltar quaisquer dificuldades que estejam presentes
como na compreensão da leitura ou no raciocínio matemático”.
Uma criança com inabilidades de leitura e/ou escrita demonstra uma enorme disposição
e uma infinita vontade de aprender, contudo se sente incapaz. Por esse motivo, o
terapeuta, na TCC, trabalha a amplificação da autoestima, uma modificação positiva da
autoimagem a partir de uma reflexão consciente de seus pensamentos. Atua junto com
a criança na administração das rotinas de vida diária (agendas, tarefas e lembretes),
levando a criança a criar regras e a ensinando a traduzir os conceitos abstratos, utilizando
exemplos que envolvem esse dia a dia e simplificando esses conceitos.
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CC E OS TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES │ UNIDADE III
Uma das definições de transtorno da leitura é que ela é caracterizada por uma
dificuldade específica em compreender palavras escritas. E seu diagnóstico só deverá
ser confirmado após eliminar todas as outras causas. Deve estar presente antes da
alfabetização, contudo só pode ser diagnosticada a partir dos 6 anos de idade.
Sobre o transtorno da expressão escrita, sua definição e características afirmam que ele
se refere apenas à ortografia com ausência de outras dificuldades da expressão escrita.
E possui estreita relação com as dificuldades na capacidade de compor textos escritos,
evidenciada por erros de gramática e pontuação dentro das frases, má organização dos
parágrafos, múltiplos erros ortográficos, na ausência de outros prejuízos na expressão
escrita.
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UNIDADE III │ TCC E OS TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/crian%C3%A7a-jogar-estudo-cor-aprender-865116/.
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CC E OS TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES │ UNIDADE III
Cada criança possui uma maneira de aprender própria e única, contudo, a grande
parte das escolas insistem em produzir estudantes focados nos resultados futuros que
comprometem seu desempenho durante o processo da construção do saber.
Para chegarem nas expectativas das escolas, elas partem do pressuposto que toda
criança domina os conceitos elementares que são bases para aprendizagem.
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UNIDADE III │ TCC E OS TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Assim também acontece na formação dos professores que se graduam sem conhecimento
dos transtornos específicos de aprendizagem, sem compreender quais são, suas
características e como trabalhar com esses transtornos. Em resumo, um professor de
matemática lecionará desconhecendo o que é discalculia.
A TCC irá atuar estabelecendo objetivos e relação colaborativa, uma vez que os
pensamentos disfuncionais e suas crenças dificultam e interferem nas dificuldades
pessoais e interpessoais.
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CAPÍTULO 3
A prática da Terapia Cognitivo-
Comportamental nos transtornos da
aprendizagem
Existem duas vertentes da TCC que podem ser aplicadas nas dificuldades aprendizagem:
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UNIDADE III │ TCC E OS TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Rotta (2006) recomenda uma série de normas que otimizam o rendimento escolar do
disléxico e ao mesmo tempo tenta evitar que os problemas emocionais, de frustração e
baixa autoestima aumentem, tais como:
» Atitudes:
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CC E OS TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES │ UNIDADE III
Por esse motivo, não podemos deixar que o sujeito vire um transtorno, mas
devemos influenciar sempre para a qualidade de ações, para que se sinta
motivado e crie manejos próprios para seu desempenho.
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/menina-branco-divers%C3%A3o-crian%C3%A7a-3038974/.
Entre estes estão Tom Cruise, Albert Einstein, Vincent Van Gogh, Will Smith, Woop
Goldberg, Keanu Reeves, entre outros.
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UNIDADE III │ TCC E OS TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
» Ações pedagógicas:
› Dislexia:
· provas adaptadas,
· ditado adaptado,
» Discalculia:
» Disortografia:
» Disgrafia:
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CC E OS TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES │ UNIDADE III
› Incluir atividades palavra por palavra para que perceba que a frase é
um conjunto delas.
» Avaliação escolar:
› Repensar a retenção caso seja provável, pois pode ser que o aluno
seja aprovado com alguma matéria ainda em desenvolvimento de
aprendizagem.
