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Intervenções nos transtornos ansiosos e depressivos com crianças:

Estratégias – O que é a ansiedade: mostrar a figura abaixo:

A menina com a luva representa a luta e o menino correndo é a nossa fuga e o alarme é como
o nosso organismo responde a tudo isso, como se tivéssemos sempre um alarme falso ligado
prestes a tocar quando estamos diante de algo que representa um perigo.

A intensidade:

Mostrar a figura 2:

- A árvore pode ser usado no sentido de mostrar a criança que assim como uma árvore, a nossa
ansiedade tende a crescer quanto mais dermos atenção a ela, então, quanto mais a gente
pensa, cuida, pensa na preocupação, mais ela cresce. Desenhe para mim o tamanho da árvore
igual ao tamanho da ansiedade que você quer ter.

- A segunda a analogia com a segunda imagem da montanha pode ser para mostrar que lá no
topo, o nível da ansiedade é muito alto e a ideia é que nós comecemos a descer.

- O termômetro pode ser para ela mostrar a intensidade: se muito baixo ou muito alto.

Reações fisiológicas:

- pedir para desenhar o próprio corpo humano e pedir para marcar alguma região/local do
corpo onde sente alguma reação quando a ansiedade está num nível muito alto ou quando
está preocupado com alguma coisa e pedir para ilustrar o que sente, como: suor, coração
acelerado, enjoo, dor no estômago, diarréia.

Relaxamento:

Imagem da flor – pedir para fazer um exercício de relaxamento (cheirando a flor e assoprando a
vela);

Como o corpinho fica parecendo com uma boneca de pano (é quando está relaxada) e quando
está ansiosa e tensa fica igual a um robô, andando toda(o) durinho.

Percepção da catastrofização:

Balões de pensamento e de fala para ajudar o paciente e falar o que pensa;

Utilizado uma lupa para mostrar que as coisas não ficam tão grandes quanto parecem;

Exposição: (ao vivo ou na imaginação)

Crianças mais pequenas: bruxa ou dinossauro, por exemplo.


Crianças mais velhas: imaginando a situação e depois propondo o desafiando de situações
reais do dia a dia;

TOC:

É comum a presença de crenças disfuncionais (acredita que precisa verificar a casa, ex de


crianças: acredita que precisa deixar os brinquedos exatamente do modo como sempre estão
se não acontecerá um desastre );

Diferentes graus de insight (de perceber que tem tais comportamentos e tais dificuldades –
insight pobre e insight preservado);

As compulsões são mais facilmente diagnosticadas em crianças do que as obsessões;

Diferença entre TOC e TAG; (tag ansiedade geral que leva a preocupações repetitivas, mas no
toc, esses pensamentos têm um caráter mais estranho, não faz tanto sentido)

Intervenções no TOC com crianças:

Avaliação inicial: confirmação do diagnóstico e história que os cuidadores passam;

Psicoeducação para os cuidadores/escola

Exposição – exposição e prevenção de respostas (EPR)


- vivenciar as situações que são ansiogênicas (exposição imaginária ou in vivo)
- Vai ser exposto a situação e tentar evitar que aconteça (prevenção)
- Fazer isso de forma lúdica;

Outras estratégias:

Modelação (quando damos um exemplo para o paciente de como ele pode reagir em
determinada, ou seja, nós simulamos um comportamento para mostrar o que seria esperado
naquela situação e no caso do TOC, falamos ainda que aquilo é possível de ser vivido sem uma
ansiedade exagerado ou sem uma obsessão ou compulsão, sendo assim um caminho mais
lúdico e mais prático.

Reestruturação cognitiva – saber quais são as ideações e que não são reais;

Registro de pensamentos disfuncionais com imagens de personagens, de desenhos e materiais


concretos.

Transtornos depressivos na infância e adolescência:

É comum que ocorra na infância e adolescência, ao invés de um quadro de melancolia/ tristeza,


um quadro de irritabilidade.

A depressão é um sério problema de saúde pública entre os adolescentes;

É pouco comum a depressão puramente sem como uma comorbidade, é como regra que seja
uma comorbidade. A comorbidade mais comum entre adolescentes e crianças é a ansiedade;
Critérios diagnósticos diferenciados para cada faixa etária; (como controle dos esfíncteres, ou
seja, uma regressão nos comportamentos de marco de desenvolvimento já alcançado);

Déficit em habilidades sociais;

Atenção a condições que mimetizam um quadro depressivo; (quadros neurológicos, como


epilepsia, traumatismo quadro encefálico ou quadros de infecção)

Intervenção precoce ao suicídio;

O que caracteriza os transtornos depressivos são os erros de pensamentos, citados


anteriormente e anotado no documento ‘’pós graduação’’.

Sugestão de livro: terapia cognitivo comportamental para crianças e jovens.

