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Centro Paula Souza

Escola Técnica Estadual de Embu das Artes

Ana Carolina Cremm de Almeida Maciel


Camila Regis Cavalcanti
Fabio Nascimento Pires dos Santos
Nayla Collis Baloch
Pedro dos Santos Moura

O CÉREBRO HUMANO: ANATOMIA, FUNÇÕES, SUA QUÍMICA E


COMO DOENÇAS PSICOLÓGICAS AFETAM O MESMO

1° A – Ensino Médio Regular


Docente: Marta A. Abad
Embu das Artes
2017
Ana Carolina Cremm de Almeida Maciel
Camila Regis Cavalcanti
Fabio Nascimento Pires dos Santos
Nayla Collis Baloch
Pedro dos Santos Moura

O CÉREBRO HUMANO: ANATOMIA, FUNÇÕES, SUA QUÍMICA E


COMO DOENÇAS PSICOLÓGICAS AFETAM O MESMO

Relatório realizado no Ensino Médio, no Centro


Educacional 241 – Escola Técnica Estadual de
Embu das Artes, como requisito à obtenção de nota
parcial referente a matéria de Química, orientado e
avaliado pela professora Marta A. Abad.

Embu das Artes


2017

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Sumário

1. INTRODUÇÃO....................................................................................................... 4

2. OBJETIVOS ........................................................................................................... 5

3. MATERIAL UTILIZADO .................................................................................... 6

4. METODOLOGIA ................................................................................................... 7

4.1 O CÉREBRO HUMANO ............................................................................ 10

4.2 AS DOENÇAS PSICOLÓGICAS ............................................................... 10

4.1.1 DEPRESSÃO ..................................................................................... 10

4.1.2 SÍNDROME DO PÂNICO................................................................. 12

4.1.3 TRANSTORNO DE ANSIEDADE ................................................... 13

4.1.4 TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO (TOC) ................... 13

4.1.5 TRANSTORNO BIPOLAR ............................................................... 14

4.1.6 ESQUIZOFRENIA ............................................................................. 15

4.1.7 INSÔNIA ............................................................................................ 16

4.2 OS NEUROTRANSMISSORES ....................................................................... 16

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO.......................................................................... 18

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 19

7. REFERÊNCIAS .................................................................................................... 20

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1. Introdução
Neste relatório será apresentado a resolução da experiência realizada no dia três de maio de
2017, como requisito na matéria de Química perante a Semana Paulo Freire.

Como o experimento realizado não é de um complexo químico com reações químicas ou físicas,
este relatório terá um conteúdo mais teórico com a experiência realizada na data citada,
explicando detalhadamente e de forma objetiva o que ocorreu no dia.

Para a realização do experimento, foi necessário o uso de materiais para a confecção da réplica
de um cérebro em um tamanho semelhante à um real, além de alguns outros materiais para que
um “esquema” fosse realizado para melhor compreensão do público sobre o tema abordado,
com imagens e uma pasta com informações adicionais.

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2. Objetivos
Neste projeto o objetivo principal sobre a experiência realizada foi de apresentar, de forma mais
dinâmica e explicativa possível sobre o tema – doenças psicológicas e como as mesmas afetam
o cérebro –, informações sobre as principais doenças psicológicas (Transtorno de Ansiedade,
Síndrome do Pânico, Depressão, Insônia, Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC),
Esquizofrenia e Transtorno Bipolar) e como elas se relacionavam com a química do cérebro,
juntamente de sua respectiva parte biológica do órgão humano.

Por meio desta apresentação de doenças psicológicas – juntamente de algumas informações


primordiais para o entendimento das mesmas –, pode-se conscientizar algumas pessoas ou até
mesmo despertar um interesse sério sobre si mesmo ou terceiros em relação aos distúrbios,
atingindo um dos objetivos da experiência; apresentar o tema com uma seriedade maior para o
público, explicando de uma forma mais ampla o conteúdo, relacionando o mesmo à química e
biologia, retirando, assim, o ar de mesmice que é colocado sobre o conteúdo apresentado – e
até mesmo esclarecendo algumas coisas que não se explicam por si só.