As intervenções da TCC nesses casos, devem procurar criar uma abordagem de regras
e autorregras que permitam a aquisição do conhecimento e a resolução dos problemas.
Essas devem ser abordagens ao alcance do desenvolvimento cognitivo da criança ou
adolescente, e se trona um grande desafio para o terapeuta que deve traduzir conceitos
abstratos para aplicação nos cotidianos simples e concretos e com os quais a criança ou
adolescente poderá se relacionar.
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UNIDADE III │ TCC E OS TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Fonte: https://pixabay.com/pt/vectors/crian%C3%A7as-aprender-educa%C3%A7%C3%A3o-prim%C3%A1rio-1973917/.
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CC E OS TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES │ UNIDADE III
Os níveis de severidade dos TA são: leve, moderado e severo. Esses vão influenciar
nas dificuldades do sujeito e aumentar o grau de dificuldade frente a novos
aprendizados e até mesmo na alfabetização.
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UNIDADE III │ TCC E OS TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
As DA, assim como os TA podem estar relacionadas a fatores variáveis que afetam
a estrutura do sujeito. Podem ser:
» variáveis socioculturais;
» variáveis orgânicas;
» variáveis neurodesenvolvimentais;
Para Fonseca (2015), as DA são influenciadas por fatores etiológicos e por diversos
meios em que a criança se encontra e que podem afetá-la, como: organismo,
meio, hereditariedade, meio educacional, biologia do ser etc.
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CONSTRUÇÃO DE UNIDADE IV
POSSIBILIDADES
Nesta unidade, discutiremos a construção de possibilidades para o sujeito que se
encaixa dentro dos transtornos citados acima e quais parceiros vão auxiliar nesse
trabalho junto à família. O reconhecimento do que é ser normal e anormal, para que
possamos refletir sobre a ideia que temos sobre o outro e de que forma podemos
modificar essa estrutura e ampliar possibilidades e qualidade de vida.
Trabalhar os suportes com a família e respeitar seus limites, sem se fixar neles, mas
oferecer a melhor estrutura de apoio para a melhora do quadro parental.
CAPÍTULO 1
Conceito de normalidade e apoios
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UNIDADE IV │ CONSTRUÇÃO DE POSSIBILIDADES
Quadro 4. Emoções.
Percepção em
Percepção de si Tendência de Manifestações
Emoção Objetivo relação aos Função adaptativa
mesmo ação fisiológicas
demais
Para se comportar de
Afeto com os demais Debilitação da Ritmo cardíaco
Percebem que Retrair-se e evitar maneira mais esperada,
Vergonha e preservação da autoestima: não sou desacelera, rubor e voz
valho pouco. os demais. se submete aos demais e
autoestima. digno! baixa.
às regras sociais.
Autoestima se Para se comportar de Ritmo cardíaco acelerado,
Afeto de si e dos Todos percebem o
Orgulho fortalece: sou Exibição. maneira mais esperada: voz em timbre alto, certa
demais. quanto valho.
competente! se adapta às regras. tensão.
Ajuste aos próprios Culpabilização por ter Ritmo cardíaco acelerado,
Aproxima-se para Comportamento pró-
Culpa valores e normas ido contra as próprias Sofre por outro. tensão e respiração
o reparo do dano. social, boas intenções.
interiores. regras. irregular.
A formação da personalidade se dá diante da família que reflete suas ações para esse
sujeito. O meio favorece sua modificação e seu crescimento. A criança que está em
desenvolvimento, se apoia nas ações, culturas e crenças familiares e cria mecanismos
pessoais de ver o mundo e vivenciá-lo. A família é o primeiro núcleo social e principal
contexto de socialização, que vai dar a esse sujeito, a maneira como estabelecer interação
com o ambiente externo. Portanto, se a família tem comportamentos “esperados”
em uma sociedade e crenças mais positivas, vai desenvolver nessa criança esse
comportamento positivo. Se é ao contrário, percebemos condutas não adequadas na
criança, que acredita que aquela forma de agir e pensar é correta, pois é a que vivencia
e recebe.