Livro para intervenção: o que fazer quando você se preocupa demais; O que fazer quando você
tem muitas manias;

Intervenções nos casos de depressão na infância e adolescência:

- Diferentes protocolos são desenvolvidos;

- Cautelas na etapa inicial de reconhecimento do problema;

- Intervenção precoce, com programas de amplo espectro;

Estratégias:

- Automonitoramento: diário;

- Programa de atividades prazerosas: participação dos pais em consultório;

- Treino de habilidades sociais e assertividade;

- Treino de solução de problemas (resgate da autoconfiança): interferência da desesperança e


baixa autoestima;

- Modelação (consegue ver que deu certo para outra pessoa também);

- Treinamento de pais;

- Reestruturação cognitiva: redução do pensamento negativo;

Suicídio:

- Deve ser considerado pelo terapeuta como uma possibilidade pensada pelo cliente, ou seja,
uma saída real que ele encontrou;

- Deve ser conversado com eles sobre o contrato de conversar com alguém antes de uma
tentativa e montar um plano de segurança para ele(a);
Participação dos pais no plano terapêutico:

- Práticas parentais: comportamentos e condutas;

- Estilos parentais: forma de classificar as interações entre pais e filhos;

- O estilo de educação como fator protetivo ou de risco;

Estilos parentais:

- Responsividade: sincronicidade do comportamento de filhos e cuidadores

Exigência: disponibilidade dos pais para agirem como agentes socializadores

Estilos:

O mais indicado é o autoritativo: respeito a individualidade, abertura de diálogo e promoção da


autonomia;

Autoritários: tentam modelar, controlar e avaliar o comportamento e as atitudes do filho de


acordo com um padrão definido de conduta. Pode ser bastante negativo, pois não dão abertura
a diálogo;

Permissivos: tentar se comportar de maneira não punitiva, aceitadora e afirmativa em relação


aos impulsos, desejos e ações da criança;

Negligentes: pouco interesse em oferecer assistência emocional aos filhos e pouco envolvidos
com a sua criação; não sentem afeto, então tendem a desenvolver uma insegurança grande.

Orientações aos pais:

- Buscar instrumentalização

Objetivos:

- Intervir no contexto da família;

- Manter consistência;

- Promover autonomia dos filhos;

- Respeitar emoções e opiniões;

- Oferecer apoio, afetividade e amizade.

- Envolvimento dos filhos no estabelecimento de regras e combinados;

- Algumas orientações podem variar de acordo com a demanda.

Exemplo: transtorno de conduta – protocolo com psicoterapia para a criança/adolescente e


orientação de pais;
- Foco na adequação das consequências;

Comportamento opositot:

- Enfatizar atenção positiva;

- Modelar e reforçar comportamentos pró-sociais (o cuidado com alguém e/ou com animais);

- Disciplina consistente ao comportamento opositor apresentado;

- Reconhecimento das emoções dos pais e dos gatilhos (ensinar análise funcional);

Transtornos disruptivos, do controle de impulsos e da conduta:

- Orientação para pais de forma isolada;


Objetivos:

- Desenvolver sentimento de competência deles;

- Aprender a fazer análise funcional;

- Discutir crenças sobre a causa;

- Desenvolver empatia;

- Valorizar e observar comportamentos adequados;

- Estabelecer regras adequadas e gerenciar o contexto;

- Aprender formas alternativas à punição;

Orientação aos transtornos de ansiedade:

- Participação pode variar conforme a idade;

- Avaliar a capacidade de participação;

- Especificação do papel dos pais.

Objetivos:
- Reforçar comportamentos assertivos dos filhos;

- Diminuir práticas punitivas;

- Reinterpretar o funcionamento do filho;

- Auxiliar no fortalecimento de redes sociais;

Estratégias:
-Psicoeducação, agenda de atividades prazerosas, imitação, modelagem, instruções e
autoinstruções, ensaio comportamental;

Treino de habilidades sociais para pais:

Objetivos:
- Identificar e alterar as interações dos pais com os filhos;

- Identificar, analisar e modelar componentes não verbais na interação;

- Treinar habilidades sociais de pais e filhos;

- Avaliar a efetividade do treino;

Nos casos de TDAH, o treino de habilidades com os pais é primordial, pois: estabelece
condições adequadas para redução e prevenção de comportamentos antissociais e melhora do
desempenho acadêmico.

Orientação para professores:

- Trabalho em parceria;

- Psicoeducação;

- Contato com diferentes profissionais da escola;

- Orientações para demandas específicas: TDAH;

Estatuto da criança e adolescente (ECA):

- Respeito à criança e ao adolescente em seu desenvolvimento;

- Aliança terapêutica, empirismo colaborativo, sigilo, participação nas estratégias;

- Orientação para pais;

- Somos agentes facilitadores para a garantia de direitos deles no dia a dia;

- Atividades prazerosas e treino de habilidades como importantes estratégias de intervenção


nos transtornos depressivos;

- Postura de aceitação e empatia diante do suicídio;

- Orientação de pais, professores e cuidadores como fundamental no processo terapêutico;

- Respeito aos direitos da criança e do adolescente.

Livros e sugestões: pais presentes, pais ausentes: regras e limites – Paula Gomide

Eduque com carinho – lidia weber;


Como falar para seus filhos ouvirem e como ouvir para seu filho falar – adele (orientação de
pais)

Como falar para o aluno aprender (orientação de professores);

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