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3. Material utilizado
Tendo em vista que a experiência realizada foi teórica e não apresenta materiais químicos (como
reagentes ou vidraria), apresenta-se os seguintes materiais para a confecção de alguns materiais
e relacionados:

 Massa biscuit: massa genérica de modelagem, muito utilizada entre alguns artistas para
a confecção de peças simples ou pouco mais elaboradas de massa que, posteriormente,
necessita que fique seca.
 Tinta à óleo: muito utilizada por pintores para a criação de quadros. Recobre muito bem
a área desejada, demorando um pouco mais que o de costume para secar.
 Jornal velho.
 Fita crepe.
 Folhas de sulfite, canetas de diversas cores – para a confecção dos esquemas ao lado do
cérebro.
 Imagens representativas de doenças psicológicas e estruturas químicas.
 Uma pasta com informações adicionais.
 Pincéis.

Quantidade utilizada
 1,5kg de massa biscuit.
 5 tipos de tinta à óleo: verde, azul, amarela, roxa e preta.
 Uma fita crepe.
 Algumas folhas de jornal velho.
 10 folhas de sulfite.
 8 imagens representativas de doenças psicológicas.
 Uma pasta (“livrinho”).
 2 pincéis.

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4. Metodologia
Com os materiais obtidos pelos integrantes do grupo (fita, jornal, massa biscuit, tinta à óleo e
pincéis), foi confeccionada uma réplica de um cérebro humano, aproximando-se dos valores
reais o quanto foi possível, para uma melhor compreensão do público sobre o assunto abordado
na experiência.

O cérebro ficou posicionado


no centro da bancada, de
forma que podia-se
relacionar visualmente as
informações dadas sobre os
lobos (pintados com a
mesma cor da área do
cérebro – nome na folha).
Uma explicação também era
dada de uma forma
completa (4.1)
Imagem 1. Fonte própria: Camila Regis Cavalcanti.
No dia 3 de maio, foi
disposto na bancada do laboratório folhas sulfite com informações sobre as doenças
psicológicas em questão, explicadas em tópicos simples e diretos para uma identificação mais
rápida e dinâmica do público sobre o tema. (4.2)

Imagem 2. Fonte própria: Camila Regis Cavalcanti.

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Imagem 3, 4 e 5. Fonte própria: Camila Regis Cavalcanti.

8
Para a parte química, foram coladas na bancada as estruturas químicas dos principais
neurotransmissores relacionados aos distúrbios, deixando a explicação total dos mesmos e a
relação por parte dos integrantes do grupo (pequena explicação em 4.3)

Imagem 6. Fonte própria: Camila Regis Cavalcanti.

No vidro da janela, foram colocadas algumas


imagens que representavam as doenças
psicológicas, juntamente de algumas frases de
pessoas que possuíam as doenças – dizendo
como se sentiam perante a mesma, ou como
definiam ela.

Com esta disposição encontrada no local –


com uma pasta, possuindo informações
adicionais num canto visível, disponível para o
público –, o grupo deixava o público livre para
que olhasse ou perguntasse sobre a
experiência; e quando uma quantidade
razoável de pessoas estava reunida na bancada,
iniciava-se uma explicação sobre o projeto.
Primeiro dizia-se as informações sobre a parte
biológica – tomando os estudos e orientando
por meio das informações contidas na bancada,
como as plaquinhas dos lobos e o próprio
cérebro –; seguindo-se das informações
químicas, explicando todos os
neurotransmissores e relacionando-os com as
áreas do cérebro, e já dizendo sobre seus
desequilíbrios e excessos. Por último, a parte
Imagem 7. Fonte própria: Camila Regis Cavalcanti. psicológica, explicando num geral sobre tudo,
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falando sobre as doenças/distúrbios de uma forma clara – e com o auxílio das informações
disponibilizadas na bancada –, retirando as dúvidas do público sobre os distúrbios e, assim,
relacionando os últimos dois conteúdos, dizendo em qual falta/excesso de neurotransmissor
ocorria cada doença, e qual parte do cérebro esta mesma mais afetava o órgão. Pouco a pouco
as pessoas perguntavam mais sobre o tema como um todo, tirando dúvidas, trocando
informações, preocupando-se um pouco (em alguns casos) com as informações contidas ali,
chegando a pedir explicações à parte aos integrantes.