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CONSTRUÇÃO DE POSSIBILIDADES │ UNIDADE IV
SUJEITO
ESCOLA FAMÍLIA
Família
Local onde o sujeito se completa e que detém as crenças principais e o controle sobre
o sujeito. Essa família precisa ser acolhida e trabalhada na aceitação de possível
diagnóstico ou até de mudança para melhora do sujeito.
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UNIDADE IV │ CONSTRUÇÃO DE POSSIBILIDADES
O que é a família?
É uma unidade social significativa, parte de uma unidade social maior, a comunidade
imediata e a sociedade. Lugar de formação do “EU”. A família se constitui quando há
um filho entre o casal. Cada família tem suas regras e padrões estabelecidos e papéis
definidos. Quando a mulher engravida, ela cria expectativas com relação ao bebê e sua
imaginação fica envolvida com o filho idealizado por ela e sua família.
Essa família passa a ter comportamento não antes vistos em sua relação, e são
tendenciosos a comportamentos mais entristecidos e dificuldade em lidar com o novo.
» Lamentações dos pais com sua própria sorte – passam a ser vistos
lamentando sobre o que não fizeram ou não conseguem fazer.
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CONSTRUÇÃO DE POSSIBILIDADES │ UNIDADE IV
As fases podem ser cíclicas. Aceitar o filho como é, não significa estar conformado
com a doença.
Escola
Local onde o sujeito se abstrai de regras implícitas familiares e passa a ser ele
mesmo, com o apoio de outro adulto, mas menos impositivo. A escola precisa estar
preparada para lidar com qualquer necessidade de apoio que esse sujeito venha a
precisar.
Para que isso seja minimizado e haja uma ampliação de contextos comportamentais
fora da linha de regra, pois pode ser um momento, uma ação impensada e uma
necessidade pontual do sujeito, precisamos:
» pensar possibilidades;
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UNIDADE IV │ CONSTRUÇÃO DE POSSIBILIDADES
Sujeito
É a pessoa em intervenção, que apresenta necessidades específicas e singulares, que
anseia por ser “normal”. Diante dessas colocações, pergunto: o que é ser normal?
Quanto ao diagnóstico:
» Pode ter comorbidades – pode ser que o sujeito, além deste diagnóstico
central, possua outros que vêm em menor escala, mas que precisam ser
tratados.
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CONSTRUÇÃO DE POSSIBILIDADES │ UNIDADE IV
Independente do transtorno/diagnóstico:
Com esse trabalho alinhado entre escola, família, sujeito e terapeuta, há a construção
de possibilidades, que é baseada no reconhecimento do sujeito em si, não de seu
diagnóstico.
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CAPÍTULO 2
Equipe e diagnóstico
Um diagnóstico gera um peso na família, como dito anteriormente. Contudo, após essa
fase inicial, há a fase de orientação, que é quando a família sai em busca de apoios e
tratamentos. Nesse momento, é primordial que ela receba o acolhimento necessário e
que o profissional seja preparado para tal atendimento. Essa família e esse sujeito se
encontram em baixa emocional, com dúvidas quanto à melhora e com necessidade de
apoio.
Psiquiatra
É o profissional formado em Medicina e responsável pelo diagnóstico final. É responsável
por avaliar questões mais relacionadas aos transtornos mentais e de comportamento,
sua prática está pautada em questões relacionadas ao sistema funcional do cérebro.
Avaliação psiquiátrica
Qualquer que tenha sido o motivo da consulta, o psiquiatra primeiro avalia a condição
física e mental do paciente. Para tal, é realizada uma entrevista psiquiátrica para
obter informação e, se necessário, outras fontes são consultadas, como familiares,
profissionais de saúde, assistentes sociais, policiais, relatórios judiciais e escalas de
avaliação psiquiátrica.
