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Regras e Limites

Causa
A etiologia do transtorno do espectro autista ainda
permanece desconhecida. Evidências científicas
apontam que não há uma causa única, mas sim a
interação de fatores genéticos e ambientais. A interação
entre esses fatores parecem estar relacionadas ao TEA,
porém é importante ressaltar que “risco aumentado”
não é o mesmo que causa fatores de risco ambientais.
Os fatores ambientais podem aumentar ou diminuir o
risco de TEA em pessoas geneticamente predispostas.
Diagnóstico TEA
Assim como o TEA não possui causas estabelecidas o diagnóstico também não é
feito rapidamente e de forma simples.
Hoje existem testagens padronizadas que auxiliam no diagnóstico do transtorno,
porém o diagnóstico deve ser utilizado uma avaliação onde além das testagens
sejam realizadas observações clínicas.
O Diagnóstico do TEA deve conter 3 fatores, se não poderá se encaixar em outros
transtornos 1 – Dificuldade de comunicação, não quer dizer que o autista não fala,
mas sim que ele não consegue se comunicar conforme regras sociais. 2 –
comportamentos estereotipados, como flapping, mexer-se para frente e para trás,
algumas manias e tiques também entram nessa parte do diagnóstico. E 3 –
Sociabilidade, autistas tem grande dificuldade de socializar e entender regras
sociais para um bom convívio com outras pessoas e em diversos contextos
sociais.
Dentre esses 3 fatores, existem ainda os níveis, segundo o DSM V –TR hoje os
níveis são classificados como: exigindo apoio (leve), exigindo apoio substancial
(médio), exigindo apoio muito substancial
O diagnóstico pode ser realizado pelo pediatra,
neurologista, neuropediatra, psiquiatra e
psicólogo/neuropsicólogo.
Não existe idade mínima para realizar o diagnóstico,
porém quanto mais cedo for melhor o prognóstico.
O tratamento ideal deve ser equipe multidisciplinar
com neurologista, pediatra, psicólogo, fonoaudiólogo e
se necessário terapeuta ocupacional.
Conceito
Regras – norma ou ordem de comportamento ditado
por uma autoridade, cujo descumprimento ou
desconhecimento traz como conseqüência a aplicação
de determinada sanção.

Limites- aquilo que determinamos os contornos de um


domínio abstrato. Na prática, é até saber até onde
podem ir, e o que podem e não podem fazer.
A importância de definir limites
Segurança: os limites ajudam a garantir a segurança das crianças, impedindo-
as de se envolver em atividades perigosas ou prejudiciais.
Desenvolvimento saudável: estabelecer limites ajuda os pequenos a
entenderem as expectativas sociais e comportamentais, o que é importante para
o seu desenvolvimento.
Autodisciplina: os limites ajudam as crianças a desenvolver a autodisciplina e
a capacidade de controlar seus próprios comportamentos.
Autoestima: as crianças sentem-se seguras e valorizadas quando sabem o que é
esperado delas, o que pode aumentar sua autoestima e autoconfiança.
Relacionamentos: definir limites pode ajudar a 
estabelecer relações saudáveis e respeitosas com os outros, incluindo pais,
professores e amigos.
Preparação para a vida adulta: os limites estabelecidos desde cedo podem
ajudar as crianças a se prepararem para a vida adulta, ensinando-as a serem
responsáveis e a seguir regras e normas sociais.
Birras X Crise
BIRRA - A birra pode ser definida como um comportamento
originado de algum descontentamento, geralmente acompanhado
de choros, gritos e outras atitudes.  Ela é intencional e é usada
estrategicamente para que a criança, no caso, consiga algo que
fora negada a ela. Assim que o pequeno recebe o que ele
desejava, a birra acaba.
CRISE - No caso do TEA, as crises são mais freqüentes quando
a pessoa (seja ela criança ou adulta) está exposta a vários
estímulos sensoriais e não sabe como lidar com tanta informação.
Diferentemente da birra, a crise não é proposital e muito menos
uma estratégia para se conseguir algo; mas a resposta de um
limite que fora extrapolado; de uma irritação extrema.
O que fazer
É importante saber que um comportamento é um processo aprendido,
dessa forma, pode ser modificado.
Geralmente, o comportamento é realizado para atender a uma necessidade
ou propósito.
Não é fácil lidar com esses comportamentos inadequados, mas é
necessário que os pais e cuidadores demonstre que dessa forma a criança
não conseguirá o que deseja. Sendo assim, não reforça o comportamento.
É importante manter a calma, não gritar, bem como, não brigar ou bater
na criança. É necessário, no entanto, manter a mesma postura quando a
criança apresentar esse comportamento e evitar ceder.
Os pais devem elogiar e dar atenção quando a criança conseguir ter um
comportamento adequado. É importante conversar e explicar a
necessidade de tal comportamento. Nesse sentido, pode ser usadas
imagens ou fotos para facilitar a comunicação.
Reforços
Reforço é sempre uma relação em que a conseqüência aumenta a probabilidade de
um comportamento.
A criança entende que conseguiu o que queria e, decerto, vai voltar a repetir esse
comportamento inadequado toda vez que desejar o mesmo objetivo (serve como
uma recompensa).
Positivo - Quando um comportamento é seguido por algo que é valorizado, como
uma recompensa, é mais provável que uma pessoa repita esse
comportamento. Com o tempo, isso incentiva mudanças positivas de
comportamento. Cada vez que a pessoa usa o comportamento ou a habilidade com
sucesso, recebe uma recompensa. Lembrando que essa recompensa pode ser um
elogio, um brinquedo ou livro e também assistir a um vídeo, por exemplo. Essas
recompensas positivas incentivam a pessoa a continuar usando a habilidade e
mudar de comportamento.

Negativo – é o aumento da freqüência de um comportamento pela ausência ou


retirada de alguma coisa como conseqüência do comportamento.
Exemplos
Papel dos responsáveis
Lidar com a desobediência infantil exige dos pais e
responsáveis pela criança uma boa dose de paciência,
autocontrole e, claro, carinho e compreensão. Isso
porque os pequenos não têm a noção exata do quão
prejudicial e errada é a atitude de desobedecer e não
aceitar regras.
Conversa de forma clara,ouça com atenção e entenda o
motivo da birra, relembre as regras de forma clara, não
retroceda nos combinados com a criança, não esquece
quem tem o controle da situação.
Não desista a construção de limites demanda tempo.

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