4.1. O cérebro humano.


O cérebro é o centro de toda e qualquer função do corpo humano, o qual é destinado a receber
e enviar reações motoras (voluntárias e involuntárias) e realizar funções psíquicas. Pode-se
separá-lo, bruscamente, em lado direito e lado esquerdo, onde eles são caracterizados pelo lado
de pensamentos criativos e de pensamentos analíticos, respectivamente. O cérebro ocupa quase
toda a caixa craniana, sendo protegido por esta, pia-máter, aracnoide, meninge e vasos
sanguíneo. O peso aproximado para um cérebro é de 1,2 kg para homens (com uma variação de
2 gramas do hemisfério direito para o esquerdo) e de 1,05 para mulheres (com uma variação de
alguns centigramas do hemisfério direito para o esquerdo).
Também pode-se separar por áreas que realizam e possuem ações específicas para o
funcionamento do corpo humano. Cada hemisfério se divide em duas extremidades e três faces,
sendo essas as extremidades frontal/anterior e extremidade occipital/posterior; e as faces
externa, convexa (abóbada craniana), face interior (esta sendo irregular, entre a base e o
cerebelo) e a face interna (plana e vertical, relacionada a face interna de seu hemisfério oposto
– direito para o esquerdo e esquerdo para o direito). Nos hemisférios pode-se ter ventrículos
que se relacionam por conta do intermédio de um médio ou terceiro, fazendo uma “relação”
entre os dois hemisférios.
Em suas divisões, o cérebro possui quatro lóbulos: frontal, parietal, occipital, temporal. O
frontal, que ocupa a parte anterior/frontal do cérebro, é subdividido em quatro circunvoluções
(saliências): 1ª, 2ª e 3ª frontais, e a 4ª, sendo a frontal ascendente, e é na parte posterior anterior
à terceira que se localiza a linguagem falada, memória do trabalho, ações motoras de grau
simples e o planejamento de ações; o parietal, separada entre ascendente, superior e inferior,
responsável pela noção espacial e temporal, processamento e criação de pensamentos abstratos
e noção de estímulos da natureza; a occipital, na parte posterior do hemisfério cerebral, sendo
separada entre 3 saliências, primeira, segunda e terceira occipitais, sendo responsável pelo
processamento de informações visuais; e, por fim, a temporal, que nesta se localiza na parte
inferior da face externa, com três circunvoluções: primeira, segunda e terceira temporais, estas
são responsáveis pela memória, percepção, reconhecimento de objetos, geração de lembranças
(subconsciente), formação de novas lembranças e compreensão da linguagem. Tem-se também
o Córtex pré-frontal, uma pequenina região misteriosa no lobo frontal, o qual é responsável pela
personalidade, valores morais, empatia e bom-senso.
4.2. As doenças psicológicas.
4.2.1. Depressão.
Definição: “Depressão é a imperfeição do amor.” SOLOMON, Andrew.

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Segundo o DSM-IV (2000), a depressão é caracterizada por humor deprimido ou perda de
interesse ou prazer por quase todas as atividades, causando prejuízo no funcionamento social,
profissional, e outras áreas relevantes da vida do indivíduo.
Quadro de baixa autoestima, perca de interesses em atividades de gêneros diversos,
indisposição (fadiga), autocrítica, apatia ou empatia forte demais (“sentir nada” ou “sentir
demais”), solidão e falta de apetite e sono. Existem três tipos de intensidade: leve, moderada e
grave.
Leve: sofrimento mais sutil, episódica.
Moderada: Intermediário entre a leve e grave, sendo que os sintomas são mistos entre si e mais
fáceis de serem identificados que na leve.
Grave: pessoas com indiferença ao prazer, que se isolam, possuem dificuldade total ou quase
total de interação social. Agravamento de demais sintomas, com a evidência de sintomas de
suicídio.
Depressão é a doença mais comum entre a população mundial, sendo que é requerida ajuda e
tratamento para a mesma.
Causas:
 Fatores genéticos;
 Fatores hormonais;
 Fatores de desequilíbrio químico;
 Criação;
 Contexto de vida;
 Questão de vida (perdas, traumas, drogas, pós-parto, problemas clínicos, etc.).
Sintomas: Perante os diversos tipos de Depressão, os sintomas mais comuns são:
Depressões catatônicas:
 Alterações de psicomotricidade (imobilidade quase completa, atividade motora
excessiva);
 Negativismo quase extremo;
 Mutismo (incapacitação de se expressar/reagir verbalmente perante uma situação);
 Estereotipias (ações repetitivas);
 Ecolalia ou ecopraxia (forma voluntária e involuntária (respectivamente) de repetição
de palavras e ações de terceiros);
 Obediência ou limitação automática.
Depressões crônicas (distimias):
 Intensidade mais leve que os episódios de depressão maior (profunda, grave);
 Humor deprimido;
 Falta de prazer em atividades habituais;
 Morosidade irritável;
Transtorno afetivo bipolar:
*Depressivo: Regras descritas no CID-10 F32:
 Humor deprimido, baixo, alterado;
 Falta de energia corporal e mental;
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 Falta de inciativa e vontade;
 Falta de prazer em atividades anteriormente prazerosas;
 Alteração no sono e qualidade deste mesmo;
 Alteração no apetite (baixo ou demasiado);
 Lentificação do pensamento;
 Lentificação motora;
 Pensamentos, ideias, atitudes e demais voltados para a morte e o suicídio.
*Maníaco: Presença ou ausência de sintomas psicóticos.
*Hipomaníaco: Agravamento dos sintomas do quadro maníaco.
Química: Dopamina, Norepinefrina, Adrenalina e Serotonina.