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CONSTRUÇÃO DE POSSIBILIDADES │ UNIDADE IV
Exame físico
É parte fundamental da consulta e é por meio dele que se define o quadro e a capacidade
do médico julgar a realidade.
Tratamento psiquiátrico
O tratamento evoluiu muito nos últimos tempos e pode dar-se de três maneiras:
Quando não necessita de internação, pode ser acompanhado pelo CAPS – para
adultos e CAPS i – para crianças e adolescentes.
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UNIDADE IV │ CONSTRUÇÃO DE POSSIBILIDADES
Nise da Silveira foi uma médica que lutou para a humanização dos atendimentos
em espaços manicomiais – antigo nome dado à internação compulsória para
pessoas com problemas mentais naquela época. Criou um movimento que, por
meio da arte, auxiliou os internos e minimizou problemas de comportamentos
agressivos.
Trabalho multidisciplinar
Psicólogo
O psicólogo que deseja atender pacientes em consultório é chamado de psicólogo clínico.
Para atuar nessa área, esse profissional deve ter passado por estágios supervisionados
em uma clínica-escola, durante o período de graduação. Durante esse período eles
também são preparados e habilitados para aplicação de testes.
Neurologista
É a especialidade médica que trata dos distúrbios estruturais do sistema nervoso.
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CONSTRUÇÃO DE POSSIBILIDADES │ UNIDADE IV
O psiquiatra trabalha a lógica do sistema (software). Enquanto o neurologista acompanha “falhas da mecânica”, ou seja, a parte física (hardware).
Fonte: https://www.gratispng.com/png-3xs9t0/download.html.
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UNIDADE IV │ CONSTRUÇÃO DE POSSIBILIDADES
Psicofármacos
Para falar de psicofarmacologia, teríamos uma unidade só para isso. Contudo, é
importante citar aqui, antes de tudo, que quem medica é o médico! Não há nenhum
outro profissional que possa fazer isso. Há uma avaliação antes de qualquer indicação
de tratamento medicamentosos, que deve viabilizar a melhora de quadros internos para
que comportamentos externos sejam modificados. Na maioria dos casos, há necessidade
de apoio terapêutico para melhora intensiva do paciente.
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CONSTRUÇÃO DE POSSIBILIDADES │ UNIDADE IV
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CAPÍTULO 3
A melhora gradativa
Vimos até aqui, que não há cura para os transtornos, mas há a melhora do quadro,
o que para os que estão próximos dá a ideia de que o sujeito está “curado” de seu
“problema”. Esse sujeito cria manejos próprios para sua vida no cotidiano e passa a agir
com mais autonomia diante de situações que antes só conseguia resolver sem o apoio
de um profissional. Esse movimento é o que se espera de todos em tratamento, que
gradativamente possam retomar suas vidas com independência e se tornarem parte
daquilo que desejarem ser.
Para uma ampla melhora, é necessário que o indivíduo, após receber diagnóstico, receba
apoio multidisciplinar terapêutico junto ao seu médico, tratamento medicamentoso, se
houver, e inclusão dentro dos espaços que participa. Há uma demanda muito grande de
linhas de apoio, e o profissional de TCC vai atuar junto com outros profissionais que vão
aderir à sua linha e trabalhar alinhados pela melhora do sujeito em atendimento. Sua
família faz parte desse apoio, e é importante que a ela receba o cuidado necessário para
que não haja ruptura nas ações dos terapeutas. A escola também emana cuidados e é
necessário que ela receba apoio do profissional de TCC e atue sob as técnicas enviadas
por ele.
Aqui, vamos discutir algumas técnicas de TCC para ativação de melhora do sujeito
com os transtornos citados de acordo com Teixeira (2014), que traz em sua bibliografia
técnicas parentais e escolares que auxiliam no apoio ao sujeito com transtornos
comportamentais.