4.2.2. Síndrome do Pânico.


Definição: Ramificação da Ansiedade ou extensão desta, é o quadro de crises de desespero e
medo perante algo ou alguém. Cada crise é consequência da outra (“efeito dominó”).
Causas:
 Fatores externos.
 Fatores ambientais, históricos e socioculturais;
 Genética (hereditário);
 Pessoas que possuem prolapso da válvula mitral;
 Pertubação química do cérebro;
 Ansiedade;
 Sensibilidade;
 Interpretações da realidade;
 Traumas;
 Desejos e ideais reprimidos.
Sintomas:
 Mal-estar abdominal;
 Taquicardia;
 Sensações de sufocamento;
 Comportamento alterado;
 Repressão de ataques de ansiedade ou medo.
 Calafrios ou ondas de calor;
 Sensação de tontura;
 Tremores ou abalos;
 Dor ou desconforto torácico;
 Sensação de asfixia;
 Medo de morrer;
 Medo de perder o controle ou enlouquecer;
 Náusea;
 Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio;
 Estado de desrealização ou despersonificação.

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Química: Excesso de Acetilcolina e Serotonina.

4.2.3. Transtorno de Ansiedade.


Definição: Extensão da ansiedade comum, sendo um quadro de estado emocional de
componentes psicológicos e fisiológicos. É comum em todos os seres humanos, porém, sua
extensão (período prolongado e extenso, com crises) é o que caracteriza o Transtorno de
Ansiedade (ou TAG – Transtorno de Ansiedade Generalizada).
“Pode ainda ser descrita como um sentimento caracterizado por desconforto ou tensão derivado
de antecipação de perigo, de algo desconhecido ou estranho.” (Castilho, 2000)
Causas:
 “Portanto, as causas da ansiedade estão situadas em um plano mais abstrato e complexo,
nos quais predominam fatores socioculturais.” (Angelotti, 2017)
 Situações de aflição;
 Pressão externa e interna constante;
 Estresse exagerado;
 Desequilíbrio químico;
 Qualidade de vida;
 Problemas cardíacos;
 Menopausa;
 Traumas;
 Personalidade;
 Genética (hereditariedade);
 Drogas (lícitas ou ilícitas).
Sintomas:
 Permanência da preocupação ou tensão sobre algo ou alguém;
 Dificuldade na concentração;
 Fadiga;
 Irritabilidade;
 Agitação/Inquietação;
 Problemas no sono (insônia ou sentir que o mesmo não lhe foi suficiente).
 Náuseas;
 Taquicardia prolongada;
 Dores de cabeça contínuas.
Química: Serotonina, Norepinefrina, Dopamina.

4.2.4. Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC).


Definição: Transtorno que faz as pessoas possuírem medos e preocupações excessivas sobre o
seu cotidiano, sendo que estas atrapalham o desempenho da pessoa dentro de uma sociedade
ou comunidade, por conta de compulsões e desejos estranhos e obssessivos sobre algo ou
alguém.
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“Transtorno mental incluído nos chamados transtorno de ansiedade e é caracterizado pela
presença de obsessões e compulsões que causam muito desconforto e angústia no portador desta
desordem do comportamento.” (DSM – IV, APA 2002)
Causas:
 Predisposição genética;
 Desequilíbrio químico;
 Aprendizagem de maneira errônea (para lidar com algo ou alguma situação);
 Predisposição para cometer erros na interpretação da realidade (exagerar o risco e a
responsabilidade, dificuldade de conviver com a incerteza, exagerar as consequências
de cometer ou ser responsável por uma falha, acreditar no poder do pensamento, etc.
exagerar o risco e a responsabilidade, dificuldade de conviver com a incerteza, exagerar
as consequências de cometer ou ser responsável por uma falha, acreditar no poder do
pensamento, etc.);
 Traumas cerebrais;
 Medicamentos;
 Crenças erradas;
 Questionamento próprio sobre certas coisas e pessoas;
Sintomas:
 Medos;
 Obsessão por algo/alguém;
 Perfeccionismo;
 Dúvidas excessivas;
 Preocupação exagerada;
 Pensamentos de conteúdo inaceitável;
 Colecionismo;
 Dependência (química, física, organização, comida, leitura, etc.)
Química: Excesso de Serotonina e Adrenalina.

4.2.5. Transtorno Bipolar.


Definição: Também conhecido como THB (Transtorno Humor Bipolar), é o quadro de
alternâncias de humor em um indivíduo, de forma rápida e contrastante para terceiro, sendo
uma das doenças mentais mais perigosas e graves dos últimos tempos, estando diretamente
ligada a mortalidade e contexto socioeconômico.
De acordo com os manuais de classificação diagnóstica, o transtorno bipolar caracteriza-se pela
ocorrência de episódios de humor alternados, os quais variam em intensidade, frequência e
duração. É considerado um transtorno crônico e complexo caracterizado por episódios de
depressão, mania ou hipomaníaca de forma isolada ou mista (SOUZA, 2005, p.63).
Causas:
 Desequilíbrio químico;
 Fatores biológicos;
 Transtornos psicológicos já existentes (Depressão, TAG, por exemplo)
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 Sociocultural;
 Genética (hereditariedade);
 Fatores externos (família, escola, igreja, etc).
Sintomas:
 Autoestima inflamada ou sentimento de grandeza;
 Desdém para a necessidade do sono (sentir-se satisfeito com poucas horas de sono);
 Mais falante que o habitual;
 Fuga de ideias/pensamentos;
 Distratibilidade (perca de foco/atenção);
 Aumento de atividade/agitação psicomotora;
 Envolvimento demasiado em atividades prazerosas para o indivíduo (leitura, sexo,
estudo, compras, dinheiro, pessoas, etc.).
Química: Córtex pré-frontal, Adrenalina e Serotonina.

4.2.6. Esquizofrenia.
Definição: É a perca de contato com a realidade (psicose). Nela, tem-se crises nas quais a
pessoa se desliga da realidade, entrando em um contexto diferente do que ela vive, podendo
agir agressivamente ou calmamente, sendo que o quadro clínico inclui alucinações.
Causas:
 Hereditariedade;
 Fatores ambientais;
 Métodos atuais de imagem (tomografia, por exemplo);
 Desequilíbrio químico.
 Fatores externos;
 Drogas cerebrais;
 Traumas;
 Doenças psicológicas já adquiridas.
Sintomas:
 Delírios;
 Alucinações;
 Alteração do pensamento;
 Alteração de afetividade;
 Diminuição da motivação;
 Dificuldade da concentração;
 Alteração na motricidade;
 Desconfiança demasiada;
 Indiferença;
 Períodos de remissão.
Química: Córtex pré-frontal, Serotonina, Adrenalina e Norepinefrina.