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CONSTRUÇÃO DE POSSIBILIDADES │ UNIDADE IV
Data:
Assinaturas:
Esse contrato é para a família, não há uma proposta para a escola, pois é uma questão
parental, que define os papéis de comando e de respeito às regras. A escola poderá indicar
as posturas para que a família possa conduzir as outras técnicas. Pode ser também que
seja incluído, entre família e escola, uma lista de atitudes positivas e negativas, para
ampliar a conduta de troca de informações e demonstrar ao paciente que ele tem apoio
em todos os ambientes.
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UNIDADE IV │ CONSTRUÇÃO DE POSSIBILIDADES
Dicas de antibullying
Teixeira (2014) também publicou um manual antibullying, que traz ideias para os
ambientes em que o sujeito participa, principalmente na escola. O bullying aumenta a
probabilidade de violência e comportamentos inadequados. Faz o sujeito acreditar em
sua incapacidade de melhora e amplia interações não saudáveis.
Quando falamos de inclusão, pensamos em apoios, e esses podem vir até mesmo
dos colegas, o que chamamos de apoio colaborativo. O aluno incluído apresenta
comportamentos inadequados e necessita de indução comportamental direta de um
adulto, mas, por vezes, ele se recusa a lidar com esses comandos. É de suma importância
que os colegas colaborem com essas induções e deem apoio direto ao colega.
Teixeira (2014), criou um “Programa Antibullying” que é indicado para alunos até o
Ensino Médio:
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CONSTRUÇÃO DE POSSIBILIDADES │ UNIDADE IV
» Elogios e punições: é importante que tanto ser elogiado, como ser punido
são de extrema importância em práticas de TCC. O agressor precisa
também ser induzido ao acerto, então, se acontece um, mesmo que
mínimo, precisa ser elogiado, para que se amplie sua prática.
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UNIDADE IV │ CONSTRUÇÃO DE POSSIBILIDADES
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CONSTRUÇÃO DE POSSIBILIDADES │ UNIDADE IV
Fica claro que cada sujeito possui condições, mesmo diagnosticado, de melhorar
suas atitudes e ampliar ações adequadas no ambiente.
Que as fases de aceitação são cíclicas, ou seja, podem retornar, mas que são
necessárias. Contudo, se ampliadas precisam de apoio terapêutico.
Técnicas de TCC podem ser ampliadas para a escola a ponto de reduzir o bullying.
Que as ações que promovem a diminuição do bullying vão auxiliar tanto a vítima
quanto a outros alunos da escola.
Não existe cura para os transtornos, mas há uma possível melhora que vai ampliar
a capacidade de se estar próximo à normalidade, pareando com as pessoas à sua
volta a nível de atitudes e comportamentos.
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UNIDADE IV │ CONSTRUÇÃO DE POSSIBILIDADES
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/dist%C3%A2ncia-pista-natureza-paisagem-3101302/.
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Para (Não) Finalizar
A terapia cognitivo comportamental é assertiva, e possui uma série de apoios que vão
favorecer também a família do indivíduo em análise, e despertar condutas também
adequadas em ambos, em uma troca positiva e ampliada, a fim de favorecer a socialização
de todos.
Lembre-se de que um profissional alinhado com os demais que atuam sobre o paciente
está muito mais próximo ao sucesso do que aquele que é detentor de conhecimento acima
de todos. Nenhum profissional se encontra totalmente pronto para as adversidades dos
atendimentos, é necessário apoio, troca e, acima de tudo, humildade.
Há uma série de materiais que auxiliam na ação do TCC, uma que indico é a série de
histórias que vão ampliar o apoio à crianças e adolescentes, por meio de uma ação lúdica
e visual. São histórias que ampliam determinados sofrimentos e comportamentos para
outros seres e faz com que o indivíduo reconheça suas ações e as trabalhe junto ao
protagonista da história.
E para não finalizar, estude, alce voos mais altos e crie um networking com médicos,
terapeutas de outras linhas e profissionais de fora da clínica. Conhecimento nunca é
demais!!!
103
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bedwetting (enuresis) of the retarded. Behaviour Research and Therapy, v. 11, n.
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Figura 8. https://pixabay.com/pt/photos/guy-homem-pessoas-escuro-sombra-2617866/
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Quadros
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