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4.2.7. Insônia.
Definição: É o distúrbio que mexe com o ato do adormecimento diário de uma pessoa, tanto
no período de sono e na sua estrutura, afetando a pessoa psicologicamente e fisicamente – além
as sua rotina e resultados dentro dela, como prejuízo na atividade social e/ou profissional.
Causas:
 Estresse;
 Ansiedade;
 Depressão;
 Condições médicas;
 Condições externas;
 Mudança de rotina/ambiente;
 Maus hábitos de sono;
 Medicações;
 Drogas (cafeína, nicotina, álcool);
 Idade;
 Comer muito tarde.
Sintomas:
 Dificuldade no adormecimento;
 Irritabilidade;
 Depressão;
 Ansiedade;
 Despertar repentino durante a noite;
 Despertar muito cedo, repentinamente;
 Não se sentir cansado ou se sentir muito cansado após uma noite de sono;
 Dificuldade na concentração;
 Dores de cabeça localizadas e contínuas;
 Preocupações com o sono;
 Sintomas gastrointestinais.
Química: Norepinefrina e Serotonina.
4.3. Os neurotransmissores
Os neurotransmissores são responsáveis pela transmissão de informações pelo corpo humano,
dividindo-se em 4 classes:
A primeira, com a Acetilcolina, responsável pela memória e aprendizagem, sendo liberada a
partir do nervo vago por meio de um estímulo.
A segunda, as Aminas, com a Norepinefrina – responsável pela à exaltação, euforia, sono e
apetite, um estimulante natural do cérebro –, a Adrenalina – responsável pelo sentimento de
euforia em certas ocasiões, acelerando os batimentos cardíacos e diminuindo o nível de glicose
no sangue, sendo sintetizada pela medula adrenal (acima do rim) –, a Dopamina – responsável
por regular os canais de cálcio e potássio –, e a Serotonina – geralmente ligado ao
comportamento (sono, sexo, humor, etc; também está ligado à sensação de felicidade).

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A terceira, com os Aminoácidos, que estão em grande concentração no cérebro, porém, não são
tão facilmente reconhecidos como neurotransmissores. Alguns possuem atividade nervosa,
inibindo ou excitando a membrana pós sináptica.

A quarta, os Peptídeos, com a Endorfina – estimulando uma sensação de alegria, bem-estar,


conforto e bom-humor – e a Oxitocina – coma função de promover as contrações uterinas
durante o parto e com a ejeção de leite durante o período de amamentação (hormônios do amor).

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5. Resultados e discussão
Perante a experiência realizada, mesmo a mesma não contendo reações químicas ou físicas de
uma experiência comum e genérica de química, pode-se ter como resultado positivo
observações feitas durante a realização do experimento.

Houve, mesmo que pequena ou média, uma conscientização de algumas pessoas perante as
doenças, tirando um pouco do ar que é colocado sobre as mesmas de que ou é frescura ou
precisa de intervenção divina para uma cura da mesma. Algumas pessoas, mesmo que não
falando explicitamente, se identificaram com alguns sintomas de algumas doenças, procurando
uma quantidade de informações mais precisas e ampla com algum integrante do grupo
separadamente, ou mesmo buscando no livreto de auxílio que foi disponibilizado pelo grupo.

Mesmo que simples, a experiência agregou informações e dizeres positivos ao público,


deixando-os mais informados sobre os distúrbios e, até mesmo, colocando-os em melhor
posição de orientação à terceiros perante o tema.

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6. Considerações finais
Conclui-se com esta experiência que as doenças psicológicas estão diretamente relacionadas à
química e biologia, completando-se sempre com informações e demais coisas.

O cérebro é afetado, portanto, causando consequências para a pessoa em questão; e mesmo que
terceiros não vejam o que está acontecendo internamente com a pessoa, esta sente, sozinha, e
muita das vezes não sabe o que exatamente está ocorrendo com si mesmo.

Espera-se que com esta experiência e trabalho dedicado sobre o tema abordado, que o público
atingido possa ter uma compreensibilidade maior com as doenças apresentadas, sabendo e
podendo se ajudar ou ajudar demais com as informações passadas a ele, de forma objetiva e
simples. É de esperança, também, que a forma na qual as informações foram passadas foi boa,
completa e de fácil entendimento para um tema complexo e extenso como o abordado; assim,
pode-se dizer que por felicidade mútua que o objetivo visado primeiramente, aparentemente,
foi concluído com sucesso.

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7. Referências
LOCATELLI, Anazir. Síndrome do Pânico: Revendo conceitos, diagnóstico e tratamentos.
Criciúma: Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, 2010.

INÁCIO, Luzia Vargas. Assistência à saúde prestada aos usuários do SUS com diagnóstico
de depressão. Criciúma: Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, 2008.

FARIA, Kátia Figueiredo. Uma revisão bibliográfica de técnicas cognitivas e


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Pânico e Fobia Social. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de
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